quinta-feira, 31 de maio de 2012

0602 B HILDEBRANDO liberdade dos formadores de opinião sob o comando único papal


02 DE JUNHO. HILDEBRANDO:  sempre memorável humilhação de um rei ao ir a Canossa

HILDEBRANDO
Papa Santo Gregório VII, Hildebrand, Grégoire VII, Gregory VII, Saint
(nasceu no ano 1013 da nossa era, em Soana, Itália; morreu em 1085, em Salerno, Itália)

PAPA GRANDE LÍDER REFORMADOR NO APOGEU DA IGREJA CATÓLICA ROMANA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 20, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


O papa Gregório VII dirigiu a formação de uma Igreja Católica destinada à moralização da política, para a nítida separação entre o poder religioso de opinião e o papel do governo político uma liberdade dentro da unidade da autoridade do papa. A igreja foi, com o feudalismo, a formadora da civilização da Idade Média, que domesticou os ferozes guerreiros da antiguidade, libertou os escravos brancos antigos e desenvolveu a base do progresso moderno, de indústria e de paz. O progresso moral é que conduziu o homem ao culto de sua dama, à defesa da mulher e dos pobres, ao cavalheirismo educado de nossos dias.
Hildebrando nasceu de família pobre, sendo seu pai um carpinteiro em Soano, na Toscana. Educado no convento de Santa-Maria, em Roma, onde seu tio era abade. Continuou seus estudos, tendo sido um de seus professores Giovanni Graziano, que depois se tornou o papa Gregório VI. Em 1049 Hildebrando foi nomeado abade do mosteiro de São Paulo.
Sendo arquidiácono de Roma e chanceler, Hildebrando dirigiu virtualmente a condução e sucessão dos papas durante cinco pontífices entre os anos de 1049 e 1073. Hildebrando tinha então entre 36 e 60 anos de idade.
Na qualidade de legado do papa Victor II, foi na França ao Concilio que depôs 45 bispos por simonia, que é a venda de bens e vantagens religiosas. No concilio de Latrão participou na reforma que retirou a participação popular na eleição dos papas. Então, em acordo com Damien fez a igreja da Lombárdia ficar submissa ao papa. Em nome de do papa Alexandre II, manteve contra o Imperador a defesa da liberdade e da pureza da Igreja Católica. Enviou ao conquistador da Inglaterra sua bandeira consagrada e obrigou o seu bispo a ir a Roma receber o palium.
Em 1073, Hildebrando, com 60 anos, foi eleito papa, tomando o nome de Gregório VII. Logo publicou editos contra a incontinência do clero e contra a simonia, com circulares a todos os bispos. Esses atos provocaram descontentamento e conflitos. O imperador Henrique IV declarou a deposição de Gregório pela assembléia política da Dieta de Worms. Gregório reuniu seu Concílio em resposta, e tomando como testemunhas São Pedro, a mãe de Deus, São Paulo e todos os santos, pronunciou, em nome da Santíssima Trindade, a desqualificação e deposição do imperador e declarou, para os seus vassalos, sem valor o juramento de obediência. Gregório apressou os príncipes da Alemanha que se opunham contra Henrique a nomear um novo Imperador.
Foi então que Henrique cumpriu um ato de humilhação para sempre memorável. Atravessando os Alpes, no inverno, acompanhado de sua mulher, pediu uma audiência a Hildebrando, que então, estava como hóspede da condessa de Matilde de Toscana, em Canossa, nos montes Apeninos. O papa se recusou a recebê-lo. Por 3 dias ficou o Imperador no frio e na neve, vestido como penitente e fazendo abstinência. No quarto dia, em 25 de janeiro de 1077, graças à intervenção de Matilde, o papa o admitiu em sua presença e lhe deu a absolvição, desde que prometesse em comparecer ao Concilio papal para julgamento, aguardando sem a coroa, sem seu titulo e suas funções. Esse ato de submissão ficou famoso e é citado até nossos dias como a “IDA A CANOSSA”, como um forçado pedido de desculpas.
Henrique não cumpriu as promessas feitas, e a guerra continuou na Alemanha e na Itália. Em 1081 ele criou um anti-papa e marchou com um exercito contra a Itália. Por 3 anos ele fez o cerco a Roma; enfim a invadiu e fez coroar no Vaticano o seu anti-papa. Hildebrando manteve o domínio do castelo-forte de Santo Ângelo. Robert Guiscard e seus normandos vieram ao seu socorro. Eles forçaram Henrique a se retirar e entraram em Roma, que eles incendiaram e saquearam em grande parte. De Roma eles escoltaram Hildebrando a Salerno, onde, depois de mais uma vez excomungar Henrique, o heróico pontífice morreu em 25 de maio de 1085, com 72 anos. Suas últimas palavras foram:
Eu amei a justiça e odiei a iniqüidade; por isso morro no exilo.
Ele foi enterrado na catedral de Salerno. Sua canonização teve lugar em 1723. O conflito das investiduras foi terminado mais tarde pelo compromisso na Concordata de Worms em 1123.
Hildebrando coordenou toda a vida social do Catolicismo, antecipando a extraordinária política da Europa inaugurada após sua morte pela subordinação da política à moral.

