terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

0226 04 ANAXIMANDRO a explicação natural do mundo e dos corpos

FEVEREIRO 26: Anaximandro filósofo e cientista

ANAXIMANDRO
Anaximander
(nasceu no ano 610 antes da nossa era, em Mileto, hoje na Turquia; morreu no ano 546)
FILÓSOFO GREGO INVENTOR DA CARTOGRAFIA E DA COSMOLOGIA

A evolução intelectual livre do cruel regime teocrático de castas. Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a imaginar a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia. O estudo filosófico se enfraqueceu enquanto o estudo da ciência particular se fortaleceu.
A primeira semana do mês representa o nascimento do pensamento grego, durante o qual se tentou explicar o universo por algum princípio físico, fora das lendas religiosas. Ao mesmo tempo a ciência positiva, segura, comprovada da Geometria se desenvolvia gradualmente. Tales é o principal representante da época.
A semana termina no domingo, com Tales como seu chefe.

Ver o Quadro 0226-1 do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.



ANAXIMANDRO nasceu em Mileto, na Ásia Menor. Ele é um dos pensadores que continuaram a obra de Tales, também nascido em Mileto. A escola filosófica Jônica ou Milesiana, fundada por Tales nos anos 500 antes de Cristo, foi a primeira escola da filosofia grega, com pensadores emancipados das crenças religiosas.
O nome de Tales lembra o período em que o pensamento dos gregos, rompendo com a religião dos deuses, colocou as bases da ciência ao procurar a explicação natural do mundo e dos fenômenos dos corpos. Na velhice de Tales sua influência pessoal chegou a Anaximandro, que sem dúvida ficou devendo a ele o exemplo vivo do novo pensamento científico.
Mas a solução do problema do universo que Tales deu não satisfazia a Anaximandro. Constatando que o mundo é uma cena de mudanças continuadas, de desenvolvimento de uma parte, de dissolução de outra parte, ele foi levado a pensar que a matéria existe em certo estado simples de onde procedem todas as coisas e ao qual estado elas retornam. Mas, com uma sábia hesitação ele evitou de explicar em termos precisos qual seria esse estado original.
Anaximandro sentiu que nem a água, nem o ar, nem o fogo, nem alguma outra coisa conhecida poderia ser a matéria única do princípio do universo. Tudo que há é limitado e complexo, existe apenas um tempo e morre, ao passo que a matéria do princípio deve ser infinita, sem forma e eterna.
Não nos seria suficiente conceber a natureza em sua forma mais simples. A matéria tem qualidades tais como o frio e o quente, o úmido e o seco, que não parecia a Anaximandro serem passíveis de serem analisadas e que eram então primordiais. A matéria então é inerte, mas sem uma força originária ela não poderia se modificar nem se desenvolver. Enfim, em vista das profundas diferenças das coisas ele sentiu que não havia algum motivo de reduzir tudo a um só elemento, como fez Tales.
Anaximandro concebeu então a substância originária como a soma dos elementos das coisas diferentes existentes numa massa sem forma, possuindo as qualidades primordiais e sobre as quais agiria uma força oculta. Esses elementos, ao se combinarem com a massa ou ao se separarem dela, formam as coisas individuais. Mas a separação é apenas temporária. Numa linguagem que nos lembra como era então estreita a aliança entre a filosofia e a poesia, Anaximandro diz: “disso resulta que todas as coisas chegam a ser, depois se combinam e são ainda dissolvidas para que cada uma por sua vez pague à outra a dor da injustiça”.
A frase indica que nem o quente nem o frio prevalecem permanentemente, sendo que cada um “paga reparações” para que haja um equilíbrio entre eles. Só essa sentença de Anaximandro chegou até nós, de modo que o registro de suas descobertas foi feito por escritores que se seguiram.
A influência da época anterior está ainda presente em Anaximandro. O princípio do universo, infinito e sem forma, lembra o Oceano de Homero e o caos de Hesíodo, mas para Anaximandro é menos um tema de crença fixa do que o estabelecimento do limite imposto pelo saber de sua época à divagação do pensamento. A ciência, ele sentiu, deveria procurar a redução de um por um o número dos diferentes elementos e não começar pela suposição que são todos apenas formas diferentes de um único e mesmo princípio.
Diógenes atribui a Anaximandro a invenção do relógio solar e Plínio diz que ele descobriu a inclinação da eclítica. Assim se mostra que Anaximandro se ocupava tanto da ciência como da filosofia.


