sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

1226 LINEU a classificação das planas mas classificou todos os três reinos da natureza

DEZEMBRO 26. LINEU: Criou a teoria geral das classificações na comparação científica dos seres vivos.

LINEU
Carolus Linnaeus, Carl Linnaeus, Carl Von Linné
(nasceu em 1707, em Rashult, Smaland, Suécia; morreu em 1778 em Uppsala, Suécia)
NATURALISTA SUECO CRIADOR DA TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS


FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis abstratas imutáveis dos fenômenos no meio da permanente mudança da variável realidade concreta dos seres.

ESTA SEMANA apresenta a Biologia em Harvey e nos seus sucessores.
Encontram-se Boerhaave e Sthal, os chefes respectivos da escola mecânica e da escola espiritualista em Biologia.
Lineu e Bernard Jussieu lembram os principais problemas em relação às classificações dos seres vivos. Lamarck e Blainville que alargaram o horizonte do Método Comparativo nos fenômenos da vida.
Broussais, que fez a integração da Patologia na Fisiologia. Gall preside esta semana como o primeiro investigador do grande problema biológico das funções cerebrais, que faz a passagem da ciência abstrata dos seres vivos para as Ciências Humanas puras, isto é, abstratas da Sociologia e da Psicologia propostas por Augusto Comte. O chefe da semana é Gall, que a encerra.

LINEU nasceu em 1707, filho de um pastor de ovelhas pobre. Seu pai era amante de flores, mas as suas colméias e canteiros foram várias vezes atacados pelos besouros e pelas plantas trazidas por Lineu para teste.
Ele se recusou a ser ministro protestante e foi trabalhar como aprendiz de um sapateiro. Mas o diretor da escola em que estudava reconheceu seu gênio e colocou em suas mãos o tratado de Botânica de Tournefort. Lineu foi mandado para a Universidade de Lund apenas com uma pequena pensão anual, e de lá, foi para Estocolmo. Passando por períodos de extrema miséria, remendava seus sapatos com a casca de árvores, mas sem parar a observação das plantas e dos insetos, com uma perseverança sem descanso. O veterano botânico Olof Celsius, professor de teologia e naturalista ardente, reconheceu sua força e lhe ofereceu hospitalidade, com cama e mesa, acabando com seus sofrimentos.
Em 1731 foi encarregado de uma expedição à Lapônia onde obteve grande quantidade de observações sobre a história natural e sobre os habitantes do país. Em 1735 ele visitou a Holanda, encontrando em Leyde com Boerhaave, que lhe obteve a guarda dos jardins e das coleções botânicas de Cliffort, um rico habitante perto de Haarlem. Lá ele publicou a primeira redação do seu Systema naturae em 1735, seus Fundamenta botanica em 1736 e, no ano seguinte, os Genera plantarum, as Classes plantarum e a Critica botanica. Ele foi à Inglaterra e depois a Paris, onde foi recebido cordialmente pelos irmãos Antoine e Bernard de Jussieu. Ele obteve em 1731 a cadeira de Física e de Anatomia na Universidade de Uppsala. Continuou a ensinar todos os ramos da História Natural até 1744, publicando em 1751 a Philosophia botanica, a sua mais conhecida obra.
Em 1761 ele recebeu o título de nobreza da Suécia, com data retroativa de 1757, a partir de então seu nome sendo escrito como Carl von Linné. Ele morreu doente, em 1778, sendo enterrado com todas as honras na catedral de Uppsala.
Lineu é muito conhecido por sua classificação das plantas, mas sua obra faz a classificação dos três reinos da natureza. A formação dos grupos naturais dos seres vivos tinha sido feita por Aristóteles na Grécia antiga e nos anos 1400 e 1500 foi continuada por Asdrovando, Conrad Gesner e outros. Mas o mérito de ter pela primeira vez disposto esses grupos de acordo com uma sucessão bem ordenada pertence a Lineu.
Ele formou o sistema de nomes dito como BINOMIAL. Os organismos semelhantes são grupados num GENUS, e cada organismo recebe dois nomes em latim. O primeiro nome é o nome do genus e o segundo nome é um adjetivo, também em latim, descrevendo o organismo, sua localização geográfica ou o nome de seu descobridor. Por exemplo, o cachorro doméstico é “Canis familiaris”. Canis é o nome do grupo ou genus que inclui cães, raposas, o coiote e o chacal. A palavra familiaris descreve o cão doméstico para diferenciar dos seus parentes selvagens. Ele se tornou um especialista em classificações, tendo criado também a classificação do reino mineral. Ainda publicou um tratado onde relacionou as espécies de doenças então conhecidas.
Lineu tem seu grande valor ao criar a teoria geral das classificações, seguindo a direção geral dada por Bernard de Jussieu. Essa teoria institui a comparação geral dos seres vivos, tanto na consideração da estática como em sua dinâmica. Ou seja, ele toma em consideração suas estruturas, seus órgãos, como o funcionamento do organismo animal como um todo.
A classificação e a hierarquia formam o fundamento do método na filosofia moderna, constituindo a base de todo o raciocínio biológico. Os escritos de Lineu, seu herbarium e as coleções de insetos e conchas foram 1783 cuidadosamente preservados pela Sociedade Lineana em Burlington House, em Londres.