Amanhã: Santo Antônio do Egito fundador de mosteiros

0601 B S GREGÓRIO MAGNO prestígio do saber sem violência para educar homens livres


JUNHO 01    S. GREGÓRIO MAGNO: com bondade conquistou os ingleses para a fé católica

SÃO GREGÓRIO MAGNO
Saint Grégoire-le-Grand, Gregory I, Saint, Gregory the Great
(nasceu cerca do ano 540 da nossa era, em Roma; morreu no ano 604, em Roma)

PAPA DOUTOR DA IGREJA ROMANA ARQUITETO DO PAPADO MEDIEVAL

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 20, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Considerado o quarto e último Doutor da Igreja latina, depois de Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo. Gregório nasceu de uma nobre e rica família romana, seu pai era o senador Gordianus e sua mãe Silvia. Era bisneto do papa Felix III. Tornou-se um grande papa.
Sabe-se que o titulo de papa era dado ao bispo de Roma, que é a única e final autoridade na Igreja Católica Romana, em todos os assuntos religiosos. O nome vem da palavra grega PAPPAS que significa pai, usada sempre com muito afeto e respeito. A chefia do papa assegura a permanência da união dessa extensa organização universal. É a UNIDADE DE COMANDO, indispensável a todo e qualquer governo, tanto na guerra, tanto na política como na religião. 
Ainda jovem, foi nomeado governador civil de Roma. Em 575, com 35 anos, renunciou às honras mundanas e se tornou um humilde monge do mosteiro beneditino por ele mesmo fundado sobre o monte Celius. De monge foi posto como abade e depois cardeal-diácono e enviado como representante do papa, à corte do imperador de Constantinopla. Lá ficou durante seis anos e retornou como secretario da cúria papal. Com a morte do papa Pelágio, em 590, Gregório foi eleito papa, aos 50 anos.
Depois de um governo de 13 anos, morreu devido a doenças e ao trabalho incessante. Foi enterrado na igreja de São Pedro, em Roma. A Igreja o tornou santo e a posteridade lhe deu o titulo de Grande, por seu nobre caráter e por seus ilustres serviços. Ele foi o organizador do sistema católico do papado da Idade Média.
Em seu tempo, a igreja de Constantinopla ainda não estava unida a Roma. E o poder militar estava com os Lombardos, que eram pagãos ou eram hereges do arianismo. A situação era de guerra, de desordem, com a peste e a fome. Com sua sabedoria, Gregório pacificou seus inimigos, convertendo o rei dos Lombardos por influencia de sua esposa Teodelinde. Com habilidade conseguiu colocar o imperador de Constantinopla em baixo de sua autoridade pontifical.
Ele declarou-se “O SERVO DOS SERVOS DE DEUS”, em latim “SERVUS SERVORUM DEI”. Gregório manteve uma constante amizade com os príncipes Francos, que, como católicos, eram seus aliados naturais contra os Lombardos, sendo destinados a ser a espada e o escudo do papa. Na igreja italiana sempre foi um chefe de verdade. Ele foi muito benevolente para os leigos e para os pobres, mas para o clero não perdia de vista a mais austera disciplina.
Gregório foi um infatigável pregador, correspondente e autor. Deixou muitas obras, entre elas os seus DIÁLOGOS, com as vidas e milagres dos santos da Itália. Ele aumentou a ordenação e a beleza mística do ritual católico escrevendo hinos religiosos. A ele é atribuído o CANTO GREGORIANO .O maior título de Gregório foi a extensão da fé católica no ocidente da Europa. Alem da conversão do rei Lombardo, trouxe os Visigodos, na Espanha, para a ortodoxia católica e enviou Augustinho (Austin, depois arcebispo de Canterbury) com 40 monges para fazer a longínqua Inglaterra entrar na fé católica. Sobre seu túmulo se lê:    “ANGLOS AD CHRISTUM CONVERTIT MENTE BENIGN”, ou “Sua bondade conquistou os ingleses para Cristo”
Com tantos trabalhos, a nova igreja se fortaleceu para que dirigisse a Europa do ocidente por mais de mil anos. Na sua plena formação intelectual e moral, mostrou como o poder da opinião religiosa, como o poder do prestígio do saber, sem arma e sem violência, pode educar,regular e consagrar os homens livres numa sociedade de harmonia e paz. A Europa católica é que formou a população mais adiantada do mundo para o progresso da modernidade. Devemos o que somos nos dias de hoje, a essa formação moral, intelectual e prática.
Lembrando esses grandes trabalhadores, nossos antepassados, podemos ver de onde viemos e para onde vamos.


AMANHÃ: Hildebrando impõe a sempre memorável humilhação do rei.

