quinta-feira, 30 de junho de 2011

0630 BAYARD

30 DE JUNHO: Cavaleiro sem medo e sem pecado: Bayard no calendário histórico.

BAYARD
Pierre Terrail, Senhor de Bayard, Baiardo
(nasceu em 1473, no Castelo Bayard, Pontcharra, França; morreu em 1524, na Itália)
O CAVALEIRO SEM MEDO E SEM MÁCULA MODELO DE VIRTUDE DE CAVALHEIRISMO

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


PIERRE DU TERRAIL nasceu numa família nobre de guerreiros no castelo de Bayard, de seus pais, perto de Grenoble, em 1476.
Todos os seus ancestrais de parte de seus pais perderam a vida nos campos de batalha, um deles em Azicourt, outro em Poitiers. Assim sendo, foi destinado à carreira das armas e aos 13 anos serviu como pajem do duque de Sabóia. Depois passou ao serviço de Carlos VIII e, aos 18 anos, já tinha a fama de ser um dos mais perfeitos cavaleiros de seu tempo. Acompanhou o rei de França na campanha da Itália e se distinguiu na batalha de Fornovo em 1495. Depois dessa luta Pierre foi sagrado cavaleiro pelo rei. Serviu em seguida a Luiz XII na campanha de Milanais e defendeu a ponte de Garigliano sozinho contra um corpo de tropa espanhol.
Nas guerras que se seguiram, decidiu a vitória em Agnadel. Ele foi gravemente ferido em Brescia. A proteção que ofereceu à dama que cuidava de seus ferimentos e às suas filhas durante seu tratamento, é célebre como raro exemplo de generosidade.
Bayard combateu bravamente e foi feito prisioneiro na batalha de Guinegate. Suas qualidades galantes e cavalheirescas fizeram com que fosse libertado sem pagamento de resgate e ainda recebeu as homenagens do rei Henrique VIII.
Quando Francisco I foi posto como rei, Bayard serviu na campanha da Itália e se destacou na batalha de Marignan. O rei considerou que o principal autor da vitória tinha sido Bayard.
Em 1522 Bayard cortou a marcha de Carlos V fazendo a defesa de Mesieres. Em 1524 ele serviu de novo na Itália contra os imperiais comandados pelo traidor chefe de armas de Bourbon. Foi então, que Bayard na batalha de Sésia, recebeu um ferimento mortal. Tinha então 48 anos.
Bayard ferido estava na sombra de uma árvore na frente de batalha. Os chefes inimigos deram ordem de retirada de suas tropas e pararam à frente do cavaleiro famoso. O chefe de Bourbon, que estava entre eles, dirigiu a Bayard palavras de compaixão.
“Senhor, lhe disse Bayard, eu vos agradeço. Não tenho necessidade de piedade, eu morro como um homem honesto, eu morro ao serviço do meu rei; mas é de vós que devemos ter pena, vós, que toma as armas contra vosso príncipe, contra vossa pátria e vosso juramento.”
Em seguida se pôs a rezar e morreu invocando o Cristo.
Bayard foi, durante trinta anos, o modelo da cavalaria medieval e considerado, em toda a Europa, como o tipo do perfeito cavaleiro. Embora ele nunca combatesse como comandante em chefe, seu valor irresistível e sua criatividade na ação tática decidiram várias batalhas,
Francisco I declarou que ele o estimava mais do que a cem capitães e já se disse que ele valia por todo um exército. Assim, foi chamado
       “o cavaleiro sem medo e sem mácula”
num elogio famoso em francês "le chevalier sans peur et sans reproche".
Os historiadores o representam como nascido com todas as virtudes e sem vício algum. Era piedoso, generoso, sem egoísmo, modesto, moderado, puro e magnânimo. Sua coragem e suas proezas como soldado são de um cavaleiro romano. Sua generosidade era principesca, sua cortesia inesgotável.
Bayard é o último representante da cavalaria da Idade Média, tanto no aspecto católico como no aspecto feudal. Do mesmo modo ele é, talvez, o último exemplo de um guerreiro que ganha as batalhas por atos pessoais de habilidade e de coragem.
As armas de fogo eram funestas aos heróis desse gênero. Com o seu uso o demorado treinamento com a lança e a espada tornou-se desnecessário. A luta nas batalhas tomou outras formas. E Bayard, que morreu com um tiro de canhão, não aprovava o uso dessas armas.
Com ele, acabou a era da cavalaria, depois de uma duração de cerca de 5 séculos, cerca de 500 anos.

