sábado, 20 de outubro de 2012

1021 B CUJÁCIO a filosofia e a interpretação do Direito Romano na modernidade


21 DE OUTUBRO: CUJÁCIO o humanismo na construção da jurisprudência pós-medieval

JACOB CUJÁCIO
Jacques Cujaus, Jacobus Cujacius, Jacob Cujácio
(Nasceu em 1522, em Toulouse, França ; morreu em 1590, em Bourges)

JURISTA E PENSADOR DO HUMANISMO JURÍDICO CLÁSSICO DA LEI ROMANA

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.

Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano em suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão grandes autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius, Cujas e Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico, Fréret, Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição das relações da espécie humana com as outras raças animais.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


JACQUES CUJAS (1522-1590) considerado a maior autoridade no conflito entre a lei civil e lei feudal. Seu grande título é de ter sido o historiador filosófico e intérprete do sistema romano clássico de jurisprudência, ensinado nas Universidades como o Direito Romano.
As transformações da civilização no início dos anos 1300, no século XIV, resultaram na perda do poder dos barões feudais e do sacerdócio católico. As cidades deixaram de realizar apenas reuniões religiosas e populares para se tornarem centros de produção industrial e comercial.
Gerou-se uma grande confusão com as diferenças nos costumes locais das diversas províncias da Idade Média. Os governos nacionais procuraram produzir novas normas para resolver os conflitos na população. Jacques Cujas representa o movimento jurídico de construção da nova jurisprudência da sociedade moderna, posterior à era dos barões e seus castelos. Recorreu ao estudo da lei de Roma, até então rejeitada como obra de pagãos, inimigos da fé religiosa medieval.
O movimento dedicado ao estudo da cultura e da dos deuses da Grécia e Roma antiga constituiu o humanismo que se difundiu a partir do fim do poder religioso nos anos 1300, no início do século XIV. Os textos clássicos e suas traduções passaram a ser lidos com interesse entre os nomes do alto clero e da nobreza. O humanismo mostra que os humanos possuem em si a capacidade do bem e da inteligência, sem dependência aos deuses. Indicava o valor dos clássicos greco-romanos independente de seu valor para o cristianismo, como importante sintoma do progresso do pensamento leigo.
Jacques Cujas participou do reavivamento da cultura clássica nos estudos jurídicos. Foi a criação de novas regras para a civilização que evoluía então dos costumes medievais para os hábitos modernos da civilização de paz e de ciência. Em especial ele elaborou sínteses do Digesta e Codex Constitutionum do imperador romano Justiniano I, reunidos no código Corpus Juris Civilis, dos anos 533 e 534 da nossa era. Era professor nas universidades de Valence e Bourges, atraindo estudantes de toda Europa. A edição completa dos trabalhos de Cujas foi editada em 10 volumes in folio, em 1658.
Jacques Cujas teve seu nome latinizado com Cujacius. Nasceu em Toulouse, mostrando desde cedo interesse pelo estudo dos clássicos e depois se consagrou ao estudo do direito. Em 1555 obteve a cadeira de Direito Romano em Bourges passando depois para Valence. Retornou em 1575 para Bourges, onde morou até sua morte em 1590.

AMANHÃ: MAUPERTUIS

HUMANISMO
O humanismo antigo mostrava que os humanos possuem em si a capacidade natural inata gregária, do afeto associativo, do altruísmo, da inteligência, sem dependência aos deuses. Mas sem entrar em conflito com a religião nem com a religiosidade Indicava o valor dos clássicos greco-romanos independente da sua condenação pelo cristianismo.
Foi esse humanismo do passado um importante sintoma do progresso do pensamento laico. Notável foi mesmo o uso dos personagens e deuses da mitologia grega pelo papa e pelos padres católicos.
Foi a criação de novas regras para a civilização que evoluía então dos costumes medievais para os hábitos modernos da civilização de paz, de ciência e de indústria.

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