sábado, 30 de agosto de 2014

0901 C DALTON a observação das reações químicas prova a existência dos átomos

01 DE SETEMBRO. Dalton: mediu o peso dos átomos de cada elemento simples

John Dalton
(nasceu em 1766, em Eaglesfienld, Inglaterra; morreu em 1844 em Manchester, Inglaterra)

CRIADOR DA CIÊNCIA FÍSICA MODERNA COM A TEORIA ATÔMICA DA MATÉRIA

Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


JOHN DALTON (1766-1844) nasceu em Eaglesfield, perto da cidade de Cockermouth, na Inglaterra, em 1766. Seu pai tinha uma pequena propriedade e fazia a tecelagem de lã, sendo um seguidor da Sociedade dos Amigos: era um Quaker. Dalton permaneceu um Quaker por toda a vida.
Dalton na infância trabalhou na propriedade de seu pai, mas logo mostrou habilidade para o estudo das ciências. Dos 15 aos 17 anos foi professor adjunto à escola de Kendal, onde ele tinha o tempo livre e os livros para a sua instrução científica. Em 1793, aos 27 anos de idade tornou-se professor de matemática e de ciências naturais no New-College de Manchester. Esse colégio foi criado pelos protestantes presbiterianos para dar uma educação de primeira classe tanto aos candidatos a pastor como para os leigos. Porque as universidades de Cambridge e Oxford só admitiam os membros da Igreja da Inglaterra, os anglicanos.
Em 1800 Dalton tornou-se secretário da Sociedade Literária e Filosófica de Manchester e serviu como professor oficial e particular de matemática e de química. Em 1817 chegou a presidente da Sociedade de Filosofia, um cargo honorário que manteve até morrer.
Nos primeiros dias de seu trabalho como professor, Dalton foi influenciado por um Quaker muito rico, competente meteorologista e fabricante de instrumentos, para que se interessasse nos problemas da ciência e da meteorologia.
Dalton manteve, desde 1787 até morrer, um diário detalhado, como seu primeiro trabalho científico, que chegou a ter 200.000 entradas. Foi o registro das observações meteorológicas do clima da região em que vivia, de clima muito variável.
Ele publicou em 1793 seu tratado OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS E ENSAIOS. Depois ficou interessado em preparar coleções de espécies de plantas e de insetos.
Entre os primeiros escritos que apresentou na Sociedade de Filosofia de Manchester se acha o que escreveu em 1794 sobre FATOS EXTRAORDINÁRIOS RELATIVOS À PERCEPÇÃO DAS CORES. Foi a primeira descrição de um fenômeno da visão que ele e seu irmão apresentavam: a cor vermelha aparecia para eles como uma cor escura.  Dalton afirmava que essa deficiência na percepção das cores era devida ao descoramento do líquido dentro do globo ocular. Embora a teoria fosse modificada, a apresentação foi tão cuidadosa e bem feita, que o nome de DALTONISMO tornou-se o termo usado para a cegueira das cores.
Dalton foi um pesquisador incansável, mostrando um raro talento para descobrir uma teoria geral a partir de fatos particulares. A capacidade mental de Dalton ficou demonstrada por suas pesquisas em química, a serem feitas a partir do ano 1800. Ele realizou estudos sobre a pressão dos gases em mistura e sobre o efeito da temperatura sobre os gases. Com os elementos de suas pesquisas, comprovou que os gases entram em dissolução na massa da água.
Mas a sua obra-prima de síntese foi a TEORIA ATÔMICA, provando que todos os elementos químicos são compostos de pequenos, indestrutíveis partículas chamadas átomos, iguais e de mesmo peso atômico em cada elemento. Dalton registrou sua descoberta no tratado NOVO SISTEMA DE FILOSOFA QUÍMICA. A primeira parte foi publicada em 1808 e a segunda em 1810, uma obra que esclareceu a constituição da matéria. A teoria se apoiava sobre o fato observado nas combinações químicas em que sempre os elementos entravam em proporções definidas e invariáveis
Dalton criou um sistema de símbolos químicos e tabelou os pesos relativos dos átomos como partículas de matéria. Apresentou sua teoria da combinação química afirmando que os diferentes elementos entram em proporções definidas, fixas e simples. Dalton se dedicou à pesquisa científica com um método próprio, independente. Ele quase sempre desconfiava dos relatos científicos da época, que ele temia não ajudá-lo, mas enganá-lo. Dalton foi um gênio capaz de fazer a síntese geral de fatos e de idéias.
Quase foi ele um eremita, com poucos amigos, sem casar, totalmente dedicado à pesquisa científica. Seus instrumentos eram rústicos, feitos por ele mesmo. Suas medições nem sempre eram precisas, mas foram suficientes para suas importantes invenções.
Dalton como um bom Quaker era simples, com hábitos uniformes, com as roupas e modos tradicionais de um Quaker. Ele morreu em Manchester, na Inglaterra, em 27 de julho de 1844. Recebeu em vida muitas honrarias, tanto do governo como dos cientistas da época. Quando de sua morte mais de 40.000 pessoas foram a Manchester prestar-lhe as últimas homenagens.


AMANHÃ: O grande inventor da máquina a vapor revolucionou a indústria: Watt.