AMANHÃ: Libertador de Jerusalém nobre herói corajoso: Godofredo de Bouillon.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

0629 AFONSO DE ALBUQUERQUE

0629 AFONSO DE ALBUQUERQUE

29 DE JUNHO: Afonso de Albuquerque conquistador e administrador no Império Português do Oriente.

AFONSO DE ALBUQUERQUE
(nasceu em 1453, em Alhandra, Lisboa; morreu em 1515, no mar, em Goa, na Índia)
NAVEGADOR CONQUISTADOR E ESTADISTA FUNDADOR DO IMPÉRIO PORTUGUÊS NO ORIENTE

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


AFONSO DE ALBUQUERQUE, grande marinheiro e capitão que criou o império de Portugal nas Índias, pertencia a uma das mais ilustres famílias de Portugal. Era descendente da casa real por um ramo ilegítimo.
Ele nasceu em Alhandra, perto de Lisboa em 1453. Foi educado na corte real de Alfonso V e depois recebido na casa real de João II.
Depois de servir muito tempo na África e cumprido cargos públicos na Europa, fez sua primeira viagem à Índia em 1503, com a idade de 50 anos. Três anos depois, tomou parte na grande expedição de Tristão da Cunha para a costa da África e, em seguida para a Índia.
Albuquerque, que tinha seus próprios navios, conquistou Ormuz, porto central na entrada do golfo pérsico. Forçado a se afastar, ele se retirou para Socotora, uma ilha situada na altura da extremidade oriental da África. Recebendo reforços em 1508, foi para a costa de Malabar, no oeste do Industão, onde foi investido do comando em chefe, e, depois de sete anos de guerras incessantes ao lado de uma política habilidosa, formou o império português da Índia, com a capital em Goa, um dos pequenos territórios que Portugal tinha conservado no oriente.
Ele estabeleceu em seguida a soberania portuguesa na península de Malaca e finalmente retomou Ormuz. Logo depois que ele tinha feito essas grandes conquistas a corte de Lisboa mandou um substituto para seu lugar, o que muito o aborreceu.
Albuquerque caiu doente e morreu de desgosto com seus 63 anos, em 1515. Enterrado em Goa, seu corpo foi depois levado para Portugal.
Albuquerque foi, sem dúvida, um dos maiores conquistadores e organizadores dessa admirável época que forneceu a primeira idéia de unidade entre o oriente e o ocidente, completando o sentimento de uma vida humana em comum sobre o planeta terra.
Ele foi um cavaleiro na guerra e um completo administrador, dotado da capacidade de reconhecer os objetivos mais importantes e os interesses comerciais. Foi ambicioso, autoritário, sem escrúpulos e sem remorsos para atingir os seus fins, e por tais qualidades chegou a proporcionar os fundamentos da inveja da metrópole portuguesa e da suspeita de seus objetivos finais.
O título real que honra a Afonso de Albuquerque consiste na justiça que exercia como chefe, justiça que lhe atraia a confiança dos povos que ele conquistou e governou. Conta-se que os mouros e os hindus da costa de Malabar faziam peregrinações ao lugar de sua sepultura para lhe implorar proteção contra a tirania de seus sucessores.
Albuquerque, o maior dos conquistadores no oriente, foi, em todos os aspectos, superior àqueles que lhe deram ordens e superior ao seu tempo. Porque, como verdadeiro herói e como agente de criatividade, ele sentiu instintivamente a necessidade de justiça e de sabedoria para fundar um império para sempre no oriente.