0531 B STA GENOVEVA a fé católica na proteção aos fracos às damas aos pobres


31 DE MAIO. Genoveva: A padroeira de Paris fez a conversão de toda a França

SANTA GENOVEVA
Sainte Geneviève-de-Paris, Saint Genevieve, Sankt Genovefa
(nasceu no ano 422 da nossa era, em Nanterre, França; morreu no ano 512, em Paris)

SANTA PADROEIRA QUE SALVOU A CIDADE DE PARIS DA INVASÃO DOS HUNOS

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 20, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Uma vez a estruturada em seus dogmas e na sua hierarquia, a Igreja Católica passa a formar sua instituição política. Começou com o imperador Constantino, seguindo com o Imperador Teodósio e como São Gregório I, chegando ao apogeu com o papa Hildebrando, Gregório VII. Santa Genoveva de Paris é lembrada e venerada nessa tarefa.
Genoveva, em francês Geneviève, em alemão Sankt Genovefa, nasceu em Nanterre, França. Seu pai era pastor no campo, e Nanterre era uma vila junto do monte Valerien, que domina e protege Paris. Desde sua juventude foi orientada para a vida religiosa pelo Bispo São Germain de Auxerre. Ao morrerem seus pais, ela mudou-se para Paris. A tradição diz que ela previu a invasão dos Hunos.
Quando Atila ameaçou Paris no ano 451, os habitantes de Paris estavam decididos a abandonar a cidade. Genoveva, então com 29 anos, convenceu a todos a não deixarem Paris, ficando na cidade. Ela deu o exemplo, e passou vários dias rezando no batistério da igreja. O exercito de Atila foi para Orleans, que fica a 110 quilômetros de Paris, onde foi derrotado.
Genoveva tem grande número de títulos de glória, dizendo-se realizou com sucesso sua intercessão junto a Childeric, rei dos Francos Salian, para que libertasse seus prisioneiros.
Ela também teria feito a conversão ao catolicismo do rei Clovis I, e, por meio dele, teria convertido a nação francesa inteira. E junto a Clovis e Clotilde teria insistido para que construíssem a Igreja de São Denis e a de São Pedro-São Paulo.
Essas ações de Genoveva marcam as primeiras atitudes da instituição da Cavalaria Católica, de proteção aos fracos, às damas e aos pobres. O nome de Genoveva é, desde muitos séculos, muito caro ao povo de Paris, por sua inspiração ao heroísmo e no sentido de uma ternura piedosa.
Na igreja de São Pedro-São Paulo ficam os túmulos de Clovis, Clotilde e Genoveva. Essa igreja tomou, em seguida o nome de igreja de Santa Genoveva e tornou-se, mais tarde, uma abadia célebre.
No século 18 uma outra grande igreja foi construída e dedicada à santa. Em 1793, durante a revolução francesa, o governo transformou essa igreja no Panteon. E então tinha uma inscrição:
       “Aos grandes homens a pátria reconhecida”.


AMANHÃ: São Gregório Magno o quarto e último Doutor da Igreja Católica Romana.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

0530 B MARCIANO imperador fez excelente governo do Império Romano do Oriente


30 DE MAIO. MARCIANO: para os Hunos disse - tenho ferro para Átila e não ouro

MARCIANO
Marcien, Marcian, Marcianus, Markiânos
(nasceu no ano 396 da nossa era, na Trácia; morreu em 457, em Constantinopla)

MILITAR CASADO COM A IMPERATRIZ PULQUERIA GOVERNOU COM SUCESSO O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE


A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome do sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
Os documentos históricos provam que quem criou a doutrina de salvação da própria nação e de todos os povos foi o filósofo e apóstolo judeu Paulo de Tarso. Fazendo parte da elite intelectual judaica de Jerusalém, era conhecedor da lei de Moisés e conhecedor da cultura grega.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0520 01 B   O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


MARCIANO nasceu na Trácia, nos Bálcãs do leste. Militar de profissão tinha 60 anos quando se tornou o esposo nominal da Imperatriz Pulquéria, com o título de Imperador Romano do Oriente.
Pulquéria com uma personalidade masculina fez voto de virgindade. Junto com Marciano participaram no Concílio da Calcedônia, hoje Kadikoy na Turquia, no ano de 451. O Concílio foi o quarto concílio ecumênico cristão. Foi então confirmada a doutrina de que o Cristo teria duas naturezas, a divina e a humana, rejeitando o Monophysitismo, que afirmava ter apenas uma natureza, a natureza divina.
Depois da morte de Pulquéria em 453, continuou sozinho como Imperador do Oriente.
Seu reinado foi considerado como sendo a era de ouro do Império Bizantino, em comparação com os sérios conflitos no Império do Ocidente nesse período.
Marciano teria respondido ao chefe dos Hunos que lhe pedira um tributo anual da seguinte forma:
“Eu tenho ferro para Átila e não ouro”
Marciano mostrou-se um excelente governante, promovendo paz, a defesa e a riqueza do Império. Governou o Império Romano do Oriente do ano 450 ao ano 457, quando morreu.

AMANHÃ: A conversão de toda a França: Santa Genoveva de Paris.