AMANHÃ: Lançou as bases da fisiologia como estudo integrado da dinâmica do ser vivo: ALBRECHT VON HALLER

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

1225 BOERHAAVE dar à arte médica uma base científica positiva, segura

DEZEMBRO 25. BOERHAAVE:  levou a prática médica para o lado do leito dos enfermos

BOERHAAVE
Hermann Boerhaave
[diga Bur'ha-ve]
 (nasceu em 1668, em Voorthout, Holanda; morreu em Leiden, Holanda)

MÉDICO E QUÍMICO HOLANDÊS EDUCADOR NA CLÍNICA MÉDICA


FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis abstratas imutáveis dos fenômenos no meio da permanente mudança da variável realidade concreta dos seres.

ESTA SEMANA apresenta a Biologia em Harvey e nos seus sucessores.
Encontram-se Boerhaave e Sthal, os chefes respectivos da escola mecânica e da escola espiritualista em Biologia.
Lineu e Bernard Jussieu lembram os principais problemas em relação às classificações dos seres vivos. Lamarck e Blainville que alargaram o horizonte do Método Comparativo nos fenômenos da vida.
Broussais, que fez a integração da Patologia na Fisiologia. Gall preside esta semana como o primeiro investigador do grande problema biológico das funções cerebrais, que faz a passagem da ciência abstrata dos seres vivos para as Ciências Humanas puras, isto é, abstratas da Sociologia e da Psicologia propostas por Augusto Comte. O chefe da semana é Gall, que a encerra.

BOERHAAVE nasceu em 1668 e foi educado para ser pastor protestante. Durante alguns anos ensinou matemática para se sustentar, diplomando-se em filosofia em 1684 e mais tarde, em 1693 em medicina. No exercício da medicina teve extraordinária distinção. Tornou-se professor de botânica e de medicina, toda sua carreira sendo feita na Universidade de Leiden. Foi reitor, professor de prática médica e de química. Ficou famoso ao introduzir pela primeira vez o ensino da medicina junto ao leito dos doentes, mostrando a prática médica ao lado da cama.
Tido como um dos maiores médicos de seu tempo, nos anos 1700, século 18, Boerhaave realizou a identificação, classificação e sistematização dos conhecimentos acumulados até então. Sua obra principal, Institutiones Medicae, Princípios médicos, de 1708, constitui um ensaio sistemático para levar à arte da medicina uma base científica positiva, segura.
Ele começa em seu tratado fazendo uma revista clara da história da medicina desde Hipócrates até seus dias. Ele elogia a observação direta recomendada por Hipócrates, bem como o conhecimento anatômico de Galeno, estendido por Vesálio e outros. Faz notar distintamente como se estava em falta completa de conhecimento antes que do estudo da estrutura anatômica se chegasse também ao conhecimento da função dinâmica pela grande descoberta de Harvey. O conhecimento do funcionamento do coração por Harvey, diz Boerhaave, “veio dar à ciência da natureza uma nova e uma base firme”.
No seu tempo foram feitas as grandes descobertas matemáticas, com que se começou a calcular com certeza as forças mecânicas. Mas a química científica teórica ainda estava para ser iniciada e a biologia muito longe de começar. Nenhuma teoria podia ser possível sem o conhecimento dos fenômenos fundamentais da respiração e da combustão. Boerhaave com seu aluno o suíço Albrecht von Haller mostrou o engano dos iatroquímicos e os iatrofísicos que ensinavam que a fisiologia, como o estudo da dinâmica biológica, era apenas feita de reações químicas ou só físicas. Ele demonstrou a necessidade do estudo integrado da fisiologia, com a biologia junto com suas bases físicas e químicas.
Deve-se notar a dificuldade dos humanos na descoberta do conhecimento científico, mostrando a fraqueza da inteligência como capacidade mental para explicar e representar a realidade. A comparação da força intelectual fraca com o grande poder das emoções egoístas deixa bem clara nossa dificuldade mental, notável, mesmo quando contamos com os maiores pensadores da história.
A criatividade de Boerhaave é distinta quando ele passa da teoria para a prática, na aplicação efetiva do saber teórico. Diz ele: “Lembre-se de que a medicina deve aplicar com prudência as descobertas físicas na estrutura animal; o que é verdade para fluidos incompressíveis em tubos rígidos não é necessariamente aplicável aos fluidos animais em seus vasos flexíveis e elásticos”. Completamente convencido de que a medicina deve repousar sobre a base sólida da ciência teórica, ele não perde de vista como a ciência de seu tempo era imperfeita.
E pode-se ter certeza de que, como a ciência não para de se aperfeiçoar, de progredir, a nossa ciência, hoje, não é, também perfeita, pronta, acabada. Se ela pode melhorar, se vai progredir, evoluir, é porque não é perfeita, não é absoluta, imutável. Ai está uma grande lição de modéstia a ser por todos nós bem aprendida.


AMANHÃ: Criou a teoria geral das classificações na comparação científica dos seres vivos: LINEU.

1224 HARVEY o músculo do coração faz circular o sangue no corpo inteiro

1224 HARVEY  o músculo do coração faz circular o sangue no corpo inteiro

DEZEMBRO 24. Harvey,  aforismo:  OMNE VIVUM EX OVO, todo ser vivo vem do ovo.

