terça-feira, 31 de agosto de 2010

0831 JOUFFROY

0831 JOUFFROY


31 DE AGOSTO. Jouffroy: Reconhecido como o primeiro a inventar o navio a vapor bem sucedido.

31 DE AGOSTO

Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA de WATT, de 27 de agosto a 2 de setembro, é:

JOUFFROY
Marquês Claude de Jouffroy, Claude-François-Dorothée, Marquês de Jouffroy d’Abbans
(nasceu em 1751, em Franche-Comté, França; morreu em 1832, em Paris)

ENGENHEIRO FRANCÊS INVENTOR DO PRIMEIRO NAVIO MOVIDO A VAPOR

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana
depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

Jouffroy foi o engenheiro e inventor francês, que, em 1783 construiu o primeiro navio movido a vapor. Ele subiu o rio Saône perto de Lyon no seu navio PYROSCAPHE, deslocando 182 toneladas.
JOUFFROY D’ABBANS nasceu em 1751 na antiga província de Franche-Comté no leste da França. Ele entrou para o exército aos 20 anos e um ano depois se envolveu num duelo. Em razão do duelo ele foi banido para a Provença, no sudeste da França.
Em Provença, desde 1755, ele tentou aplicar a máquina a vapor na propulsão dos navios. Pensava ele usar a mesma técnica das bombas a vapor de Chaillot. No ano seguinte ele fabricou um barco de comprimento de 43 pés, 13 metros, movido por uma máquina a vapor no rio Doubs, afluente do rio Saône. A máquina empregada não era uma máquina a vapor, mas uma bomba feita com o princípio de Papin, em que a força motriz era produzida pelo vácuo obtido com a condensação do vapor.
Jouffroy fez outro teste em 1780 e ainda um terceiro modelo aperfeiçoado navegando rio acima no Saône, perto de Lion, em 1783. Nesse navio ele empregou a roda de pás, sendo essa a invenção do primeiro navio a vapor.
O navio inventado em 1783 tinha o nome de PYROSCAPHE, um barco de 182 toneladas de deslocamento, possuindo um mecanismo de catraca dupla. O movimento contínuo era assim obtido para acionar a rotação das rodas propulsoras de pás. O Pyroscaphe, na verdade, foi o primeiro navio a vapor no mundo, de construção bem sucedida.
A explosão de violência na França nos anos seguintes, com a Revolução Francesa, impediu que Jouffroy obtivesse a patente de seu invento e que ele continuasse com suas pesquisas. Foi um dos primeiros a fugir da França. Quando ele retornou em 1815, viu que o seu projeto de navios a vapor tinha sido realizado com ainda maior sucesso por outros empresários.
Na aplicação da força do vapor aos navios, muitos técnicos trabalharam ao mesmo tempo, entre eles o americano Robert Fulton, Des Blancs e outros. O próprio Fulton reconheceu ter sido Jouffroy o primeiro a inventar o navio a vapor bem sucedido, com os testes feitos em 1783, em Lion, no rio Saône.
Mesmo com o reconhecimento internacional de sua descoberta, Jouffroy d’Albbans morreu triste e esquecido, em 1832 em Paris.
Os navios com propulsão a vapor passaram a ser amplamente usados nos anos 1800 em diante. Tornados populares, foram, então, chamados simplesmente com o nome de VAPOR. Os vapores foram usados para o transporte de passageiros e mercadorias nos oceanos, rios e lagos em todo o mundo.
No início eram os vapores acionados por rodas propulsoras de pás. Mais tarde passaram a usar grandes hélices para fazer o deslocamento nas águas. A construção de navios se tornou um importante ramo industrial, com grandes estaleiros fabricando cada vez maiores e mais potentes navios.
As embarcações se tornaram especializadas para transporte de cargas específicas. Grandes navios de guerra foram equipados como base para transporte e aterrissagem de aviões nos porta-aviões. Os submergíveis foram aperfeiçoados em grandes e complexos submarinos de guerra.
Grandes navios de passageiros foram construídos, e transportadores especializados para líquidos como petróleo, grãos, carga geral, contêineres, automóveis são hoje utilizados.

AMANHÃ: Dedicação à pesquisa científica com um método próprio: Dalton.

0830 BLACK

0830 BLACK


30 DE AGOSTO. Joseph Black: Descobridor do gás carbônico e do calor latente: o médico, físico e químico.

Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA de WATT, de 27 de agosto a 2 de setembro, é:

BLACK
Dr. Joseph Black, médico
(nasceu em 1728, em Bordaux, França; morreu em 1799, em Edinburgh, Escócia)

MÉDICO INGLÊS PESQUISADOR PIONEIRO EM FÍSICA E EM QUÍMICA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois do fim do Feudalismo e do papado, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

A semana de Watt mostra o controle do homem sobre as forças da natureza, gases, calor, reações químicas.

Por Ângelo Torres

JOSEPH BLACK nasceu em Bordeaux, uma cidade do sudoeste da França, em 1728. O seu pai era nascido em Belfast, na Irlanda do Norte, mas era de família escocesa. Era um comerciante de vinhos, amigo de Montesquieu.
Joseph foi educado em Belfast e estudou medicina e ciências naturais na Universidade de Glasgow, na Escócia. Depois foi para Edinburgh onde estudou medicina e obteve o grau de doutor em medicina em 1754. Sua tese de doutorado foi sobre o efeito do suco gástrico sobre a magnésia. Ela mostra sua atenção para a química, então uma ciência em formação.
Na Universidade de Glasgow ele foi aluno de William Cullen (1712-1790) como professor de química. Logo ele se tornou assistente de Cullen e o sucedeu como conferencista em química na Universidade, sendo depois indicado como professor de medicina. E tinha ainda sua clínica como médico.
Em 1756 ele publicou suas experiências sobre a magnésia, a cal e outras substâncias alcalinas. Essa memória é pioneira como primeiro exemplo do emprego da balança para realizar a análise química.
Com essas pesquisas com o aquecimento da magnésia alba, o carbonato de magnésio, conseguiu descobrir a existência de um gás, o dióxido de carbono, distinto do ar atmosférico. Ele descobriu que esse gás alterava as substâncias alcalinas, agindo como um ácido. E ainda identificou a produção do dióxido de carbono na fermentação, na respiração e na queima do carvão.
Em 1761 teve sua atenção voltada para o estudo do calor na mudança de estado físico dos corpos, na passagem do estado sólido para líquido e para o estado gasoso. Black desenvolveu a teoria do CALOR LATENTE na Universidade de Glasgow. Ele notou que, para um quilograma de água líquida era necessário sempre a mesma quantidade de calor para cada aumento de temperatura de um grau. Mas essa lei não era válida quando a água passava do estado sólido, de gelo, para líquido e quando passava do estado líquido para gás, para vapor dágua. O calor era fornecido à substância, mas a temperatura não se elevava até que a alteração de estado ocorresse em toda a massa da substância. Parecia que o calor desaparecia e Black fez a medição dessa quantidade de calor. Ele chamou essa quantidade de calor de CALOR LATENTE, um nome usado até hoje.
Ele também verificou que iguais pesos ou massas de diferentes materiais necessitam de quantidade de calor diferentes para elevar sua temperatura ao mesmo grau de temperatura. Descobriu então o valor do calor específico para cada substância, fundando a teoria do CALOR ESPECÍFICO.
James Watt, o criador da máquina a vapor, foi aluno e assistente de Black. Ele colocou em prática essas descobertas científicas quando fez o desenvolvimento de seu importante invento.
O gás descoberto por Black, o dióxido de carbono, de fórmula CO2, é usado hoje para dar a efervescência nas bebidas gasosas. Esse gás não é combustível e faz parar a combustão, sendo usado nos extintores de incêndio.
O extintor de CO2 quando acionado, libera o gás, que se expande subitamente, abaixando a sua temperatura, o que produz o resfriamento e o fim da chama na combustão.
O gás quando sob alta pressão se torna sólido, no que se chama de gelo seco, usado para resfriamento. Tem a vantagem de um alto poder de refrigeração e se converte em gás inerte, que reduz o aumento das bactérias.
O dióxido de carbono no sangue estimula a respiração, sendo usado em mistura com o oxigênio na respiração artificial e nos gases usados na anestesia cirúrgica.
O médico e cientista doutor Joseph Black era um homem simples, sem grande ambição. Morreu subitamente em 1799, aos 71 anos de idade, em Edinburgh.

