domingo, 19 de fevereiro de 2012

0205 ESCOPAS ampla expressão do delírio até a ternura e sonho

05 DE FEVEREIRO. Escopas: O escultor grego como criador fértil.

ESCOPAS
Scopas
(viveu nos anos 300 antes da nossa era)

GRANDE MESTRE DA ARQUITETURA E ESCULTURA DA GRÉCIA ANTIGA

Redução do poder político totalitário da religião
pela derrota da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi o politeísmo militar grego contra o politeísmo sacerdotal oriental.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana os escultores, arquitetos e pintores gregos,
conforme suas diferentes escolas e épocas
A semana finda com Fídias, como chefe, no domingo.
Ver em 0129-01 Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.

ESCOPAS nasceu na ilha grega de Paros, uma das Ciclades então dominadas por Atenas. Ele pertencia a uma família de artistas que se estabelecera nessa ilha. Ele é, com seu grande companheiro Praxíteles, o chefe da última escola ática de escultores, vindo quase um século depois de Fídias, o mestre da primeira escola.
A mais antiga menção que é feita a Escopas como arquiteto e como escultor foi como construtor do grande templo de Atenas Alea em Tegea na Arcádia, nos anos 359 antes da nossa era. Ele também trabalhou no templo de Artemis em Efeso e no mausoléu de Halicarnasso. Perto do ano 377, Escopas foi morar em Atenas onde trabalhou por 20 ou 30 anos como escultor em mármore.
Os temas das obras de Escopas são os mais variados. As expressões das intensas emoções são claramente indicadas pelos lábios em parte abertos e pelos olhares profundos das personagens esculpidas, que parecem de fato falar ou gemer ao vivo. Ele preferia representar os aspectos mais românticos da mitologia e as divindades secundárias da mitologia grega. Suas peças são quase todas notáveis pelo movimento apaixonado e pela invenção.
Seu prazer era mostrar as Menades ou Bacchantes, grupos de mulheres adoradoras do deus Dionísio ou Baccho, que largavam suas casas para vagar pelas florestas em devoção extática ao seu deus. Dionísio era o deus do vinho e da vegetação. Era um deus muito popular para os usuários do vinho na Grécia. Alegria e milagres ocorriam em seus festivais, em mistérios que inspiravam cultos com êxtase e orgia.
Escopas representou os combates das Amazonas contra os gregos, o amor, o desejo, e a paixão em suas formas as mais poéticas, alem das Nereidas e os monstros marinhos.
As obras existentes que são atribuídas a Escopas parecem ser cópias de peças suas, como algumas Menades, Nereidas e Tritões. Os baixos relevos com os combates entre os gregos e as amazonas, do mausoléu de Halicarnasso que estão no Museu Britânico são de sua autoria. São de Escopas o grande grupo de Nióbio e suas filhas em cópias que existem no Uffizi em Florença.
Escopas se distingue de seu grande predecessor Fídias por não ter a sua dignidade sublime nem sua calma olímpica. E difere de seu companheiro Praxíteles por ter uma inspiração mais profunda e mais ampla do que aquela expressão do belo sensual.
Como escultor, Escopas é notável por sua ousadia, pela paixão e pela fertilidade de seu gênio criador. Ele não tem rival na representação da rapidez do movimento, na criatividade da composição e na intensidade do sentimento.
Ele é o mais lírico de todos os escultores e um daqueles que mostram o mais amplo panorama da expressão, desde o delírio frenético até a graça com ternura e sonho.

AMANHÃ: Zeuxis grande mestre da pintura antiga.


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