0831 C JOUFFROY inventor do primeiro navio a vapor bem sucedido

31 DE AGOSTO. Jouffroy: empregou a roda de pás no navio a vapor

JOUFFROY
Marquês Claude de Jouffroy, Claude-François-Dorothée, Marquês de Jouffroy d’Abbans
(nasceu em 1751, em Franche-Comté, França; morreu em 1832, em Paris)

ENGENHEIRO FRANCÊS INVENTOR DO PRIMEIRO NAVIO MOVIDO A VAPOR

Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

Jouffroy (1751-1832) foi o engenheiro e inventor francês, que, em 1783 construiu o primeiro navio movido a vapor. Ele subiu o rio Saône perto de Lyon no seu navio PYROSCAPHE, deslocando 182 toneladas. O deslocamento de uma embarcação é a massa da água ocupada pelo volume submerso do casco.
JOUFFROY D’ABBANS nasceu em 1751 na antiga província de Franche-Comté no leste da França. Ele entrou para o exército aos 20 anos e um ano depois se envolveu num duelo. Em razão do duelo ele foi banido para a Provença, no sudeste da França.
Em Provença, desde 1755, ele tentou aplicar a máquina a vapor na propulsão dos navios. Pensava ele usar a mesma técnica das bombas a vapor de Chaillot. No ano seguinte ele fabricou um barco de comprimento de 43 pés, 13 metros, movido por uma máquina a vapor no rio Doubs, afluente do rio Saône. A máquina empregada não era uma máquina a vapor, mas uma bomba feita com o princípio de Papin, em que a força motriz era produzida pelo vácuo obtido com a condensação do vapor.
Jouffroy fez outro teste em 1780 e ainda um terceiro modelo aperfeiçoado navegando rio acima no Saône, perto de Lion, em 1783. Nesse navio ele empregou a roda de pás, sendo essa a invenção do primeiro navio a vapor.
O navio inventado em 1783 tinha o nome de PYROSCAPHE, um barco de 182 toneladas de deslocamento, possuindo um mecanismo de catraca dupla. O movimento contínuo era assim obtido para acionar a rotação das rodas propulsoras de pás. O Pyroscaphe, na verdade, foi o primeiro navio a vapor no mundo, de construção bem sucedida.
A explosão de violência na França nos anos seguintes, com a Revolução Francesa, impediu que Jouffroy obtivesse a patente de seu invento e que ele continuasse com suas pesquisas. Foi um dos primeiros a fugir da França. Quando ele retornou em 1815, viu que o seu projeto de navios a vapor tinha sido realizado com ainda maior sucesso por outros empresários.
Na aplicação da força do vapor aos navios, muitos técnicos trabalharam ao mesmo tempo, entre eles o americano Robert Fulton, Des Blancs e outros. O próprio Fulton reconheceu ter sido Jouffroy o primeiro a inventar o navio a vapor bem sucedido, com os testes feitos em 1783, em Lion, no rio Saône.
Mesmo com o reconhecimento internacional de sua descoberta, Jouffroy d’Albbans morreu triste e esquecido, em 1832 em Paris.
Os navios com propulsão a vapor passaram a ser amplamente usados nos anos 1800 em diante. Tornados populares, foram, então, chamados simplesmente com o nome de VAPOR. Os vapores foram usados para o transporte de passageiros e mercadorias nos oceanos, rios e lagos em todo o mundo.
No início eram os vapores acionados por rodas propulsoras de pás. Mais tarde passaram a usar grandes hélices para fazer o deslocamento nas águas. A construção de navios se tornou um importante ramo industrial, com grandes estaleiros fabricando cada vez maiores e mais potentes navios.
As embarcações se tornaram especializadas para transporte de cargas específicas. Grandes navios de guerra foram equipados como base para transporte e aterrissagem de aviões nos porta-aviões. Os submergíveis foram aperfeiçoados em grandes e complexos submarinos de pesquisa e de guerra.
Grandes navios de passageiros foram construídos, e transportadores especializados para líquidos como petróleo, grãos, carga geral, contêineres, automóveis são hoje utilizados.


AMANHÃ: Dedicação à pesquisa científica com um método próprio: Dalton.


0830 C BLACK pioneiro cientista descobriu o gás carbônico e o calor latente

30 DE AGOSTO. Joseph Black: vida simples, médico, professor, físico e químico

BLACK
Dr. Joseph Black, médico
(nasceu em 1728, em Bordaux, França; morreu em 1799, em Edinburgh, Escócia)

MÉDICO INGLÊS PESQUISADOR PIONEIRO EM FÍSICA E EM QUÍMICA

Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


JOSEPH BLACK (1728-1799) nasceu em Bordeaux, uma cidade do sudoeste da França. O seu pai era nascido em Belfast, na Irlanda do Norte, mas era de família escocesa. Era um comerciante de vinhos, amigo de Montesquieu.
Joseph foi educado em Belfast e estudou medicina e ciências naturais na Universidade de Glasgow, na Escócia. Depois foi para Edinburgh onde estudou medicina e obteve o grau de doutor em medicina em 1754. Sua tese de doutorado foi sobre o efeito do suco gástrico sobre a magnésia. Ela mostra sua atenção para a química, então uma ciência em formação.
Na Universidade de Glasgow ele foi aluno de William Cullen (1712-1790) como professor de química. Logo ele se tornou assistente de Cullen e o sucedeu como conferencista em química na Universidade, sendo depois indicado como professor de medicina. E tinha ainda sua clínica como médico.
Em 1756 ele publicou suas experiências sobre a magnésia, a cal e outras substâncias alcalinas. Essa memória é pioneira como primeiro exemplo do emprego da balança para realizar a análise química.
Com essas pesquisas com o aquecimento da magnésia alba, o carbonato de magnésio, conseguiu descobrir a existência de um gás, o dióxido de carbono, distinto do ar atmosférico. Ele descobriu que esse gás alterava as substâncias alcalinas, agindo como um ácido. E ainda identificou a produção do dióxido de carbono na fermentação, na respiração e na queima do carvão.
Em 1761 teve sua atenção voltada para o estudo do calor na mudança de estado físico dos corpos, na passagem do estado sólido para líquido e para o estado gasoso. Black desenvolveu a teoria do CALOR LATENTE na Universidade de Glasgow. Ele notou que, para um quilograma de água líquida era necessário sempre a mesma quantidade de calor para cada aumento de temperatura de um grau. Mas essa lei não era válida quando a água passava do estado sólido, de gelo, para líquido e quando passava do estado líquido para gás, para vapor dágua. O calor era fornecido à substância, mas a temperatura não se elevava até que a alteração de estado ocorresse em toda a massa da substância. Parecia que o calor desaparecia e Black fez a medição dessa quantidade de calor. Ele chamou essa quantidade de calor de CALOR LATENTE, um nome usado até hoje.
Ele também verificou que iguais pesos ou iguais massas de diferentes materiais necessitam de quantidade de calor diferentes para elevar sua temperatura ao mesmo grau de temperatura. Descobriu então o valor do calor específico para cada substância, fundando a teoria do CALOR ESPECÍFICO.
James Watt, o criador da máquina a vapor, foi aluno e assistente de Black. Ele colocou em prática essas descobertas científicas quando fez o desenvolvimento de seu importante invento.
O gás descoberto por Black, o dióxido de carbono, de fórmula CO2, é usado hoje para dar a efervescência nas bebidas gasosas. Esse gás não é combustível e faz parar a combustão, sendo usado nos extintores de incêndio.
O extintor de CO2 quando acionado, libera o gás, que se expande subitamente, abaixando a sua temperatura, o que produz o resfriamento e o fim da chama na combustão ao afastar o oxigênio do ar.
O gás quando sob alta pressão se torna sólido, no que se chama de gelo seco, usado para resfriamento. Tem a vantagem de um alto poder de refrigeração e se converte em gás inerte, que reduz o aumento das bactérias.
O dióxido de carbono no sangue estimula a respiração, sendo usado em mistura com o oxigênio na respiração artificial e nos gases usados na anestesia cirúrgica.
O médico e cientista doutor Joseph Black era um homem simples, sem grande ambição. Morreu subitamente em 1799, aos 71 anos de idade, em Edinburgh.