AMANHÃ: Reconhecido como o primeiro a inventar o navio a vapor bem sucedido: Jouffroy.

AMANHÃ: Genial inventor americano: FULTON no Calendário Histórico, nos anos bissextos.

domingo, 29 de agosto de 2010

0829 PAPIN

0829 PAPIN


29 DE AGOSTO. Papin: Inventou a panela de pressão, a autoclave e a máquina a vapor.
Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,

de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA de WATT, de 27 de agosto a 2 de setembro, é:

PAPIN
Denis Papin
(nasceu em 1647, em Blois, França; morreu em 1712, em Londres)

FÍSICO INGLÊS NASCIDO NA FRANÇA INVENTOR DA AUTOCLAVE

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana
epois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

DENIS PAPIN, filho de um médico, nasceu em Blois em 1647. Foi educado para seguir a profissão de seu pai, mas dirigiu sua atenção para as invenções mecânicas relacionadas com as descobertas físicas de seu tempo.
Papin é muito famoso por sua engenhosa invenção para tornar os ossos e as cartilagens tão amaciados ao ponto de poderem servir de alimento. Ele conseguiu fazê-lo pela ação do vapor superaquecido, ou seja, com vapor em temperatura acima de 100 graus Celsius, quando a água entra em ebulição. Ele também inventou um motor usando o vácuo produzido pela condensação do vapor.
Ele foi para a Inglaterra em 1675 participando com o físico inglês Robert Boyle em algumas experiências. Em 1679 Papin inventou seu processador a vapor, a panela de pressão. Fez um vaso fechado que mantinha a água até gerar uma alta pressão, o que fazia dentro do vaso a elevação do ponto de ebulição da água. A temperatura mais elevada tornava o cozimento muito mais rápido e eficiente. Papin inventou uma válvula de segurança para evitar a explosão do vaso pela alta pressão.
O processador de Papin é a panela de pressão, hoje usada em todas as cozinhas do mundo, seja para as refeições domésticas ou nas grandes cozinhas industriais. E a autoclave moderna é um vaso de Papin, empregado na indústria para aceleração de processos químicos e na medicina para esterilização. O nome da autoclave se originou de modelos que tinham um auto fechamento pela própria pressão.
Papin realizou as primeiras pesquisas de transmissão pneumática em 1700, usando a força da roda de água para comprimir o ar, que era transmitido por meio de tubos.
Como era protestante, calvinista, não podia retornar à França devido à perseguição religiosa católica. Papin viveu algum tempo em Marburg na Alemanha central, como professor de matemática. Dai passou a Kassel, no leste do país. Em 1707 ele deixou a Alemanha para ir à Inglaterra, onde morreu, em 1712, em Londres. Alguns de seus escritos se acham nas atas da Academia de Leipzig, Alemanha. É numa das suas memórias que ele descreve o seu plano de obter a energia mecânica com um motor usando a condensação do vapor.
A memória é entitulada:
“NOVO MÉTODO DE OBTER UMA GRANDE FORÇA MOTRIZ A BAIXO CUSTO”.
Papin descobriu que se o vácuo pudesse ser feito facilmente num cilindro dotado de um pistão móvel, a pressão atmosférica abaixaria o pistão, que poderia assim ser empregado para fazer baixar uma alavanca. Na outra extremidade um peso qualquer poderia ser levantado.
Ele testou o uso da pólvora de canhão num cilindro. Mas só conseguiu o vácuo enchendo um cilindro com vapor que era então condensado pelo resfriamento. Esse método funcionou e Papin fez a transmissão do movimento da alavanca, construindo então um motor com o princípio que inventou.
A máquina de Papin teve uma grande aplicação durante quase 50 anos. Seu modelo foi posto em funcionamento por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por Brindley e Smeaton. Foi utilizada para bombear água de minas e para elevadores de carvão.
O emprego das forças da natureza marcou um grande progresso na indústria humana. Na época de Papin se realizaram as pesquisas básicas para o desenvolvimento da máquina a vapor. Nota-se como o trabalho foi coletivo, cada nome, de fato, representando o esforço de muitos de nossos antepassados. Um trabalho que se transformou no conhecimento criador de novos progressos.
A maravilhosa evolução da sociedade humana se realizou pelo esforço coletivo conjunto e revela como se dá o progresso gradual ao longo dos séculos. O estudo dessa história é a base para a formação de uma verdadeira ciência social, de uma sociologia moderna. Que indique com certeza científica de onde estamos vindo e para onde vamos.


AMANHÃ: Descobridor do gás carbônico e do calor latente: o médico, físico e químico Joseph Black.

sábado, 28 de agosto de 2010

0828 MARIOTTE

28 DE AGOSTO. MARIOTTE: grande variedade de pesquisas, na síntese pelos vegetais, a pressão da seiva e do sangue.
Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA de WATT, de 27 de agosto a 2 de setembro, é:

MARIOTTE
Edme Mariotte
(nasceu cerca de 1620, em Dijon, França; morreu em 1684 em Paris)

FAMOSO PADRE E FÍSICO DESCOBRIDOR DA LEI DOS GASES JUNTO COM BOYLE

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

MARIOTTE nasceu em Dijon, em data não conhecida. Ele tomou as ordens religiosas e foi nomeado prior da abadia de Saint-Martin-sous-Beaune. Mas se dedicou, sobretudo, às pesquisas científicas, sendo um exemplo de sacerdote cientista.
Ele acompanhou de perto as descobertas que os sábios como Galileu e Torricelli acabavam de fazer. Foi, em 1666, um dos membros fundadores da Academia de Ciências em Paris.
Suas principais obras são:
1 Tratado sobre o choque dos corpos.
2 Ensaio sobre a vegetação.
3 Discurso da Natureza do Ar, de 1676.
É na terceira obra em que ele formula e mostra a verificação da lei dos gases, o tratado que deu a Mariotte seu maior renome. Nele, Mariotte cunhou o nome de barômetro para o medidor de pressão do ar atmosférico.
A lei descoberta ao mesmo tempo por Mariotte na França e por Roberto Boyle na Inglaterra ficou conhecida pelo nome de LEI DE BOYLE-MARIOTTE.
A lei de Boyle-Mariotte mostra que o volume de um gás varia na razão inversa da pressão a que o gás está submetido, mantida a mesma temperatura. Ou seja, indica que há uma relação matemática que liga a pressão e o volume da mesma quantidade de gás: se a pressão dobra, o volume se reduz à metade. E se a pressão for três vezes maior, o volume se reduz a 1/3, ou um terço do volume original.
A lei é expressa pela relação V=1/P, ou seja, se a pressão P for 5,
o volume V será V=1/P=1/5, o volume será a quinta parte
do volume inicial.
A lei dos gases não tem validade nas pressões próximas às pressões em que os gases passam ao estado líquido.
A descoberta dessa lei é um exemplo da função da ciência em REPRESENTAR de forma aproximada a realidade. O ar e os outros gases apresentam propriedades, como o volume e a pressão. Portanto, a relação descoberta liga duas propriedades do ser, do gás. As propriedades são conhecimentos abstratos, não são coisas, não são seres concretos, tangíveis, tocáveis. A lei, portanto, é abstrata, indica a relação entre duas abstrações, que são atributos de um gás qualquer, do ar, do hidrogênio, de qualquer gás. As abstrações são conhecimentos gerais, que valem abrangendo muitos seres, muitas coisas.
Mas a lei, a relação entre atributos, não é a própria realidade. É uma relação TIRADA da realidade, abstraída da realidade, do ser, das coisas.
A lei de Boyle-Mariotte tem validade para grande faixa de pressões. Mas pode ocorrer que ela não seja válida para casos extremos, fora dos casos já testados, como no caso de muito altas pressões.
O mesmo se deve dizer da lei da gravidade de Newton, que pode não atender a casos extremos, como Einstein mostrou. Porque a ciência é a REPRESENTAÇÃO aproximada do real, não é a realidade absoluta, eterna, imutável. Mas, dentro da variação testada, a relação é fixa, imutável, de modo relativo. A relação fixa permite a previsão: dado um fator, pode-se prever o outro fator. Sem a lei, apenas com a descrição dos seres concretos, sem abstração, não é possível prever. A previsão só pode ser feita conhecendo-se as RELAÇÕES abstratas, ou seja, conhecendo-se a lei de ligação entre as propriedades, entre os fenômenos.
Ele com Pierre Perrault fez a investigação na bacia do rio Seine quanto à precipitação anual de chuvas em relação à sua descarga. Mariotte em 1680 publicou descobertas sobre a elasticidade de materiais em estudos  semelhantes às pesquisas de Robert Hooke.
Mariotte dedicou-se a uma ampla variedade de pesquisas, sobre a síntese efetuada pelos vegetais, a pressão da seiva, comparada com a pressão do sangue nos animais. Também pesquisou o movimento dos fluidos, a composição da cor e as notas musicais do trompete.