0529 B S BASÍLIO a autoridade dada pela doutrina da divindade do filho de Deus vivo


29 DE MAIO. BASÍLIO O GRANDE: o Padre Grego contra a heresia do arianismo

SÃO BASÍLIO
Basile, Saint; Basil the Great; Saint, Basilius
(nasceu no ano 329 da nossa era, na Cappadocia, Ásia Menor; morreu no ano 379 em Cesarea, hoje na Turquia)

TEÓLOGO DOUTOR DO CATOLICISMO DEFENSOR DA DOUTRINA, PATRIARCA DA VIDA MONÁSTICA


A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Caso contrário todos morreriam.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, bárbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 21, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


BASÍLIO O GRANDE, Santo católico, nasceu em tradicional família religiosa e rica da Capadócia, recebendo aprimorada formação intelectual. Foi grande e enérgico defensor da divindade do Filho de Deus dentro da doutrina da Santíssima Trindade do cristianismo. Em sua época se realizava o estabelecimento da doutrina de base para a nova religião católica, que quer dizer universal. Muita discussão ocorria entre várias heresias, em especial a heresia Ariana, que negava a divindade do Cristo.
O problema desse atributo divino de Jesus era importante para o novo sacerdócio cristão porque lhe dava uma imensa autoridade religiosa, necessária para que sua administração se libertasse do poder político dos imperadores romanos e dos barões no Feudalismo. Ocorreu para o Império Romano o esgotamento da guerra de conquista, começando a necessidade de defesa do território conquistado por Roma. O poder político passou a ser dividido entre príncipes independentes, que faziam a defesa de suas terras.
O Império Romano tinha tornado o latim uma língua universal dentro de seus domínios na Europa do ocidente. Para manter no feudalismo a unidade cultural do aglomerado de pequenos territórios independentes seria necessária uma instituição superior a cada poder político do feudo local.
A heresia ariana recebeu o apoio de Imperadores, que manteriam os religiosos sob seu poder, ao passo que a ortodoxia da doutrina da Santa Trindade dava aos padres católicos uma autoridade apoiada num Deus vivo, humano e divino. Era uma questão importante para a nova religião, que conseguiria manter seu sistema de ensino e de consagração em todo o território do Império.
O Catolicismo fez, assim, no continente europeu, uma universalização da cultura, com uma só língua e uma fé comum, superior e independente de cada poder político local. O que se realizou, de fato, foi criar a civilização mais adiantada do mundo na Europa Ocidental, moralizando a população, acabando com a ferocidade militar antiga e a escravidão do trabalhador.
Basílio o Grande com sua cultura e suas qualidades de comando demonstrou um extraordinário gênio prático obtendo grandes realizações. O modo solitário dos eremitas sem utilidade social foi transformado por ele na vida monástica, passando os mosteiros nessa ocasião a formar uma excelente escola para o clero secular e realizando amplo serviço de assistência aos desamparados. Além dessa missão, os monges fizeram a escolha voluntária para a pobreza, o que contribuiu para a liberdade e independência dos mestres religiosos.
Uma demonstração da energia de Basílio se viu quando ele defendeu a autoridade da Igreja contra o pretor governador Modesto. O pretor teria dito que -“ninguém ainda tinha tido a permissão de me falar assim”. Basílio respondeu- “é que o senhor nunca tinha falado com um Bispo”.
A separação entre o poder político e o poder formador de opinião foi realizada pela primeira vez no mundo pela religião de S.Paulo. A liberdade dos religiosos, dos professores e dos filósofos afinal foi realizada sem luta armada, sem ruptura, graças à sabedoria dos sacerdotes católicos.



AMANHÃ: O esposo da Imperatriz Santa Pulquéria: o Imperador Marciano.

0528 B TEODÓSIO imposição violenta da fé cristã para evitar discussões e heresias


28 DE MAIO. Teodósio Imperador: Ele sai ardente na fé cristã das águas do batismo

TEODÓSIO I
Théodose, Theodosius the Great, Flavius Theodosius
(nasceu no ano 347 da nossa era, em Cauca, Gallaecia, Espanha; morreu em 395, em Mediolanum, Milão, Itália)

