sábado, 23 de agosto de 2014

0824 C ARKWRIGHT na invenção da mecanização automática da fiação do algodão

24 DE AGOSTO: Arkwright  rolos de laminação para a produção de fios para tecidos

ARKWRIGHT
Sir Richard Arkwright
(nasceu em 1732 em Preston, Inglaterra; morreu em 1792 em Cromford, Inglaterra)

INVENTOR INGLÊS NA MECANIZAÇÃO DA FIAÇÃO DE ALGODÃO

A INDÚSTRIA MODERNA
Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

ARKWRIGHT (1732-1792) nasceu em família pobre, em Preston, uma cidade com porto no noroeste da Inglaterra, condado de Lancashire, em 1732. Começou a trabalhar com aprendiz de barbeiro e depois na fabricação de perucas. Nessa atividade viajou por todo o território da Grã-Bretanha e começou sua auto-educação que duraria o resto de sua vida. Mais tarde, em 1764, aos 32 anos, veio a se dedicar à fiação de algodão. A formação de um fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Sua primeira máquina de fiar foi construída usando a força de um cavalo. Obteve a patente de sua máquina em 1769. Ele observou a laminação do aço, feita com a passagem do metal entre dois cilindros laminadores. O laminador seguinte ao primeiro tem uma velocidade maior do que o primeiro laminador, porque o material estirado tornou-se mais longo. Arkwright imaginou fazer o mesmo com a fiação do algodão, fiando e estirando as fibras retorcidas do material. O algodão seria primeiro cardado, isto é, penteado por escovamento, antes sendo retiradas as impurezas da fibra usada como matéria prima.
Esse foi o princípio da invenção da máquina de fiar de Arkwright, fabricada com a colaboração Kay, um relojoeiro de Warrington. O inventor James Hargreaves tivera anos antes, sua máquina de fiar destruída por fiandeiros que faziam a fiação manual, no Lancashire, receosos da perda de seus empregos pela produção muito mais rápida pela nova técnica. Conhecendo esse risco, Arkwright instalou sua primeira fábrica bem longe, em Nottingham, em 1769.
Ele melhorou o acionamento de sua segunda fábrica, construída em Cromford, Derbyshire, movida pela força da queda dágua, muito mais econômica. Muitos melhoramentos foram feitos na máquina de fiar até 1775, então considerada em sua forma definitiva.
A máquina de Arkwright produzia um fio muito mais forte, adequado para a urdidura, que é o fio longitudinal na tela da peça de um tecido. A máquina de fiar inventada antes, em 1767, por Hargreaves, a spinning jenny, a “Jane que fia”, produzia um fio mais fraco, que só podia ser usado na trama, que é o fio transversal na peça de tecido.
A principal oposição sofrida por Arkwright veio tanto dos fabricantes do Lancashire como dos seus operários. Eles formaram um movimento para impedir a compra do fio de suas fábricas. Opuseram-se com força contra a diminuição do imposto sobre os tecidos de algodão. Deixaram destruir uma de suas fábricas em Chorley, num tumulto com a presença da polícia, sem que ninguém tentasse intervir. A patente obtida por Arkwright causou vários processos de anulação e seu direito sobre uma patente ampliada foi finalmente negado em 1775.
Com vários sócios, Arkwright abriu várias fabricas e em poucos anos ele operava um grande número de fábricas equipadas com maquinaria para todas as fases de fabricação de tecidos, desde as cardas até a fiação da fibra do algodão e da formação do tecido e seu tingimento. Ele foi bem sucedido na indústria, e mais tarde, em 1786, foi feito cavaleiro da Inglaterra pelo rei George III, tornando-se Sir Arkwright.
A produção de fios e a tecelagem é uma das primeiras formas do trabalho humano na antiguidade. O emprego da roca e do fuso é feito desde os tempos da pré-história. Nós não temos registro da época muito recuada no tempo em que as curtas fibras dos vegetais foram colocadas lado a lado e reunidas pela torção, de maneira a formar um fio contínuo longo, para fabricar cordas e tecidos. A formação de um fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Essa história mostra como o progresso numa das atividades mais importantes se faz com a colaboração individual, reunida na sociedade pelo sentimento de união dos humanos ao longo dos séculos. É a nossa dívida em relação ao passado da sociedade, nossa dívida a nossos antecessores na grande família humana. E claramente se vê que não foi pela destruição das primeiras máquinas que se fez o progresso. O conflito, a guerra, a luta, destroi, não constroi.


AMANHÃ: Ele era capaz de inventar qualquer coisa necessária, desde o projeto até o acabamento: Nicolas-Jacques de Conté.


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