AMANHÃ: Anaximenes de Mileto.

0226 03 ARISTÓTELES o maior filósofo da antiguidade

26 DE FEVEREIRO: Aristóteles e a Filosofia Antiga.

ARISTÓTELES
Aristoteles em grego; Aristotle em inglês
(nasceu no ano 384 antes da nossa era, em Estagira, Chalcidice, Macedônia; morreu no ano 322, em Chalkis, Euboea, Grécia)
               FAMOSO FILÓSOFO GREGO MAIOR MAIS INFLUENTE NA HISTÓRIA

A evolução intelectual livre do cruel regime teocrático de castas. Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a imaginar a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia. O estudo filosófico se enfraqueceu enquanto o estudo da ciência particular se fortaleceu.
A primeira semana do mês representa o nascimento do pensamento grego, durante o qual se tentou explicar o universo por algum princípio físico, fora das lendas religiosas. Ao mesmo tempo a ciência positiva, segura, comprovada da Geometria se desenvolvia gradualmente. Tales é o principal representante da época.
A semana termina no domingo, com Tales como seu chefe.

Ver o Quadro 0226-1 do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.


ARISTÓTELES era filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia. Nasceu em 384 antes da nossa era em Estagira, na Macedônia, no norte da Grécia. Aos 18 anos ele foi para Atenas e se tornou aluno de Platão. Mais tarde foi para a corte do rei Felipe da Macedônia, onde foi encarregado da educação do seu filho Alexandre até a morte de Felipe no ano 336.
Aristóteles voltou para Atenas como professor, instalando sua escola, chamada de Liceu. Com a morte de Alexandre o Grande, deixou Atenas, morrendo no ano seguinte em Chalkis, na Grécia.
O maior pensador da história deu ênfase na pesquisa do conhecimento por meio da observação e da experiência, abandonado o espiritualismo de seu mestre, Platão. A filosofia de Aristóteles estudou com notável originalidade todos os campos do saber, como a física, a biologia, a sociologia, a psicologia, a política. Contribuiu para o estudo da lógica, da zoologia, com um gênio criador apoiado na organização do conhecimento obtido na observação direta e no estudo histórico de cada assunto. É assombroso que essa grande obra do pensamento tenha sido feita trezentos anos antes de nossa era, quando poucos conhecimentos científicos básicos ainda não tinham sidos descobertos. As suas obras, a Política e a Moral têm sua leitura recomendada até nossos dias. A lei da divisão dos ofícios e a lei dos materiais que formam a imaginação são exemplos da filosofia aristotélica.
Aristóteles desenvolveu o estudo da estrutura, da composição da sociedade, ao reconhecer a especialização sempre existente em todo o agrupamento humano. E em conjunto com a divisão dos ofícios, Aristóteles mostra que é necessário fazer com que os diferentes operadores tenham o mesmo objetivo, por meio do governo, que faz acontecer a mesma direção para a obtenção do resultado desejado pela coletividade. Esse princípio da cooperação é expresso da seguinte forma: “O caráter essencial de toda organização coletiva reside na separação dos ofícios e na convergência dos esforços”. Essa é uma lei da sociologia abstrata estática, que vale para qualquer sociedade. É estática porque não depende do tempo, da sucessão, valendo para qualquer época em qualquer sociedade, sendo uma lei de semelhança.
A conseqüência desse princípio é que não é possível eliminar as classes sociais, já que cada atividade ou ofício pertence a uma classe da sociedade. Também torna completamente impossível a igualdade social, uniformizando todas as profissões, como num comunismo ou socialismo pela força do Estado coercitivo, violento. Temos visto que quanto mais desenvolvida a sociedade, com a liberdade, maior é o número de especialidades diferentes, sendo maior a diferença entre as classes, em posição na hierarquia e em remuneração. O grande e justo objetivo da política moderna é a fraternidade, que não deve ser confundida com a igualdade impossível.
Outro exemplo da genialidade de Aristóteles é o princípio da subordinação contínua das construções mentais, subjetivas, do sujeito observador, aos dados do exterior, dos materiais objetivos. O gênio do filósofo descobriu a seguinte lei: “Nada há no entendimento que não provenha primeiro dos sentidos”. Ou seja, podemos inventar qualquer mito, qualquer sonho, qualquer ficção, mas os materiais que compõem o mito, todos, foram tirados das sensações, da informação dos sentidos. Não há saber inato, sem que tenha sido obtido pela sensação. Essa é também uma lei estática, que independe do tempo, uma lei de semelhança. As leis de evolução são leis dinâmicas, leis de sucessão.
O grande filósofo fez a conciliação de um deus com as leis científicas que dirigem os fenômenos. Engenhosamente colocou seu deus como um “Motor Primeiro”, que fez a unidade e as leis científicas da natureza e nada mais. Aristóteles com habilidade evitou negar os deuses, mas cortou os poderes divinos efetivos e permanentes conforme a ciência necessitava. Essa é a metafísica de Aristóteles. É um caso em que a filosofia passa a usar uma ENTIDADE no lugar dos DEUSES antropomórficos, com barba e bigode, o modo de explicação da realidade definida como metafísica. Essa forma de pensar não permite premiar e punir o crente como no modo teísta, acabando com a disciplina divina.
Aristóteles mostra-se em sua obra muito superior ao seu tempo, depois que a arte grega preparou a filosofia e depois dos grandes pensadores da ciência como Tales e Pitágoras.