HARVEY
William Harvey
(nasceu em 1578, em Folkestone, Kent, Inglaterra: morreu em 1657, em Londres)

MÉDICO INGLÊS DESCOBRIDOR DA CIRCULAÇÃO DO SANGUE

FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis abstratas imutáveis dos fenômenos no meio da permanente mudança da variável realidade concreta dos seres.

ESTA SEMANA apresenta a Biologia em Harvey e nos seus sucessores.
Encontram-se Boerhaave e Sthal, os chefes respectivos da escola mecânica e da escola espiritualista em Biologia.
Lineu e Bernard Jussieu lembram os principais problemas em relação às classificações dos seres vivos. Lamarck e Blainville que alargaram o horizonte do Método Comparativo nos fenômenos da vida.
Broussais, que fez a integração da Patologia na Fisiologia. Gall preside esta semana como o primeiro investigador do grande problema biológico das funções cerebrais, que faz a passagem da ciência abstrata dos seres vivos para as Ciências Humanas puras, isto é, abstratas da Sociologia e da Psicologia propostas por Augusto Comte. O chefe da semana é Gall, que a encerra.

HARVEY nasceu em 1578 numa família de comerciantes. Estudou em Canterbury e depois na Universidade de Cambridge, graduando-se em 1597. Em seguida foi para a Universidade de Pádua na Itália, então considerada a melhor escola de medicina da Europa. Em Pádua ele completou o doutorado em medicina em 1602. Em Bolonha, Pádua e Pisa o estudo da anatomia humana era feito com uma atenção extraordinária.
Em Pádua ele estudou com o famoso professor anatomista Hieronymus Fabricius d’Acquapendente, que havia pesquisado as válvulas das veias que produzem o direcionamento do movimento do sangue.
Em 1604 Harvey tornou-se membro do Colégio Médico. Foi para Londres e contou, entre outros famosos, com Sir Francis Bacon como um de seus clientes na prática médica. Em 1615 ficou encarregado do curso de anatomia e cirurgia no Colégio Médico, onde expôs pela primeira vez sua teoria sobre a circulação do sangue, que só publicou em 1628. Essa obra, que foi uma importante contribuição científica, recebeu o nome de Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus, Exercício Anatômico sobre o movimento do coração e do sangue nos animais.
A descoberta de Harvey foi precedida de outras no mesmo assunto. Deve-se ver nesses ensaios de erro-e-acerto a dificuldade da inteligência humana e até mesmo a sua fraqueza, na busca da explicação e representação dos fenômenos do mundo. O conhecimento humano tem que ser acumulado pouco a pouco, já que a mente do homem não consegue descobrir como se dão os acontecimentos pela observação direta dos fatos. O saber maravilhoso obtido nos tempos recentes foi o resultado da coleção de muitos e diferentes estudiosos, por muitos anos, por muitos séculos. Portanto, o progresso da inteligência é muito lento, deixando ver sua enorme fraqueza, uma insuficiente capacidade de captar o funcionamento do mundo. É a pobreza mental dos humanos que exige enormes esforços de pesquisa para conseguir a leitura do grande livro da natureza. Esse esforço espetacular da associação dos homens torna a história do saber um maravilhoso romance intelectual, com um final feliz.
Sabe-se que, em 1553 Michel Servet tinha já descrito a circulação do sangue do lado direito do coração, através dos pulmões, para o lado esquerdo. Ele já conhecia a mudança de cor do sangue de vermelho escuro para vermelho vivo, que se fazia nos pulmões e sabia que o sangue era purificado dos seus “vapores fuliginosos” pela respiração. Outros estudiosos, como Realdo Colombo em 1559 e Cesalpino d’Arezzo continuaram a estudar o coração e as veias. Mas foi Harvey que, aproveitando os estudos anteriores e por suas pesquisas cuidadosas, pela primeira vez comprovou como o músculo do coração fazia circular o sangue no corpo inteiro. Ele chegou à sua descoberta por uma série de dissecações e pelo estudo do movimento do coração e do sangue nos animais vivos. Foi a primeira introdução em biologia das leis da mecânica, a ciência abstrata dos movimentos.
Harvey foi um dos médicos da corte dos reis James I e Charles I. O rei Charles se interessou muito por suas descobertas e em suas pesquisas, permitindo que prosseguisse com o difícil estudo da embriologia e da reprodução de animais em Hampton. Em 1651 ele publicou sua grande obra sobre a reprodução animal, os Exercitationes de Generatione Animalium, Exercícios anatômicos sobre a geração dos animais. Ali ele coloca muito da história da ciência. Ele estudou a embriologia dos animais, rejeitando a noção de Aristóteles de que o sangue da menstruação tivesse parte na formação do feto.
O grande aforismo de Harvey, OMNE VIVUM EX OVO, Todo ser vivo vem do ovo, é correto para os animais superiores. Para todos os animais, como para os organismos mais simples, que se reproduzem sem ovo, o texto deve ser modificado para OMNE VIVUM EX VIVO, Todo ser vivo vem de um ser vivo, que tem validade geral como uma das leis fundamentais da Biologia sistemática.
As observações precisas de Harvey estabeleceram um padrão para as futuras pesquisas na Biologia.
Ele morreu em 1657, aos 79 anos, em Londres.

