quinta-feira, 26 de agosto de 2010

0825 CONTÊ

0825 CONTÊ

25 DE AGOSTO: Ele era capaz de inventar qualquer coisa, do projeto até o acabamento: Nicolas-Jacques de Contê

25 DE AGOSTO Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na SEMANA DE VAUCANSON de 20 a 26 de agosto é:

CONTÊ
Nicolas-Jacques de Conté
(nasceu em 1755, na Normandia, França; morreu em 1805, em Paris)

GRANDE GÊNIO MECÂNICO, INVENTOR DO LÁPIS MODERNO

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois do fim do feudalismo e do papado, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Semana dos inventores do emprego e controle da natureza para o serviço da sociedade humana.

Por Ângelo Torres

CONTÊ, filho de um jardineiro, nasceu na Normandia em 1755. Ele se destacou particularmente por suas invenções engenhosas.
Aos 12 anos, com um canivete, foi capaz de construir um violão. Com 14 anos passou a fazer pintura a óleo de retratos, com que obteve alta remuneração. Aos 18 anos ele realizou voluntária e gratuitamente várias pinturas para o hospital da cidade de Séez, onde ele fora educado.
Em Paris ele inventou uma máquina hidráulica que foi aprovada pela Academia de Ciências. Em 1793 mostrou grande tal habilidade como membro da Comissão encarregada de fazer experiências relativas à decomposição da água pelo ferro, em lugar do uso do ácido sulfúrico. Mais tarde ele foi nomeado Diretor da escola de navegadores de balão aerostatos de Meudon.
Apaixonado pela ciência e pela arte mecânica, ele começou a mostrar sua capacidade de invenção durante a Revolução Francesa. Devido à guerra, com a impossibilidade do fornecimento de plumbago, um grafite encontrado na Inglaterra, Contê criou, para substituí-lo, uma mistura de argila e grafite usada até hoje nos vários tipos de lápis.
No fim dos anos 1500, século 16, um novo meio usado para desenhar havia sido introduzido: o grafite. Era chamado de ponta espanhola, por sua origem. Foi muito usado, mas por ser macio demais e de consistência untuosa só foi mais empregado por alguns pintores holandeses, ou mesmo usado junto com outros materiais de pintura.
Contê introduziu na França a fabricação de seu novo lápis e estabeleceu uma usina para fornecimento a todo país. Ele, com seu gênio criador, desenvolveu o método básico de fabricação do moderno lápis como hoje conhecemos. O lápis de grafite foi criado e introduzido na arte do desenho por Contê, usando um processo de manufatura semelhante ao usado na produção do giz para escrita. O novo tipo de lápis foi chamado de “crayon Contê”. O grafite, depois de purificado e lavado, era misturado com adição variável de argila para obter o grau de dureza desejado.
O traço do lápis, na dureza adequada, tem durabilidade, clareza e espessura fina, foi especialmente aplicável à produção dos desenhistas Românticos e do Neoclassicismo. Entre os mestres artistas de lápis encontra-se o neoclassicista Jean-Auguste-Dominique Ingres, que sistematicamente esboçava previamente a lápis as belas estruturas de suas pinturas.
Em 1798 Napoleão encarregou Contê para servir como chefe do Corpo de Balões em sua expedição ao Egito. Quando quase a totalidade das munições e mantimentos franceses foi perdida depois da Batalha de Aboukir e da revolta do Cairo em julho de 1799, Conté pôs seu gênio inventivo para trabalhar, improvisando ferramentas e máquinas para produção de pão, roupas, armas e munições, equipamentos de precisão para os engenheiros e instrumentos cirúrgicos.
Contê parecia habilitado a inventar qualquer coisa necessária. Era capaz de projetar, construir modelos, organizar e supervisionar o processo de manufatura.
Ao voltar do Egito em 1802, ele foi encarregado da publicação de uma volumosa obra descritiva do Egito. Inventou, então, uma máquina para gravação que permitia uma grande economia de tempo e de esforço do artista.
Contê morreu em 6 de dezembro de 1805. Foi membro da Legião de Honra da França e mereceu uma estima universal por seus eminentes méritos.


AMANHÃ: O inventor da máquina básica para fabricar máquinas, o torno mecânico: Vaucanson.

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