AMANHÃ: Reconhecido como o primeiro a inventar o navio a vapor bem sucedido: Jouffroy.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

0829 C PAPIN cientista inventor do uso da pressão do vapor para geração de trabalho

29 DE AGOSTO. Papin:  inventou a panela de pressão, a autoclave e a máquina a vapor.

PAPIN
Denis Papin
(nasceu em 1647, em Blois, França; morreu em 1712, em Londres)

FÍSICO E ENGENHEIRO INVENTOR NO USO DO VAPOR PARA USO INDUSTRIAL

Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

Papin (1647-1712) é muito famoso por sua engenhosa invenção para tornar os ossos e as cartilagens tão amaciados ao ponto de poderem servir de alimento. Ele conseguiu fazê-lo pela ação do vapor superaquecido, ou seja, com vapor em temperatura acima de 100 graus Celsius, quando a água entra em ebulição. Ele também inventou uma máquina a vapor usando o vácuo produzido pela condensação do vapor.
Ele foi para a Inglaterra em 1675 participando com o físico inglês Robert Boyle em algumas experiências. Em 1679 Papin inventou seu processador a vapor, a panela de pressão. Fez um vaso fechado que aquecia a água até gerar uma alta pressão, o que fazia dentro do vaso a elevação do ponto de ebulição da água. Ou seja, a pressão mais alta dentro do vaso faz com que a água passe a ferver acima de 100 graus. Essa temperatura mais elevada tornava o cozimento muito mais rápido e eficiente, porque o amaciamento do alimento é maior quando o calor dura mais e quando a temperatura é maior. Papin inventou uma válvula de segurança para evitar a explosão do vaso pelo aumento da pressão.
O processador de Papin é a panela de pressão, hoje usada em todas as cozinhas do mundo, seja para as refeições domésticas ou nas grandes cozinhas industriais. E a autoclave moderna é um vaso de Papin, empregado na indústria para aceleração de processos químicos e na medicina para esterilização. O nome da autoclave se originou de modelos que tinham um auto fechamento pela própria pressão.
Papin realizou as primeiras pesquisas de transmissão pneumática em 1700, usando a força da roda de água para comprimir o ar, que era transmitido por meio de tubos. Mensagens podiam ser enviadas a outros lugares pela força do ar comprimido.
Como era protestante, calvinista, não podia retornar à França devido à perseguição religiosa católica. Papin viveu algum tempo em Marburg na Alemanha central, como professor de matemática. Dai passou a Kassel, no leste do país. Em 1707 ele deixou a Alemanha para ir à Inglaterra, onde morreu, em 1712, em Londres. Alguns de seus escritos se acham nas atas da Academia de Leipzig, Alemanha. É numa das suas memórias que ele descreve o seu plano de obter a energia mecânica por meio de máquina usando a condensação do vapor.
A memória é entitulada:
“NOVO MÉTODO DE OBTER UMA GRANDE FORÇA MOTRIZ A BAIXO CUSTO”.
Papin descobriu que se o vácuo pudesse ser feito facilmente num cilindro dotado de um pistão móvel, a pressão atmosférica abaixaria o pistão, que poderia assim ser empregado para fazer baixar uma alavanca. Na outra extremidade um peso qualquer poderia ser levantado.
Ele testou o uso da pólvora de canhão num cilindro. Mas só conseguiu o vácuo enchendo um cilindro com vapor que era então condensado pelo resfriamento. Esse método funcionou e Papin fez a transmissão do movimento da alavanca, construindo então a máquina a vapor com o princípio que inventou.
A máquina de Papin teve uma grande aplicação durante quase 50 anos. Seu modelo foi posto em funcionamento por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por Brindley e Smeaton. Foi utilizada para bombear água de minas e para elevadores de carvão.
O emprego das forças da natureza marcou um grande progresso na indústria humana. Na época de Papin se realizaram as pesquisas básicas para o desenvolvimento da máquina a vapor. Nota-se que, como sempre, o progresso e o trabalho são coletivos, cada nome individual representando, de fato, o esforço de muitos de nossos antepassados com suas famílias. Um trabalho que se transformou no conhecimento criador de novos avanços, movidos pelo sentimento associativo gregário, pelo nato altruísmo humano.
A maravilhosa evolução da sociedade humana se realizou pelo esforço coletivo conjunto e revela como se dá o progresso gradual ao longo dos séculos. O estudo dessa história é a base para a formação de uma verdadeira ciência social, de uma sociologia moderna. Que indique com certeza científica de onde estamos vindo e para onde vamos.