AMANHÃ: Sábio holandês filósofo e médico famoso por iniciar a prática médica junto ao leito dos enfermos: BOERHAAVE.

1223 LAVOISIER preparou o estudo científico da vida, da respiração, do calor animal

DEZEMBRO 23. LAVOISIER:  a teoria da combustão como sendo uma oxidação

LAVOISIER
Antoine-Laurent Lavoisier
(nasceu em 1743, em Paris; morreu em 1794, em Paris, França)
DESTACADO CIENTISTA FRANCÊS FUNDADOR DA QUÍMICA MODERNA


Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e, inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.


LAVOISIER nasceu numa família nobre e rica, recebendo uma boa educação. Seu pai lhe deu uma sólida base em linguagem, filosofia e em ciências, como em matemática, astronomia, química e botânica. Estudou Direito, diplomou-se em 1764, mas sempre seu pensamento crítico o dirigia para a pesquisa científica. Na idade de 21 anos ganhou o prêmio em concurso oferecido pelo governo da França por seu ensaio sobre os melhores métodos para a iluminação das ruas de uma cidade.
Lavoisier consagrou-se à pesquisa química, tendo entre seus estudos iniciais pesquisas sobre a composição do gesso, das rochas e minerais. Em 1768 ele foi admitido na Academia de Ciências de Paris. Ocupou funções no governo, tendo sido membro da Fazenda, na coleta de impostos, sendo da comissão que levou à adoção do Sistema Métrico de Medidas. Por ter sido do governo monárquico da França e ter títulos de nobreza, na Revolução Francesa ele foi julgado e decapitado na guilhotina, na metade de sua vida criativa de cientista, no ponto mais alto e brilhante de seu gênio, em 1794, com 51 anos de idade. Um lamentável crime de cruéis revolucionários ambiciosos que se repetiria sempre no futuro, na ruptura das instituições sociais.
A química encontrada por Lavoisier estava dominada pela hipótese do FLOGÍSTICO, uma entidade metafísica não comprovada, que explicava fenômenos como a ferrugem do ferro, a combustão e o calor. A metafísica, é bem exemplificada nesse caso, ao substituir a ação dos deuses pela atividade de entidades não humanas, para a explicação do mundo. Dessa forma, o modo metafísico de filosofar liberta e incentiva a pesquisa científica ao retirar o tema da área do poder divino, absoluto e eterno, portanto imutável.
O médico e químico alemão Becher formulou essa hipótese, mantida por Stahl. Explicava-se que o carvão, rico em flogístico, juntando-se à ferrugem e ao minério de ferro, se tornava em ferrugem flogisticada, que era o ferro metálico. Essa explicação serviu de base para a partida da pesquisa de Lavoisier na fundação da química moderna.
Ele estudou o relato de Boyle sobre a calcinação do estanho, que sofria um aumento de peso. Por meio de longa série de engenhosas experiências, com o uso da balança, verificou que havia o aumento de peso e a diminuição correspondente do ar em contato. A descoberta do oxigênio por Priestley, a análise do ar atmosférico por Scheele e a determinação da composição da água por Cavendish, Watt e por ele mesmo, permitiram a Lavoisier explicar a calcinação e a combustão como uma simples oxigenação e levou a atacar com sucesso a hipótese do flogístico.
Essa hipótese metafísica indicava um flúido, não físico, não verificável, transcendente, como o fator produtor da combustão. O nome vem do grego phlogistós, inflamado. Seria uma hipotética substância inodora, incolor e sem peso que se acreditava ser a parte combustível de todas as substâncias inflamáveis.
Lavoisier descobriu que as mudanças no peso eram devidas à absorção ou perdas de “ar”, uma substância que ele chamou de “ar deflogisticado” identificado por Joseph Priestley em 1774. Numa memória apresentada em 1777, Lavoisier propôs o nome de oxigênio, que dizer “produtor de ácido” para o ar deflogisticado. O seu Traité élémentaire de chimie de 1789 apresentou as novas doutrinas químicas, marcando o fim da teoria do flogístico para a combustão.
Então, em 1785, Berthollet, Fourcroy e Morveau, com Black, aceitaram as conclusões de Lavoisier, abandonando a hipótese metafísica do flogístico de Becher e Stahl. Sobre a base colocada por Lavoisier a estrutura da química moderna foi construída por Davy, com Liebig e Dumas.
Lavoisier elaborou muitos trabalhos importantes, fazendo a queima de substâncias orgânicas no oxigênio e de acordo com qualidade e quantidade dos produtos obtidos, ele calculou a composição da substância queimada, assim colocando as bases da análise orgânica realizada mais tarde por Liebig.
Com a colaboração de Laplace, inventou um calorímetro com o qual eles fizeram as primeiras determinações precisas do calor específico das substâncias. O calor específico é a quantidade de calor em calorias necessária para elevar de um grau a temperatura da massa de um quilograma de uma substância.
A obra principal de Lavoisier foi a preparação feita para o estudo científico do fenômeno da VIDA, ao estabelecer a verdadeira teoria da combustão como sendo o resultado da oxidação, com o consumo de oxigênio. A função da respiração e a produção do calor animal passaram, a partir desse momento, a serem compreendidas cientificamente, pela primeira vez.

