terça-feira, 20 de dezembro de 2011

1220 MORVEAU o novo método dos nomes na moderna nomenclatura química

20 DE DEZEMBRO: MORVEAU o léxico químico com elementos e a forma de composição

GUYTON-MORVEAU
Guyton-Morveau, Louis Bernard Guyton de Morveau
(nasceu em 1737, em Dijon, na França; morreu em 1816, em Paris)

QUÍMICO E EDUCADOR CRIADOR DA NOMENCLATURA QUÍMICA MODERNA

FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.


GUYTON DE MORVEAU estudou Direito na Universidade de Dijon, onde seu pai era professor. Em Dijon ele advogou de 1756 a 1762, passando a procurador do parlamento de Burgundy de 1762 a 1782.
Guyton se tornou membro da Assembléia Nacional Francesa consagrando-se à política até 1797. Desde então se dedicou às pesquisas da química, uma área científica que lhe interessava muito desde 1760, trabalhando como escritor e como professor.
Ele foi um dos primeiros cientistas que concluíram que o ferro e o aço diferiam apenas em seu teor de carbono. Fez também aperfeiçoamentos na fabricação da pólvora, foi o primeiro a usar o cloro como desinfetante. Guyton de Morveau foi dos primeiros balonistas, fazendo vôos no balão de ar quente em 1784. Ele ajudou na organização da primeira força aérea do mundo: a Companhia de Aerostatos da França Revolucinária, usando balões para reconhecimento nas batalhas dos anos de 1790.
Morveau foi um dos fundadores da Escola Politécnica de Paris, onde foi professor de mineralogia e seu diretor em 1797. Foi membro da Academia de Ciências, em química.
O Primeiro Império Francês de Napoleão lhe deu em 1811 o título de Barão e ele morreu tendo quase completado seus 80 anos de idade, em 1816. Guyton de Morveau se mostrou um pensador inteligente e um brilhante escritor. Com seus artigos da ENCYCLOPÉDIA METÓDICA ele contribuiu para divulgar um conhecimento correto dos progressos rápidos da ciência na época. Com esse trabalho que ele percebeu a dificuldade do uso dos nomes primitivos dos compostos químicos e sentiu a importância de um novo sistema de nomenclatura para o ensino e para a pesquisa química.
O tratado “Méthode de nomenclature chimique” foi publicado em 1787, propondo a reforma dos nomes empregados para identificar os componentes das reações químicas. Nessa época de intensa pesquisa na nova ciência, os nomes adotados variam com o pesquisador, com a sua fonte, sua aparência, suas qualidades ou apelidos antigos.
No século XVIII, a química encontrava-se em plena transição para o quantitativo. Ao mesmo tempo, o grande número de novas descobertas exigia uma nomenclatura funcional e uniforme entre os cientistas. Um sistema prático de notação tornou-se, portanto, fator essencial para seu progresso.
Era comum, na época, o emprego de nomes estranhos e complicados, como "algarote", "manteiga de arsênico", "água fagedênica", "óleo de tártaro por desfalecimento", "flores de zinco", cuja única função parecia ser confundir os químicos.
A proposta de Guyton sugeria que as substâncias simples ou elementos, tivessem os mais simples nomes, ao passo que os corpos compostos deveriam ter nomes que indicavam seus componentes.
A revisão do vocabulário usado nas experiências permitiu a clara distinção entre as substâncias elementares, os elementos básicos, e os compostos resultantes de sua combinação. Os nomes também passaram a indicar a forma com que os elementos básicos se combinaram para formar os compostos.
O novo sistema de nomes químicos foi aprovado por Lavoisier, depois por Berthollet e Fourcroy. O novo sistema foi em pouco tempo aceito universalmente e contribuiu a manter a grande obra de Lavoisier no desenvolvimento da química de maneira firme e durável.

AMANHÃ: Sábio francês desenvolveu a teoria química das reações e suas aplicações: BERTHOLLET.

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