sábado, 28 de junho de 2014

0630 C BAYARD coragem de cavaleiro romano com generosidade e cortesia sem fim

30 DE JUNHO. Bayard: sem arma de fogo a vitória é pela coragem e habilidade pessoal

BAYARD
Pierre Terrail, Senhor de Bayard, Baiardo
(nasceu em 1473, no Castelo Bayard, Pontcharra, França; morreu em 1524, na Itália)

CAVALEIRO SEM MEDO E SEM MÁCULA MODELO DE VIRTUDE E DE CAVALHEIRISMO

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana

Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
com o resultado geral do feudalismo e com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


PIERRE DU TERRAIL, SENHOR DE BAYARD (1473-1524) nasceu numa família nobre de guerreiros no castelo de Bayard, de seus pais, perto de Grenoble, em 1476.
Todos os seus ancestrais de parte de seus pais perderam a vida nos campos de batalha, um deles em Azicourt, outro em Poitiers. Assim sendo, foi destinado à carreira das armas e aos 13 anos serviu como pajem do duque de Sabóia. Depois passou ao serviço de Carlos VIII e, aos 18 anos, já tinha a fama de ser um dos mais perfeitos cavaleiros de seu tempo. Acompanhou o rei de França na campanha da Itália e se distinguiu na batalha de Fornovo em 1495. Depois dessa luta Pierre foi sagrado cavaleiro pelo rei. Serviu em seguida a Luiz XII na campanha de Milanais e defendeu a ponte de Garigliano sozinho contra um corpo de tropa espanhol.
Nas guerras que se seguiram, decidiu a vitória em Agnadel. Ele foi gravemente ferido em Brescia. A proteção que ofereceu à dama que cuidava de seus ferimentos e às suas filhas durante seu tratamento, é célebre como raro exemplo de generosidade.
Bayard combateu bravamente e foi feito prisioneiro na batalha de Guinegate. Suas qualidades galantes e cavalheirescas fizeram com que fosse libertado sem pagamento de resgate e ainda recebeu as homenagens do rei Henrique VIII.
Quando Francisco I foi posto como rei, Bayard serviu na campanha da Itália e se destacou na batalha de Marignan. O rei considerou que o principal autor da vitória tinha sido Bayard.
Em 1522 Bayard cortou a marcha de Carlos V fazendo a defesa de Mesieres. Em 1524 ele serviu de novo na Itália contra os imperiais comandados pelo traidor chefe de armas de Bourbon. Foi então, que Bayard na batalha de Sésia, recebeu um ferimento mortal. Tinha então 48 anos.
Bayard ferido estava na sombra de uma árvore na frente de batalha. Os chefes inimigos deram ordem de retirada de suas tropas e pararam à frente do cavaleiro famoso. O chefe de Bourbon, que estava entre eles, dirigiu a Bayard palavras de compaixão.
“Senhor, lhe disse Bayard, eu vos agradeço. Não tenho necessidade de piedade, eu morro como um homem honesto, eu morro ao serviço do meu rei; mas é de vós que devemos ter pena, vós, que toma as armas contra vosso príncipe, contra vossa pátria e vosso juramento.”
Em seguida se pôs a rezar e morreu invocando o Cristo.
Bayard foi, durante trinta anos, o modelo da cavalaria medieval e considerado, em toda a Europa, como o tipo do perfeito cavaleiro. Embora ele nunca combatesse como comandante em chefe, seu valor irresistível e sua criatividade na ação tática decidiram várias batalhas,
Francisco I declarou que ele o estimava mais do que a cem capitães e já se disse que ele valia por todo um exército. Assim, foi chamado
       “o cavaleiro sem medo e sem mácula”
num elogio famoso em francês
"le chevalier sans peur et sans reproche".
Os historiadores o representam como nascido com todas as virtudes e sem vício algum. Era piedoso, generoso, sem egoísmo, modesto, moderado, puro e magnânimo. Sua coragem e suas proezas como soldado são de um cavaleiro romano. Sua generosidade era principesca, sua cortesia inesgotável.
Bayard é o último representante da cavalaria da Idade Média, tanto no aspecto católico como no aspecto feudal. Do mesmo modo ele é, talvez, o último exemplo de um guerreiro que ganha as batalhas por atos pessoais de habilidade e de coragem.
As novas armas de fogo passaram a ser usadas e foram funestas aos heróis da Idade Média como Bayard. Com o seu uso o demorado treinamento com a lança e a espada tornou-se desnecessário. A luta nas batalhas tomou outras formas. E Bayard, que morreu com um tiro de canhão, não aprovava o uso dessas armas.
Com ele, acabou a gloriosa era da cavalaria, depois de uma duração de cerca de 5 séculos, cerca de 500 anos.

AMANHÃ: Libertador de Jerusalém nobre herói corajoso: Godofredo de Bouillon.


0629 C AFONSO DE ALBUQUERQUE o maior conquistador e administrador luso no Oriente

29 DE JUNHO. Afonso de Albuquerque: para uma vida em comum sobre o planeta

AFONSO DE ALBUQUERQUE
(nasceu em 1453, em Alhandra, Lisboa; morreu em 1515, no mar, em Goa, na Índia)