AMANHÃ: Descobridor do gás carbônico e do calor latente: o físico e químico Joseph Black.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

0828 C MARIOTTE pesquisador da pressão do ar da vegetação do choque dos corpos

28 DE AGOSTO. MARIOTTE:a pressão da seiva vegetal, do sangue e dos fluidos

MARIOTTE
Edme Mariotte
(nasceu cerca de 1620, em Dijon, França; morreu em 1684 em Paris)

FAMOSO PADRE E FÍSICO DESCOBRIDOR DA LEI DOS GASES JUNTO COM BOYLE

Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

MARIOTTE (1620-1684) nasceu em Dijon. Ele tomou as ordens religiosas e foi nomeado prior da abadia de Saint-Martin-sous-Beaune. Mas se dedicou, sobretudo, às pesquisas científicas, sendo um exemplo de sacerdote cientista.
Ele acompanhou de perto as descobertas que os sábios como Galileu e Torricelli acabavam de fazer. Foi, em 1666, um dos membros fundadores da Academia de Ciências em Paris.
Suas principais obras são:
1 Tratado sobre o choque dos corpos.
2 Ensaio sobre a vegetação.
3 Discurso da Natureza do Ar, de 1676.
É na terceira obra em que ele formula e mostra a verificação da lei dos gases, o tratado que deu a Mariotte seu maior renome. Nele, Mariotte cunhou o nome de barômetro para o medidor de pressão do ar atmosférico.
A lei descoberta ao mesmo tempo por Mariotte na França e por Roberto Boyle na Inglaterra ficou conhecida pelo nome de LEI DE BOYLE-MARIOTTE.
A lei de Boyle-Mariotte mostra que o volume de um gás varia na razão inversa da pressão a que o gás está submetido, mantida a mesma temperatura. Ou seja, indica que há uma relação matemática que liga a pressão e o volume da mesma quantidade de gás: se a pressão dobra, o volume se reduz à metade. E se a pressão for três vezes maior, o volume se reduz a 1/3, ou um terço do volume original.
A lei é expressa pela relação  V=1/P,    ou seja, vol   é igual   a 1 dividido por pressão
se a pressão P for 5,
             o volume V será   V=1/P=1/5,  o volume será a quinta parte
             do volume inicial.
A lei dos gases não tem validade nas pressões próximas às pressões em que os gases passam ao estado líquido.
A descoberta dessa lei é um exemplo da função da ciência em REPRESENTAR de forma aproximada a realidade. O ar e os outros gases apresentam propriedades, como o volume e a pressão. Portanto, a relação descoberta liga duas propriedades ou fenômenos do ser, do gás. As propriedades são conhecimentos abstratos, não são coisas, não são seres concretos, tangíveis, tocáveis. A lei, portanto, é abstrata, indica a relação entre duas abstrações, que são atributos de um gás qualquer, do ar, do hidrogênio, de qualquer gás. As abstrações são conhecimentos gerais, que valem abrangendo muitos seres, muitas coisas, muitos seres concretos, físicos.
Mas a lei, a relação entre atributos, não é a própria realidade, mas é uma relação constante comprovada na observação da realidade. É uma relação descoberta, TIRADA, da realidade, abstraída da realidade, do ser, das coisas concretas. As leis abstratas são infalíveis, como a lei de Newton, da gravitação universal.
A lei de Boyle-Mariotte tem validade para grande faixa de pressões. Mas pode ocorrer que ela não seja válida para casos extremos, fora dos casos já testados, como no caso de muito altas pressões.
O mesmo se deve dizer da lei da gravidade de Newton, que pode não atender a casos extremos, como Einstein mostrou. Porque a ciência é a REPRESENTAÇÃO aproximada do real, não é a realidade absoluta, eterna, imutável. Mas, dentro da variação testada, a relação é fixa, imutável, infalível, de modo relativo, relacional.
PREVISÃO. A relação fixa permite a previsão: dado um fator, pode-se prever o outro fator. Sem a lei, apenas com a descrição dos seres concretos, sem abstração, não é possível prever. A previsão só pode ser feita conhecendo-se as RELAÇÕES abstratas, ou seja, conhecendo-se a lei constante de ligação entre as propriedades, entre os fenômenos.
Mariotte com Pierre Perrault fez a investigação na bacia do rio Seine quanto à precipitação anual de chuvas em relação à descarga do rio. Mariotte em 1680 publicou descobertas sobre a elasticidade de materiais semelhantes às pesquisas de Robert Hooke.
Mariotte dedicou-se a uma ampla variedade de pesquisas, sobre a síntese efetuada pelos vegetais, a pressão da seiva, comparada com a pressão do sangue nos animais. Também pesquisou o movimento dos fluidos, a composição da cor e as notas musicais do trompete.