AMANHÃ: Inventou a panela de pressão, a autoclave e a máquina a vapor: Papin.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

0827 STEVIN

0827 STEVIN


27 DE AGOSTO: Ele é o fundador da moderna hidrostática, do equilíbrio nos fluidos: STEVIN.

Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, da INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA de WATT, de 27 de agosto a 2 de setembro, é:

STEVIN
Simon Stevin, Simon de Bruges
(nasceu em 1548 em Bruges, Bélgica; morreu em 1620, em Hague, Holanda)

SÁBIO CIENTISTA E ENGENHEIRO FUNDADOR DA HIDROSTÁTICA MODERNA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

SIMON STEVIN, também conhecido como Simon de Bruges, nasceu na Bélgica, na cidade de Bruges, na importante, antiga e histórica capital de Flandres. Era filho de uma família rica, iniciando seu trabalho como coletor de impostos. Aos vinte anos, viajou pelo norte da Europa, pela Noruega, Polônia e Prússia, na volta indo para a Holanda.
Em 1581 estudou em Leiden na escola de latim e mais tarde, em 1583, aos 35 anos, entrou para a Universidade de Leiden, onde foi colega e tornou-se amigo do então Conde Maurício de Nassau, o segundo filho do príncipe Guilherme de Nassau.
Nessa época, a Holanda fazia a corajosa luta contra a ocupação do pequeno país pela poderosa Espanha. O norte da Holanda promoveu uma união para reagir contra os espanhóis, sob o comando do príncipe Guilherme de Orange. No sul do país, uma forte reação contra os espanhóis começou depois de um reino de terror promovido pelos invasores. Por esse tempo, Stevin se mudou para o norte da Holanda, predominantemente calvinista. Em 1581, os Estados Gerais formados pela União de Utrecht declararam sua independência da Espanha.
Stevin tinha se tornado professor de matemática de Maurício de Nassau. Com a morte de Guilherme de Orange, Maurício tornou-se o dirigente da Holanda, das então Províncias Unidas dos Países Baixos, em 1584.
Com o príncipe Maurício comandante do exército da república e Stevin seu assessor, foi obtida uma série de triunfos sobre os espanhóis. O príncipe compreendeu a importância da estratégia militar, sua tática e engenharia na vitória militar.
Em 1600 Maurício encarregou Stevin de fundar a escola de engenharia na Universidade de Leiden, com as aulas sendo ensinadas na língua holandesa e não em latim. De 1604 em diante Stevin foi o general-chefe de engenharia do exército da União de Utrecht.
Stevin desenvolveu um método para alagar as tropas invasoras pela abertura de certas comportas dos diques holandeses. Ele mostrou-se um habilidoso engenheiro, assistindo a construção de moinhos de vento, diques e portos. Fortificações foram construídas e descrições detalhadas foram feitas das inovações militares realizadas. Essas inovações foram imitadas mais tarde por outros países. Em 1612 Stevin montou sua casa em Haia, casando-se. Do casamento teve quatro filhos. Hendrik, seu segundo filho, formou-se pela Universidade de Leiden, tornou-se um famoso cientista e foi o editor da coleção das obras completas de seu pai.
Simon Stevin escreveu onze livros, com importantes contribuições à trigonometria, mecânica, arquitetura, teoria musical, geografia, fortificações e navegação. Embora não tenha sido o inventor das frações decimais, já usadas pelos árabes e pelos chineses, foi Stevin que introduziu o uso na matemática das frações decimais na Europa.
A obra de muito mais importância de Stevin é seu tratado de hidrostática. Depois de Arquimedes, nada tinha sido feito nessa parte da ciência. Ele é apontado como o fundador da hidrostática moderna.

Na sua obra destacam-se três importantes publicações. Todas elas foram editadas em Leiden e em holandês, em 1586:
-Princípios de estática, uma continuação dos trabalhos de Arquimedes (teoria da alavanca, centro de gravidade dos corpos, etc., e o teorema dos planos inclinados).
-Aplicações de estática
-Princípios de hidrostática, uma importante contribuição ao estudo da hidrostática. Entre outros assuntos, trata do deslocamento de corpos mergulhados em água. E explica o paradoxo da hidrostática - a pressão de um líquido independe da forma do recipiente, depende apenas da altura da coluna líquida. Ele mostrou que a pressão que o líquido exerce sobre uma superfície depende apenas da altura da coluna do líquido e independe da forma do recipiente.
Simon Stevin foi um sábio de grandes e variados recursos e assumiu os mais importantes postos do governo na Holanda, até a sua morte em Haia, em 1620.

AMANHÃ: Dedicou-se a grande variedade de pesquisas, na síntese pelos vegetais, a pressão da seiva e do sangue: MARIOTTE.

0825 CONTÊ

0825 CONTÊ

25 DE AGOSTO: Ele era capaz de inventar qualquer coisa, do projeto até o acabamento: Nicolas-Jacques de Contê

25 DE AGOSTO Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:

CONTÊ
Nicolas-Jacques de Conté
(nasceu em 1755, na Normandia, França; morreu em 1805, em Paris)

GRANDE GÊNIO MECÂNICO, INVENTOR DO LÁPIS MODERNO

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois do fim do feudalismo e do papado, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Semana dos inventores do emprego e controle da natureza para o serviço da sociedade humana.