AMANHÃ: Anaximenes de Mileto.

0226 02 FILOSOFIA ANTIGA filosofar é pensar

FEVEREIRO 26: O mês da Filosofia Antiga.

A FILOSOFIA ANTIGA
O MÊS DA FILOSOFIA ANTIGA
REUNIÃO DE TODOS OS PENSADORES DA ANTIGUIDADE

A evolução intelectual da sociedade humana libertada do regime da Teocracia oriental, iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga homens do povo como pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, fora da casta sacerdotal fechada puderam descobrir os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação subordinada à imaginação procurava conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolveram a ciência separada da filosofia. Seu estudo se enfraqueceu.
A ciência abstrata iniciada pelos gregos estuda somente uma das aparências, um dos acontecimentos que ocorrem nos objetos. A pesquisa se torna muito mais simples. Por exemplo, o estudo da forma dos objetos é feito na Geometria, abandonando os demais acontecimentos ou fenômenos que existem.
A separação do estudo do fenômeno no estudo dos seres também fica muito mais geral, já que o mesmo fenômeno ocorre em muitos objetos diferentes.
O fenômeno de quantidade é comum a tudo que existe, a todo ser. Seu estudo é feito na Matemática. Ele permite encontrar as relações, tendências fixas que são as leis abstratas constantes entre o fenômeno de quantidade em qualquer outro objeto.
Esse modo de pesquisa é o raciocínio abstrato. O raciocínio abstrato é mais difícil do que a simples descrição de cada objeto e de suas propriedades particulares. Para que a mente consiga fazer a abstração dos detalhes é necessário o conhecimento de muitos objetos para que seja feito o estudo das propriedades comuns a todos. Exige, portanto, a experiência e a memória dos casos particulares para realizar a identificação e a seleção da propriedade ou fenômeno a estudar.