NAVEGADOR CONQUISTADOR E ESTADISTA FUNDADOR DO IMPÉRIO PORTUGUÊS NO ORIENTE

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
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Maiores figuras humanas na antiguidade
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AFONSO DE ALBUQUERQUE (1453-1515), grande marinheiro e capitão que criou o império de Portugal nas Índias, pertencia a uma das mais ilustres famílias de Portugal. Era descendente da casa real por um ramo ilegítimo.
Ele nasceu em Alhandra, perto de Lisboa em 1453. Foi educado na corte real de Alfonso V e depois recebido na casa real de João II.
Depois de servir muito tempo na África e cumprido cargos públicos na Europa, fez sua primeira viagem à Índia em 1503, com a idade de 50 anos. Três anos depois, tomou parte na grande expedição de Tristão da Cunha para a costa da África e, em seguida para a Índia.
Albuquerque, que tinha seus próprios navios, conquistou Ormuz, porto central na entrada do golfo pérsico. Forçado a se afastar, ele se retirou para Socotora, uma ilha situada na altura da extremidade oriental da África. Recebendo reforços em 1508, foi para a costa de Malabar, no oeste do Industão, onde foi investido do comando em chefe, e, depois de sete anos de guerras incessantes ao lado de uma política habilidosa, formou o império português da Índia, com a capital em Goa, um dos pequenos territórios que Portugal tinha conservado no oriente.
Ele estabeleceu em seguida a soberania portuguesa na península de Malaca e finalmente retomou Ormuz. Logo depois que ele tinha feito essas grandes conquistas a corte de Lisboa mandou um substituto para seu lugar, o que muito o aborreceu.
Albuquerque caiu doente e morreu de desgosto com seus 63 anos, em 1515. Enterrado em Goa, seu corpo foi depois levado para Portugal.
Albuquerque foi, sem dúvida, um dos maiores conquistadores e organizadores dessa admirável época que forneceu a primeira idéia de unidade entre o oriente e o ocidente, completando o sentimento de uma vida humana em comum sobre o planeta terra.
Ele foi um cavaleiro na guerra e um completo administrador, dotado da capacidade de reconhecer os objetivos mais importantes e os interesses comerciais. Foi ambicioso, autoritário, sem escrúpulos e sem remorsos para atingir os seus fins, e por tais qualidades chegou a proporcionar os fundamentos da inveja da metrópole portuguesa e da suspeita de seus objetivos finais.
O título real que honra a Afonso de Albuquerque consiste na justiça que exercia como chefe, justiça que lhe atraia a confiança dos povos que ele conquistou e governou.
Conta-se que os mouros e os hindus da costa de Malabar faziam peregrinações ao lugar de sua sepultura para lhe implorar proteção contra a tirania de seus sucessores.
Albuquerque, o maior dos conquistadores no oriente, foi, em todos os aspectos, superior àqueles que lhe deram ordens e superior ao seu tempo. Porque, como verdadeiro herói e como agente de criatividade, ele sentiu instintivamente a necessidade de justiça e de sabedoria para fundar um império para sempre no oriente.


AMANHÃ: Cavaleiro sem medo e sem pecado: Bayard.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

0628 C JOANA d ARC comandando a cavalaria derrotou e perseguiu as tropas inimigas

28 DE JUNHO  JOANA d ARC:   fez a coroação o rei em Reims de acordo com a tradição


JOANA D’ARC
Jeanne Darc, Joan of Arc, Saint, La Pucelle d’Orleans, A Donzela de Orleans; The Maid of Orleans (nasceu em 1412, em Domremy, França; morreu em 1431, em Rouen, França)

COM EXCEPCIONAL SUPERIORIDADE FEMININA A VITORIOSA HEROÍNA CÍVICA DA FRANÇA

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Com o dia, mês e ano,
ESTE É O DIA DE JOANA D’ARC:
11 DE CARLOS MAGNO DE 2014


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
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JEANNE (1412-1431) nasceu de uma família de camponeses servos em 6 de janeiro de 1412 em Domremy, na margem esquerda do rio Meuse, entre a Champagne e Lorena, na França.
A partir dos 18 anos Jeanne tornou-se uma guerreira medieval e conduziu os franceses a uma inesperada vantagem militar e à vitória vinte anos depois sobre os invasores ingleses durante a Guerra dos Cem Anos, entre os anos de 1337 e 1453.
Os reis da Inglaterra por muito tempo possuíam o poder sobre partes do território da França. O rei Eduardo II, filho de Isabel da França, desejava reinar sobre os franceses com seu direito hereditário por parte de mãe. Foi a causa da Guerra dos Cem Anos, com a invasão da França.
A prolongada luta marcou o fim da guerra entre cavaleiros com lança e espada numa luta sem as regras e sem a honra medieval. Os invasores usaram muitos mercenários que se vendiam aos nobres ou faziam a pilhagem na população vencida. No lugar de fortes nobres com armaduras, lutavam arqueiros ingleses, com setas que penetravam nas armaduras e tornavam a cavalaria menos efetiva.
No fim da guerra ambos os lados usavam armas de fogo, com pistolas e canhões. Combates entre nobres da guerra medieval perderam valor para ganhar uma guerra com armas de pólvora.
A luta causava grande abalo na França, tanto nas cidades como no interior. A população revoltava-se contra os nobres, culpados pelas derrotas e incapazes de oferecer proteção ao povo. Em 1358 ocorreu a Jacquerie, um movimento do povo revoltado, com assassinato de nobres e danos a suas propriedades.
A França sofria com a desordem, com várias facções e traições.
Charles VII era o rei nominal, ainda não coroado. O rei, enfraquecido, se retirou, sem esperança, para o sul do Loire. A cidade de Orleans, sitiada pelos ingleses, impedia o avanço dos ingleses.
Jeanne cresceu em meio dos horrores da guerra e da miséria do povo, e tinha tido visões e ouvido vozes divinas chamando-a para salvar a França. No começo do ano 1429, então aos seus 18 anos, Jeanne deixou seus pais, vestiu roupas masculinas e colocou a armadura para guerra e conseguiu convencer alguns cavaleiros nobres e um grupo de cidadãos de Vaucouleurs que sua missão era verdadeira e foi encontrar o rei da França em Chinon.
Na corte do rei, a confiança sublime de Jeanne, sua inocência e uma sagacidade instintiva forçou a corte debochada e cínica a admirá-la. Ela foi colocada no comando de uma tropa de cavalaria e avançou para Orleans e, em duas semanas, derrotou e perseguiu as tropas inglesas. As cidades se renderam uma após outra e os invasores foram derrotados em cada encontro.
Depois de dois meses a cidade de Reims foi recuperada e o rei foi coroado na sua antiga catedral, como mandava a tradição francesa. A sagração assegurava o trono ao rei legítimo contra as reivindicações de Henrique VI da Inglaterra. O entusiasmo patriótico foi despertado na França, então dividida pelas lutas internas.
Jeanne partiu de Reims para libertar toda a França e a capital Paris. Ela foi ferida perto da capital e teve que recuar. O rei, aconselhado pela inveja, pela traição, pelo desespero, abandonou a heroína à sua sorte, logo condenada como feiticeira.
Depois de pequenas expedições, Jeanne foi aprisionada e depois vendida aos ingleses em troca de 10.000 peças de ouro. O elevado valor mostra que seus inimigos consideravam-na tão preciosa quando o valor de um exército inteiro.
Só restou a Jeanne d’Arc o martírio da fogueira em praça pública.
Na história de todos os mártires não há um quadro tão nobre de uma santa mulher jovem, sozinha, enfrentando a apatia daqueles que ela havia salvado, do cruel abandono de sua pátria, do artifício selvagem dos homens da Igreja, da brutalidade da soldadesca e do populacho. Ela morreu condenada como herege e como apóstata, queimada viva em Rouen, em 30 de maio de 1431.
Jeanne d’Arc mostra a mulher no papel cívico extraordinário de uma guerreira destemida, defendendo sua pátria contra o ataque estrangeiro. Mostra como essa figura nasceu do mais humilde povo, para tomar seu lugar acima dos nobres, num tempo de corrupção da monarquia, da Igreja e da aristocracia feudal.