Por Ângelo Torres

CONTÊ, filho de um jardineiro, nasceu na Normandia em 1755. Ele se destacou particularmente por suas invenções engenhosas.
Aos 12 anos, com um canivete, foi capaz de construir um violão. Com 14 anos passou a fazer pintura a óleo de retratos, com que obteve alta remuneração. Aos 18 anos ele realizou voluntária e gratuitamente várias pinturas para o hospital da cidade de Séez, onde ele fora educado.
Em Paris ele inventou uma máquina hidráulica que foi aprovada pela Academia de Ciências. Em 1793 mostrou grande tal habilidade como membro da Comissão encarregada de fazer experiências relativas à decomposição da água pelo ferro, em lugar do uso do ácido sulfúrico. Mais tarde ele foi nomeado Diretor da escola de navegadores de balão aerostatos de Meudon.
Apaixonado pela ciência e pela arte mecânica, ele começou a mostrar sua capacidade de invenção durante a Revolução Francesa. Devido à guerra, com a impossibilidade do fornecimento de plumbago, um grafite encontrado na Inglaterra, Contê criou, para substituí-lo, uma mistura de argila e grafite usada até hoje nos vários tipos de lápis.
No fim dos anos 1500, século 16, um novo meio usado para desenhar havia sido introduzido: o grafite. Era chamado de ponta espanhola, por sua origem. Foi muito usado, mas por ser macio demais e de consistência untuosa só foi mais empregado por alguns pintores holandeses, ou mesmo usado junto com outros materiais de pintura.
Contê introduziu na França a fabricação de seu novo lápis e estabeleceu uma usina para fornecimento a todo país. Ele, com seu gênio criador, desenvolveu o método básico de fabricação do moderno lápis como hoje conhecemos. O lápis de grafite foi criado e introduzido na arte do desenho por Contê, usando um processo de manufatura semelhante ao usado na produção do giz para escrita. O novo tipo de lápis foi chamado de “crayon Contê”. O grafite, depois de purificado e lavado, era misturado com adição variável de argila para obter o grau de dureza desejado.
O traço do lápis, na dureza adequada, tem durabilidade, clareza e espessura fina, foi especialmente aplicável à produção dos desenhistas Românticos e do Neoclassicismo. Entre os mestres artistas de lápis encontra-se o neoclassicista Jean-Auguste-Dominique Ingres, que sistematicamente esboçava previamente a lápis as belas estruturas de suas pinturas.
Em 1798 Napoleão encarregou Contê para servir como chefe do Corpo de Balões em sua expedição ao Egito. Quando quase a totalidade das munições e mantimentos franceses foi perdida depois da Batalha de Aboukir e da revolta do Cairo em julho de 1799, Conté pôs seu gênio inventivo para trabalhar, improvisando ferramentas e máquinas para produção de pão, roupas, armas e munições, equipamentos de precisão para os engenheiros e instrumentos cirúrgicos.
Contê parecia habilitado a inventar qualquer coisa necessária. Era capaz de projetar, construir modelos, organizar e supervisionar o processo de manufatura.
Ao voltar do Egito em 1802, ele foi encarregado da publicação de uma volumosa obra descritiva do Egito. Inventou, então, uma máquina para gravação que permitia uma grande economia de tempo e de esforço do artista.
Contê morreu em 6 de dezembro de 1805. Foi membro da Legião de Honra da França e mereceu uma estima universal por seus eminentes méritos.


AMANHÃ: O inventor da máquina básica para fabricar máquinas, o torno mecânico: Vaucanson.

0824 ARKWRIGHT

0824 ARKWRIGHT

24 DE AGOSTO: O inventor de aperfeiçoamentos da máquina de produção de fios para tecidos:
Sir Arkwright.

24 DE AGOSTO  Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:

ARKWRIGHT
Sir Richard Arkwright
(nasceu em 1732 em Preston, Inglaterra; morreu em 1792 em Cromford, Inglaterra)

INVENTOR INGLÊS NA MECANIZAÇÃO DA FIAÇÃO DE ALGODÃO

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

ARKWRIGHT nasceu em família pobre, em Preston, uma cidade com porto no noroeste da Inglaterra, condado de Lancashire, em 1732. Começou a trabalhar com aprendiz de barbeiro e depois na fabricação de perucas. Nessa atividade viajou por todo o território da Grã-Bretanha e começou sua auto-educação que duraria o resto de sua vida. Mais tarde, em 1764, aos 32 anos, veio a se dedicar à fiação de algodão.
Arkwright construiu sua primeira máquina de fiar movida pela força de um cavalo. Obteve a patente de sua máquina em 1769. Ele observou a laminação do aço, feita com a passagem do metal entre dois cilindros laminadores. O laminador seguinte ao primeiro tem uma velocidade maior do que o primeiro laminador, porque o material estirado tornou-se mais longo. Arkwright imaginou fazer o mesmo com a fiação do algodão, fiando e estirando as fibras retorcidas do material. O algodão seria primeiro cardado ou penteado, depois de ficar livre de impurezas.Esse foi o princípio da invenção da máquina de fiar de Arkwright, fabricada com a colaboração Kay, um relojoeiro de Warrington. O inventor James Hargreaves tivera anos antes, sua máquina de fiar destruída por fiandeiros manuais, no Lancashire, receosos da perda de seus empregos pela produção muito mais rápida pela nova técnica. Conhecendo esse risco, Arkwright instalou sua primeira fábrica em Nottingham, em 1769.
Ele melhorou o acionamento de sua segunda fábrica, construída em Cromford, Derbyshire, movida pela força da queda dágua, muito mais econômica. Muitos melhoramentos foram feitos na máquina de fiar até 1775, então considerada em sua forma definitiva.
A máquina de Arkwright produzia um fio muito mais forte, adequado para a urdidura, que é o fio longitudinal na peça de um tecido. A máquina de fiar inventada antes, em 1767, por Hargreaves, a spinning jenny, a Jane fiadora, produzia um fio mais fraco, que só podia ser usado na trama, que é o fio transversal na peça de tecido.
A principal oposição sofrida por Arkwright veio tanto dos fabricantes do Lancashire como dos seus operários. Eles formaram um movimento para impedir a compra do fio de suas fábricas. Opuseram-se com força contra a diminuição do imposto sobre os tecidos de algodão. Deixaram destruir uma de suas fábricas em Chorley, num tumulto com a presença da polícia, sem que ninguém tentasse intervir. A patente obtida por Arkwright causou vários processos de anulação e seu direito sobre uma patente ampliada foi finalmente negado em 1775.

Com vários sócios, Arkwright abriu várias fabricas e em poucos anos ele operava um grande número de fábricas equipadas com maquinaria para todas as fases de fabricação de tecidos, desde as cardas até a fiação da fibra do algodão e da formação do tecido e seu tingimento. Ele foi bem sucedido na indústria, e mais tarde, em 1786, foi feito cavaleiro da Inglaterra pelo rei George III, tornando-se Sir Arkwright.
A produção de fios e a tecelagem é uma das primeiras formas do trabalho humano. O emprego da roca e do fuso é feito desde os tempos da pré-história. Nós não temos registro da época recuada no tempo em que as curtas fibras dos vegetais foram colocadas lado a lado e reunidas pela torção, de maneira a formar um fio contínuo longo, para fabricar tecidos. A formação de um fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Essa história mostra como o progresso numa das atividades mais importantes se faz com a colaboração individual, reunida na sociedade pelo sentimento de união dos humanos ao longo dos séculos. É a nossa dívida em relação ao passado da sociedade, nossa dívida a nossos antecessores na grande família humana. E claramente se vê que não foi pela destruição das primeiras máquinas que se fez o progresso. O conflito, a guerra, a luta, destroi, não constroi.


AMANHÃ: Ele era capaz de inventar qualquer coisa necessária, desde o projeto até o acabamento: Nicolas-Jacques de Conté.

0823 DOLLOND

0823 DOLLOND


23 DE AGOSTO: O criador da lente sem aberração cromática: John Dollond no Calendário Histórico.

23 DE AGOSTO  Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,  de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:

DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em Londres; morreu em 1761, em Londres)

CIENTISTA INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Por Ângelo Torres

JOHN DOLLOND era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai, refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields, um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século 17.
Dollond desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu por mais de um século.
Os primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração diferente.
Em 1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que, de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a examinar o problema.
Das experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época, mas o vidro Flint era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a dispersão colorida. Dollond tinha criado a lente ACROMÁTICA, a lente sem aberração cromática, a lente acromática.
A invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema, em vários países.
Dollond continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de aparelhos óticos passaram para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que Dollond morreu em 1761 em Londres.



AMANHÃ: O inventor de aperfeiçoamentos da máquina de produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

0822 HARISSON

0822 HARISSON


22 DE AGOSTO: O trabalhador que dedicou toda sua vida ao desenvolvimento do cronômetro e do relógio: John Harrison






.