AMANHÃ: É dele o grande aforismo OMNE VIVUM EX OVO, todo ser vivo vem do ovo: William Harvey

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

1222 BERZELIUS invenção das fórmulas químicas do conteúdo dos compostos

DEZEMBRO 22. BERZELIUS: Grande químico sueco desenvolveu a teoria eletroquímica dos radicais.

BERZELIUS
Jöns Jacob Berzelius
(nasceu em 1779, em Väversunda Sörgård, Suécia; morreu em 1848, em Estocolmo, Suécia)

DESTACADO QUÍMICO SUECO NA FUNDAÇÃO DA QUÍMICA


Este Calendário Filosófico tornou-se um CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.


BERZELIUS, nasceu em 1779, filho de um professor. Começou seus estudos de medicina em 1796 aos 17 anos de idade na Universidade de Uppsala, ao mesmo tempo em que trabalhava no laboratório de química de Johan Afzelius. Foi o trabalho que fez dedicar-se à química, começando logo suas pesquisas. Já em 1800 se destacou por suas observações sobre as águas minerais de Medevi. Recebeu seu diploma em medicina em 1802.
Até 1806 ele combinou seu trabalho como médico e como professor, quando se encarregou dos cursos de química da Academia Militar Carlsberg. Começou a produzir relatórios de pesquisa sobre física, química e mineralogia. Entre 1807 e 1831 ensinou Botânica, Medicina e Farmácia em Estocolmo, depois dando aulas de Química no Instituto Médico Cirúrgico Karoline de Estocolmo.
Em 1835 recebe do rei Charles XIV o título de FREIHERR, um título de nobreza equivalente ao de Barão. Por seus trabalhos recebeu a Medalha Copley em 1836. Berzelius morreu em Estocolmo em 1848
Ele teve alunos afamados, como Arfvedson, Gmelin, Gustav Rose, Niels Sefström, Mosander e Wöhler. Com os principais sábios da época manteve correspondência, como Ampère, Berthollet, Gay-Lussac, Dulong, Laplace.
Nos anos 1800, século 19, o primeiro analista foi Berzelius. Realizou com a maior precisão um grande número de análises químicas e descobriu vários corpos simples: com Hisinger o elemento cério em 1807, em 1817 com Johan Gahn identifica o selênio e em 1829 descobre o tório. Seus alunos descobriram outros elementos: em 1817 o lítio e em 1830 o vanádio. Quem deu o nome do lítio e vanádio, como do sódio foi Berzelius. Ele foi quem primeiro isolou o silício em 1823, o zircônio em 1824, o tório em 1828 e o titânio.
As combinações do enxofre com fósforo, o flúor e os fluoretos foram estudadas por ele, além de determinar um grande número de equivalentes químicos. Praticamente criou a química orgânica e introduziu as noções e as palavras ALOTROPIA, CATÁLISE, ISOMERIA, HALÓGENO, RADICAL ORGÂNICO E PROTEÍNA.
Foi experimentador e também filósofo, pensador, consolidando a teoria atomística assim como a lei das proporções químicas; inventou e fez aceitar universalmente as fórmulas químicas análogas às fórmula algébricas, com o objetivo de expressar a composição dos corpos, tal como fazemos em nossos dias.
Para explicar os fenômenos de composição e decomposição adotou a teoria das polaridades eletroquímicas que resultou em reformas na nomenclatura e na classificação dos elementos e substâncias. Ele foi o precursor, desenvolvendo a teoria eletroquímica dos radicais.
Berzelius foi um dos primeiros que fez a mineralogia ter base no conhecimento dos elementos quimicos na composição das rochas. O sistema de notação química tinha sido sugerido em 1813 por ele, desenvolvido mais tarde. Ele foi dos primeiros que publicou uma tabela da massas meleculares e atômicas com exatitude conveniente.
No desenvolvimento da química orgânica o grande químico sueco teve importante participação na controvérsia criativa entre Liebig, Wöhler e Dumas.
Em 1855 foi erigida em sua honra uma estátua na cidade de Estocolmo.

AMANHÃ: Estabeleceu a verdadeira teoria da combustão como uma oxidação: LAVOISIER.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

1221 BERTHOLLET o cloro como branqueador industrial para tecidos e papel em 1785

DEZEMBRO 21. BERTHOLLET: Sábio francês desenvolveu a teoria química das reações e suas aplicações.

BERTHOLLET
Claude Louis Berthollet, Conde Berthollet
(nasceu em 1748, em Annecy, França; morreu em 1822, em Arcueil, França)
QUÍMICO FRANCÊS DESTACADO PESQUISADOR CIENTÍFICO


Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.