IMPERADOR ROMANO CRISTÃO DEFENSOR DA ORTODOXIA COM O COMBATE ÀS HERESIAS

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Caso contrário, todos morreriam.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 21, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Teodósio nasceu na província de Galícia no norte ocidental da Espanha. Filho do general Flávio Teodósio, foi educado na Espanha e participou nas campanhas de seu pai contra os Picts e Scots na Bretanha em 369, com 22 anos, contra os Alemanni na Gália em 370 e contra os Sarmatians nos Bálcãs, que derrotou em 374 tendo então 27 anos.
Seu pai foi sentenciado à morte e executado devido a intrigas políticas na corte romana em 376. Então Teodósio, com 29 anos, retirou-se para a Espanha, vivendo perto de Sevilha, onde tinha nascido.
Quando o imperador do oriente Valens e dois terços foram destroçados pelos godos em Andrinopla, o imperador do ocidente, Graciano, chamou Teodósio como o único capaz de fazer face ao perigo público e o colocou como imperador do oriente, no ano de 379, com 32 anos.
Depois de quatro campanhas, terminou habilmente a guerra com os godos, tolerando a sua permanência no Império, como aliados. Em 387 derrotou Máximo, que se fizera imperador em Roma. Entrou em Roma em triunfo, tendo sido o último que o fez, em toda história de Roma.
Teodósio governou por 3 anos na Itália, retornando a Constantinopla. Mais tarde, em 394, destruiu adversários pagãos em Aquilea. Em 395 morreu em Milão, aos 48 anos de idade.
“O gênio de Roma expirou com ele”, disse Gibbon.
Os imperadores Valens e Constâcio, que antecederam Teodósio, eram da seita ariana, que negava a divindade de Cristo. Constantinopla era a principal fortaleza do arianismo, que dominava o palácio do bispo, a catedral e todas as igrejas.
Teodósio foi batizado, no primeiro ano de seu governo, na fé da Santíssima Trindade, a doutrina ortodoxa do catolicismo. Teodósio “saindo todo ardente das fontes do batismo” fez o seu célebre decreto que declarou que todos os seus governados teriam que ser  “católicos cristãos”,  ameaçando todos os dissidentes de castigo como hereges infames.
O imperador Teodósio realizou a imposição da doutrina católica pelo poder político. Essa violência era indispensável para proteger a nova religião das heresias e do perigo da discussão. Não havendo uma base firme, experimental, para a narrativa religiosa, a nova igreja era impotente contra as numerosas heresias e discussões sem fim.
Mesmo com o politeísmo extirpado como religião pela força policial, muitas instituições dos pagãos foram introduzidas no culto católico, como a invocação dos santos protetores no lugar dos deuses antigos, das preces pelos mortos, da adoração dos túmulos e das relíquias dos santos. Essas práticas não havia no judaísmo, onde só o deus único era adorado.
Teodósio começou expulsando os prelados do arianismo e suas congregações. Colocou Gregório de Naziance como bispo e reuniu o Concilio Geral de Constantinopla em 381, que confirmou em definitivo a doutrina da Trindade. Ao mesmo tempo, promulgou pelo menos 15 decretos dos mais severos contra ministros, proibindo as reuniões dos hereges.
Contra os pagãos foi também muito enérgico, proibindo seus ritos até mesmo o culto dos seus deuses domésticos. Os sacrifícios foram declarados crimes de alta traição e deu ordem para destruir os templos pagãos, muitos sendo magníficos espécimes da arquitetura grega. Essas violências aconselhadas e aprovadas pelos chefes da Igreja, devem ser tidas como decorrentes do absolutismo monotêico, que condenava todos os seus predecessores.
O ultimo conselheiro religioso de Teodósio foi Ambrosio, que impôs ao imperador a exclusão pública da entrada na Catedral durante oito meses, como penitência dos massacres que, por sua ordem, foram feitas aos moradores de Tessalônica em 390. O imperador se submeteu ao castigo.
Teodósio aceitou, dessa forma, por antecipação, a disciplina feita pelo sacerdócio católico na Idade Média, então sem poder das armas, apenas pelo poder da opinião e do prestígio pessoal, uniformemente por toda a Europa do ocidente.


AMANHÃ: A eloqüência de S. Crisóstomo, a boca de ouro.



sábado, 26 de maio de 2012

0527 B CONSTANTINO libertou e pôs no governo a minoria cristã fiel e organizada


27 DE MAIO. Constantino: seus escudos com XP, as primeiras letras de CRISTO em grego

CONSTANTINO
Constantino I o Grande, Constantin, Constantine the Great, Flavius Valerius Constantinus
(nasceu no ano 274 da nossa era, em Naissus, Moesia; morreu em 337, em Nicomedia, na Bithynia, hoje Turquia)

PRIMEIRO IMPERADOR ROMANO CRISTÃO UNIFICOU O IMPÉRIO PREPAROU A IDADE MÉDIA



A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Caso contrário todos morreriam.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.