22 DE AGOSTO



Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:







HARRISON



John Harrison



(nasceu em 1693, no Yorkshire; morreu em 1776, em Londres)







MECÂNICO INGLÊS INVENTOU PRECISO CRONÔMETRO PARA A NAVEGAÇÃO







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Por Ângelo Torres











JOHN HARRISON nasceu no ano de 1693, em Folby, no antigo condado de Yorkshire, na costa norte-leste da Inglaterra, na borda do Mar do Norte. Seu pai era carpinteiro e mecânico de Sir Rowland Winn, na paróquia de Nostell. O jovem se mostrou inteligente e logo se dedicou ao reparo de relógios e ao apoio às tarefas de seu pai.



Ainda com apenas 18 anos fez um relógio em madeira que trabalha por 8 horas. Esse relógio está conservado no museu de South Kensington.



A medição do tempo é importante na astronomia. Os astrônomos da Escola de Alexandria só tinham a medida do tempo pela observação do céu, com uma pequena precisão. A passagem de água por uma abertura num vaso era o expediente mais usado, mas a variação da pressão atmosférica alterava o resultado. Nos anos 1200, no século 13, usavam-se relógios movidos pela ação de um peso sobre rodas dentadas. Mas os medidores de tempo mostravam grandes erros, não podendo ser usados para as pesquisas científicas.



Galileu deu o primeiro passo para uma solução mais precisa para a medição do tempo, quando descobriu que as oscilações para um pêndulo qualquer, de mesmo comprimento, eram constantes, se os arcos percorridos fossem pequenos, para pequenas oscilações.



Huyghens tornou a idéia de Galileu ainda mais precisa e a aplicou na construção de relógios onde o movimento de um pêndulo comandava a ação das rodas dentadas de uma engrenagem. Mas o pêndulo estava sujeito a duas variações. Em diferentes pontos da terra, o tempo de oscilação varia com a intensidade da força de gravidade e ainda há variação pela ação da temperatura alterando o comprimento do pêndulo.



Harrison em 1723 corrigiu a alteração do tempo pela temperatura, colocando na haste do pêndulo barras paralelas alternadas em aço e em cobre, metais que são afetados de forma diferente pelo calor. As hastes eram colocadas de forma que a dilatação menor do cobre era neutralizada pela dilatação maior do aço, mantendo constante o centro de gravidade do pêndulo. Melhoramentos feitos por ele no escapamento e um dispositivo que permite dar corda ao relógio sem que ele pare, fizeram o relógio mais perfeito que até então se tinha obtido.



Os relógios a pêndulo não podiam ser usados na navegação marítima devido ao balançar dos barcos. Passou-se a usar na marinha os relógios que usavam a oscilação de uma mola em espiral como regulagem. Eles estavam livres da influência da gravitação. Mas, como os pêndulos, sofriam alteração com a variação da temperatura.



O movimento aparente do sol em torno da terra percorre 360° durante 24 horas. Portanto, a diferença em horas de um lugar para outro corresponde à diferença na longitude, que é a distância de um meridiano para outro. A medição da longitude permite saber a localização em que o navio se acha, importante para evitar colisões com obstáculos da costa e com outros navios.



Com a ocorrência de dispendiosos desastres no mar, devido à navegação mal dirigida, o governo britânico decidiu criar em 1713 o Bureau de Longitude, que oferecia alta premiação para quem desenvolvesse um cronômetro marítimo com que a longitude pudesse ser calculada com um erro menor do que meio grau no fim de uma viagem às Índias Ocidentais.



Harrison produziu um cronômetro marítimo de precisão em 1759 que numa viagem à Jamaica, de novembro de 1761 a março de 1762 determinou a longitude com um erro menor do que 18 milhas. E dez anos mais tarde um outro cronômetro de Harrison deu precisão de menos que 10 milhas na viagem de Cook em 1765. Com esses cronômetros Harrison ganhou o prêmio oferecido.



O escritório de Longitude mostrou pouca vontade para entregar o prêmio a Harrison, só pagando pela intervenção pessoal do rei Jorge III da Inglaterra. Uma parcela ainda ficou pendente até a morte de Harrison, que ocorreu em Londres em 1776, contando a idade de 83 anos. Foi enterrado no cemitério de Hampstead.



Harrison foi o trabalhador que dedicou toda sua vida ao desenvolvimento do cronômetro e do relógio. Mostra a colaboração intensa do indivíduo na tarefa coletiva da sociedade no progresso da civilização humana.



Em nossos dias, a navegação tem instrumentos para navegação muito mais completos, usando os progressos da eletricidade e da eletrônica para empregar satélites que fazem a localização na face da terra com grande precisão. O progresso foi realizado pela convergência dos esforços de uma multidão de estudiosos e de trabalhadores. É uma vitória da sociedade humana, em sua longa evolução por milênios e milênios.











AMANHÃ: O criador da lente sem aberração cromática: John Dollond.

0821 AMONTONS

0821 AMONTONS










21 DE AGOSTO: O inventor que provocou grande estímulo à indústria humana: Amontons.







21 DE AGOSTO



Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:







AMONTONS



Guillaume Amontons, Guilhenne Amontons



(nasceu em 1663, em Paris; morreu em 1705, em Paris)







FtSICO INVENTOR CRIADOR DE INSTRUMENTOS CIENTtFICOS







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Por Ângelo Torres











AMONTONS era filho de um advogado da Normandia que se mudara para Paris. Ele nasceu em Paris, surdo desde a infância, as dificuldades de sua enfermidade o orientando para estudo que fazia sozinho da ciência.



Ele não freqüentou a universidade, mas estudou com sucesso matemática, física e mecânica celeste. Aprendeu desenho, levantamento topográfico e arquitetura, sendo ele depois empregado em vários projetos e obras públicas.



Em 1687, com menos de 24 anos, apresentou à Academia de Ciências um medidor da umidade do ar, um higrômetro, com inovações. Em 1695 ele publicou um tratado intitulado EXPERIÊNCIAS COM UMA NOVA CLEPSIDRA, SOBRE OS BARÔMETROS, TERMÔMETROS E HIGRÔMETROS com dedicatória a Academia de Ciências. Uma nova Clepsidra (relogio de água) foi feita. Ele foi recebido membro da Academia quatro anos depois.



Em seu discurso de recepção na Academia, ele falou de sua experiência sobre o atrito e sua teoria do atrito. Nas suas MEMÓRIAS ele mostra sua nova teoria.



Ele inventou um meio de transmissão imediata de mensagens a grandes distâncias por meio de sinais entre pessoas muito afastadas, vistas por lunetas. Cada sinal correspondia a uma letra do alfabeto. Era uma invenção do telégrafo semafórico.



Amontons era notável tanto por sua habilidade, quanto por seu método de pesquisa. Ele passou vários anos de sua vida para aperfeiçoar o barômetro, que, na época, era um instrumento muito imperfeito, muito empregado para a medição da pressão atmosférica.



O barômetro era composto por um tubo fino de vidro cônico com uma coluna de mercúrio, cuja altura indicava a pressão da atmosfera sobre a base da coluna de mercúrio. A extremidade aberta do tubo era maior, em baixo, o mercúrio sendo retido por uma pequena bolsa de couro. Ele inventou também outro instrumento com tubos recurvados, com três colunas paralelas.



Amontons inventou o que chamou de "termômetro universal". Tinha um tubo de vidro longo, com mercúrio e com uma escala de medição. A comparação dessas indicações com a de uma coluna de mercúrio de um barômetro comum fornecia o valor da temperatura.



Ele usou um método de medição das mudanças de temperatura por meio da mudança da pressão numa quantidade constante de peso e de volume de ar. Amontons foi levado a mostrar que uma redução suficiente na temperatura levaria à pressão zero. Ele foi, assim, o primeiro pesquisador a estudar a idéia da temperatura do zero absoluto, analisada e estabelecida por Kelvin, William Thomson, o barão Kelvin, nos anos 1800, no século 19.



