segunda-feira, 11 de agosto de 2014

0811 C BYRON a romântica poesia do homem moderno livre de lendas e quimeras

11 DE AGOSTO: Byron a poesia mais inspiradora , mais enérgica do que velhos ideais

BYRON
Lord Byron, George Gordon Byron, 6º Barão Byron; George Gordon Noel Byron, 6th Baron Byron
(nasceu em Londres, em 1788; morreu em 1824, em Missolonghi, na Grécia)

POETA INGLÊS ROMÂNTICO, SATÍRICO E REVOLUCIONÁRIO, CRIADOR DO DON JUAN

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0716 1 C   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

BYRON (1788-1824) é o poeta que mostra a grandeza moral do homem moderno, quando libertado das opressoras lendas e quimeras antigas. A elevação emocional moderna, após a Idade Média, foi prevista tanto por Byron como pelo poeta alemão Goethe. Byron é o grande nome entre os poetas modernos, com espírito audacioso, que criou personagens imortais. O reconhecimento da força moral mostra o homem como dono de seus destinos, como mestre e como intérprete da natureza.
O novo elemento da emoção lírica, na realidade é revolucionário, até destruidor na sua origem e nas suas simpatias. Mas, com os defeitos que apresenta, indica o caminho para uma poesia do futuro. Uma poesia mais verdadeira do que os vagos esforços do panteísmo, onde tudo é deus. Mais inspiradora do que uma pintura qualquer do passado, mais enérgica do que os sonhos dos adoradores em êxtase.
Byron nasceu em 1788 em família inglesa nobre, tradicional, que em 1540 tinha recebido de presente do rei Henrique VIII a rica da abadia de Newstead no condado de Nottinghamshire, no meio leste da Inglaterra. A grande linha de sucessão de soldados desde a conquista do país obteve, em 1643, o título de nobreza por seus serviços durante a guerra civil. Durante os anos 1700, no século 18, os Byrons se destacaram como navegadores e também como gastadores e libertinos.
O poeta nasceu em Londres em janeiro de 1788, filho do elegante e perdulário Capitão John Byron, chamado de “Mad Jack” (João Maluco) e de sua segunda esposa, Catherine Gordon, uma escocesa. Depois que seu marido gastou a maior parte da fortuna que herdou, a Senhora Byron levou seu filho para Aberdeen, na Escócia. Lá eles viveram em dormitórios, com poucos recursos. O Capitão morreu na França em 1791. O filho, George, nascera com o pé deformado, que nele produziria uma grande vergonha por seu defeito ao caminhar. Quando tinha 10 anos, Byron herdou o título de barão e uma fortuna deixada pela morte de seu tio-avô, William, o 5º barão Lord Byron, chamado de o “mau Lord”.
O jovem Byron iria se tornar a personalidade mais interessante dos anos 1800, o século 19. Da mesma forma que acontece com muitos grandes homens, o gênio do poeta, esplendido e de natureza verdadeiramente nobre, é manchado, mas não arruinado pelo vício, pelo egoísmo e por alguma mesquinhez. Em 1803 ele se apaixonou por sua prima distante, Mary Chaworth, que o rejeitou. Ela tornou-se, para Byron, o símbolo do amor idealizado e impossível.
O jovem foi educado na conceituada Harrow School e em 1805 freqüentou a Universidade de Cambridge. Os sinais de sua ambivalência sexual se tornaram pronunciados quando ele descreveu uma paixão violenta, mas pura, com amor e paixão por um jovem membro do coro da universidade. Durante toda sua vida, no entanto, Byron se mostrou sempre muito ligado ao amor das mulheres, indicando um forte pendor para o comportamento heterossexual.
Em 1807, aos 19 anos, o poema de Byron HOURS OF IDLENESS, foi publicado. Uma crítica contrária ao seu trabalho na Revista de Edinburg provocou uma resposta satírica de Byron em 1809, com versos heróicos, duplos rimados, com o nome de ENGLISH BARDS AND SCOTCH REVIEWERS (Poetas Ingleses e Críticos Escoceses).
Em 1809 Byron tomou o seu lugar na Câmara dos Lordes. Também em 1809 ele começou dois anos de viagem a Portugal, Espanha e Grécia. Em 1812 Byron publicou os primeiros dois Cantos de CHILDE-HAROLD’S PILGRIMAGE (A peregrinação de Childe-Harold), um poema contando as viagens na Europa. Essa obra trouxe grande fama a Byron. Em 1815 ele se casou com Anna Isabella Milbanke, com quem teve sua filha Augusta Ada. Ele se separou da esposa no ano seguinte. Quando, ainda em 1816, cresceram os rumores da relação de incesto com sua meia-irmã Augusta Leigh e dúvidas sobre sua bisexualidade, Byron, ferido pela geral indignação moral dirigida contra ele, deixou a Inglaterra para não mais voltar.
Byron se colocou como o poeta do movimento revolucionário do século 19, o primeiro que anunciou uma nova Renascença. Ele cumpriu sua missão com o sentimento da missão soberana do homem para dominar a terra e fazer seu domínio esplendido e final.
Os romances e os versos de sua juventude, as sátiras e mesmo o DON JUAN podem ser deixados de lado para leitura em nossos dias. Mas merece leitura a pintura da sociedade humana no passado e a visão da potência do homem no futuro, bem descritos na parte final do CHILDE-HAROLD, e os versos de MANFRED, CAIN, CÉU E INFERNO que ficarão como apelos permanentes para conforto do sentimento e para inspirar o respeito pela natureza humana.


AMANHÃ: Um poeta revolucionário moderno, partidário de Satan: MILTON.


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