Ver em 0520 01 B, de maio dia 21, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Constantino nasceu cerca do ano 274 depois de Cristo, no que hoje é a Servia. Seu pai foi Constantius Chlorus, após co-imperador Constantius I na divisão do Império em quatro partes feita por Diocleciano. A região do Império que seu pai governava era formada pela Gália, Espanha e Grã Bretanha. Sua mãe, Helena, foi depois canonizada como Santa Helena.
Quando Constantino tinha 32 anos, Constancio morreu em York, na Inglaterra, designando Constantino como seu sucessor, confirmado pelo exército. Ele já era, então, um soldado experiente.
Depois de sangrentas campanhas contra os bárbaros e em longas e ferozes guerras civis, Constantino tornou-se o chefe do Império do ocidente, e mais tarde, em 325, aos 38 anos, o forte soberano de todo o Império Romano, no ocidente e no oriente.
Viveu Constantino no quarto século de nossa era. Foi quando ocorreu uma grande transformação política, tanto no governo como na religião. É o século que marca o fim da Antiguidade clássica de Roma e da Grécia, com o início da Idade Média. E o grande imperador abriu o caminho para o estabelecimento do Catolicismo e, ao mesmo tempo, tornando o declínio do Império mais suave.
Constantino unificou o Império Romano, então já encerradas as conquistas, reorganizou o governo imperial e preparou a vitória final do Catolicismo no fim do século. Fez o fortalecimento do Império para assegurar sua continuidade no oriente.
Hoje se aceita que ele se tornou um sincero cristão. A conversão teria ocorrido pouco a pouco, passando de um adorador do deus-Sol a um fiel católico. Afirmou em 312, com 38 anos, ter sonhado com Cristo, que lhe disse para escrever XP nos escudos de guerra de suas tropas (XP são as 2 primeiras letras do nome Cristo, em grego). No dia seguinte disse ter visto uma cruz sobreposta sobre o sol, com as palavras
         “IN HOC SIGNO VINCES”,
em latim “com este sinal vencerá”. Tendo vencido a batalha em que estava, ele passou a ver no deus cristão um caminho para a vitória. A partir de então, a perseguição aos cristãos foi suspensa e a liberdade religiosa foi feita.
Com a fundação de Constantinopla em 328, a ser a sede futura do governo, como uma nova Roma a cidade foi construída, para assegurar a defesa das províncias do oriente. O fato de Constantino deixar o ocidente para colocar a capital no leste, foi descrito por Dante, com tristeza, dizendo     “afim de ceder o lugar ao pastor (o Papa) se fez grego” (Paraíso, XX,57).
Constantino acabou reconhecendo a necessidade de incorporar ao Estado a minoria cristã, resoluta e organizada. De acordo com Santo Agostinho, ele se decidiu         “a edificar uma potência espiritual semelhante ao Império Romano e como a própria filha de Roma”.
O imposto ordinário passou a ser entregue à Igreja, dispensou os padres das taxas municipais, oficializou a autoridade disciplinar e judiciária do clero e construiu muitas igrejas cristãs.
Constantino morreu aos 63 anos, em Nicomedia e foi enterrado na igreja dos Apóstolos em Constantinopla.
A população mais avançada da sociedade humana passou, dessa forma, de uma era de um politeísmo militar, não teocrático, para uma civilização monoteísta. O governo passou a ser local, feudal, de pequenos territórios, coordenados sem violência armada pela fé cristã universal. Essa a fé do catolicismo de Paulo Apóstolo, o pregador dos gentios, uma única fé para todos os povos, para todas as nações.
O catolicismo governou as mentes de toda a Europa ocidental no regime feudal até os anos 1300, socialmente unificando, educando e instruindo com liberdade com sua doutrina a mais adiantada civilização humana no planeta.

AMANHÃ: Imperador Teodósio sai ardente das águas do batismo.


0526 B SANTO AGOSTINHO bispo aos 41 anos governou pela unidade da nova doutrina


26 DE MAIO. Santo Agostinho:  o notável filósofo da nova religião.

SANTO AGOSTINHO
Santo Agostinho de Hippo, Aurelius Augustinus, Saint Augustin, Saint Augustine
(nasceu no ano 354 da nossa era, em Tagaste, na Numidia, hoje Algéria; morreu no ano 430 em Hippo Regius,
hoje Annaba, na Algéria)

O MAIS IMPORTANTE PENSADOR DEPOIS DE S.PAULO E UM DOS DOUTORES DA IGREJA CATÓLICA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0520 01 B  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Agostinho nasceu em Tagaste, Numidia, hoje na Algéria. Morreu em Hippo, hoje Annaba, na Algéria. Foi o mais importante pensador católico depois do Apóstolo Paulo de Tarso.
Ele é uma figura das mais salientes na preparação da Igreja Católica e em especial na formação da sua doutrina religiosa. É o principal filosofo de tradição patrística, que forma o pensamento cristão dos primeiros séculos. É reconhecido pelo grau de elaboração de sua obra, por sua originalidade e influencia durante o desenvolvimento da filosofia cristã no período medieval. Estabelece a luta contra as heresias, prepara e defende a unidade interna do catolicismo. Recolhe e aprimora a filosofia grega para o emprego na doutrina da nova igreja.
Foi necessário estabelecer as regras de organização da corporação que se propôs a colocar o amor como sentimento associativo nos corações da população mais adiantada da Europa do ocidente. O amor se realizaria pela ação da graça de Deus, autor e doador todo o bem sobre a terra. Foi o modo de refinar os sentimentos dos ferozes guerreiros da época, cruéis conquistadores de todas as tribos vizinhas para formar o Império Romano.
Os pintores da Idade Média com razão representaram Agostinho tendo em sua mão um coração atravessado pela flecha do amor. Ele havia dito à divindade que  
         “tu atinges meu coração com a flecha de teu amor”. 
O dogma básico é salvar a alma de cada crente e levá-la aos céus. O objetivo é pessoal, egoísta, a salvação não tendo ligação com a família, com a mãe, com o pai. Mas gradualmente os pensadores católicos adaptaram a doutrina para o destino de universalização do Apóstolo Paulo, da união de todos os povos, do amor na fraternidade universal. Para isso, foi necessário o desenvolvimento e a disciplina dos sentimentos pela direção de um sacerdócio universal, escolhido no povo comum entre todas as raças e classes, livre e independente do poder político e com o poder sacramental, de consagração religiosa.
Agostinho apela em suas obras à autoridade de São Paulo, sendo, assim, um verdadeiro herdeiro do grande apóstolo. Ele sempre defendeu sistematicamente a autoridade católica, mesmo na perseguição religiosa violenta, afirmando de sua própria experiência que
     “eu jamais teria acreditado na verdade do Evangelho se a autoridade da Igreja não me obrigasse”.
Sendo batizado aos 33 anos em Milão, retornou à África no ano seguinte, 388. Retirou-se por 3 anos num monastério, sendo ordenado padre aos 37 anos. Com 41 anos, em 395, foi eleito bispo de Hippo, uma vila a 200 quilômetros a oeste de Cartago.
Durante 34 anos governou o seu bispado, dali velando a cristandade e virtualmente dirigindo a Igreja Católica. Empenhou-se pela unidade católica de todos os modos, pela pregação, administrando, assistindo os Concílios, compondo os tratados, julgando as causas pessoais e mantendo correspondência com as autoridades eclesiásticas e temporais.
Agostinho morreu em Hippo, aos 76 anos, no ano 430 da nossa era. Seu nome recebeu sempre da Igreja as maiores honras.
Seu túmulo, um monumento nobre do século XIV, está em Pávia.