AMANHÃ: Conquistador no Império Português do Oriente: Afonso de Albuquerque.



0627 C RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO lendário soldado heróico e inesquecível cavaleiro

27 DE JUNHO. Ricardo I: corajoso herói de um número sem fim de românticas lendas.

RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO
Richard the Lion-heart, Ricardo I, Rei da Inglaterra, Richard Coeur de Lion
(nasceu em 1157, em Oxford, Inglaterra; morreu em 1199, no Ducado de Aquitânia, França)

CAVALEIRO MEDIEVAL LENDÁRIO REI HERÓI CORAJOSO E ROMÂNTICO

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Ricardo Coração de Leão (1157-1199) é lembrado aqui como um famoso tipo de cavaleiro medieval, entre os chefes das cruzadas cristãs contra os mouros. Seu heroísmo nas batalhas, sua generosidade e cortesia até para com seus inimigos criaram, em torno de seu nome, um prestígio universal e imortal como cruzado e cavaleiro.
RICARDO I foi o segundo filho de Henrique II, rei da Inglaterra, e de Eleonora de Aquitânia na França, tendo nascido em 1157 em Oxford. Aos 32 anos sucedeu a seu pai no governo do vasto reino inglês que se estendia do rio Tweed no norte da Inglaterra até os Pirineus na Aquitânia.
Resolveu Ricardo I lançar-se ainda mais uma vez para tomar Jerusalém aos mouros. A cidade tinha sido retomada pelas forças muçulmanas. O último rei cristão de Jerusalém acabou prisioneiro dos mouros na batalha de Tiberíade.
A Europa fez um grande esforço na terceira cruzada, feita por acordo do imperador Frederico Barbaroxa, com Philippe-Augusto, rei da França e com Ricardo I, rei da Inglaterra. Ricardo levantou muito dinheiro, fosse vendendo ou empregando recursos da coroa inglesa e partiu no ano de 1190 para a Sicília. Chegando lá, ele se desentendeu com o rei Philippe e retardou alguns meses sua partida. No caminho, ele conquistou Chipre, que deu a Guy de Lusignan.
No ano seguinte, ele chegou à Palestina, onde, depois de uma luta encarniçada, conquistou Acre, hoje Akko, na Palestina. Então Ricardo teve novo atrito com o rei Philippe, que retornou para a Europa. Mas Ricardo continuou em campanha. Ele desafiou Saladino, o sultão do Egito e da Síria numa grande batalha em Cesarea. Continuou por meses em luta contra o sultão mouro, até fazer um armistício deixando Jerusalém sob o poder de Saladino.
Mas, com um resultado insatisfatório em Jerusalém e estando abandonado pela maior parte de seus aliados, Ricardo retornou para a Europa. Foi capturado por Leopoldo V, duque da Áustria e entregue a Henrique VI, Imperador do Sacro Império. Após o pagamento de um vultoso resgate, foi libertado em 1194.
Ricardo voltou para a Inglaterra depois de quatro anos de ausência, sendo novamente coroado. Os últimos anos de seu reinado, a maior parte passados fora do país, foram dedicados à sua guerra contra Philippe-Augusto pela posse da Normandia. Morreu em 1199, num ataque ao castelo de Châlus, no ducado da Aquitânia.
Ricardo Coração de Leão não se destacou como estadista, sendo por vezes feroz, injusto e egoísta. Mas tornou-se famoso como cruzado e cavaleiro medieval, apesar de seus defeitos como rei e como estadista. É colocado em lugar de honra por sua romântica e cavalheiresca coragem nas suas proezas na terceira cruzada (1189 a 1199) que o levou a pôr de lado todas as razões de prudência e de governo para fazer frente ao avanço dos mouros sobre a civilização européia. Suas qualidades fizeram dele um rei popular em seu tempo, colocando-o como o herói de um número sem fim de românticas lendas.
Ricardo é lembrado por seu heroísmo sem igual no campo de batalha e por sua generosidade para com seus inimigos nobres. Apesar de suas falhas como rei, de seus vícios como homem, Ricardo Coração de Leão viverá sempre na memória do oriente, como do ocidente, como o primeiro soldado de seu tempo e o modelo inesquecível de cavaleiro.


AMANHÃ: Heroína da Pátria condenada como herege queimada viva: Joana d’Arc.



quarta-feira, 25 de junho de 2014

0626 C EL CID herói leal e virtuoso nas batalhas contra os invasores mouros

26 DE JUNHO. El Cid: cavaleiro na luta pela honra e glória, prudente, bravo e generoso

EL CID
Rodrigo Diaz de Vivar, El Cid, O Senhor, El Campeador, O Campeão
(nasceu em 1043, em Burgos, Castela, Espanha; morreu em 1099, em Valência, Espanha)