AMANHÃ: Inventou a panela de pressão, a autoclave e a máquina a vapor: Papin.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

0827 C STEVIN matemático e físico desenvolveu o estudo do equilíbrio dos flúidos

27 DE AGOSTO: STEVIN cientista fundou a escola de engenharia de Leiden na Holanda

STEVIN
Simon Stevin, Simon de Bruges
(nasceu em 1548 em Bruges, Bélgica; morreu em 1620, em Hague, Holanda)

SÁBIO CIENTISTA E ENGENHEIRO FUNDADOR DA MODERNA HIDROSTÁTICA

A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Desde antiguidade no comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com os lucros e as perdas do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco sendo remunerado pelo lucro. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
Nesta terceira semana do mês comemoramos o controle pelo homem sobre as forças naturais sobretudo pelo estado de gases sob pressão e calor. O chefe de semana é James Watt, o principal inventor da máquina a vapor. A ele estão associados não só seus precursores como os sábios descobridores das ciências puras das infalíveis leis abstratas dos fenômenos dos seres. As novas invenções são a aplicação prática dessas leis. Dalton, que tanto fez na aplicação da química às artes industriais aqui se encontra.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

SIMON STEVIN (1548-1620), também conhecido como Simon de Bruges, nasceu na Bélgica, na cidade de Bruges, na importante, antiga e histórica capital de Flandres. Era filho de uma família rica, iniciando seu trabalho como coletor de impostos. Aos vinte anos, viajou pelo norte da Europa, pela Noruega, Polônia e Prússia, na volta indo para a Holanda.
Em 1581 estudou em Leiden na escola de latim e mais tarde, em 1583, aos 35 anos, entrou para a Universidade de Leiden, onde foi colega e tornou-se amigo do então Conde Maurício de Nassau, o segundo filho do príncipe Guilherme de Nassau.
Nessa época, a Holanda fazia a corajosa luta contra a ocupação do pequeno país pela poderosa Espanha. O norte da Holanda promoveu uma união para reagir contra os espanhóis, sob o comando do príncipe Guilherme de Orange. No sul do país, uma forte reação contra os espanhóis começou depois de um reino de terror promovido pelos invasores. Por esse tempo, Stevin se mudou para o norte da Holanda, predominantemente calvinista. Em 1581, os Estados Gerais formados pela União de Utrecht declararam sua independência da Espanha.
Stevin tinha se tornado professor de matemática de Maurício de Nassau. Com a morte de Guilherme de Orange, Maurício tornou-se o dirigente da Holanda, das então Províncias Unidas dos Países Baixos, em 1584.
Com o príncipe Maurício comandante do exército da república e Stevin seu assessor, foi obtida uma série de triunfos sobre os espanhóis. O príncipe compreendeu a importância da estratégia militar, sua tática e engenharia na vitória militar.
Em 1600 Maurício encarregou Stevin de fundar a escola de engenharia na Universidade de Leiden, com as aulas sendo ensinadas na língua holandesa e não em latim. De 1604 em diante Stevin foi o general-chefe de engenharia do exército da União de Utrecht.
Stevin desenvolveu um método para alagar as tropas invasoras pela abertura de certas comportas dos diques holandeses. Ele mostrou-se um habilidoso engenheiro, assistindo a construção de moinhos de vento, diques e portos. Fortificações foram construídas e descrições detalhadas foram feitas das inovações militares realizadas. Essas inovações foram imitadas mais tarde por outros países. Em 1612 Stevin montou sua casa em Haia, casando-se. Do casamento teve quatro filhos. Hendrik, seu segundo filho, formou-se pela Universidade de Leiden, tornou-se um famoso cientista e foi o editor da coleção das obras completas de seu pai.
Simon Stevin escreveu onze livros, com importantes contribuições à trigonometria, mecânica, arquitetura, teoria musical, geografia, fortificações e navegação. Embora não tenha sido o inventor das frações decimais, já usadas pelos árabes e pelos chineses, foi Stevin que introduziu o uso na matemática das frações decimais na Europa.
A obra de muito mais importância de Stevin é seu tratado de hidrostática. Depois de Arquimedes, nada tinha sido feito nessa parte da ciência. Ele é apontado como o fundador da hidrostática moderna.
Na sua obra destacam-se três importantes publicações. Todas elas foram editadas em Leiden e em holandês, em 1586:
-Princípios de estática, uma continuação dos trabalhos de Arquimedes (teoria da alavanca, centro de gravidade dos corpos, etc., e o teorema dos planos inclinados).
-Aplicações de estática
-Princípios de hidrostática, uma importante contribuição ao estudo da hidrostática. Entre outros assuntos, trata do deslocamento de corpos mergulhados em água. E explica o paradoxo da hidrostática - a pressão de um líquido independe da forma do recipiente, depende apenas da altura da coluna líquida.
Simon Stevin foi um sábio de grandes e variados recursos e assumiu os mais importantes postos do governo na Holanda, até a sua morte em Haia, em 1620.


AMANHÃ: Dedicou-se a grande variedade de pesquisas, na síntese pelos vegetais, a pressão da seiva e do sangue: MARIOTTE.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

0826 C VAUCANSON inventor e construtor de robôs e de automatização mecânica

26 DE AGOSTO. Vaucanson: inventor da máquina-ferramenta e do tear automático

VAUCANSON
Jacques de Vaucanson
(nasceu em 1709, em Grenoble, França; morreu em 1782, em Paris)

INVENTOR PIONEIRO NA CONSTRUÇÃO DE ROBÔS NA INDÚSTRIA TÊXTIL MODERNA

A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Desde antiguidade no comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com os lucros e as perdas do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco sendo remunerado pelo lucro. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