AMANHÃ: Constantino: a transformação política e religiosa.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

0525 B SANTA MÔNICA com sua paz e doçura fez de seu filho grande filósofo católico


25 DE MAIO. Sta MÔNICA: seus esforços venceram os vícios egoístas do genial filho

SANTA MÔNICA
Sainte Monique, Monica, Saint
(nasceu no ano 332 da nossa era, morreu em 387)

PIEDOSA MÃE DE SANTO AGOSTINHO GRANDE FILÓSOFO CATÓLICO

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0520 01 B  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


A mãe de Santo Agostinho representa a piedosa fé da mulher de família, que, junto ao sacerdócio católico desde sua origem, prestou um apoio decisivo à causa do catolicismo.
A igreja universal de São Paulo é que veremos, nos séculos seguintes, transformar os ferozes guerreiros antigos em civilizados cavalheiros. Em conjunto com o Feudalismo, foi realizada a extinção da escravidão branca, e libertada toda a gente comum, aqueles como nós, sem privilégio de nobreza ou de religião. A Idade Média foi a matriz das maravilhas da modernidade, que não poderia ser moldada numa era de obscurantismo. Ao completar sua formação, a era medieval libertou os trabalhadores e criou a modernidade de ciência, de filosofia, da moderna tecnologia, do comércio e da indústria.
Mônica nasceu em piedosa família católica perto de Cartago, sendo educada em severa disciplina em sua infância. Casou-se com Patrício, um pequeno comerciante de Tagaste, na Numidia, hoje Souk Ahras, na Algéria. No ano 354, com 22 anos, tornou-se mãe de Agostinho e teve dois outros filhos. A família era latina, mas Patrício era politeísta, de bons modos, tinha boa personalidade, mas irascível e libertino. Mônica manteve a paz no lar com sua doçura e conseguiu converter ao cristianismo Patrício e toda a família. Ele morreu no ano de 371, quando ela estava com 39 anos.
A vida e seu caráter estão mostrados nas CONFISSÕES de Santo Agostinho. Ficando viúva, Mônica se consagrou aos filhos e às praticas religiosas, tendo passado a Agostinho uma simpatia profunda pela religião. Ele estudou Retórica, a arte de falar bem, e sua mãe se esforçou, com uma santa ternura, para que Agostinho se mantivesse fiel e puro.
Mas Mônica sofreu cruelmente ao ver seu filho juntar-se a uma amante e tornar-se um adepto do maniqueísmo, a heresia que reduz tudo à luta entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão. Ela chorou e rezou muito, e, numa das visões que teve, Deus lhe anunciou que “ficasse calma e confiante, e que, onde ela estivesse, seu filho estaria também”. Agostinho sempre amou o estudo. Aos vinte anos, ao ler HORTENSIUS, escrito por Cícero, foi levado a fazer a reflexão sobre sua vida. Com 22 anos tornou-se professor de Retórica, primeiro em Tagaste, depois em Cartago.
Contra a vontade de Mônica, Agostinho foi, em 383, a Roma e depois a Milão. Ela corajosamente, então com 51 anos, seguiu o filho, e, em Milão, tornou-se grande admiradora e seguidora de Ambrósio. Agostinho, então, tinha abandonado a heresia maniqueísta, ficando amigo de Ambrósio e ouvinte dos seus sermões. Logo foi recebido membro na sua igreja, conseguindo vencer as dificuldades morais e intelectuais que sentia, passando a participar do espírito do Apóstolo Paulo de Tarso.
Mônica teve seus demorados esforços coroados de sucesso ao ver seu filho batizado em Milão, em 387, quando ela já tinha 55 anos de idade. Nessa importante ocasião para o futuro do catolicismo, de acordo com a tradição da Idade Média, foi composto o hino “Te Deum laudamos”. Quando Agostinho recebeu a água do batismo, diz a tradição que recitou os versos do hino, junto com Ambrosio, como se o Espírito Santo, por graça particular, lhes houvessem inspirado. Sua santa mãe participou, também profundamente, da exaltação espiritual de seu filho nessa época. Para retornar para Cartago, eles foram a Ostia, nesse mesmo ano. Ali, Mônica teve febre alta e morreu antes de partir.
A gentil figura de Santa Mônica, protetora de seu majestoso filho, recebeu, por toda Idade Média, as honras que muito mereceu.