NOBRE GUERREIRO CAVALEIRO VIRTUOSO HERÓI NACIONAL DA ESPANHA

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RODRIGO DIAZ DE VIVAR, EL CID (1043-1099), filho de Diego de Vivar, favorito de Fernando I, rei de Castela, conhecido como El Cid, tornou-se o herói dos espanhóis em suas longas lutas contra os invasores mouros.
Seu nome, Cid, tem origem da palavra do árabe “as-sid” que significava “senhor”. Era também conhecido como El Campeador ou O campeão.
Sua biografia mostra sua vida romanceada pelas lendas, e poucos dos fatos contados estão documentados. Seu próprio caráter é representado de forma diferente, dependendo da época em que o poeta ou romancista escreveu.
Considera-se que a descrição mais confiável da vida do herói se acha no poema do Cid, que tem 3.741 versos escritos provavelmente no século que se seguiu a sua morte. Ele é representado como um soldado duro, aventuroso e pouco escrupuloso, que inspira ao mesmo tempo a inveja ao seu soberano e o terror aos mouros. O poema relata numerosos fatos romanceados e emocionantes que lembram as baladas ou a história trágica em que Pierre Corneille colocou o herói e em autores como Lope de Vega.
Na crônica da época, El Cid é descrito de forma realística e convincente em seus atos heróicos, na época de ouro da cavalaria da Idade Média. A cultura de guerra na Espanha medieval é ali bem descrita. O autor mostra a diferença entre os nobres das classes mais altas e homens como El Cid, de classes mais humildes, mas que lutavam pela honra e pela glória, sendo prudentes, bravos, generosos, leais à família, ao rei e à religião, sendo, assim, superiores em sua virtude.
O Cid se torna apaixonado por Jimena, filha de don Gomez. O pai do herói chama o filho para vingar, em duelo, o insulto que recebera do pai de Jimena. No combate, o herói mata o pai de sua amada, don Gomez. Jimena pede ao rei Fernando a punição do matador de seu pai. O rei decide, afinal, que os dois jovens deveriam se unir em casamento.
El Cid é representado nos romances como o tipo de fidelidade no casamento e da afeição doméstica. Sua natureza independente e franca o expõe constantemente aos ataques de rivais invejosos. Mais tarde, o rei Alfonso, que devia seu trono ao Cid, toma todos os seus bens, confisca os seus castelos fortes e o manda para o exílio. O herói exilado vai com um exército para combater os mouros.
Ao ficar sabendo que Alfonso estava em perigo, ameaçado de perto pelo sultão do Marrocos, o Cid vai ao seu socorro.
Toda a vida de El Cid se passa em batalhas contra os mouros, e sua vida de lutas teve seu ponto alto na tomada de Valencia em 1094. Ele governou a cidade em desafio aos ataques constantes do mouro Almoravid, até sua morte em 10 de julho de 1099, em Valência. Foi enterrado em Burgos e seu túmulo, que ainda existe, é um local de peregrinação. Suas duas espadas estão conservadas.


AMANHÃ: Ricardo Coração de Leão famoso tipo de cavaleiro da Idade Média.


0625 C CHARLES MARTEL a Europa contra os mouros do sul e bárbaros do norte

25 DE JUNHO. Charles Martel: alto, hercúleo, feroz e duro como um martelo

CHARLES MARTEL
Carolus Martellus Carlos Martelo, Karl Martell
(nasceu no ano 688 da nossa era; morreu no ano 741, em Quierzy, no rio Oise, na França)

REI DOS FRANCOS VENCEDOR DOS INVASORES DO NORTE E DOS MOUROS EM POITIERS

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal teve como resultados principais:
1. A guerra defensiva em vez da conquistadora;
2. A defesa, organização e progresso local em cada região;
3. A tradição da honra de cavaleiro na proteção da mulher e dos fracos pela Cavalaria medieval. Supressão da escravidão geral na população, que permitiu o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador. Finalmente a liberdade do trabalhador resultou na importante organização permanente do moderno sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

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O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
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CARLOS MARTELO (698-741) era filho natural de Pepino de Herstal, fundador da dinastia Carlovíngia a sucessão de reis que governou a região da Gália, hoje Alemanha e França. Com a morte de Pepino em 714, ele foi excluído da sucessão do pai e encarcerado pela esposa para proteger o próprio neto.
Carlos escapou da prisão e se colocou à frente dos francos da Austrásia, na parte oriental do reino. Depois de várias campanhas, ele conseguiu reorganizar o país e se colocar como seu único chefe. Carlos era de grande estatura, de porte hercúleo, por natureza duro como um martelo e de aparência feroz.
Temos muitos tipos eminentes entre os militares da cavalaria medieval, modelos do heroísmo guerreiro inspirado pelo catolicismo. São soldados de valor que salvaram a civilização do ocidente da Europa contra inimigos fortes e ferozes. Salvaram a sabedoria elaborada por muitos séculos na Europa ocidental, possuidora do conhecimento mais adiantado do planeta.
O chefe dos francos passou à guerra de conquista e colocou seu país senhor da Aquitânia e Francônia, da Suábia, da Bavária e do Saxe.
A grande glória de sua vida foi a vitória decisiva sobre os mouros da Espanha.
Os muçulmanos conquistaram a península ibérica desde o ano 711. Dois anos depois, se lançaram sobre a Gália e se estabeleceram sobre as bordas do mar Mediterrâneo. Em vinte anos eles tinham invadido o país até o Loire. Durante todo o verão de 732, Charles trabalhosamente reuniu suas tropas desde o mar do norte e a floresta negra até o canal da Mancha e o golfo da Gascônia no sudoeste da França.
O encontro com o exército dos mouros foi no platô vizinho de Poitiers, em outubro de 732. A sorte da Europa e da cristandade, como se considera até hoje, dependia do resultado dessa luta. Por sete dias os dois exércitos se colocaram frente a frente, em combates parciais. Ao fim do oitavo dia,a cavalaria dos árabes se precipitou em massa sobre as linhas cerradas dos francos, aos gritos de Allah Akbar. O dia todo foi de luta continuada. A noite colocou fim à carnificina em que morreu o líder árabe Abd-ar-Rahman, emir da Espanha e o resto das forças dos mouros se lançou em fuga.
A invasão da Europa pelos árabes, que aterrorizava a Cristandade então teve fim.
Carlos completou sua vitória em Poitiers estabelecendo a autoridade dos francos sobre toda a Gália. Estava disposto a ir à Itália, convidado pelo papa Gregório III, quando a morte o surpreendeu em outubro de 741.
Carlos Martelo foi sob todos os aspectos o modelo de seu possante neto Carlos Magno. Foi um vencedor como organizador da vitória. Seu neto, o poderoso Carlos Magno, seguiu o seu exemplo na guerra, acrescentando a essa virtude o respeito pela cultura intelectual e pela religião.
As necessidades de suas guerras, de sua autoridade, mais do que sua ambição, o conduziram a se apropriar muitas vezes dos bens da Igreja Católica. Por causa disso, os eclesiásticos da Itália o denunciaram com amargura, o que foi relatado até na poesia por Dante.
A glória de Charles Martel foi a salvação da Europa do domínio dos mouros, estancando a torrente de invasão dos muçulmanos pelo sul da Europa e dos pagãos pelo norte. A essa glória se soma a formação dos fundamentos do império franco da Idade Média.