AMANHÃ: Cavaleiro sem medo e sem pecado: Bayard.


terça-feira, 28 de junho de 2011

0628 JOANA D’ARC

JOANA D’ARC
Jeanne Darc, Joan of Arc, Saint, La Pucelle d’Orleans, A Donzela de Orleans; The Maid of Orleans, A Jóvem de Orleans
(nasceu em 1412, em Domremy, França; morreu em 1431, em Rouen, França)
HEROÍNA CÍVICA DA FRANÇA VITORIOSA EXCEPCIONAL SUPERIORIDADE FEMININA

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


JEANNE nasceu de uma família de camponeses servos em 6 de janeiro de 1412 em Domremy, na margem esquerda do rio Meuse, entre a Champagne e Lorena, na França.
A partir dos 18 anos Jeanne tornou-se uma guerreira medieval e conduziu os franceses a uma inesperada vantagem militar e à vitória vinte anos depois sobre os invasores ingleses durante a Guerra dos Cem Anos, entre os anos de 1337 e 1453.
Os reis da Inglaterra por muito tempo possuíam o poder sobre partes do território da França. O rei Eduardo II, filho de Isabel da França, desejava reinar sobre os franceses com seu direito hereditário por parte de mãe. Foi a causa da Guerra dos Cem Anos, com a invasão da França.
A prolongada luta marcou o fim da guerra entre cavaleiros numa peleja sem a honra medieval. Os invasores envolveram muitos mercenários que se vendiam aos nobres ou faziam a pilhagem na população vencida. No lugar de nobres com armaduras, lutavam arqueiros ingleses, com setas que penetravam nas armaduras e tornavam a cavalaria menos efetiva. No fim da guerra, ambos os lados usavam armas de fogo, com pistolas e canhões. Combates entre nobres perderam valor para ganhar uma guerra.
A luta causava grande abalo na França, tanto nas cidades como no interior. A população revoltava-se contra os nobres, culpados pelas derrotas e incapazes de oferecer proteção ao povo. Em 1358 ocorreu a Jacquerie, do povo revoltado, com assassinato de nobres e danos a suas propriedades.
A França sofria com a desordem, com várias facções e traições.
Charles VII era o rei nominal, ainda não coroado. O rei, enfraquecido, se retirou, sem esperança, para o sul do Loire. A cidade de Orleans, sitiada pelos ingleses, impedia o avanço dos ingleses.
Jeanne cresceu em meio dos horrores da guerra e da miséria do povo, e tinha tido visões e ouvido vozes divinas chamando-a para salvar a França. No começo do ano 1429, então aos seus 18 anos, Jeanne deixou seus pais, vestiu roupas masculinas e colocou a armadura para guerra e conseguiu convencer alguns cavaleiros nobres e um grupo de cidadãos de Vaucouleurs que sua missão era verdadeira e foi encontrar o rei da França em Chinon.
Na corte do rei, a confiança sublime de Jeanne, sua inocência e uma sagacidade instintiva forçou a corte debochada e cínica a admirá-la. Ela foi colocada no comando de uma tropa de cavalaria e avançou para Orleans e, em duas semanas, derrotou e perseguiu as tropas inglesas. As cidades se renderam uma após outra e os invasores foram derrotados em cada encontro.
Depois de dois meses a cidade de Reims foi recuperada e o rei foi coroado na sua antiga catedral, como mandava a tradição francesa. A sagração assegurava o trono ao rei legítimo contra as reivindicações de Henrique VI da Inglaterra. O entusiasmo patriótico foi despertado na França, então dividida pelas lutas internas.
Jeanne partiu de Reims para libertar toda a França e a capital Paris. Ela foi ferida perto da capital e teve que recuar. O rei, aconselhado pela inveja, pela traição, pelo desespero, abandonou a heroína à sua sorte, logo condenada como feiticeira.
Depois de pequenas expedições, Jeanne foi aprisionada e depois vendida aos ingleses em troca de 10.000 peças de ouro. O elevado valor mostra que seus inimigos consideravam-na tão preciosa quando o valor de um exército inteiro.
Só restou a Jeanne d’Arc o martírio da fogueira em praça pública. Na história de todos os mártires não há um quadro tão nobre de uma santa mulher jovem, sozinha, enfrentando a apatia daqueles que ela havia salvado, do cruel abandono de sua pátria, do artifício selvagem dos homens da Igreja, da brutalidade da soldadesca e do populacho. Ela morreu condenada como herege e como apóstata, queimada viva em Rouen, em 30 de maio de 1431.
Jeanne d’Arc mostra a mulher no papel cívico extraordinário de uma guerreira destemida, defendendo sua pátria contra o ataque estrangeiro. Mostra como essa figura nasceu do mais humilde povo, para tomar seu lugar acima dos nobres, num tempo de corrupção da monarquia, da Igreja, da aristocracia feudal.