BERTHOLLET nasceu na França, mas foi estudar medicina na Universidade de Turim, na Itália. Tornou-se médico do duque de Orleans e ficou conhecido por suas descobertas na ciência da química. Ele foi o primeiro a registrar que as reações químicas dependiam das massas das substâncias em reação. Por efeito da controvérsia com Berthollet, sobre as proporções dos reagentes foi que Joseph-Louis Proust chegou a estabelecer a lei das proporções definidas.
Em 1785 Berthollet propôs o uso do cloro como um agente branqueador para os tecidos e para o papel. O branqueador mais usado na ocasião era a luz do sol, até que o químico sueco Karl Scheele descobriu o cloro. Berthollet demonstrou as propriedades branqueadoras desse elemento químico o que levou os industriais ingleses a desenvolver uma grande indústria em seu país. Nesse ano de 1785 também descobriu a composição da amônia.
Ele se associou a Antoine Lavoisier na pesquisa química. Com Guyton-Morveau, Lavoisier e outros, formou o novo sistema de nomenclatura dos produtos químicos em 1787, com aceitação geral em todos os países, constituindo o método científico característico da química.
Berthollet ocupou vários cargos públicos ligados à ciência e quando a França foi atacada pela coalizão européia, ele indicou como o salitre importado necessário para fabricar a pólvora poderia ser obtido com os recursos do próprio país. Dessa forma aconteceu que, em momento crítico, foi estabelecida na França a indústria do salitre. Associado a Gaspard Monge ele também realizou o mesmo com relação à fabricação do ferro e do aço.
Berthollet serviu em várias comissões científicas durante a Revolução Francesa e tornou-se membro da administração da Casa da Moeda. Foi nomeado conselheiro da agricultura e professor da famosa Escola Politécnica de engenharia.
Em 1798 ele foi com Napoleão na expedição ao Egito.
O grande tratado químico de Berthollet foi publicado em 1803, Essai de statique chimique, Ensaio sobre o equilíbrio químico, em dois volumes. Ali ele apresentou sua teoria da afinidade química e sobre a reversibilidade das reações.
Berthollet foi feito senador do Império Francês e grande oficial da Legião de Honra, tornando-se Conde.
Quando se afastou dos trabalhos, manteve um Laboratório de Pesquisas em sua casa de campo em Arcueil, perto de Paris, onde se reuniam os mais famosos cientistas da época, cujas discussões foram publicadas em 1807 e 1817. Muitas das primeiras pesquisas de Gay-Lussac foram feitas ali, a vila ficando o centro de um grupo jovens cientistas conhecido como o CÍRCULO DE ARCUEIL, orientado por Bertholet e por Pierre Simon Laplace, ambos recebendo o patrocínio do Império Francês.

AMANHÃ: Grande químico sueco desenvolveu a teoria eletroquímica dos radicais: BERZELIUS.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

1220 MORVEAU o novo método dos nomes na moderna nomenclatura química

20 DE DEZEMBRO: MORVEAU o léxico químico com elementos e a forma de composição

GUYTON-MORVEAU
Guyton-Morveau, Louis Bernard Guyton de Morveau
(nasceu em 1737, em Dijon, na França; morreu em 1816, em Paris)

QUÍMICO E EDUCADOR CRIADOR DA NOMENCLATURA QUÍMICA MODERNA

FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.


GUYTON DE MORVEAU estudou Direito na Universidade de Dijon, onde seu pai era professor. Em Dijon ele advogou de 1756 a 1762, passando a procurador do parlamento de Burgundy de 1762 a 1782.
Guyton se tornou membro da Assembléia Nacional Francesa consagrando-se à política até 1797. Desde então se dedicou às pesquisas da química, uma área científica que lhe interessava muito desde 1760, trabalhando como escritor e como professor.
Ele foi um dos primeiros cientistas que concluíram que o ferro e o aço diferiam apenas em seu teor de carbono. Fez também aperfeiçoamentos na fabricação da pólvora, foi o primeiro a usar o cloro como desinfetante. Guyton de Morveau foi dos primeiros balonistas, fazendo vôos no balão de ar quente em 1784. Ele ajudou na organização da primeira força aérea do mundo: a Companhia de Aerostatos da França Revolucinária, usando balões para reconhecimento nas batalhas dos anos de 1790.
Morveau foi um dos fundadores da Escola Politécnica de Paris, onde foi professor de mineralogia e seu diretor em 1797. Foi membro da Academia de Ciências, em química.
O Primeiro Império Francês de Napoleão lhe deu em 1811 o título de Barão e ele morreu tendo quase completado seus 80 anos de idade, em 1816. Guyton de Morveau se mostrou um pensador inteligente e um brilhante escritor. Com seus artigos da ENCYCLOPÉDIA METÓDICA ele contribuiu para divulgar um conhecimento correto dos progressos rápidos da ciência na época. Com esse trabalho que ele percebeu a dificuldade do uso dos nomes primitivos dos compostos químicos e sentiu a importância de um novo sistema de nomenclatura para o ensino e para a pesquisa química.
O tratado “Méthode de nomenclature chimique” foi publicado em 1787, propondo a reforma dos nomes empregados para identificar os componentes das reações químicas. Nessa época de intensa pesquisa na nova ciência, os nomes adotados variam com o pesquisador, com a sua fonte, sua aparência, suas qualidades ou apelidos antigos.
No século XVIII, a química encontrava-se em plena transição para o quantitativo. Ao mesmo tempo, o grande número de novas descobertas exigia uma nomenclatura funcional e uniforme entre os cientistas. Um sistema prático de notação tornou-se, portanto, fator essencial para seu progresso.
Era comum, na época, o emprego de nomes estranhos e complicados, como "algarote", "manteiga de arsênico", "água fagedênica", "óleo de tártaro por desfalecimento", "flores de zinco", cuja única função parecia ser confundir os químicos.
A proposta de Guyton sugeria que as substâncias simples ou elementos, tivessem os mais simples nomes, ao passo que os corpos compostos deveriam ter nomes que indicavam seus componentes.
A revisão do vocabulário usado nas experiências permitiu a clara distinção entre as substâncias elementares, os elementos básicos, e os compostos resultantes de sua combinação. Os nomes também passaram a indicar a forma com que os elementos básicos se combinaram para formar os compostos.
O novo sistema de nomes químicos foi aprovado por Lavoisier, depois por Berthollet e Fourcroy. O novo sistema foi em pouco tempo aceito universalmente e contribuiu a manter a grande obra de Lavoisier no desenvolvimento da química de maneira firme e durável.