AMANHÃ: El Cid na época de ouro da cavalaria da Idade Média.

  Dinastia Carlovíngia
Denominação dada a duas raças de reis que, de 507 d.C. até 987 d.C., governaram a região da Gália, (atuais territórios daAlemanha e França). Um importante rei desse período foi Carlos Magno, que tornou-se uma das maiores personalidades desse século.


terça-feira, 24 de junho de 2014

0624 C ALFREDO O GRANDE incorporação dos bárbaros do norte só pelo cristianismo

24 DE JUNHO. ALFREDO REI DA INGLATERRA: o heroísmo genial de fundador de nações.

ALFREDO O GRANDE
Alfred, Aelfred, Alfred the Great
(nasceu em 849 em Wantage, Berkshire, Inglaterra; morreu em 899, em Winchester, Inglaterra)

DEFENSOR DA CRISTANDADE, ÚNICO REI DA INGLATERRA CHAMADO O GRANDE

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana

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Alfredo o Grande da Inglaterra (849-899) fornece um dos melhores exemplos dos primeiros chefes medievais que fizeram a pacificação e a assimilação dos povos bárbaros pela Europa cristã. Eram tribos politeístas nômades do oriente e do norte do continente europeu.
Alfredo nasceu em Wantage em Berkshire em 849. Era o filho mais novo dos quatro filhos de Ethelwulf, descendente de Cerdic e neto de Egberto, que fora reconhecido como rei supremo de toda Inglaterra. Sua mãe cedo formou seu interesse pela poesia inglesa e desde a infância ele se dedicou ao estudo da língua latina.
Em sua infância, Alfredo esteve por duas vezes em Roma e em 853 foi sagrado rei titular pelo papa Leão IV. O seu tempo de juventude foi de calamidade para os saxões. Em poucos anos, a obra de Egberto não existia mais; a preponderância do reino do Wessex [diga Ue’ssex] foi destruída e os homens pagãos do norte, que então se dizia serem os dinamarqueses, iam devastando e conquistando em todos os cantos da Inglaterra.
Os escandinavos, antes, faziam pirataria para pilhagem. Mas agora, chegavam com exércitos organizados para conquistar e se fixarem nas novas terras. Os três irmãos mais velhos de Alfredo reinaram por 12 anos, e em 871, Alfredo, com 22 anos, tornou-se rei do Wessex. Esse fora um dos sete grandes reinos anteriores ao Reino da Inglaterra. Antes de ser um reino era um condado (earldom).
Durante sete anos, o jovem rei guerreou desesperadamente os invasores pagãos de seu reino. Que, em certo momento, chegou a ficar reduzido apenas à parte do sul do Wessex. Mas por fim ele os venceu na grande batalha de Ethandun, no Wiltshire. Pelo acordo de paz de Wednore em 878, o chefe danês, Guthrun, aceitou ser batizado e o Wessex gozou, então, alguma paz. Mesmo tendo ainda Alfredo que manter lutas desesperadas por mais 20 anos, ele conseguiu defender com sucesso a integridade de seu reino saxão do oeste – WESSEX que significa West Saxons.
Foi admirável o valor com que esse jovem rei salvou o seu povo e sua religião cristã do invasor selvagem do norte. Mas sua carreira como organizador civil foi ainda mais memorável e mais importante.
Da mesma forma como Carlos Magno, ele viu que a única forma de garantir a incorporação dos homens do norte à civilização européia estava na sua conversão religiosa ao cristianismo. Alfredo, então satisfeito com esse começo de vida civilizada, deixou os daneses como donos do resto da Inglaterra e se dedicou a proteger e a organizar o seu reino – o Wessex.
Alfredo dividiu o reino em distritos militares em que cada um estava obrigado de fornecer os homens necessários para a defesa do país.
Ele empreendeu logo em criar uma frota naval. Por essa iniciativa, ele tornou-se o fundador da grande potencia marítima da Inglaterra. Tendo formado seu reino, aplicou-se a assegurar a justiça e a formar um código geral de leis.
A reorganização do Wessex foi tão bem feita, que, em outras guerras em 886 e 893, Alfredo obteve a vitória tanto em terra como no mar.
Durante todo seu governo, sua atividade foi intensa em todas as partes do governo, civil e militar, judiciária, industrial, artística, intelectual e religiosa. Enviou navios em viagem de exploração no mar do norte e mandou missões a Jerusalém e a Roma.
Alfredo fez de Winchester o mesmo que Carlos Magno fez com Aix-la Chapelle: tornou a cidade no centro da inteligência, da arte e da cultura para as ilhas do norte. Chamou sábios, encorajou os comerciantes estrangeiros e acolheu os fabricantes e artistas da Europa continental.
Depois de um governo bem sucedido de 28 anos, Alfredo morreu em 899 aos 50 anos de idade, sendo enterrado na velha igreja de Winchester.
Se o teatro de suas guerras e de seu governo não foi tão extenso, o sucesso de Alfredo, tanto na paz como na guerra, mostrou sua visão de gênio e heroísmo de um nato fundador de nações.
Ele disse:
       “Toda minha vida, eu me dediquei a viver dignamente na esperança de deixar à posteridade a lembrança de minhas boas ações.”


