sábado, 11 de junho de 2011

0611 SÃO FRANCISCO XAVIER

11 DE JUNHO: S. Francisco Xavier recuperando o papa das perdas com a secularização.

SÃO FRANCISCO XAVIER
San Francisco Javier, Xavier, San François Xavier, Xavier Saint Francis
(nasceu em 1506 no Castelo Xavier, em Navarro, Espanha; morreu em 1552, na ilha de San Chan, em Cantão, na China)
MISSIONÁRIO MODERNO, JESUÍTA ESPANHOL CHAMADO O APÓSTOLO DAS ÍNDIAS

A Idade Média faz a transição entre a civilização da Grécia e Roma com os tempos modernos. A mudança foi feita com a passagem do politeísmo romano para o monoteísmo católico. O Catolicismo tem uma função importante nessa etapa da evolução social: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento de associação e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal.
O Cristianismo é que viria atender à necessidade de regeneração moral dos romanos e à aspiração de um libertador e redentor da nação dos judeus.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. Nunca ocorreu, em todo mundo, a libertação do Poder Espiritual em relação ao Poder Temporal. Desse modo se completa a instituição política liberal da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando, como papa Gregório VII.
A quarta semana do mês do Catolicismo mostra o papel ainda seu importante papel de controlar e estimular a vida moral das massas após a queda do papado. Com a perda do poder político as igrejas nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana. O protestantismo é representado pela mais pura de suas seitas, em que a utilidade social é completamente afastada da ambição mundana.
Bossuet tem sua biografia no domingo último dia do mês.
Notar que em cada semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime mística espanhola.
Ver em  0521 1  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Na historia da evolução da sociedade, nossa homenagem é para os grandes benfeitores que colaboraram para a defesa da doutrina católica da Idade Média, ameaçada por conflitos internos a partir de 1300. O agravamento da situação motivou o fim do poder político do papa e a secularização, levando, mais tarde, á revolta de Lutero, dividindo o poder religioso com os protestantes no norte da Europa. Lembramos os trabalhos da tentativa de recuperação católica, para evitar uma derrota total.
Francisco nasceu em 1506, no Castelo Javier, em Navarra, norte da Espanha. Estudou por anos na Universidade de Paris onde se graduou e foi nomeado professor de filosofia aristotélica. Nessa posição, ao meio da primeira manifestação da heresia protestante, ele tornou-se discípulo de Inácio de Loyola e foi um dos dez jovens que, no dia de Assunção, em 1534, com 28 anos, na cripta de Montmartre, se consagraram à Virgem e se votaram à defesa do papado.
Reunindo com seus irmãos na Itália, Francisco tomou a ordenação como padre e atuou em Veneza, Bolonha e em Roma. Inácio o escolheu para ir para a Índia como missionário, debaixo da proteção especial de D. João III, rei de Portugal. Viajou levando cartas de apresentação do rei e do papa, com o título de representante pontifical. Fazendo parte da Sociedade de Jesus, embarcou em Lisboa com o governador das Índias e em 1542, com 36 anos, chegou a Goa. Era a cidade de Goa a capital religiosa e política do império português no Oriente.
Francisco Xavier passou os dez últimos anos de sua vida, até 1552, como principal missionário, enfrentando os trabalhos, as dificuldades e os perigos inerentes à sua função em Goa, na costa do sul da Índia, em Málaca, nas ilhas das especiarias e no Japão onde ficou dois anos, de 1549 a 1551. Ele estava tomado pelo desejo de estender a conquista espiritual aos povos civilizados, e em 1552, com 46 anos, decidiu entrar na China, que, então não permitia os estrangeiros.
Ele concebeu o plano de entrar com uma embaixada do rei de Portugal, mas foi impedido pela ação arbitraria do capitão português em Malaca. Formou então o projeto perigoso de entrar secretamente acompanhado apenas de um ajudante. Mas ficou com febre alta e morreu na ilha de San Chan, na embocadura do rio de Cantão.
Seu corpo, enviado a Málaca, depois a Goa, foi depositado na igreja de São Paulo, em 1554. Sua carreira tão heróica e feita em terras tão longínquas deu ocasião a que se formassem com facilidade muitos milagres. Por seu trabalho missionário, por sua coragem, por seus milagres, foi canonizado em 1622.
O esforço de Francisco Xavier fez parte do projeto de Inácio de Loyola, de recuperar o papado das perdas sofridas com a secularização e com a instalação do protestantismo. Inácio fundou a Sociedade de Jesus, conhecida como a Ordem dos Jesuítas, para salvação da Igreja Católica da ameaça de decadência.
Ele construiu uma obra que serve de exemplo como trabalho de apóstolo católico. Era um homem de notável energia e grande habilidade organizacional, colocado entre os grandes missionários de todos os tempos. Foi declarado como patrono das Índias e patrono das missões.
Sua elevação e seu bom caráter são revelados em suas notáveis cartas a seus colegas e a seus subordinados, “ao pai Inácio”, à Sociedade de Jesus em Roma e ao rei de Portugal.
As cartas de Francisco Xavier manifestam o objetivo e os meios do empreendimento dos jesuítas, da Sociedade de Jesus. Que era de reconhecer a autoridade católica do papa e realizar sua esperança de império religioso universal, em todos os povos, todos os paises. Esse era seu objetivo. Quanto a seus meios, consistiam no devotamento absoluto e a perfeita disciplina da Ordem dos Jesuítas; a livre relação com todas as classes e todas as condições; a adaptação aos recursos intelectuais modernos; a obediência às autoridades; enfim, em resumo, o emprego das armas e dos meios seculares, não religiosos.

AMANHÃ: S.Carlos Borromeu e a defesa do papa contra a Reforma Protestante.


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