segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

0213 PLAUTO situações cômicas e diálogos cheios de graça

FEVEREIRO 13. Plauto: o grande gênio romano da comédia.

PLAUTO
Plautus, Titus Maccius Plautus
(nasceu cerca do ano 250 antes da nossa era, na Umbria, Itália; morreu no ano 184)

GRANDE ESCRITOR ROMANO AUTOR DO TEATRO DE COMÉDIA


Redução do poder político totalitário da religião
pela derrota da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi o politeísmo militar grego contra o politeísmo sacerdotal oriental.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana autores cômicos e satíricos da Grécia e de Roma, reunidos porque, a esse respeito a obra de Roma pode ser comparada àquela dos gregos. O mesmo não pode ser dito para as artes da forma ou para a tragédia. Os autores de fábulas figuram aqui por continuarem a comédia dos costumes humanos.
A semana tem como chefe Aristófanes no domingo que a termina.
Ver em 0129-01 Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.



PLAUTO nasceu na Úmbria em meados dos anos 200 antes da nossa era. A tradição conta que ele era um escravo de guerra que aprendeu a profissão de carpinteiro. O nome Plauto, de acordo com uma fonte, viria de Plautus, o nome de quem tinha “planis pedibus”, ou “planipes” que é o pé chato.
A versão que o faz como um antigo escravo explica o conhecimento que Plauto mostra da situação dos escravos na Roma de sua época. Ele teve de uma forma ou outra uma origem humilde. Produziu sua primeira peça de teatro no ano 224 e continuou escrevendo muitas obras teatrais até a sua morte perto de quarenta anos depois. De suas comédias foram conservadas vinte peças.
Do mesmo modo como Cecilius e Terêncio, Plauto se inspirou muito em Manandro e nos últimos autores gregos de comédia de Atenas. Mas ele foi um autor dos mais originais. A maneira de tomar a inspiração em outros autores tem alguma semelhança com o estilo de Shakespeare.
Os personagens de Plauto têm nomes gregos e vivem nominalmente nas cidades gregas, mas se comportam como os romanos. Eles se referem aos costumes dos romanos como sendo familiares, ao passo que os costumes da Grécia são considerados como estrangeiros. Devido a essa prática do autor, as comédias de Plauto têm mais valor do que as de Terêncio como boas descrições da vida em Roma.
Numa das comédias de Plauto, Penulus ou O Jovem Cartaginês, escrita na época da segunda guerra de Roma contra Cartago, nós temos a única descrição dos inimigos dos romanos feita por seu poeta popular, numa forma imparcial e generosa.
Da mesma forma como Terêncio, Plauto representava sempre os tipos habituais da comédia grega: o pai severo ou indulgente, o filho perdulário, o escravo mentiroso mas fiel, o parasita sem vergonha. Eles eram todos colocados em classes separadas, reconhecidos por máscaras identificadoras. Plauto tornou-se um grande dramaturgo adaptando o teatro de comédia dos gregos criando na língua latina um autêntico teatro para os romanos.
A capacidade literária e sua arte dramática tornam as peças de Plauto grandemente apreciadas por seu próprio valor. A sua criação permanece importante e duradoura na história da literatura e do teatro na cultura do ocidente. Plauto foi muito apreciado por Shakespeare, por Molière, Fielding e por muitos outros escritores que fizeram adaptações e imitações de suas comédias.
Em seu tempo, dentro de seus limites, o gênio criador de Plauto é notável para criar situações cômicas e chegar a diálogos cheios de graça.


AMANHÃ: As comédias do escravo africano Terêncio.

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