AMANHÃ: Charles Martel salva a Europa do domínio dos mouros.


sábado, 21 de junho de 2014

0623 C JOÃO DE LEPANTO a universalização seria do islamismo ou do cristianismo

23 DE JUNHO. Dom João de Lepanto: um príncipe espanhol na vitória contra os mouros

DOM JOÃO DE LEPANTO
Dom João da Áustria, Juan de Austria, Don Juan d’Autriche, Don John of Austria
(nasceu no ano 1547 da nossa era, em Regensburg, Alemanha; morreu em 1578, em Bouges, Bélgica)

COMANDANTE ESPANHOL DA BATALHA NAVAL DE LEPANTO CONTRA OS TURCOS

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana

Ver em   0618 C O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS



Don Juan (1547-1578) era filho natural do imperador Carlos V e de Bárbara Blimberg, mulher de origem modesta. Ele foi educado secretamente com grande cuidado, e reconhecido pelo filho legítimo Philippe II como seu meio irmão quando Juan tinha 12 anos, em 1559. Juan recebeu a mesma educação da nobreza, como seus sobrinhos, o príncipe hereditário Dom Carlos e o príncipe de Parma, seu amigo, companheiro e sucessor, Dom Alexandre Farnese. Juan se distinguia por seus modos, por sua natureza cavalheiresca e por seus sucessos em todos os exercícios militares. Na época, sabemos que a força física era importante, tanto como o longo treinamento com as armas.
Aos 23 anos, conquistou a fama por sua campanha contra os mouros revoltados em Granada, que foram, em seguida, expulsos cruelmente. Em 1571, com o avanço dos turcos no mar Mediterrâneo e a tomada de Chipre, o papa, o rei da Espanha e as repúblicas italianas decidiram formar a Santa Liga, para reunir os esforços dos cristãos contra os mouros.
Dom Juan foi nomeado como o almirante da Liga, e, em outubro de 1571, no comando da frota aliada fornecida pelo papa, por Philipe II, por Veneza e Gênova, enfrentou a armada naval dos turcos na altura de Lepanto, junto à costa norte do golfo de Corinto, quase em frente a Patras. Dom Juan comandava 336 navios levando 80.000 homens. Os turcos tinham 300 navios com a mesma guarnição. O jovem e heróico chefe, então com 24 anos de idade, dispôs suas forças com grande habilidade, e, passando por seus navios, inspirou a suas tropas e a seus chefes o ardor com que estava animado.
Depois do meio dia, até o pôr do sol, no domingo dia 7 de outubro, a batalha começou sua onda de destruição com uma horrível carnificina. Foi mais um combate corpo a corpo a bordo dos navios do que uma batalha naval. Nessa luta, o grande Cervantes participou como simples soldado.
Os navios inimigos sofriam abordagem e eram atacados a bordo. Don Juan e seu sobrinho Alexandre de Parme combateram junto com os cruzados e cada um matou o chefe que os enfrentou. Os turcos perderam todos os seus navios, menos 29 de seus 300, restaram 30.000 homens dos 80.000 que tinham e salvaram a bandeira sagrada do profeta.
O golpe dado pela vitória na Batalha de Lepanto teve um efeito moral decisivo. Depois dessa derrota, os navios dos mouros nunca mais ameaçaram seriamente a Europa ocidental, na parte do Mediterrâneo situado a oeste da Grécia.
Essa vitória restituiu em toda a cristandade a confiança que tinha sido tão rudemente ameaçada pela carreira triunfante de Soliman I (1520-1566). A vitória dos cristãos em Lepanto abateu a supremacia otomana, que, até então, parecia invencível. Ela demonstrou que em coragem, em entusiasmo e em força militar, a Cruz era capaz de lutar com vantagem contra o Crescente. E que os sucessos fulminantes dos turcos tinham sido devidos ao seu número massacrante, à sua unidade nacional e ao seu desprezo pela vida humana.
Lepanto tem um significado importante na filosofia da história. A célebre batalha mostrou, junto com o fracasso das cruzadas, a impossibilidade tanto da universalidade do islamismo como do predomínio universal do cristianismo. Corresponde tanto à neutralização de um monoteísmo, como à do outro monoteísmo.
O rei Philipe II ordenou que ele fosse governar a Holanda. Lá suas brilhantes qualidades, sua simpatia e seu valor lhe deram muitos sucessos. Mas lhe faltaram recursos para continuar a luta e nada ele podia fazer contra as intrigas do sombrio tirano, seu senhor o rei de Espanha.
Depois de dois anos de esforços infrutíferos, Juan morreu com 31 anos de idade, com o coração partido pela falsidade de seu irmão, pela febre ou, talvez, envenenado por ordem de Philipe II.
Seu coração está em Namur, na Bélgica e seu corpo repousa no Escorial, em Madrid, ao lado do imperador Carlos V, seu pai.


AMANHÃ: Rei da Inglaterra com o heroísmo genial de fundador de nações: Alfredo.


0622 C VILLIERS intrépido guerreiro calmo modesto em sua majestade e doçura

22 DE JUNHO. Villiers: cavaleiro religioso e admirável no cumprimento do dever

VILLIERS
Philippe de Villiers de l’Isle-Adam
(nasceu no ano 1464 da nossa era, em Beauvais, França; morreu em 1534 na ilha de Malta)

VALOROSO ADMIRADO E VENERADO NOBRE CAVALEIRO DAS CRUZADAS

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana


Ver em   0618 C   O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.

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Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