AMANHÃ: Santo Agostinho filósofo da nova religião.



Agostinho sempre amou o estudo.
tornou-se professor de Retórica
conseguindo vencer as dificuldades morais e intelectuais que sentia, passando a participar do espírito do Apóstolo Paulo de Tarso.
A gentil figura de Santa Mônica, protetora de seu majestoso filho, recebeu, por toda Idade Média, as honras que muito mereceu.


0524 B S AMBRÓSIO temer a Deus sem temer de dizer a verdade aos reis


24 DE MAIO. Santo Ambrósio: mestre da cultura cristã e da autoridade moral sacerdotal

SANTO AMBRÓSIO
Ambrosius, Ambrose Saint, Ambroise Saint,
(nasceu no ano 339 da nossa era, em Trier, Bélgica; morreu no ano 397, em Milão, Itália)

BISPO DE MILÃO GRANDE DOUTOR DA IGREJA CATÓLICA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0520 01 B  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Ambrosio nasceu em Trier, Bélgica e foi educado em Roma. Era o segundo filho do Vice-Rey da Gália, a França atual. Seu pai morreu cedo, sua mãe e sua irmã foram para Roma com ele. Estudou advocacia, sendo indicado governador de Aemilia e Ligúria, com sede em Milão. Com 35 anos foi aclamado como Bispo pelo povo de Milão. Tornou-se um hábil condutor da cultura e da política em sua época.
Ambrosio reuniu uma extensa cultura com sua simpatia pessoal, usando energia em ações políticas corajosas. Enfrentou imperadores e adversários com intervenções diretas, mas com os grandes recursos de diplomacia mostrava sua lealdade ao Império Romano e ao bem publico. Agia como um competente estadista, e estabeleceu a idéia do governo do rei cristão como um operoso filho da Igreja Católica. O imperador deveria prestar serviço embaixo das ordens de Cristo, de acordo com o conselho e recomendação do seu Bispo.
O modelo de governo medieval mostrou a liberdade de ação da orientação consultiva dos sacerdotes, em harmonia com a disciplina do governo material do imperador. Pela primeira vez na historia ocorreu a liberdade de opinião em que os conselhos dos intelectuais pobres, sem armas nem violência, orientavam o governo político dos reis. Foi a realização da separação libertadora, com harmonia entre o âmbito da consciência, da opinião, com o governo da ação política. Em outras palavras, a força do político não impunha sua opinião, e o intelectual tinha toda a liberdade para aconselhamento. Fato que nunca acontecido ao longo da evolução da sociedade humana. É a separação entre o governo das opiniões e o governo político coercitivo. É a separação entre o poder espiritual e o poder temporal.
Santo Agostinho foi convertido e batizado por Ambrosio, que foi seu professor. Nas CONFISSÕES de Agostinho é mostrado como agia Ambrosio quando bispo, com muita energia, mas sempre com simpatia e ternura. Ele foi, na verdade, uma das vigas mestras da elaboração da cultura cristã e da autoridade espiritual dos seus sacerdotes. O conhecimento da literatura e das leis foi aplicado, com larga imaginação mística, para a sua tarefa de organizar e construir a Igreja Católica em seus primeiros anos.
Ambrosio condenava a perseguição aos que erravam, mas, por sua vez, também perseguiu as heresias do tempo. Foi um ardente defensor do celibato, da vida em isolamento ascético e das instituições monásticas. Chegou mesmo a ter um monastério fora de Milão,
       “repleto de bons irmãos”.
Os príncipes temporais prestavam honras a Ambrosio, e em varias ocasiões importantes o empregavam como seu embaixador. Era considerado o grande sacerdote, “O GRANDE PADRE” (Ecce sacerdos magnus). Uma das razões dessa confiança seria por Ambrosio   “temer a Deus, sem jamais temer de dizer a verdade aos reis”, como disse sua biografia na época.
As relações de Ambrosio com o grande Imperador Teodósio ficaram famosas. Ao poderoso senhor ele sugeriu uma legislação enérgica contra a heresia ariana e contra o culto pagão antigo, ao mesmo tempo em que o censurava corajosamente por seus atos condenáveis. Mesmo assim, Teodósio dizia que “NÃO EXISTE UM BISPO COMO AMBRÓSIO”.
Durante toda a Idade Média ficou na memória do sacerdócio católico o quadro com a imagem de coragem do Bispo Ambrosio proibindo a entrada do Imperador Teodósio na Catedral, por ter se mostrado cruel. Mostra ainda a pintura a vista do Imperador arrependido submetido à penitência imposta pelo Bispo.
A capacidade política de Ambrosio se devia à sua base cultural, tendo estudado o saber dos gregos, tanto cristãos como pagãos, como Philon, Orígenes e Plotino. Os seus sermões ficaram conhecidos por sua erudição e por sua beleza. É atribuída a Ambrósio a introdução de hinos religiosos no ritual católico, com grande admiração dos seus seguidores.


AMANHÃ: Santa Mônica piedosa mãe de S. Agostinho.