sexta-feira, 22 de agosto de 2014

0823 C DOLLOND pesquisador cientista e inventor das lentes acromáticas

23 DE AGOSTO: John Dollond  justaposição de lentes no progresso da ótica

DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em Londres; morreu em 1761, em Londres)

SÁBIO CIENTISTA INGLÊS INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS

Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN DOLLOND (1706-1761) era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai, refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields, um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século 17.
Dollond desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu por mais de um século.
Os primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração diferente.
Em 1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que, de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a examinar o problema.
Das experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época. O seu índice de refração é baixo. O vidro Flint tem um índice de refração alto. Mas era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a dispersão colorida.
Dollond tinha criado a lente sem aberração cromática, sem as inconvenientes bordas coloridas, a lente acromática. É a combinação de uma lente convexa Crown colada a uma lente côncava Flint. Dollond patenteou e comercializou sua invenção.
A invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema, em vários países.
Dollond continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de aparelhos óticos passou para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que Dollond morreu em 1761 em Londres.


AMANHÃ: O inventor de aperfeiçoamentos na produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.


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