quinta-feira, 24 de maio de 2012

0521 B S CIPRIANO estabelecimento na ordem hierárquica católica


21 DE MAIO. São Cipriano teólogo e estadista no governo da nova igreja católica

SÃO CIPRIANO
Saint Cyprien; Cyprian, Saint; Thascius Coecilius Cyprianus
(nasceu no ano 200 da nossa era, em Cartago; morreu em 258, em Cartago)

TEÓLOGO PRIMEIRO BISPO- DA ÁFRICA ORDENADOR DA IGREJA CATÓLICA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome do sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
Os documentos históricos provam que quem criou a doutrina de salvação da própria nação e de todos os povos foi o filósofo e apóstolo judeu Paulo de Tarso. Fazendo parte da elite intelectual judaica de Jerusalém, era conhecedor da lei de Moisés e conhecedor da cultura grega.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0520 01 B   O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


Cipriano era um homem rico, professor de retórica em Cartago. Já na maturidade, foi convertido ao Catolicismo por um padre idoso, chamado Coecilius. Logo foi eleito bispo de Cartago no ano 248, com cerca de 50 anos de idade. Destacou-se entre os organizadores da Igreja Católica, como um estadista da ordenação da hierarquia, da escala de comando da nova religião. Era a fé de São Paulo que passaria a educar e orientar a civilização na evolução social que se seguiu à unificação e pacificação da Europa pelos romanos.
Só conheceremos um assunto se conhecermos sua história. Aristóteles mostrou essa verdade ao estudar as constituições então conhecidas, para pesquisar sobre a política. É de grande interesse estudar como se realizou a grande caminhada da nossa sociedade através dos séculos e dos milênios.
É impossível nos impedir de perguntar qual foi o nosso inicio como humanos, de onde viemos, para onde vamos. A história registra, com sua documentação, os acontecimentos de eras anteriores. É, assim, uma base para nossa observação, que nos pode ajudar a perceber em que direção nós estamos seguindo na jornada continua de nossa sociedade. E notamos o imperceptível poder de orientação e controle feito pelo agrupamento social em que vivemos. A sociedade humana é a nova REFERÊNCIA na modernidade, essa é a nova Lei do humanismo em vigor em nossos dias. A Lei antiga era a Lei dos poderosos deuses. Verifique na história, por meio dos documentos.
O poder da sociedade é que forma o que nós somos, ao sermos educados desde a infância. Assim, não chegamos a reconhecer essa força. E o estudo desse poder da associação só começou a ser feito na modernidade. O estudo é feito pelas ciências sociais. É feita como teoria pura, abstrata, pela Sociologia no estudo das leis dos fenômenos sociais. Ou é feito como conhecimento concreto em varias especialidades das ciências sociais aplicadas.
Saber como se deu a evolução de nossa sociedade nos permite ter uma informação importante, que é conhecer onde nós estamos hoje, em nossos dias, nessa escalada de progresso que não para. E muito importante ainda é saber o que podemos esperar do futuro.
Os tempos em que o ilustre Cipriano viveu ainda eram épocas de violenta guerra e opressão. Estávamos na passagem do politeísmo de Roma, com seus deuses, para chegar ao monoteísmo do deus único do Catolicismo pregado por Paulo de Tarso.
Na passagem de uma fé para outra, houve violência de parte a parte. Quando os romanos ainda estavam no poder, houve perseguição cruel aos cristãos. Mais tarde, quando os cristãos subiram ao poder político, houve morte e crueldade contra os que ainda adoravam os deuses de Roma.
A carreira religiosa de Cipriano durou apenas dez ou doze anos, mas foi muito competente. Ele mostrou-se muito piedoso, visitando os doentes e lhes dando socorro durante uma terrível peste que ocorreu em Cartago.
Cipriano se distinguiu como estadista dentro do governo da Igreja. Seguiu a orientação de Tertuliano (cerca de 160-220 da nossa era), a quem sempre chamou de seu mestre, tendo Santo Agostinho, por sua vez, recebido a influência de Cipriano.
A conduta de Cipriano nas numerosas controvérsias da época foi feita com doçura e comedimento para com as dúvidas e enganos dos cristãos e dos pagãos de seu tempo. Mas mostrou-se enérgico na administração de sua diocese e na condução da igreja de Cartago.
Cipriano escreveu um tratado célebre, A UNIDADE DA IGREJA, em que prega a autoridade dos bispos, como base da união dentro do grupo religioso. Afirmava que
   “Deus não é o pai daquele que não tenha a Igreja como mãe”.
Sofreu a perseguição religiosa do poder romano. No ano de 250 fugiu de Cartago por um ano e meio.
Em outra perseguição, feita pelo imperador Valeriano, Cipriano se exilou novamente. Ao voltar, recebeu ordem de oferecer sacrifício às divindades pagãs romanas. Ao se recusar, foi executado por decapitação em público. Cipriano ficou, então, famoso como mártir da Igreja.
As relíquias de Cipriano, reclamadas ao Sultão por Carlos Magno foram levadas para a França e colocadas mais tarde na abadia de Compiègne.

AMANHÃ: A unidade da Igreja Católica organizada por Santo Atanásio.

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