AMANHÃ: Conquistador e administrador competente no Império Português do Oriente: Afonso de Albuquerque.



segunda-feira, 27 de junho de 2011

0627 RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO

0627 RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO

27 DE JUNHO: Ricardo Coração de Leão famoso tipo de cavaleiro da Idade Média.

RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO
Richard the Lion-heart, Ricardo I, Rei da Inglaterra, Richard Coeur de Lion
(nasceu em 1157, em Oxford, Inglaterra; morreu em 1199, no Ducado de Aquitânia, França)
CAVALEIRO MEDIEVAL LENDÁRIO REI HERÓI CORAJOSO E ROMÂNTICO

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


Ricardo Coração de Leão é lembrado aqui como um famoso tipo de cavaleiro medieval, entre os chefes das cruzadas cristãs contra os mouros. Seu heroísmo nas batalhas, sua generosidade e cortesia até para com seus inimigos criaram, em torno de seu nome, um prestígio universal e imortal como cruzado e cavaleiro.
RICARDO PRIMEIRO foi o segundo filho de Henrique II, rei da Inglaterra, e de Eleonora de Aquitânia na França, tendo nascido em 1157 em Oxford. Aos 32 anos sucedeu a seu pai no governo do vasto reino inglês que se estendia do rio Tweed no norte da Inglaterra até os Pirineus na Aquitânia.
Ricardo I resolveu se lançar ainda uma vez mais para retomar Jerusalém aos mouros. A cidade tinha sido retomada pelas forças muçulmanas. O último rei cristão de Jerusalém acabou prisioneiro dos mouros na batalha de Tiberíade.
A Europa fez um grande esforço na terceira cruzada, feita por acordo do imperador Frederico Barbaroxa, com Philippe-Augusto, rei da França e com Ricardo I, rei da Inglaterra. Ricardo levantou muito dinheiro, fosse vendendo ou empregando recursos da coroa inglesa e partiu no ano de 1190 para a Sicília. Chegando lá, ele se desentendeu com o rei Philippe e retardou alguns meses sua partida. No caminho, ele conquistou Chipre, que deu a Guy de Lusignan.
No ano seguinte, ele chegou à Palestina, onde, depois de uma luta encarniçada, conquistou Acre, hoje Akko, na Palestina. Então Ricardo teve novo atrito com o rei Philippe, que retornou para a Europa. Mas Ricardo continuou em campanha. Ele desafiou Saladino, o sultão do Egito e da Síria numa grande batalha em Cesarea. Continuou por meses em luta contra o sultão mouro, até fazer um armistício deixando Jerusalém sob o poder de Saladino.
Mas, com um resultado insatisfatório em Jerusalém e estando abandonado pela maior parte de seus aliados, Ricardo retornou para a Europa. Foi capturado por Leopoldo V, duque da Áustria e entregue a Henrique VI, Imperador do Sacro Império. Após o pagamento de um vultoso resgate, foi libertado em 1194.
Ricardo voltou para a Inglaterra depois de quatro anos de ausência, sendo novamente coroado. Os últimos anos de seu reinado, a maior parte passados fora do país, foram dedicados à sua guerra contra Philippe-Augusto pela posse da Normandia. Morreu em 1199, num ataque ao castelo de Châlus, no ducado da Aquitânia.
Ricardo Coração de Leão não se destacou como estadista, sendo por vezes feroz, injusto e egoísta. Mas tornou-se famoso como cruzado e cavaleiro medieval, apesar de seus defeitos como rei e como estadista. É colocado em lugar de honra por sua romântica e cavalheiresca coragem nas suas proezas na terceira cruzada (1189 a 1199) que o levou a pôr de lado todas as razões de prudência e de governo para fazer frente ao avanço dos mouros sobre a civilização européia. Suas qualidades fizeram dele um rei popular em seu tempo, colocando-o como o herói de um número sem fim de românticas lendas.
Ricardo é lembrado por seu heroísmo sem igual no campo de batalha e por sua generosidade para com seus nobres inimigos. Apesar de suas falhas como rei, de seus vícios como homem, Ricardo Coração de Leão viverá sempre na memória do oriente, como do ocidente, como o primeiro soldado de seu tempo e o modelo inesquecível de cavaleiro.