VAUCANSON (1709-1782) nasceu em Grenoble, em família de classe média abastada. Seu pai era um fabricante de luvas. Estudou no Colégio Jesuíta de Grenoble. Ele cedo mostrou sua criatividade em mecânica construindo um relógio em que anjos abriam suas asas e os padres se enfileiravam em procissão. Logo depois, em Lion, fez um modelo de máquina hidráulica para fornecimento de água para a cidade.
Em Paris, se propôs a construir no jardim das Tulherias um autômato representando um fauno, um deus romano do campo, “O Tocador de Flauta”. Não desejava apenas fazer um simples brinquedo. A teoria de Descartes descrevendo o corpo humano como resultante de movimento automático fazia o projeto de Vaucanson ser um importante empreendimento.
Durante três anos, ele fez o estudo sistemático de física e de anatomia, de como o ar produzia os sons numa flauta, que forças musculares atuavam com que intensidade. A família de Vaucanson tornou-se contrária à perda de tempo e de dinheiro nesse trabalho, chegando a pedir sua prisão na Bastilha. Em 1738 a estátua automática do fauno ficou pronta, tocando doze árias na flauta. Ela maravilhou a cidade de Paris e chamou a atenção da Academia de Ciências, onde Vaucanson apresentou uma memória com os detalhes de sua construção. Sete alavancas faziam o movimento dos dedos nas duas mãos, quatro agiam nos lábios aumentando e diminuindo sua abertura e os aproximando ou afastando da flauta e uma quinta alavanca fazia mover a língua. O reservatório de ar permitia regular o sopro na flauta como desejado. A sucessão variada dos sons foi feita com os mesmos princípios que mais tarde seriam usados com sucesso nas novas máquinas de tecelagem de Vaucanson.
Vaucanson produziu vários outros autômatos ou robôs, entre eles “O Tocador de Tamborim” e “O Pato”. O pato se destacou porque imitava os movimentos do animal, bebia água, comia e digeria o alimento. Vaucanson tinha então menos do que 30 anos de idade. Suas invenções mostravam que ele era um gênio criador mecânico de alta capacidade, a mais alta já vista antes. O imperador Frederico o Grande convidou Vaucanson para sua corte, mas ele recusa a oferta. Em 1741, por sua grande fama, foi nomeado inspetor da tecelagem de seda, uma das grandes indústrias da França. Foi ao aperfeiçoamento sistemático dessa indústria que ele dedicou o resto de sua vida de 73 anos.
Estudando os problemas especiais da tecelagem da seda, desenvolveu sua mecanização. A grande invenção de Vaucanson foi a importante automatização do tear. Ele introduziu o uso de grandes cartões perfurados, que comandavam o movimento da trama, para produzir diferenças no acabamento do tecido. Essa invenção transformou o tear num primeiro robô mecânico, um protótipo dos modernos robôs intensamente usados na indústria moderna e do computador de nossos dias.
Depois que Vaucanson morreu em 21 de novembro de 1792, aos 73 anos, em Paris, essa invenção foi aperfeiçoada por J.M. Jacquard e se tornou uma das mais importantes invenções da revolução industrial.
Vaucanson inventou muitas das máquinas-ferramentas de importância permanente, até hoje empregadas na indústria. A máquina-ferramenta produz as peças em aço e em outros materiais por meio de corte, furação, esmerilhamento ou deformação.
Foi Vaucanson o inventor do torno mecânico, a máquina básica na construção mecânica, sucessivamente aperfeiçoada mais tarde.
As invenções de Vaucanson foram reunidas na escola que mais tarde se tornou, em 1794, o Conservatoire des Arts et Métiers (Conservatório de Artes e Profissões) de Paris.


AMANHÃ: Ele é o fundador da moderna hidrostática, do equilíbrio dentro dos fluidos: STEVIN.


0825 C CONTÊ inventor criador de engenhosos projetos executados

25 DE AGOSTO: Contê  criador da fabricação do grafite e do lápis moderno

CONTÊ
Nicolas-Jacques de Conté
(nasceu em 1755, na Normandia, França; morreu em 1805, em Paris)

GRANDE GÊNIO MECÂNICO INDUSTRIAL NO PROJETO E NA PRODUÇÃO

Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


CONTÊ (1755-1805) filho de um jardineiro, nasceu na Normandia em 1755. Ele se destacou particularmente por suas invenções engenhosas.
Aos 12 anos, com um canivete, foi capaz de construir um violão. Com 14 anos passou a fazer pintura a óleo de retratos, com que obteve alta remuneração. Aos 18 anos ele realizou voluntária e gratuitamente várias pinturas para o hospital da cidade de Séez, nos Alpes, no sudeste da França, onde ele fora educado.
Em Paris ele inventou uma máquina hidráulica que foi aprovada pela Academia de Ciências. Em 1793 mostrou grande tal habilidade como membro da Comissão encarregada de fazer experiências relativas à decomposição da água pelo ferro, em lugar do uso do ácido sulfúrico. Mais tarde ele foi nomeado Diretor da escola de navegadores de balão aerostatos de Meudon.
Apaixonado pela ciência e pela arte mecânica, ele começou a mostrar sua capacidade de invenção durante a Revolução Francesa. Devido à guerra, com a impossibilidade do fornecimento de plumbago, um grafite encontrado na Inglaterra, Contê criou, para substituí-lo, uma mistura de argila e grafite usada até hoje nos vários tipos de lápis.
No fim dos anos 1500, século 16, um novo meio usado para desenhar havia sido introduzido: o grafite. Era chamado de ponta espanhola, por sua origem. Foi muito usado, mas por ser macio demais e de consistência untuosa só foi mais empregado por alguns pintores holandeses, ou mesmo usado junto com outros materiais de pintura.
Contê introduziu na França a fabricação de seu novo lápis e estabeleceu uma usina para fornecimento a todo país. Ele, com seu gênio criador, desenvolveu o método básico de fabricação do moderno lápis como hoje conhecemos. O lápis de grafite foi criado e introduzido na arte do desenho por Contê, usando um processo de manufatura semelhante ao usado na produção do giz para escrita. O novo tipo de lápis foi chamado de “crayon Contê”. O grafite, depois de purificado e lavado, era misturado com adição variável de argila para obter o grau de dureza desejado.
O traço do lápis, na dureza adequada, tem durabilidade, clareza e espessura fina, passou logo a ser usado na escrita e também especialmente aplicável à produção dos desenhistas Românticos e do Neoclassicismo. Entre os mestres artistas do lápis encontra-se o neoclassicista Jean-Auguste-Dominique Ingres, que sistematicamente esboçava previamente a lápis as belas estruturas de suas pinturas.
Em 1798 Napoleão encarregou Contê para servir como chefe do Corpo de Balões em sua expedição ao Egito. Quando quase a totalidade das munições e mantimentos franceses foi perdida depois da Batalha de Aboukir e da revolta do Cairo em julho de 1799, Conté pôs seu gênio inventivo para trabalhar, improvisando ferramentas e máquinas para produção de pão, roupas, armas e munições, equipamentos de precisão para os engenheiros e instrumentos cirúrgicos.
Contê parecia habilitado a inventar qualquer coisa necessária. Era capaz de projetar, construir modelos, organizar e supervisionar o processo de manufatura.
Ao voltar do Egito em 1802, ele foi encarregado da publicação de uma volumosa obra descritiva do Egito. Inventou, então, uma máquina para gravação que permitia uma grande economia de tempo e de esforço do artista.
Contê morreu em 6 de dezembro de 1805. Foi membro da Legião de Honra da França e mereceu uma estima universal por seus eminentes méritos.