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Philippe de Villiers (1464-1534), duma família francesa de l’Ile de France, era neto do famoso marechal de mesmo nome. Nasceu em Beauvais em 1464. Pertencendo à Ordem dos Cavaleiros de S. João, ele cumpriu uma sucessão de tarefas e de deveres onde provou as mais altas qualidades como general, como político e como diplomata.
Ele obteve uma brilhante vitória sobre o sultão do Egito em 1510, aos 46 anos e foi o inspetor de todos os priorados da sua Ordem na França.
A ilha de Rodes, posto avançado da Ordem de S.João, resistiu por longo tempo aos muçulmanos, como a fortaleza mais oriental da cristandade. O ataque de Maomé II, em 1480, foi repelido pelo Grão-mestre D´Aubusson. Mas, em 1521, Suleiman, o sultão chamado o Magnífico, depois de conquistar Belgrado, resolveu destruir a fortaleza que tinha por tanto tempo desafiado as forças muçulmanas.
Philippe foi nomeado Grão-Mestre da Ordem e se preparando para uma defesa desesperada, ele pediu o socorro do papa e dos príncipes da cristandade.
A ilha de Rodes foi sitiada durante o outono de 1522. A narrativa desse sítio o tornou um dos mais famosos da historia.
Philippe tinha para a defesa da ilha menos que 1.000 soldados experientes, dos quais apenas a metade era de cavaleiros. Contava ainda com cerca de 4.000 moradores das vilas em armas, com alguns camponeses e escravos.
Em junho de 1522 a frota turca chegou à ilha. Tinha 500 navios com 100 mil combatentes. Tudo que a habilidade, o valor e o desespero podia sugerir foi usado pelos sitiados. Mês após mês, os assaltos tentados pelas forças massacrantes dos turcos foram repelidos.
Os cavaleiros, os moradores, as mulheres, os padres e os escravos trabalhavam com uma indomável energia para reparar as brechas a medida que elas eram abertas.
Os turcos lançaram mais de 2 mil bombas explosivas, então uma novidade como arma de guerra. Perto do fim do mês de agosto, Suleiman em pessoa conduziu os assaltos, enquanto que muitas colunas do forte caiam no meio das crateras feitas e os muros estavam todos abalados. Mais de 15 assaltos foram feitos num só mês, mas os turcos foram repelidos em meio a uma imensa carnificina. Em dois novos assaltos, em 24 de setembro e em 29 de novembro, eles perderam 15 mil homens primeiro, e depois mais 11 mil.
Mas a ilha estava um monte de ruínas. A guarnição se reduziu a 3 mil combatentes, com somente 300 cavaleiros; já faltava munição e alimentos. E nenhum socorro chegou da Europa. Os ciúmes dos reis, as intrigas de seus rivais e as traições dos venezianos abandonaram os cavaleiros à sua própria sorte.
Suleiman ofereceu para a rendição condições honrosas, que Philippe foi forçado a aceitar em 28 de dezembro de 1522. No demorado sítio feito à ilha, os cristãos perderam 700 combatentes e os turcos 80.000.
O Grão-Mestre Philippe foi recebido com honra por Suleiman, e teve a autorização para se retirar para Roma com o que restava de seus cavaleiros.
A perda da ilha de Rodes, a chave de defesa da cristandade, junto com a visão do heroísmo de seus defensores, encheu a Europa cristã de vergonha e de simpatia. O papa Adriano VI morreu a seguir em grande desgosto. Os reis Francisco I Carlos V e Henrique VIII deploraram a grande perda. Era muito tarde.
O Imperador instalou os cavaleiros sobreviventes na ilha de Malta. Lá morreu Philippe de Villiers em 1534, com 70 anos. Sobre o túmulo, se liam as palavras: “Aqui repousa o valor vitorioso do destino”.
Philippe é um dos mais nobres tipos das cruzadas. Combina a religiosidade e a modéstia do monge com o valor, o devotamento e a intrepidez do cavaleiro errante. Calmo e recolhido, jamais vaidoso pelo sucesso, jamais abatido pelos mais formidáveis perigos ou pela aparência desesperada da situação. Ele é merecedor de admiração e veneração por sua calma, majestade e doçura. Que permanecem em meio das mais difíceis situações de sua vida.
Suleiman o Magnífico mandou fazer o elogio de Philippe de Villiers em todas as mesquitas de seu imenso império otomano:
“Crentes, aprendei de um infiel como cumprir o seu dever até o ponto de ser admirado e honrado por seus inimigos”.

AMANHÃ: João de Lepanto o herói da Batalha Naval contra os mouros.


0621 C S HERIQUE REI enérgico guerreiro vitorioso católico fervoroso protetor da fé

21 DE JUNHO. Santo Henrique: o abade lhe deu ordem irrecusável de voltar ao poder

SANTO HENRIQUE
Rei Henrique II, o Santo, Henrique II o Coxo, Henri II le Boiteux, Saint Henry, Sankt Heinrich
(nasceu no ano 972 da nossa era, na Bavária; morreu em 1024, na Saxônia, Alemanha)


MODELO DE SOBERANO DO SACRO IMPÉRIO ROMANO, SOLDADO E ORGANIZADOR

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana


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NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

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Henrique, Heinrich (972-1024 dC) nasceu em Albach, na Bavária. Ele é o último imperador da heróica dinastia dos Saxões. Era neto de Henrique duque da Bavária, irmão do rei Otto o Grande, e bisneto do rei Henrique o Passarinheiro.
Otto II, filho de Otto o Grande, morreu aos 28 anos e Otto III, seu filho e sucessor, morreu sem deixar filhos, aos 22 anos de idade. Em razão disso, Henrique, primogênito dos descendentes da família de Passarinheiro, conseguiu obter a coroa como rei da Alemanha em 1002, aos 30 anos de idade. Por meio de campanhas militares, feitas com energia, ele obrigou todos os seus adversários a aceitarem o seu comando, sendo coroado primeiro em Mainz e depois em Aix-la-Chapelle, desposando Cunegunda, filha do conde de Luxemburgo.
Sua primeira tarefa foi expulsar os poloneses invasores da Bavária e ajudar a colocar seu cunhado como rei da Hungria. A seguir, chamado à Itália, derrotou na Lombardia o usurpador Arduíno e foi coroado como rei da Itália em Pávia.
Depois de campanhas na Alemanha contra os poloneses, foi à Itália para restabelecer sua autoridade no norte e foi coroado Imperador do Sacro Império Romano pelo papa Bento VIII em 1014, aos 42 anos, junto com sua mulher Cunengunda como imperatriz. No altar de São Pedro ele jurou fidelidade à Santa Sé. Cobriu a Igreja Católica com doações, e, ao voltar para a Alemanha, fez muitos benefícios às diferentes abadias.
A ORDEM IRRECUSÁVEL DO ABADE DE VERDUN.  Em Verdun, ele pediu formalmente ser recebido como monge. O abade primeiro exigiu do Imperador que fizesse a promessa de obediência absoluta. Depois de sua promessa, o abade lhe deu a ordem irrecusável de voltar a tomar as redes do seu governo. Ele ainda passou mais dez anos no trabalho incessante da soberania do Império
. Assim era o poder moral, espiritual do clero sem armas na idade média.
Os poloneses, sempre agitados, obrigaram Henrique a fazer a defesa da Baviera. Ele estava de novo a ponto para entrar no sacerdócio, como cônego de Estrasburgo, quando o papa lhe pediu para proteger a Itália contra os gregos e os contra os mouros. Voltando à Alemanha, ele reuniu vários Concílios para instituir as regras para a Igreja. Henrique confirmou a favor da Sé de São Pedro, para a Igreja Católica, todos os legados e privilégios de seus predecessores.
Ele morreu subitamente em 13 de julho de 1024 em Pfalz Grona, perto de Gotingen, Saxônia, Alemanha, com a idade de 52 anos. Até seu último suspiro confirmou sua castidade inviolada e a virgindade da imperatriz Cunegunda, embora tivesse, antes, submetido sua virtude à prova do fogo.
Por tal motivo e também devido aos grandes recursos que forneceu à Igreja, Henrique foi canonizado junto com a imperatriz no século seguinte.
Henrique II é o ultimo rei da grande dinastia saxônica que governou a Europa por 104 anos, de 920 a 1024.
Soldado e organizador, Henrique II foi quase tão importante como Henrique o Passarinheiro ou como Otto o Grande. Como protetor e filho obediente da Igreja Católica, ele foi muito zeloso. Nesse proceder ele seguiu a política feita por Carlos Magno.
Mas, passados 200 anos, as relações dos poderes do Imperador e do papa muito se alteraram, exigindo muito mais energia e discrição para afirmar a independência do soberano.