AMANHÃ: Heroína da Pátria condenada como herege queimada viva: Joana d’Arc.


domingo, 26 de junho de 2011

0626 EL CID

0626 EL CID

26 DE JUNHO. El Cid: A época de ouro da cavalaria da Idade Média.

EL CID
Rodrigo Diaz de Vivar, El Cid, O Senhor, El Campeador, O Campeão
(nasceu em 1043, em Burgos, Castela, Espanha; morreu em 1099, em Valência, Espanha)

NOBRE GUERREIRO CAVALEIRO VIRTUOSO HERÓI NACIONAL DA ESPANHA

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1 O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO   A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.

Por Ângelo Torres

RODRIGO DIAZ DE VIVAR, filho de Diego de Vivar, favorito de Fernando I, rei de Castela, conhecido como El Cid, tornou-se o herói dos espanhóis em suas longas lutas contra os invasores mouros.
Seu nome, Cid, tem origem da palavra do árabe “as-sid” que significava “senhor”. Era também conhecido como El Campeador ou campeão.
Sua biografia mostra sua vida romanceada pelas lendas, e poucos dos fatos contados estão documentados. Seu próprio caráter é representado de forma diferente, dependendo da época em que o poeta ou romancista escreveu.
Considera-se que a descrição mais confiável da vida do herói se acha no poema do Cid, que tem 3.741 versos escritos provavelmente no século que se seguiu a sua morte. Ele é representado como um soldado duro, aventuroso e pouco escrupuloso, que inspira ao mesmo tempo a inveja ao seu soberano e o terror aos mouros. O poema relata numerosos fatos romanceados e emocionantes que lembram as baladas ou a história trágica em que Pierre Corneille colocou o herói e em autores como Lope de Vega.
Na crônica da época, El Cid é descrito de forma realística e convincente em seus atos heróicos, na época de ouro da cavalaria da Idade Média. A cultura de guerra na Espanha medieval é ali bem descrita. O autor mostra a diferença entre os nobres das classes mais altas e homens como El Cid, de classes mais humildes, mas que lutavam pela honra e pela glória, sendo prudentes, bravos, generosos, leais à família, ao rei e à religião, sendo, assim, superiores em sua virtude.
O Cid se torna apaixonado por Jimena, filha de don Gomez. O pai do herói chama o filho para vingar, em duelo, o insulto que recebera do pai de Jimena. No combate, o herói mata o pai de sua amada, don Gomez. Jimena pede ao rei Fernando a punição do matador de seu pai. O rei decide, afinal, que os dois jovens deveriam se unir em casamento.
El Cid é representado nos romances como o tipo de fidelidade no casamento e da afeição doméstica. Sua natureza independente e franca o expõe constantemente aos ataques de rivais invejosos. Mais tarde, o rei Alfonso, que devia seu trono ao Cid, toma todos os seus bens, confisca os seus castelos fortes e o manda para o exílio. O herói exilado vai com um exército para combater os mouros.
Ao ficar sabendo que Alfonso estava em perigo, ameaçado de perto pelo sultão do Marrocos, o Cid vai ao seu socorro.
Toda a vida de El Cid se passa em batalhas contra os mouros, e sua vida de lutas teve seu ponto alto na tomada de Valencia em 1094. Ele governou a cidade em desafio aos ataques constantes do mouro Almoravid, até sua morte em 10 de julho de 1099, em Valência. Foi enterrado em Burgos e seu túmulo, que ainda existe, é um local de peregrinação. Suas duas espadas estão conservadas.


AMANHÃ: Ricardo Coração de Leão famoso tipo de cavaleiro da Idade Média.


sábado, 25 de junho de 2011

0625 CHARLES MARTEL

25 DE JUNHO: Salvação da Europa do domínio dos mouros: Charles Martel no calendário histórico.

CHARLES MARTEL
Carolus Martellus Carlos Martelo, Karl Martell
(nasceu no ano 688 da nossa era; morreu no ano 741, em Quierzy, no rio Oise, na França)