AMANHÃ: O inventor da máquina básica para fabricar máquinas, o torno mecânico: Vaucanson.



sábado, 23 de agosto de 2014

0824 C ARKWRIGHT na invenção da mecanização automática da fiação do algodão

24 DE AGOSTO: Arkwright  rolos de laminação para a produção de fios para tecidos

ARKWRIGHT
Sir Richard Arkwright
(nasceu em 1732 em Preston, Inglaterra; morreu em 1792 em Cromford, Inglaterra)

INVENTOR INGLÊS NA MECANIZAÇÃO DA FIAÇÃO DE ALGODÃO

A INDÚSTRIA MODERNA
Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

ARKWRIGHT (1732-1792) nasceu em família pobre, em Preston, uma cidade com porto no noroeste da Inglaterra, condado de Lancashire, em 1732. Começou a trabalhar com aprendiz de barbeiro e depois na fabricação de perucas. Nessa atividade viajou por todo o território da Grã-Bretanha e começou sua auto-educação que duraria o resto de sua vida. Mais tarde, em 1764, aos 32 anos, veio a se dedicar à fiação de algodão. A formação de um fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Sua primeira máquina de fiar foi construída usando a força de um cavalo. Obteve a patente de sua máquina em 1769. Ele observou a laminação do aço, feita com a passagem do metal entre dois cilindros laminadores. O laminador seguinte ao primeiro tem uma velocidade maior do que o primeiro laminador, porque o material estirado tornou-se mais longo. Arkwright imaginou fazer o mesmo com a fiação do algodão, fiando e estirando as fibras retorcidas do material. O algodão seria primeiro cardado, isto é, penteado por escovamento, antes sendo retiradas as impurezas da fibra usada como matéria prima.
Esse foi o princípio da invenção da máquina de fiar de Arkwright, fabricada com a colaboração Kay, um relojoeiro de Warrington. O inventor James Hargreaves tivera anos antes, sua máquina de fiar destruída por fiandeiros que faziam a fiação manual, no Lancashire, receosos da perda de seus empregos pela produção muito mais rápida pela nova técnica. Conhecendo esse risco, Arkwright instalou sua primeira fábrica bem longe, em Nottingham, em 1769.
Ele melhorou o acionamento de sua segunda fábrica, construída em Cromford, Derbyshire, movida pela força da queda dágua, muito mais econômica. Muitos melhoramentos foram feitos na máquina de fiar até 1775, então considerada em sua forma definitiva.
A máquina de Arkwright produzia um fio muito mais forte, adequado para a urdidura, que é o fio longitudinal na tela da peça de um tecido. A máquina de fiar inventada antes, em 1767, por Hargreaves, a spinning jenny, a “Jane que fia”, produzia um fio mais fraco, que só podia ser usado na trama, que é o fio transversal na peça de tecido.
A principal oposição sofrida por Arkwright veio tanto dos fabricantes do Lancashire como dos seus operários. Eles formaram um movimento para impedir a compra do fio de suas fábricas. Opuseram-se com força contra a diminuição do imposto sobre os tecidos de algodão. Deixaram destruir uma de suas fábricas em Chorley, num tumulto com a presença da polícia, sem que ninguém tentasse intervir. A patente obtida por Arkwright causou vários processos de anulação e seu direito sobre uma patente ampliada foi finalmente negado em 1775.
Com vários sócios, Arkwright abriu várias fabricas e em poucos anos ele operava um grande número de fábricas equipadas com maquinaria para todas as fases de fabricação de tecidos, desde as cardas até a fiação da fibra do algodão e da formação do tecido e seu tingimento. Ele foi bem sucedido na indústria, e mais tarde, em 1786, foi feito cavaleiro da Inglaterra pelo rei George III, tornando-se Sir Arkwright.
A produção de fios e a tecelagem é uma das primeiras formas do trabalho humano na antiguidade. O emprego da roca e do fuso é feito desde os tempos da pré-história. Nós não temos registro da época muito recuada no tempo em que as curtas fibras dos vegetais foram colocadas lado a lado e reunidas pela torção, de maneira a formar um fio contínuo longo, para fabricar cordas e tecidos. A formação de um fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Essa história mostra como o progresso numa das atividades mais importantes se faz com a colaboração individual, reunida na sociedade pelo sentimento de união dos humanos ao longo dos séculos. É a nossa dívida em relação ao passado da sociedade, nossa dívida a nossos antecessores na grande família humana. E claramente se vê que não foi pela destruição das primeiras máquinas que se fez o progresso. O conflito, a guerra, a luta, destroi, não constroi.


