terça-feira, 28 de junho de 2011

0628 JOANA D’ARC

JOANA D’ARC
Jeanne Darc, Joan of Arc, Saint, La Pucelle d’Orleans, A Donzela de Orleans; The Maid of Orleans, A Jóvem de Orleans
(nasceu em 1412, em Domremy, França; morreu em 1431, em Rouen, França)
HEROÍNA CÍVICA DA FRANÇA VITORIOSA EXCEPCIONAL SUPERIORIDADE FEMININA

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


JEANNE nasceu de uma família de camponeses servos em 6 de janeiro de 1412 em Domremy, na margem esquerda do rio Meuse, entre a Champagne e Lorena, na França.
A partir dos 18 anos Jeanne tornou-se uma guerreira medieval e conduziu os franceses a uma inesperada vantagem militar e à vitória vinte anos depois sobre os invasores ingleses durante a Guerra dos Cem Anos, entre os anos de 1337 e 1453.
Os reis da Inglaterra por muito tempo possuíam o poder sobre partes do território da França. O rei Eduardo II, filho de Isabel da França, desejava reinar sobre os franceses com seu direito hereditário por parte de mãe. Foi a causa da Guerra dos Cem Anos, com a invasão da França.
A prolongada luta marcou o fim da guerra entre cavaleiros numa peleja sem a honra medieval. Os invasores envolveram muitos mercenários que se vendiam aos nobres ou faziam a pilhagem na população vencida. No lugar de nobres com armaduras, lutavam arqueiros ingleses, com setas que penetravam nas armaduras e tornavam a cavalaria menos efetiva. No fim da guerra, ambos os lados usavam armas de fogo, com pistolas e canhões. Combates entre nobres perderam valor para ganhar uma guerra.
A luta causava grande abalo na França, tanto nas cidades como no interior. A população revoltava-se contra os nobres, culpados pelas derrotas e incapazes de oferecer proteção ao povo. Em 1358 ocorreu a Jacquerie, do povo revoltado, com assassinato de nobres e danos a suas propriedades.
A França sofria com a desordem, com várias facções e traições.
Charles VII era o rei nominal, ainda não coroado. O rei, enfraquecido, se retirou, sem esperança, para o sul do Loire. A cidade de Orleans, sitiada pelos ingleses, impedia o avanço dos ingleses.
Jeanne cresceu em meio dos horrores da guerra e da miséria do povo, e tinha tido visões e ouvido vozes divinas chamando-a para salvar a França. No começo do ano 1429, então aos seus 18 anos, Jeanne deixou seus pais, vestiu roupas masculinas e colocou a armadura para guerra e conseguiu convencer alguns cavaleiros nobres e um grupo de cidadãos de Vaucouleurs que sua missão era verdadeira e foi encontrar o rei da França em Chinon.
Na corte do rei, a confiança sublime de Jeanne, sua inocência e uma sagacidade instintiva forçou a corte debochada e cínica a admirá-la. Ela foi colocada no comando de uma tropa de cavalaria e avançou para Orleans e, em duas semanas, derrotou e perseguiu as tropas inglesas. As cidades se renderam uma após outra e os invasores foram derrotados em cada encontro.
Depois de dois meses a cidade de Reims foi recuperada e o rei foi coroado na sua antiga catedral, como mandava a tradição francesa. A sagração assegurava o trono ao rei legítimo contra as reivindicações de Henrique VI da Inglaterra. O entusiasmo patriótico foi despertado na França, então dividida pelas lutas internas.
Jeanne partiu de Reims para libertar toda a França e a capital Paris. Ela foi ferida perto da capital e teve que recuar. O rei, aconselhado pela inveja, pela traição, pelo desespero, abandonou a heroína à sua sorte, logo condenada como feiticeira.
Depois de pequenas expedições, Jeanne foi aprisionada e depois vendida aos ingleses em troca de 10.000 peças de ouro. O elevado valor mostra que seus inimigos consideravam-na tão preciosa quando o valor de um exército inteiro.
Só restou a Jeanne d’Arc o martírio da fogueira em praça pública. Na história de todos os mártires não há um quadro tão nobre de uma santa mulher jovem, sozinha, enfrentando a apatia daqueles que ela havia salvado, do cruel abandono de sua pátria, do artifício selvagem dos homens da Igreja, da brutalidade da soldadesca e do populacho. Ela morreu condenada como herege e como apóstata, queimada viva em Rouen, em 30 de maio de 1431.
Jeanne d’Arc mostra a mulher no papel cívico extraordinário de uma guerreira destemida, defendendo sua pátria contra o ataque estrangeiro. Mostra como essa figura nasceu do mais humilde povo, para tomar seu lugar acima dos nobres, num tempo de corrupção da monarquia, da Igreja, da aristocracia feudal.


AMANHÃ: Conquistador e administrador competente no Império Português do Oriente: Afonso de Albuquerque.



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