AMANHÃ: Sábio francês desenvolveu a teoria química das reações e suas aplicações: BERTHOLLET.

1219 CAVENDISH pioneiro no estudo dos gases conhecidos e seus pesos relativos

DEZEMBRO 19. Cavendish-demonstração da água composta de hidrogênio e oxigenio

CAVENDISH
Henry Cavendish
(nasceu em 1731, em Nice, França; morreu em 1810, em Londres)

GENIAL FÍSICO E QUÍMICO INGLÊS DESCOBRIDOR DO HIDROGÊNIO


FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.


CAVENDISH nasceu na França, de pais ingleses, descendente de tradicionais famílias britânicas. Era filho de Lord Charles Cavendish e neto do duque de Devonshire. Ele foi educado no Hackney Seminary em Londres, e depois no Peterhouse College na Universidade de Cambridge, com excelência em matemática. Não chegou a diplomar-se, possivelmente por não concordar em fazer a declaração obrigatória de filiação à Igreja da Inglaterra, Anglicana.
Ele tinha costumes discretos e excêntricos, vivendo retirado no campo, visitando sua residência de Londres somente para a reunião semanal da Sociedade Real de Ciências. Após a morte de seu pai, Cavendish herdou uma grande fortuna sem que se alterasse seu modo de viver, embora fosse tido como o mais rico de todos os pensadores, e o mais ilustrado de todos os ricos. Ele chegou a completar 78 anos de idade e morreu em Londres em 1810.
Ele viveu com seu pai até a morte dele em 1873. Seu pai foi um pesquisador experiente, cuja habilidade foi elogiada por Benjamim Franklin. Cavendish tornou-se um cientista cuidadoso, original e de escrupulosa exatidão. Suas contribuições científicas, a maior parte dentro da química, ficaram em 18 memórias publicadas nas atas da Sociedade Real e são todas de grande valor. Grande parte de suas originais pesquisas ficaram inéditas.
Ele faz notar, em seu relatório sobre os gases, publicado em 1766, que eles são de duas formas: o “AR INFLAMÁVEL”, o hidrogênio, e o “AR FIXO”, o gás carbônico. Van Helmont tinha alguma idéia do hidrogênio, mas Cavendish deve ser considerado como seu descobridor. O gás carbônico foi descoberto por Black e Cavendish é que estudou as suas propriedades. Em seus escritos ele expõe a primeira tentativa para relacionar os gases conhecidos e determinar seus pesos relativos, começando assim a química pneumática que foi bem desenvolvida por Priestley.
Ao descobrir o “AR INFLAMÁVEL”, o hidrogênio, Cavendish verificou que ele queimava no ar comum ou no oxigênio com formação de água, provando assim, qualitativamente, a composição da água.
Essa importante descoberta foi reconhecida na mesma época por James Watt e logo que ela foi conhecida na França, a investigação foi repetida por Lavoisier e por Laplace e a exata proporção de cada componente foi determinada.
Além dessas grandes descobertas de Cavendish, ele ainda comprovou a constância da composição da atmosfera, fez a explicação da solução da cal na água pela ação do gás carbônico e a determinação da composição do ácido nítrico.
As suas pesquisas em eletricidade não foram divulgadas. Ele havia medido a força entre as cargas elétricas, dando sua lei, antes de Coulomb. Ele antecipou a lei de Ohm, mesmo sem poder medir a corrente elétrica, usando seu próprio corpo para avaliação, sentindo o choque elétrico só nos seus dedos, ou até seu pulso ou até o cotovelo, quando a corrente fosse maior.
Essas notáveis pesquisas originais ficaram inéditas e desconhecidas, mas foram mais tarde admiradas e repetidas pelo destacado físico escocês James Clerk Maxwell, que publicou os relatórios anotados das experiências de Cavendish.
A capacidade intelectual de Cavendish era excepcional, muito rara na sociedade. Ele desdenhava o aplauso popular, embora tenha aceitado a honra de ser membro da Sociedade Real de Ciências em 1760 e de ser eleito um dos oito associados estrangeiros do Instituto de França em 1803. Explica-se assim sua excentricidade. Foi um acontecimento raro.
Cavendish deixou sua fortuna para seus parentes. A família em 1871 fez a doação do Laboratório de Cavendish para a Universidade de Cambridge, onde se deu, sob a série de brilhantes diretores, grande parte do desenvolvimento da moderna física.