REI DOS FRANCOS VENCEDOR DOS INVASORES DO NORTE E DOS MOUROS EM POITIERS

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


Temos muitos tipos eminentes entre os militares da cavalaria medieval, modelos do heroísmo guerreiro inspirado pelo catolicismo. São soldados de valor que salvaram a civilização do ocidente da Europa contra inimigos fortes e ferozes. Salvaram a sabedoria elaborada por muitos séculos possuidora do conhecimento mais adiantado do planeta.
CARLOS MARTELO era filho natural de Pepino de Herstal, fundador da dinastia Carlovíngia. Com a morte de Pepino em 714, ele foi excluído da sucessão do pai e encarcerado pela esposa para proteger o próprio neto.
Carlos escapou da prisão e se colocou à frente dos francos da Austrásia, na parte oriental do reino. Depois de várias campanhas, ele conseguiu reorganizar o país e se colocar como seu único chefe. Carlos era de grande estatura, de porte hercúleo, por natureza duro como um martelo e de aparência feroz.
O chefe dos francos passou à guerra de conquista e colocou seu país senhor da Aquitânia e Francônia, da Suábia, da Bavária e do Saxe.
A grande glória de sua vida foi a vitória decisiva sobre os mouros da Espanha. Os muçulmanos conquistaram a península ibérica desde o ano 711. Dois anos depois, se lançaram sobre a Gália e se estabeleceram sobre as bordas do mar Mediterrâneo. Em vinte anos eles tinham invadido o país até o Loire. Durante todo o verão de 732, Charles trabalhosamente reuniu suas tropas desde o mar do norte e a floresta negra até o canal da Mancha e o golfo da Gascônia no sudoeste da França.
O encontro com o exército dos mouros foi no platô vizinho de Poitiers, em outubro de 732. A sorte da Europa e da cristandade, como se considera até hoje, dependia do resultado dessa luta. Por sete dias os dois exércitos se colocaram frente a frente, em combates parciais. Ao fim do oitavo dia,a cavalaria dos árabes se precipitou em massa sobre as linhas cerradas dos francos, aos gritos de Allah Akbar. O dia todo foi de luta continuada. A noite colocou fim à carnificina em que morreu o líder árabe Abd-ar-Rahman, emir da Espanha e o resto das forças dos mouros se lançou em fuga. A invasão da Europa pelos árabes, que aterrorizava a Cristandade então teve fim.
Carlos completou sua vitória em Poitiers estabelecendo a autoridade dos francos sobre toda a Gália. Estava disposto a ir à Itália, convidado pelo papa Gregório III, quando a morte o surpreendeu em outubro de 741.
Carlos Martelo foi sob todos os aspectos o modelo de seu possante neto Carlos Magno. Foi um vencedor como organizador da vitória. Seu neto, o poderoso Carlos Magno, seguiu o seu exemplo na guerra, acrescentando a essa virtude o respeito pela cultura intelectual e pela religião.
As necessidades de suas guerras, de sua autoridade, mais do que sua ambição, o conduziram a se apropriar muitas vezes dos bens da Igreja Católica. Por causa disso, os eclesiásticos da Itália o denunciaram com amargura, o que foi relatado até na poesia por Dante.
A glória de Charles Martel foi a salvação da Europa do domínio dos mouros, estancando a torrente de invasão dos muçulmanos pelo sul da Europa e dos pagãos pelo norte. A essa glória se soma a formação dos fundamentos do império franco da Idade Média.

AMANHÃ: El Cid na época de ouro da cavalaria da Idade Média.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

0624 ALFREDO O GRANDE REI DA INGLATERRA

24 DE JUNHO: Alfredo Rei da Inglaterra: o heroísmo genial de fundador de nações.

ALFREDO O GRANDE
Alfred, Aelfred, Alfred the Great
(nasceu no ano 849 da nossa era, em Wantage, Berkshire, Inglaterra; morreu em 849, em Winchester, Inglaterra)
BRILHANTE DEFENSOR DA CRISTANDADE ÚNICO REI DA INGLATERRA CHAMADO O GRANDE

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares. Na primeira o tipo principal é o rei Alfredo o Grande, no domingo que encerra a semana.