AMANHÃ: O infiel admirado por seus inimigos: Villiers.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

0620 C OTON O GRANDE protegeu o continente contra invasões bárbaras

20 DE JUNHO. OTON O GRANDE: o progresso das cidades, da civilização e da ciência

OTON O GRANDE
Othon-le-Grand, Othon I de Saxe, Otto the Great, Otto der Grosse
(nasceu no ano 912 da nossa era; morreu em 973, em Memleben, Thuringia, Alemanha)

REI DA ALEMANHA SACRO IMPERADOR ROMANO PARA CULTURA E PACIFICAÇÃO

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana


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NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
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Otto (912-973 dC) é o filho primogênito de Henrique o Passarinheiro, rei da Alemanha do ano 920 a 936. Em 936, com 24 anos, sucedeu a seu pai no trono. Com habilidade e com uma serie de guerras vitoriosas conseguiu em quinze anos colocar sua soberania sobre toda a Alemanha, tendo derrotado todos os seus rivais do interior do país e todos os seus inimigos do exterior. Ele forçou Luis de França e os rei de Burgundy e da Boêmia a reconhecerem seu governo.
A filha do rei de Burgundy, Adelaide (Adelheid), então viúva do rei Lotário, em 951 convidou Oton para protegê-la das cruéis perseguições de Berenger, rei usurpador do trono da Lombardia. A política e o cavalheirismo se uniram para levar o rei Otto a ajudá-la. Ultrapassando os Alpes com forças irresistíveis, ele libertou a bela princesa que tinha então 20 anos de idade. Casou-se com ela e foi coroado como rei Lombardo em Pávia.
Novas revoltas ocorreram então na Alemanha contra Otto já que tanto os alemães como os italianos não aprovavam a tomada de uma coroa italiana. Otto reabilitou Berenger na condição de seu vassalo, e durante os quatro anos seguintes ficou absorvido para a defesa de sua autoridade na Alemanha.
No ano de 954 ele venceu os eslavos da Boêmia e em 955 colocou-se a frente de um grande exército para impedir a invasão dos húngaros. Na memorável batalha de Lechfeld, perto de Augsburg, ele derrotou o exército magiar 22 anos depois da vitória de seu pai em Merseburg. Os magiares eram invasores de origem asiática. Assim Oton salvou a Europa de um inimigo cruel e sempre presente, que vinha aterrorizando o continente durante os últimos 70 anos. Mais tarde os magiares se estabeleceram onde fica a Hungria, na Europa central.
Devido a suas vitórias, toda a Itália tinha Otto como um novo Carlos Magno. O papa João XII enviou embaixadores para que o grande rei da Alemanha fosse a Roma. O papa sagrou Otto solenemente como Imperador no ano de 962, aos 50 anos de idade. O novo império abrangia a Alemanha e o norte da Itália. Mas Oton era bem menos partidário da Igreja Católica do que foi Carlos Magno e possuía mais um título vazio do que uma autoridade real.
Oton era de fato o soberano absoluto da Alemanha e o chefe completo do papado. Tão logo Oton deixou Roma, o pérfido papa João XII organizou uma conspiração contra ele. Oton voltou a Roma e, reunindo um concílio na igreja de São Pedro, depôs solenemente o mais infame de todos os papas como sucessores do apóstolo Pedro.
Nos anos seguintes Oton ficou empenhado na Itália nas intermináveis intrigas dos príncipes italianos, nas insurreições do povo romano e nas traições e ambições na sucessão dos papas de 932 a 966. O seu filho Oton foi coroado Imperador no ano 968, tomando em casamento a princesa Teofano, filha do Imperador Bizantino. Oton voltou à Alemanha para reprimir de novo insurreições dos eslavos. No ano de 972 ele foi homenageado pelos reis da Boêmia e da Polônia numa brilhante dieta, em reunião política.
Otto morreu no ano de 973, no mais alto ponto de sua prosperidade e de sua glória, tendo 61 anos de idade.
Ele foi, depois de Carlos Magno, o maior dos primeiros imperadores do Sacro Império Romano. Após um longo intervalo, por seu caráter, sua política e seus sucessos foi um segundo Carlos Magno. Grande e vitorioso guerreiro, ele protegeu a Alemanha contra os eslavos ao nordeste e contra os magiares ao sudeste. Ele fez crescer e progredir as cidades, favoreceu a civilização, a ciência e o estabelecimento das leis. Fundou muitas escolas, manteve a paz e sufocou a guerra civil e a insurreição com mão implacável. Seu grande mérito foi ajudar a Igreja Católica e o papado se livrarem do aviltamento em que caíram durante os anos novecentos, o século décimo da nossa era.

AMANHÃ: Santo Henrique rei católico protetor e filho obediente da Igreja.