Um medidor de umidade do ar foi inventado usando uma bolsa de couro, um material que se dilatava ou contraia com a umidade, 0 que se media pela altura de uma coluna de líquido colorido.



Amontons morreu em Paris, em 11 de outubro de 1705. 0 grande Fontenele escreveu o seu elogio na Academia de Ciências. Uma das crateras da lua, catalogadas, recebeu o nome de cratera Amontons.



Dessa forma, Amontons foi o inventor de vários instrumentos científicos, bem como indicou uma primeira forma do telégrafo, invento que, mais'tarde, provocou um enorme efeito estimulante do progresso da indústria humana.















AMANHÃ: O trabalhador que dedicou toda sua vida ao desenvolvimento do cronômetro e do relógio: John Harrison

0820 BENV CELLINI

0820 BENV CELLINI










20 DE AGOSTO: Modelo de trabalhador moderno, mecânico com inspiração da beleza: Benevenuto Cellini no Calendário Histórico.







Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



o grande tipo humano homenageado na SEMANA é:







BENEVENUTO CELLINI



(nasceu em 1500, em Florença; morreu em 1571, em Florença)







ESCULTOR, JOALHEIRO, GRAVADOR, GRANDE ARTISTA NA RENASCENÇA







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois do fim do feudalismo e do papa, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Semana dos inventores do controle e emprego da matéria para o serviço da sociedade humana.







Por Ângelo Torres







BENEVENUTO CELINI é um trabalhador que inventou novas formas de agir sobre os materiais na produção de bens úteis, entre muitos dos que nos antecederam.



Cellini é o artista excêntrico da renascença na Itália, um criador de técnica refinada no trabalho de metais em todas as suas formas. É um artista que merece estar ao lado dos grandes mestres como um Rembrandt. Também se mostrou um habilidoso escritor. Sua biografia, mostrada nas MEMÓRIAS, é uma leitura recomendada até nossos dias. Ali Cellini reproduz com cores vivas a explosão artística e construtiva da renascença italiana. Ele mostra o fim da Idade Média naquilo que ela tem de mais íntimo, tal como um historiador.



Ele era filho de um honrado músico e fabricante de instrumentos musicais de Florença. Lá ele nasceu em 1º de novembro de 1500. Inicialmente foi encaminhado para a música, que praticou por algum tempo. Mas sua grande habilidade em desenhar fez seu pai colocá-lo como aprendiz de um ourives. Essa era a maneira que se usava habitualmente para obter a firmeza na mão, que, durante a grande época da renascença, tinha aplicação igualmente em todas as artes da forma, bem como no que mais tarde se chamou de “artes mecânicas”.



Cellini tornou-se logo um mestre dos melhores de seu tempo na arte de esmaltar e de trabalhar o ouro, a prata, o bronze e até mesmo os metais não preciosos. Ele fez jóias, estátuas, vasos, copos sagrados, armaduras, medalhas, moedas, sinete para selo em lacre e toda espécie de ornamentação, grande ou pequena. Em todos colocava uma inesgotável riqueza de imaginação, unida a uma delicadeza incomum de traço e a uma perfeição verdadeiramente artística.



Aos 19 anos, Celinni foi para Roma, começando sua vida errante, cheia de aventuras romanescas, de crimes, de alegres brincadeiras, de deboche. Ele contou com a proteção de uma série de ricos príncipes protetores, como os papas Clemente VII e Paulo III em Roma, Francisco I na França, Côme de Médicis em Florença. Ele executou para eles uma variedade impressionante de obras, de estátuas colossais em bronze, de bijuteria, peças de prata, de medalhas, moedas, figuras em mármore e efígies em bronze.



Ao mesmo tempo, foi empregado na fabricação de armas militares, em projetos de edificação e até na direção da artilharia de guerra. Ele participou do conhecido cerco feito a Roma em 1527. Então ele dirigiu o tiro que matou o marechal de Bourbon e alinhou o canhão que feriu o príncipe de Orange, como afirma em suas MEMÓRIAS. Segundo o próprio Cellini, sua vida foi uma série romanesca de perigos a que ele escapou por milagre, com triunfos artísticos, intrigas, amores, duelos, brigas e assassinatos. Aos cinqüenta e oito anos entrou para uma ordem religiosa, mas, depois de dois anos, renunciou a se tornar padre e se casou. Cellini morreu aos 69 anos, deixando uma família legítima. Foi enterrado com honras públicas na igreja da Anunciação em Florença.



Cellini, como artista, deve seu renome à inesgotável energia de trabalhador, às suas permanentes e grandes obras e à visão de renovação universal que ele coloca nos mais comuns fatos da vida. A estátua colossal de Perseu, em Florença, é um dos triunfos típicos da renascença, por sua admiração pela Grécia antiga. Perseu, filho de Zeus, um dos maiores heróis gregos, é imortalizado de forma admirável nessa obra-prima de Cellini. A descrição das dificuldades materiais que ele encontrou para fundir em bronze o Perseu é uma das cenas mais vivas do relato feito por Cellini, uma tarefa metade cômica, metade séria.



Se nós, hoje, consideramos esse homem estranho e complexo como um dos pioneiros da indústria moderna é porque ele criou uma quantidade inesgotável de formas cheias de criatividade e de graça e que comprova sua qualidade de verdadeiro trabalhador moderno, de artista mecânico com uma inspiração infinita.







AMANHÃ: O inventor que provocou grande estímulo à indústria humana: Amontons.

0819 COLOMBO

0819 COLOMBO










19 DE AGOSTO: O herói do descobrimento do Novo Mundo: Colombo no Calendário Histórico.







19 DE AGOSTO



Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado como CHEFE DA SEMANA de 13 a 19 de agosto é:







COLOMBO



Cristóvão Colombo



Cristoforo Colombo, Cristóbal Colón Columbus, Christopher



(nasceu em 1451, em Gênova, Itália; morreu em 1506, em Valadolid, Espanha)







ALMIRANTE GRANDE NAVEGADOR PRIMEIRO IMPORTANTE DESCOBRIDOR DO NOVO MUNDO







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Por Ângelo Torres







CRISTÓVÃO COLOMBO nasceu no território genovês em 1451. Por algum tempo trabalhou com seu pai na fiação de lã e depois foi estudar em Paris. Aos quinze anos já estava navegando.



Colombo conheceu desde o oriente até o norte da Europa e tomou parte com seu irmão Bartolomeu em muitas expedições portuguesas para a costa da África. Pelos mapas marítimos de Palestrello e por seu diário, sabe-se que Colombo conhecia os progressos dos portugueses no sul da África e as dificuldades que eles tinham encontrado. Palestrello era um dos navegadores do príncipe dom Henrique, o Navegador. Colombo casou-se com sua irmã.



Colombo formou a idéia de chegar à Índia viajando para o oeste, no lugar de ir para o sul e para o leste, contornando a África. Com base na esfericidade da terra, esse modo também levaria até a Índia. Informações e encorajamento de Toscanelli de Florença aprovavam seu projeto e dizia que o mundo não era tão extenso como o povo pensava.



Durante muitos anos de fadiga, Colombo deveria expor o seu projeto de um rei para outro, trabalhando em vão para demonstrar aos cosmógrafos que ele não estava enganado, aos padres que ele não era um herege e para persuadir os príncipes que eles não deviam pensar somente nas grandes despesas envolvidas.



Finalmente, em 1492, depois de desistir de Portugal, Colombo na Espanha conseguiu que a rainha Isabel aceitasse seus argumentos de que uma grande glória se daria ao soberano que aprovasse a viagem. E um grande serviço seria oferecido à religião para a expansão da fé cristã nas novas nações e que se encontrariam grandes riquezas nos países de além-mar. O argumento religioso seria repetido sempre nos relatórios de viagem de Colombo.