AMANHÃ: Ele era capaz de inventar qualquer coisa necessária, desde o projeto até o acabamento: Nicolas-Jacques de Conté.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

0823 C DOLLOND pesquisador cientista e inventor das lentes acromáticas

23 DE AGOSTO: John Dollond  justaposição de lentes no progresso da ótica

DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em Londres; morreu em 1761, em Londres)

SÁBIO CIENTISTA INGLÊS INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS

Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN DOLLOND (1706-1761) era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai, refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields, um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século 17.
Dollond desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu por mais de um século.
Os primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração diferente.
Em 1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que, de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a examinar o problema.
Das experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época. O seu índice de refração é baixo. O vidro Flint tem um índice de refração alto. Mas era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a dispersão colorida.
Dollond tinha criado a lente sem aberração cromática, sem as inconvenientes bordas coloridas, a lente acromática. É a combinação de uma lente convexa Crown colada a uma lente côncava Flint. Dollond patenteou e comercializou sua invenção.
A invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema, em vários países.
Dollond continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de aparelhos óticos passou para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que Dollond morreu em 1761 em Londres.


AMANHÃ: O inventor de aperfeiçoamentos na produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

0822 C HARRISON genial mecânico produziu o cronômetro marítimo de precisão

22 DE AGOSTO: HARRISON   toda uma vida dedicada à precisão na cronometria

HARRISON
John Harrison
(nasceu em 1693, no Yorkshire; morreu em 1776, em Londres)

MECÂNICO INGLÊS INVENTOU PRECISO CRONÔMETRO PARA A NAVEGAÇÃO


Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN HARRISON (1693-1776) nasceu em Folby, no antigo condado de
Yorkshire, na costa norte-leste da Inglaterra, na borda do Mar do Norte. Seu pai era carpinteiro e mecânico de Sir Rowland Winn, na paróquia de Nostell. O jovem se mostrou inteligente e logo se dedicou ao reparo de relógios e ao apoio às tarefas de seu pai.
Ainda com apenas 18 anos fez um relógio em madeira que trabalha por 8 horas. Esse relógio está conservado no museu de South Kensington.
A medição do tempo é importante na astronomia. Os astrônomos da Escola de Alexandria só tinham a medida do tempo pela observação do céu, com uma pequena precisão. A passagem de água por uma abertura num vaso era o expediente mais usado, mas a variação da pressão atmosférica alterava o resultado. Nos anos 1200, no século 13, usavam-se relógios movidos pela ação de um peso sobre rodas dentadas. Mas os medidores de tempo mostravam grandes erros, não podendo ser usados para as pesquisas científicas.
Galileu deu o primeiro passo para uma solução mais precisa para a medição do tempo, quando descobriu que as oscilações para um pêndulo qualquer, de mesmo comprimento, eram constantes, se os arcos percorridos fossem pequenos, para pequenas oscilações.
Huyghens tornou a idéia de Galileu ainda mais precisa e a aplicou na construção de relógios onde o movimento de um pêndulo comandava a ação das rodas dentadas de uma engrenagem. Mas o pêndulo estava sujeito a duas variações. Em diferentes pontos da terra, o tempo de oscilação varia com a intensidade da força de gravidade e ainda há variação pela ação da temperatura dilatando ou contraindo o comprimento do pêndulo.
Harrison em 1723 corrigiu a alteração do tempo pela temperatura, colocando na haste do pêndulo barras paralelas alternadas em aço e em cobre, metais que são afetados de forma diferente pelo calor. As hastes eram colocadas de forma que a dilatação menor do cobre era neutralizada pela dilatação maior do aço, mantendo constante o centro de gravidade do pêndulo. Melhoramentos feitos por ele no escapamento e um dispositivo que permite dar corda ao relógio sem que ele pare, fizeram o relógio mais perfeito que até então se tinha obtido.
Os relógios a pêndulo não podiam ser usados na navegação marítima devido ao balançar dos barcos. Passou-se a usar na marinha os relógios que usavam a oscilação de uma mola em espiral como regulagem. Eles estavam livres da influência da gravitação. Mas, como os pêndulos, sofriam alteração com a variação da temperatura.
O movimento aparente do sol em torno da terra percorre 360° durante 24 horas. Portanto, a diferença em horas de um lugar para outro corresponde à diferença na longitude, que é a distância de um meridiano terrestre para outro. A medição da longitude permite saber a localização em que o navio se acha, importante para evitar colisões com obstáculos da costa e com outros navios.
Com a ocorrência de dispendiosos desastres no mar, devido à navegação mal dirigida, o governo britânico decidiu criar em 1713 o Bureau de Longitude, que oferecia alta premiação para quem desenvolvesse um cronômetro marítimo com que a longitude pudesse ser calculada com um erro menor do que meio grau no fim de uma viagem às Índias Ocidentais.
Harrison produziu um cronômetro marítimo de precisão em 1759 que numa viagem à Jamaica, de novembro de 1761 a março de 1762 determinou a longitude com um erro menor do que 18 milhas. E dez anos mais tarde um outro cronômetro de Harrison deu precisão de menos que 10 milhas na viagem de Cook em 1765. Com esses cronômetros Harrison ganhou o prêmio oferecido.
O escritório de Longitude mostrou pouca vontade para entregar o prêmio a Harrison, só pagando pela intervenção pessoal do rei Jorge III da Inglaterra. Uma parcela ainda ficou pendente até a morte de Harrison, que ocorreu em Londres em 1776, contando a idade de 83 anos. Foi enterrado no cemitério de Hampstead.
Harrison foi o trabalhador que dedicou toda sua vida ao desenvolvimento do cronômetro e do relógio. Mostra a colaboração intensa do indivíduo na tarefa coletiva da sociedade no progresso da civilização humana.
Em nossos dias, a navegação tem instrumentos para navegação muito mais completos, usando os progressos da eletricidade e da eletrônica para empregar satélites que fazem a localização na face da terra com grande precisão. O progresso foi realizado pela convergência dos esforços de uma multidão de estudiosos e de trabalhadores. É uma vitória da sociedade humana, em sua longa evolução por milênios e milênios.


AMANHÃ: O criador da lente sem aberração cromática: John Dollond.