A FILOSOFIA ANTIGA. Definimos a filosofia como o conhecimento do que existe no mundo e como o mundo evolui. Quer dizer, o conhecimento da estrutura e da dinâmica do que há no mundo, incluindo o ser humano e sua sociedade. Ou seja, o que EXISTE ao nosso redor e como são as RELAÇÕES entre as coisas com o correr do tempo, em sua EVOLUÇÃO.
O conhecimento seguro, científico ou positivo é obtido por meio da observação e pela experiência, podendo ser em detalhe ou no seu conjunto, numa SÍNTESE que faz o resumo do saber. Não é verdade que a imaginação na arte e na lenda é produzida com as imagens obtidas pela observação?
A Filosofia inclui o conhecimento para representar ou fazer a descrição teórica na ciência, ou para idealizar poeticamente na arte, ou para planejar e realizar a aplicação prática na ação. O pensamento, realizado pelas funções do cérebro, pela inteligência, elabora o conhecimento. Portanto, podemos dizer que fazer filosofia é pensar, é fazer conhecimento.
A espécie humana em sua população mais antiga tem sua origem na animalidade, como um animal primitivo. Temos hoje indicações arqueológicas dessa origem. O homem primitivo pensava da mesma forma como os animais pensam. Ou seja, o animal recebe pelos sentidos as informações do mundo e elabora o pensamento para decidir e agir. O animal-homem dentro da grande sociedade é capaz de registrar, aperfeiçoar e transmitir o conhecimento, a filosofia.
Se o homem mais primitivo pensava, como os animais pensam, o homem e os animais fazem filosofia. Se não podem escrever nem ler, filosofam, mas não podem produzir registros, livros ou tratados de filosofia.
A religião ou sistema de conhecimento mais antigo é o feiticismo ou fetichismo, quando os humanos devem elaborar o pensamento para agir, para obter alimento, sem ter experiência anterior. A única experiência que tem é a de sua própria vida. Pensa então do modo mais fácil: que o mundo é vivo como ele mesmo. Ele anda quando quer andar. A pedra cai porque quer cair. É a colocação da forma humana nas coisas, nos animais, que são os FETICHES ou FEITIÇOS. É o antropomorfismo. A feitiçaria acredita que coisas ou fetiches produzem poderosas ações iguais às que os homens fazem, para o bem e para o mal. É o poder mágico da VONTADE das coisas, que depois vamos acreditar que há na vontade poderosa e arbitrária dos deuses.
O PRIMEIRO FILÓSOFO. Pelas indicações das populações mais antigas e pela observação dos animais, da doença e da infância humana, consegue-se saber que o primeiro modo de pensar foi o do FETICHISMO. Essa teoria da evolução da sociedade, base da moderna Filosofia da História, é apresentada com muito detalhe por Augusto Comte nos quatro volumes do SISTEMA DE POLÍTICA POSITIVA, de 1851, Paris, ed.Mathias.
Os homens mais primitivos, muito ferozes, formavam apenas casais com seus filhos, protegidos por seus poderosos fetiches. O sentimento social era reduzido somente à família. Cada um era aquele que pensava, era o seu próprio filósofo, dentro da família havendo a liderança do pai ou da mãe ou do mais velho. Mais tarde, com o progresso do sentimento de associação, do altruísmo, as famílias fetichistas se agrupavam em CLÃS fetichistas e nômades.
A grande revolução prática ocorreu com a passagem do estado nômade para o estado sedentário, com a agricultura e com a criação de animais, com os pastores e com o aumento da população.
O FILÓSOFO-ASTRÓLOGO. A observação dos astros no sedentarismo realizou o surgimento da adoração dos planetas, com a astrolatria. Para conhecer os planetas e interpretar seus poderes, foi necessário que uma pessoa tivesse o conhecimento necessário: foi quando se criou o mago, o astrólogo, que é o primeiro filósofo da sociedade. O fetichismo se torna ASTROLÁTRICO. Dessa forma as vontades das coisas passaram para os astros, que mais tarde se tornaram o lugar da morada dos DEUSES. Essa a razão dos deuses do Politeísmo terem o nome dos planetas, como Marte, Venus.
No Politeísmo a especialização das profissões foi realizada dentro de cada família, com o surgimento das CASTAS, no regime que é próprio da TEOCRACIA, caracterizada pelo governo político dos religiosos. A casta mais importante e que governava era a que possuía o CONHECIMENTO, ou seja, que possuía a FILOSOFIA: era a casta sacerdotal, sagrada, secreta, fechada. Esses filósofos secretos e mágicos não têm seus nomes conhecidos. No calendário histórico não podemos fazer sua homenagem. Somente com a quebra da Teocracia na Grécia antiga é que começamos a ter o registro dos pensadores independentes de casta, dos filósofos. Essa a razão de se supor que a filosofia tivesse surgido apenas na Grécia.
Podemos, portanto, concluir que a filosofia começou quando o animal começou a pensar, entre os mais simples animais da escala dos seres vivos. Entre os humanos começou antes de sua animalidade. No começo, cada um era o próprio filósofo. Depois o filósofo foi o mago astrólogo da ASTROLATRIA. Em seguida o filósofo foi o sacerdote-governante na TEOCRACIA, dentro da casta secreta dos sacerdotes, seus nomes sendo desconhecidos da história. Só na Grécia começamos a conhecer o nome dos artistas, dos filósofos, dos cientistas.
Recordando o que dissemos, será que estamos prontos para responder a muitas perguntas? Questões como:
Quando começou a filosofia? Para que serve? Por quê?
Como foi? Onde? Quem? Mas o que é filosofia?
Devemos pensar e comprovar. Filosofar é pensar.

0226 01 QUADRO DO MÊS DE ARISTÓTELES- A filosofia antiga

A evolução intelectual da sociedade humana libertada do regime da Teocracia oriental, iniciando a criação da ciência pura abstrata.

Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga homens do povo como pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, fora da casta sacerdotal fechada puderam questionar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve, desenvolvendo o saber filosófico herdado do passado. As populações mais antigas para viver sempre formavam um plano prévio para suas ações com os dados então disponíveis. Ou seja, os homens sempre filosofaram.
Mas a explicação com os gregos a filosofia não se baseou mais na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação subordinada à imaginação criava o conhecimento da vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolveram a ciência separada da filosofia. O estudo da filosofia se enfraqueceu.
A ciência abstrata iniciada pelos gregos estuda somente uma das aparências, um dos acontecimentos que ocorrem nos objetos. A pesquisa se torna muito mais simples. Por exemplo, o estudo da forma dos objetos é feito na Geometria, abandonando os demais acontecimentos, propriedades ou fenômenos que existem.
A separação do estudo do fenômeno do estudo dos objetos ou seres também fica muito mais geral, já que o mesmo fenômeno ocorre em muitos objetos diferentes.
O fenômeno de quantidade é comum a tudo que existe, a todo ser. A quantidade define se existe ou não. Define a existência, define o fato de ser, o fato de existir. Seu estudo é feito na Matemática. Ele permite encontrar as relações, tendências fixas que são as leis abstratas constantes entre o fenômeno de quantidade em qualquer outro objeto.
Esse modo de pesquisa é o raciocínio abstrato. O raciocínio abstrato é mais difícil do que o raciocínio concreto. No pensar de modo concreto é criada a descrição de cada objeto e de suas propriedades particulares. Para que a mente consiga fazer a abstração dos detalhes é necessário o conhecimento de muitos objetos para que seja feito o estudo das propriedades comuns a todos. Exige, portanto, a experiência e a memória dos casos particulares para realizar a identificação e a seleção da propriedade ou fenômeno a estudar.
O modo de raciocinar abstrato na história só é observado nas sociedades mais evoluídas que chegaram a desenvolver o politeísmo, criando os deuses. As populações antes dessa fase não conseguem realizar a abstração necessária para a idealização dos deuses. Só com a evolução social torna-se possível a concepção da força, da inteligência e de outras qualidades abstratas das divindades. Sem poder pensar em notáveis características abstratas não se pode pensar em deuses.
Na infância a criança não consegue pensar a abstração antes de cerca dos cinco a sete anos de idade. A capacidade de realizar a abstração marca o fim da primeira infância, definida como a idade pré-escolar. Antes da escola que ensine aritmética, a base de todo o estudo da matemática.


Calendário HISTÓRICO FILOSÓFICO
 para um ano qualquer OU
quadro concreto da preparação humana

LUNEDIA=segnda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta;
JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Os nomes à esquerda são para o ano  C comum; à direita, anos B bissextos.


QUADRO DO 3º mês DE Aristóteles
A filosofia antiga
                                    No Ano C Comum                   No Ano B Bissexto
Lunedia
1
Anaximandro

26.fev.
Martedia
2
Anaxímenes

27
Mercuridia
3
Heráclito

28
Jovedia
4
Anaxágoras

1.mar.
Venerdia
5
Demócrito
Leucipo
2
Sábado
6
Heródoto

3
Domingo
7
Tales

4
Lunedia
8
Sólon

5
Martedia
9
Xenófanes

6
Mercuridia
10
Empédocles

7
Jovedia
11
Tucídides

8
Venerdia
12
Arquitas
Filolau
9
Sábado
13
Apolônio de Tiana

10
Domingo
14
Pitágoras

11
Lunedia
15
Aristipo

12
Martedia
16
Antístenes

13
Mercuridia
17
Zeno

14
Jovedia
18
Cícero
Plínio, o Jovem
15
Venerdia
19
Epiteto
Arriano
16
Sábado
20
Tácito

17
Domingo
21
Sócrates

18
Lunedia
22
Xenócrates

19
Martedia
23
Filon de Alexandria

20
Mercuridia
24
S. João Evangelista

21
Jovedia
25
S. Justino
Sto. Irineu
22
Venerdia
26
S. Clemente de Alexandria

23
Sábado
27
Orígenes
Tertuliano
24
Domingo
28
PLATÃO

25
Todos os meses são iguais, de 28 dias e todos começam numa segunda-feira, terminando num domingo dedicado ao chefe da semana.