Em 3 de agosto de 1492 Colombo, com três barcos, partiu de Palos, na Andaluzia para encontrar a Índia. A viagem foi de ansiedade a cada dia. Os homens perdiam gradativamente a confiança e insistiam em abandonar a missão e por várias vezes chegaram a ponto de se amotinar contra Colombo.



Cada fenômeno diferente, a variação da agulha da bússola, por exemplo, era tomado como um sinal de perigo. Até mesmo os ventos favoráveis inspiravam o receio de não poder voltar.



Em 12 de outubro eles chegaram a uma das ilhas da Lucaias, onde eles permaneceram até janeiro de 1493, descobrindo várias ilhas muito povoadas, entre elas Haiti e Cuba. O nome geral dado de Ilhas Ocidentais lembra a idéia de Colombo de ter chegado ao mar das Índias. Deixando uma pequena colônia no Haiti, ele voltou à Espanha, levando as provas da riqueza do novo mundo. Ele recebeu dos reis Fernando e Isabel as honras de conquistador.



Seis meses depois, ele embarcou em nova viagem, desta vez com 17 navios e 1500 homens. Essa viagem durará até a primavera de 1496. Explorou o Haiti e visitou a Jamaica e outras ilhas. Mas fatigado das disputas e dos ciúmes entre os novos colonos, cuja maior preocupação era a busca de ouro, resolveu voltar à Espanha.



Na sua terceira viagem em 1498, ele atingiu Trinidad e fez contato com o continente americano junto à embocadura do rio Orenoco, que, com sua grande largura o convenceu de que para o sul se estendia uma grande terra desconhecida. Ao voltar ao Haiti, encontrou a colônia em grande confusão. Seus inimigos tramaram sua prisão e acorrentado foi mandado para a Espanha. Ao chegar, a visão do conquistador acorrentado provocou grande revolta e ele foi de imediato solto.



Colombo guardou as correntes que o prenderam como troféu das recompensas que recebeu por seus serviços e mandou que elas fossem enterradas com ele.



Em 1503 fez a sua quarta e última viagem, quando descobriu a Martinica, chegou novamente ao continente americano e contornou a costa de Honduras e o golfo de Darien. O mau estado de seus navios forçou seu retorno. Doente, morreu em abandono e pobre em 20 de maio de 1506.



Colombo é o herói do descobrimento do Novo Mundo, o grande episódio na tarefa da sociedade humana de conhecer o seu planeta. Não foi por acaso. O seu plano foi preparado, pouco a pouco, por muitos trabalhadores, por mais de um século.



Assim reconhecemos a imensa dívida para com nossos antepassados. E a história desses trabalhos forma uma evolução gradual, longa, que mostra nossas origens, desde a mais cruel animalidade até nossos dias.



Não basta esse registro superficial. É necessário pesquisar com seriedade, nesse caminhar, de onde viemos e para onde vamos. E determinar em que ponto estamos hoje nessa evolução, para sermos felizes.











AMANHÃ: Modelo de trabalhador moderno, artista mecânico com inspiração da beleza: Benevenuto Cellini
0818 COOK










18 DE AGOSTO: Documentou suas viagens com mapas precisos e detalhada descrição: Cook.no Calendário Histórico.







Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado é:







COOK



James Cook



(nasceu em 1728, na Inglaterra; morreu em 1779, no Haway)



NAVEGADOR INGLÊS EXPLORADOR NO OCEANO PACÍFICO E DA ANTÁRTICA







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Por Ângelo Torres







JAMES COOK nasceu em Cleveland, no antigo condado de Yorkshire, na costa do Mar do Norte da Inglaterra, em 27 de outubro de 1728. Filho de um agricultor, com talento e muito trabalho, tornou-se o navegador mais completo de seu tempo.



Trabalhou como aprendiz no comércio e, aos quatorze anos embarcou em navio como marinheiro. Depois de servir vários anos na marinha mercante, chegou Ao posto de imediato, o segundo posto no comando do navio. Em seguida entrou para o serviço da marinha da Inglaterra, The British Royal Navy.



Ele serviu no Canadá, destacando-se por seus mapas de navegação, desenhando cartas náuticas do Quebec e do rio São Lourenço, com grande precisão, que ficaram em uso por muito tempo. Foi em 1769 que Cook começou a grande aventura de sua vida, as três viagens de exploração do oceano Pacífico.



A primeira viagem foi realizada pelo governo britânico para observar a passagem do planeta Vênus a ser vista apenas no hemisfério sul. Também a viagem serviria para explorar a região. Na tripulação do navio estava um astrônomo, dois artistas e três naturalistas, entre eles Joseph Banks, mais tarde presidente da Royal Society of Science. Ele chegou ao oceano Pacífico contornando a América do Sul e o Cabo Horn. Cumprida a missão científica, passou a explorar a costa da Nova Zelândia, a costa norte da Austrália e chegando a Nova Guiné.



A segunda viagem de Cook começou em 1772, durando três anos, destinava-se a explorar as terras do Pacífico sul, onde os primeiros viajantes haviam achado sinais de continentes.



Nessa missão, Cook contornou a África, passou pelo Cabo da Boa Esperança e navegou atravessando o círculo Antártico em 1773. Em seguida contornou o continente da Antártida, fazendo a circunavegação do globo terrestre junto às terras geladas da Antártida. Para evitar o frio excessivo nas latitudes do sul, Cook navegava no inverno para o norte, para águas mais quentes. Explorando o mar a oeste de Tahiti, tornou-se o primeiro a descobrir o arquipélago que mais tarde se chamou Ilhas de Cook.



A segunda viagem provou não haver nenhum grande continente no sul do Oceano Pacífico. Retornou par a Inglaterra em 1775 e logo propôs a terceira viagem, para resolver um grande mistério geográfico: achar a passagem do Oceano Atlântico para o Pacífico através o norte da América do Norte.



Em 1776 ele começou a sua terceira viagem, quando realizou a exploração do norte do Oceano Pacífico e que duraria até 1779. A viagem teve sérios problemas, desde o seu começo.



Na Nova Zelândia, a expedição sofreu seu primeiro sério ataque violento de todas as suas viagens. Os selvagens antropófagos locais mataram e comeram um pequeno grupo de seus homens. Cook reconheceu, então, que viajantes europeus se apossavam da alimentação dos habitantes da região, criando a hostilidade do povo e aumentando o conflito entre os chefes locais.



Dirigindo-se para o norte do Pacífico, Cook encontrou territórios não explorados, sendo feita a descoberta das ilhas do Hawai. Contornou a costa do Canadá e do Alasca, mas a passagem para o Oceano Atlântico não foi achada. Com a chegada do inverno, ele decidiu passar o inverno nas ilhas do Hawai.



A tripulação teve um descanso tranquilo na Baia de Kealakekua no Hawai. Ao saírem de lá, uma forte tormenta danificou um dos navios da frota. Ao retornarem para reparos, Cook encontrou uma recepção hostil. O conflito acabou em violência, e um dos habitantes locais atingiu e matou Cook.



A tripulação retornou aos navios e rumou para o norte e depois para a Inglaterra. O resultado da viagem foi a exploração e o mapeamento do Pacífico norte.



Cook fez muitas descobertas, consolidou o trabalho de vários exploradores anteriores, fez o mapa do Oceano Pacífico desde o norte, no Ártico, até o sul, na Antártida e acabou com o mito da existência de um continente, em redor do pólo sul. Nas viagens coletou amostras de plantas e de animais e fez o estudo da cultura dos povos nativos encontrados. Testou novos métodos de navegação marítima e mostrou que uma alimentação adequada manteria a saúde dos viajantes em longas viagens. Acima de tudo, Cook e seus companheiros documentaram com cuidado e precisão todo o trabalho realizado, produzindo mapas precisos e detalhada descrição de suas descobertas.