AMANHÃ: Pensador brilhante criou o novo sistema dos nomes dos produtos químicos, a moderna nomenclatura: GUYTON-MORVEAU.

domingo, 18 de dezembro de 2011

1218 PRIESTLEY original em química e na crença no progresso da sociedade humana

DEZEMBRO 18. Priestley: Um dos fundadores da química moderna descobriu o oxigênio e muitos outros gases

PRIESTLEY
Joseph Priestley
(nasceu em 1733, Yorkshire, Inglaterra; morreu em 1804, em Northumberland, Pensinvânia, Estados Unidos)
QUÍMICO INGLÊS CIENTISTA EXPERIMENTAL DESCOBRIDOR DO OXIGÊNIO

FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, por meio das maiores figuras humanas. O Calendário, na verdade, passa a ser um verdadeiro CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, demonstrando os seus princípios científicos em sua observação e fundamentação empírica nos anais da História.
Indica a faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da fé medieval, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo sobre o próprio homem, sobre o mundo e seus princípios gerais.

Nesta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica, mais complexa, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores da ciência Física, com fenômenos mais simples,. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico que explicava a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER termina a semana.

JOSEPH PRIESTLEY nasceu em 1733, sendo o mais velho dos seis filhos de seus pais, que eram protestantes calvinistas. Eles eram tolerantes com as, que não aceitavam a igreja anglicana oficial. Para sua preparação como outras denominações religiosas e orientaram Joseph para ser um pastor da igreja “Dissenting”, discordante, que reunia as seitas como a presbiteriana e outras pastor, Priestley estudou línguas como o hebraico, dos caldeus e árabe com um pastor da Dissenting Church.
Ele se tornou um atento estudioso de história, filosofia e ciência, fazendo todo dia a tradução de 10 folhas de textos gregos antigos. Depois de freqüentar a Daventry Academy, tornou-se em 1755 o pastor assistente em congregação presbiteriana. Nessa época, já tinha se tornado um livre pensador furioso e herético, evoluindo até um Unitarianismo racional, com a negação da crença na Santíssima Trindade e na divindade de Cristo. Mas sempre se manteve como um piedoso e honesto religioso.
Priestley tornou-se um intelectual genial: sacerdote, professor, um cientista original e um teórico da política contribuindo para o progresso da liberdade, do pensamento religioso e do desenvolvimento da ciência. Corajoso com muito gosto pela controvérsia, tornou sua vida um percurso acidentado. Durante algum tempo foi bibliotecário do Lord Shelburne, com quem viajou pela Europa. Nessa época ele encontrou-se com Lavoisier e com os químicos na França. Então anunciou a sua descoberta do gás oxigênio, que nas mãos de seus colegas fez uma revolução na química.
Mais tarde retornou ao cargo de pastor em Birmingham, mas por causa de suas opiniões radicais em política e em religião, sofreu uma cruel perseguição, perdendo num incêndio vingativo a sua casa, biblioteca e laboratório, com todos os seus manuscritos. A razão foi ser ele republicano e ardente adversário da igreja anglicana oficial. Teve que fugir para Londres para escapar da morte. Depois foi para a América, onde se fixou em Northumberland, na Pensilvânia, em 1795. Lá viveu em retiro até sua morte em 1804.
Priestley se destacava como metafísico e teólogo. Fez pesquisas em eletricidade e em ótica, tornando-se famoso por suas brilhantes descobertas na química dos gases. Ele aperfeiçoou o equipamento de pesquisa de Cavendish, que havia posto os fundamentos da química pneumática. Desse modo, ele obteve grandes resultados que ficaram nos anais da ciência. Em 1774 ele descobriu o gás oxigênio, que ele chamou de “AR DEFLOGISTICADO”. O flogístico era um ente metafísico que servia para explicar o efeito do calor na combustão e seria transferido durante a queima e a respiração, provocando e efeito inverso da combustão, uma anti-oxidação.
O ar deflogisticado foi descoberto também pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele independentemente e recebeu o nome de oxigênio dado por Lavoisier. Além do oxigênio, Priestley descobriu também o óxido nítrico, o óxido nitroso, a solubilidade do gás carbônico na água. Também descobriu o gás amoníaco, o ácido hidroclorídrico, o óxido carbônico, que não chegou a distinguir do “ar inflamável”, o hidrogênio.
Não devemos esquecer a dificuldade encontrada para a construção das ciências, em todos os setores. É a comprovação da fraqueza de nossa inteligência, incapaz de representar com facilidade e rapidamente o que ocorre no mundo real, exigindo grandes esforços para a elaboração da ciência e da filosofia. É, de fato, uma grande demonstração da necessidade da modéstia mental que deve ser por todos reconhecida e relembrada a cada momento.
Joseph Priestley é considerado, por sua contribuição, como um dos fundadores da química moderna. Além desse mérito, a grande lição por toda a sua vida foi sua ardente crença no progresso da sociedade no permanente aperfeiçoamento do ser humano na direção da fraternidade universal. A nova Sociologia mostra que todos os deuses e mitos levaram ao progresso na evolução social, lenta mas constante por muitos milênios.


AMANHÃ: Descobriu o hidrogênio, chamado de “ar inflamável”, que queimava no ar comum: Cavendish.