Alfredo o Grande da Inglaterra nos dá um dos melhores exemplos dos primeiros chefes medievais que fizeram a pacificação e a assimilação dos povos bárbaros pela Europa cristã. Eram tribos politeístas nômades do oriente e do norte do continente europeu.
Alfredo nasceu em Wantage em Berkshire em 849. Era o filho mais novo dos quatro filhos de Ethelwulf, descendente de Cerdic e neto de Egberto, que fora reconhecido como rei supremo de toda Inglaterra. Sua mãe cedo formou seu interesse pela poesia inglesa e desde a infância ele se dedicou ao estudo da língua latina.
Em sua infância, Alfredo esteve por duas vezes em Roma e em 853 foi sagrado rei titular pelo papa Leão IV. O seu tempo de juventude foi de calamidade para os saxões. Em poucos anos, a obra de Egberto não existia mais; a preponderância de Wessex foi destruída e os homens pagãos do norte, que então se dizia serem os dinamarqueses, iam devastando e conquistando em todos os cantos da Inglaterra.
Os escandinavos, antes, faziam pirataria para pilhagem. Mas agora, chegavam com exércitos organizados para conquistar e se fixarem nas novas terras. Os três irmãos mais velhos de Alfredo reinaram por 12 anos, e em 871, Alfredo, com 22 anos, tornou-se rei de Wessex.
Durante sete anos, o jovem rei guerreou desesperadamente os invasores pagãos e, em certo momento, chegou a ficar reduzido apenas à parte do sul do Wessex. Mas por fim ele os venceu na grande batalha de Ethandun, no Wiltshire. Pelo acordo de paz de Wednore em 878, o chefe danês, Guthrun, aceitou ser batizado e o Wessex gozou, então, alguma paz. Mesmo tendo ainda Alfredo que manter lutas desesperadas por mais 20 anos, ele conseguiu defender com sucesso a integridade de seu reino saxão do oeste.
Embora tenha sido admirável o valor com que esse jovem rei tenha salvado seu povo e sua religião cristã do invasor selvagem, sua carreira como organizador civil, foi ainda mais memorável e mais importante.
Da mesma forma como Carlos Magno, ele viu que a única forma de garantir a incorporação dos homens do norte à civilização européia estava na sua conversão religiosa ao cristianismo. Alfredo, então satisfeito com esse começo de vida civilizada, deixou os daneses como donos do resto da Inglaterra e se dedicou a proteger e a organizar o Wessex.
Alfredo dividiu o reino em distritos militares em que cada um estava obrigado de fornecer os homens necessários para a defesa do país. Ele empreendeu logo em criar uma frota naval. Por essa iniciativa, ele tornou-se o fundador da grande potencia marítima da Inglaterra. Tendo formado seu reino, aplicou-se a assegurar a justiça e a formar um código geral de leis.
A reorganização do Wessex foi tão bem feita, que, em outras guerras em 886 e 893, Alfredo obteve a vitória tanto em terra como no mar.
Durante todo seu governo, sua atividade foi intensa em todas as partes do governo, civil e militar, judiciária, industrial, artística, intelectual e religiosa. Enviou navios em viagem de exploração no mar do norte e mandou missões a Jerusalém e a Roma.
Alfredo fez de Winchester o mesmo que Carlos Magno fez com Aix-la Chapelle: tornou a cidade no centro da inteligência, da arte e da cultura para as ilhas do norte. Chamou sábios, encorajou os comerciantes estrangeiros e acolheu os fabricantes e artistas da Europa continental.
Depois de um governo bem sucedido de 28 anos, Alfredo morreu em 899 aos 50 anos de idade, sendo enterrado na velha igreja de Winchester.
Se o teatro de suas guerras e de seu governo não foi tão extenso, o sucesso de Alfredo, tanto na paz como na guerra, mostrou sua visão de gênio e heroísmo de um nato fundador de nações.
Ele disse:
       “Toda minha vida, eu me dediquei a viver dignamente na esperança de deixar à posteridade a lembrança de minhas boas ações.”


AMANHÃ: Charles Martel salva a Europa do domínio dos mouros.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

0623 JOÃO DE LEPANTO

23 DE JUNHO: Dom João de Lepanto o herói da Batalha Naval contra os mouros invasores.

DOM JOÃO DE LEPANTO
Dom João da Áustria, Juan de Austria, Don Juan d’Autriche, Don John of Austria
(nasceu no ano 1547 da nossa era, em Regensburg, Alemanha; morreu em 1578, em Bouges, Bélgica)
VITORIOSO COMANDANTE ESPANHOL DA HISTÓRICA BATALHA NAVAL DE LEPANTO CONTRA OS TURCOS

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares. Na primeira o tipo principal é o rei Alfredo o Grande, no domingo que encerra a semana.