Até hoje se recomenda a leitura das VIAGENS DE COOK, o livro que é o modelo das observações feitas pelo homem sobre o seu planeta e seus habitantes. É um registro do trabalho coletivo de nossos antepassados na longa evolução da sociedade ao longo dos milênios, com seus seus muitos obstáculos e suas vitórias, sob a ação do sentimento do bem comum, das emoções da solidariedade.







AMANHÃ: O herói do descobrimento do Novo Mundo: Colombo.

0817 LACAILLE

0817 LACAILLE










17 DE AGOSTO: O sábio que é a eterna glória da astronomia: Lacaille no Calendário Histórico.







No calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado é:







LACAILLE



Nicolas Louis de Lacaille



(nasceu em 1713 na França; morreu em 1713, em Paris)







GRANDE SÁBIO MATEMÁTICO E ASTRÔNOMO FRANCÊS







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.



Por Ângelo Torres







LACAILLE nasceu em Rumigny perto de Reims em 1712. Seu pai, que havia sido soldado, estudou matemática e passou a seu filho o mesmo gosto científico. O jovem foi a Paris para continuar seus estudos e entrou para o colégio de Navarra, no desejo de se tornar um religioso.



Mas sua paixão pela astronomia o impediu de entrar nas ordens religiosas e ele obteve um emprego com Jacque Cassini no observatório Real. Ele foi empregado junto com Cassini de Thury em 1739 para verificar o meridiano na França e foi nomeado professor de matemática no colégio Mazarin.



Dois anos depois, ele tornou-se astrônomo adjunto à Academia de Ciências. Depois de ter completado suas observações de sete anos das estrelas no observatório do colégio Mazarin, ele decidiu fazer um estudo semelhante no hemisfério sul.



Para essa observação, ele dirigiu uma expedição de 1750 a 1754 ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, onde determinou, em apenas dois anos, as posições de cerca de 10.000 estrelas. Muitas dessas estrelas são ainda referidas, até hoje, pelo número do catálogo de Lacaille. Suas observações da lua, de Vênus e de Marte, feitas a partir da África do Sul, comparadas com as observações feitas no hemisfério norte, levaram a um cálculo mais preciso dos valores conhecidos para as distâncias desses astros.



Lacaille demonstrou alguns dados importantes sobre a forma da terra pela medida de um grau sobre o meridiano a 32 graus ao sul do Equador e determinou a posição das ilhas Mauricio e da Reunião. Ele retornou para a França em 1754.



Delambre (1749-1822), grande astrônomo, disse que as observações de Lacaille podiam ser comparadas, com vantagem, por sua exatidão, àquelas feitas pelos mais célebres contemporâneos, que tiveram acesso a instrumentos mais perfeitos. E diz mais: “tendo revisto e verificado, por meio de novos procedimentos, uma grande parte do trabalho de Lacaille, eu senti, a cada passo, uma nova e maior admiração por Lacaille, o sábio que será a eterna honra da astronomia na França."



Lacaille é o autor de tratados sobre geometria, astronomia, sobre mecânica e ótica, de tábuas solares muito corretas e muitas outras obras. Encontram-se seus numerosos trabalhos nas MEMÓRIAS DA ACADEMIA DE CIÊNCIA.



Lacaille obteve o resultado que a própria terra, pela medida direta, forneceu um testemunho de verificação decisiva a favor de uma demonstração já fornecida pelos corpos celestes. Com isso ele confirmou a teoria de Newton da forma da terra como um esferóide achatado. A morte em 1762 o surpreendeu na composição de uma de suas maiores obras, A HISTÓRIA GERAL DA ASTRONOMIA.











AMANHÃ: Documentou suas viagens com mapas precisos e detalhada descrição: Cook.

0816 NAPIER

0816 NAPIER










16 DE AGOSTO: Napier: Inventou os logaritmos que reduziram o tempo de cálculo em astronomia pela metade.







16 DE AGOSTO



No calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA,



de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado é:







NAPIER



John Napier ou Neper



(nasceu em 1550, em Merchiston, na Escócia; morreu em 1617, em Merchiston)







MATEMÁTICO ESCOCÊS, INVENTOR DO LOGARITMO







Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana



depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.







Por Ângelo Torres







JOHN NAPIER, barão de Merchiston, nasceu no castelo de Merchiston, perto de Edinburgh, na Escócia. Seu pai tinha então apenas 17 anos de idade. Estudou na Universidade de Saint-Andrews e na Europa continental. Seu interesse vivo se dirigiu à teologia, à política e a agricultura.



Mas Napier seguia com atenção as descobertas astronômicas de seu tempo. Ele foi impressionado com os obstáculos colocados ao progresso da astronomia pelo tempo empregado nos trabalhosos cálculos da ciência. Foi interessado em matemática teórica e escreveu um tratado de aritmética e álgebra não publicado. Mostrou, assim, que ele acompanhava de perto os primeiros algebristas de sua época e, em alguns aspectos, estava mais adiantado.



Foi assim que Napier se consagrou à formulação de novos métodos destinados a reduzir o trabalho de cálculo. Chegou a projetar uma máquina de calcular simples. Mas a grande obra de sua vida foi a invenção e a construção da tábua de logaritmos.



Já era conhecido que a soma dos expoentes dos números resulta no expoente da multiplicação resultante desses números. Em outras palavras, a operação aritmética de soma dos expoentes reduz a multiplicação dos números apenas a uma soma de seus expoentes. Também a elevação de um número a um expoente pode ser reduzida a uma multiplicação. O emprego, portanto, dos expoentes dos números resulta em operações aritméticas mais simples e mais rápidas.



A obra escrita por Napier, sobre a descrição e construção dos logaritmos, a CANONIS DESCRIPTIO de 1614, mostra a sua importante descoberta.



Duzentos anos depois, o astrônomo francês Pierre Simon Laplace afirmou que Napier, com sua invenção, na verdade, dobrou a vida de cada astrônomo, porque os logaritmos reduziram o tempo de cálculo em astronomia pela metade. Deve-se notar que grande parte do tempo de vida do astrônomo era dedicada aos cálculos astronômicos. A economia feita nesse tempo aumenta o tempo de vida útil e produtivo do cientista.



A escala logarítmica foi usada na ”régua de cálculo”, onde se podia somar e diminuir pelo deslizar de suas escalas. A soma de dois valores dava como resultado o produto entre esses valores. A subtração fornecia o resultado da divisão entre os valores. A régua de cálculo por muito tempo permaneceu um instrumento indispensável no cálculo científico e na engenharia. Só recentemente foi substituída pelas calculadoras eletrônicas. A invenção dos logaritmos é que permitiu o uso da régua de cálculo, desenvolvida por Roberto Bissaker em 1654 e aperfeiçoada para emprego em diferentes especialidades por Partridge em 1657, por Coggeshall em 1677 e outros. A utilidade dessa ferramenta para cálculo rápido foi logo reconhecida, especialmente na Inglaterra, durante os anos 1700 e ela foi fabricada em grande quantidade, com poucas modificações.



O uso das tábuas de logaritmos prevaleceu no cálculo matemático até meados dos anos 1900, no século 20, mais de trezentos anos após sua invenção. Hoje não são mais usadas, substituídas pelo emprego das calculadoras eletrônicas e pelos computadores modernos, que empregam a mesma concepção original de Napier.



O valor da invenção de Napier não demorou a ser reconhecido pelos melhores matemáticos da Inglaterra e, na Europa, por Kepler. Foi importante o progresso realizado pelos logaritmos aplicados de imediato na prática da astronomia, na navegação, na medida de distâncias e a todas as pesquisas que dependiam do cálculo. Foi, a todos os respeitos, um dos mais úteis instrumentos para o progresso da prática na produção útil de todos os tempos.



Napier morreu em 4 de abril de 1617. Foi enterrado no cemitério da igreja de St-Cuthbert em Edimbourg.











AMANHÃ: O sábio que é a eterna glória da astronomia: Lacaille.