Don Juan, filho natural do imperador Carlos V e de Bárbara Blimberg, mulher de origem modesta. Ele foi educado secretamente com grande cuidado, e reconhecido pelo filho legítimo Philippe II (1527-1598), como seu meio irmão, quando Juan tinha 12 anos, em 1559. Juan recebeu a mesma educação da nobreza, como seus sobrinhos, o príncipe hereditário Dom Carlos e o príncipe de Parma, seu amigo, companheiro e sucessor, Dom Alexandre Farnese. Juan se distinguia por seus modos, por sua natureza cavalheiresca e por seus sucessos em todos os exercícios militares. Na época, sabemos que a força física era importante, tanto como o longo treinamento com as armas.
Aos 23 anos, conquistou a fama por sua campanha contra os mouros revoltados em Granada, que foram, em seguida, expulsos cruelmente. Em 1571, com o avanço dos turcos no mar Mediterrâneo e a tomada de Chipre, o papa, o rei da Espanha e as repúblicas italianas decidiram formar a Santa Liga, para reunir os esforços dos cristãos contra os mouros.
Dom Juan foi nomeado como o almirante da Liga, e, em outubro de 1571, no comando da frota aliada fornecida pelo papa, por Philipe II, por Veneza e Gênova, enfrentou a armada naval dos turcos na altura de Lepanto, junto à costa norte do golfo de Corinto, quase em frente a Patras. Dom Juan comandava 336 navios levando 80.000 homens. Os turcos tinham 300 navios com a mesma guarnição. O jovem e heróico chefe, então com 24 anos de idade, dispôs suas forças com grande habilidade, e, passando por seus navios, inspirou a suas tropas e a seus chefes o ardor com que estava animado.
Depois do meio dia, até o pôr do sol, no domingo dia 7 de outubro, a batalha começou sua onda de destruição com uma horrível carnificina. Foi mais um combate corpo a corpo a bordo dos navios do que uma batalha naval. Nessa luta, o grande Cervantes participou como simples soldado.
Os navios inimigos sofriam abordagem e eram atacados a bordo. Don Juan e seu sobrinho Alexandre de Parme combateram junto com os cruzados e cada um matou o chefe que os enfrentou. Os turcos perderam todos os seus navios, menos 29 de seus 300, restaram 30.000 homens dos 80.000 que tinham e salvaram a bandeira sagrada do profeta.
O golpe dado pela vitória na Batalha de Lepanto teve um efeito moral decisivo. Depois dessa derrota, os navios dos mouros nunca mais ameaçaram seriamente a Europa ocidental, na parte do Mediterrâneo situado a oeste da Grécia.
Essa vitória restituiu em toda a cristandade a confiança que tinha sido tão rudemente ameaçada pela carreira triunfante de Soliman I (1520-1566). A vitória dos cristãos em Lepanto abateu a supremacia otomana, que, até então, parecia invencível. Ela demonstrou que em coragem, em entusiasmo e em força militar, a Cruz era capaz de lutar com vantagem contra o Crescente. E que os sucessos fulminantes dos turcos tinham sido devidos ao seu número massacrante, à sua unidade nacional e ao seu desprezo pela vida humana.
Lepanto tem um significado importante na filosofia da história. A célebre batalha mostrou, junto com o fracasso das cruzadas, a impossibilidade tanto da universalidade do islamismo como do predomínio universal do cristianismo. Corresponde à neutralização de um monoteísmo, como do outro monoteísmo.
O rei Philipe II ordenou que ele fosse governar a Holanda. Lá suas brilhantes qualidades, sua simpatia e seu valor lhe deram muitos sucessos. Mas lhe faltaram recursos para continuar a luta e nada ele podia fazer contra as intrigas do sombrio tirano, seu senhor o rei de Espanha.
Depois de dois anos de esforços infrutíferos, Juan morreu com 31 anos de idade, com o coração partido pela falsidade de seu irmão, pela febre ou, talvez, envenenado por ordem de Philipe II.
Seu coração está em Namur, na Bélgica e seu corpo repousa no Escorial, em Madrid, ao lado do imperador Carlos V, seu pai.


AMANHÃ: Rei da Inglaterra com o heroísmo genial de fundador de nações: Alfredo.