sábado, 14 de junho de 2014

0615 C BOURDALOUE jesuíta na contra-reforma protegendo o papado da secularização

15 DE JUNHO. Bourdaloue: a fé em exposições lógicas com análise da natureza humana

BOURDALOUE
Bourdaloue, Louis
(nasceu em 1632, em Bourges, França; morreu em 1704, em Paris;

JESUÍTA FRANCÊS CHAMADO O REI DOS PREGADORES E PREGADOR DOS REIS

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

Ver em  0520 C  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


Luis Bourdaloue (1632-1704) nasceu em Bourges, na França. Seu pai era um jurista. Entrou para o colégio dos jesuítas, onde estudou. Tornou-se um jesuíta em 1648, e em pouco tempo mostrou sua habilidade para a oratória sagrada. Como professor lecionou por muitos anos.
Depois de servir nas províncias, foi levado em 1669 para Paris, onde começou pregando na igreja de São Luis. Em pouco tempo ganhou o título de o “rei dos pregadores e pregador dos reis”. Bourdaloue é considerado o maior pregador religioso do século 17. Nessa época o pregador nas igrejas fazia o papel comparável ao dos jornais em nossos dias.
A corte de Luís XIV e todas as classes da sociedade vinham ouvir com arrebatamento seus sermões. Madame de Sévigné em 1680 disse:
“Nós ouvíamos o sermão de Bourdaloue que nos chocava, dizendo as verdades à rédea solta, falando a torto e a direito contra o adultério: salve-se quem puder, ele vai sempre em frente”.
Um comentador, Sainte-Beuve, fala de sua grandeza, sua sóbria beleza e sua moralidade profunda. Apesar de rivais brilhantes, o jesuíta Bourdaloue mantinha sua posição de destaque na admiração pública e seu caráter elevado mantinha seu valor. Um contemporâneo disse que sua conduta foi a melhor resposta às Lettres provinciales. As Cartas provinciais, escritas pelo filósofo e teólogo francês Blaise Pascal, defendiam a posição da heresia dos jansenistas, que negavam o livre-arbítrio.
Há uma curiosa e famosa citação da justificação de Pascal por ser sua 14ª carta muito longa: “Eu teria escrito essa carta mais curta, mas não tive tempo.” Portanto, a concisão exige tempo.
Muitas personalidades eminentes, como Condé entre outros, escolheram o grande pregador jesuíta para dirigir suas consciências. Mas ele se recusou de cumprir a mesma função para a Madame de Maintenon, poderosa amante de Luis XIV.
Bourdaloue foi comparado inevitavelmente com seu contemporâneo o bispo Jacques-Bénigne Bossuet, embora seus estilos e conteúdos fossem muito diferentes. Bourdaloue sempre escreveu seus sermões, que eram exposições lógicas com penetração na natureza humana. Nunca bajulou seus fiéis, mas sua bela voz os deixava fascinados.
Bossuet, cujos sermões dependiam de alguma maneira do estímulo da ocasião, foi chamado de pregador lírico, em contraste com os sermões de Bourdaloue, que eram bem preparadas exposições dialéticas, lógicas, discutidas. Mas hoje Bossuet é mais lido do que Bourdaloue. Bourdaloue possuía uma grande beleza em sua voz, junto com uma forte atração de sua personalidade.
Bourdeloue ofereceu seus últimos serviços religiosos nos hospitais e prisões. Morreu em 1704, em Paris, aos 72 anos de idade. Ele foi um dos membros da Companhia de Jesus, criada por Inácio de Loyola para proteger a Igreja Católica contra a revolução, que, desde 1300 enfraqueceu e acabou com o poder do papado, e que teve como resultado a divisão da religião na Europa do ocidente com os cristãos protestantes e sua constante divisão em numerosas seitas.
É nessa perigosa era de transição e de revolução em que a humanidade se acha até hoje, passados 700 anos. Um estado de incertezas e de revolta geral que exige uma solução corretiva. Pelo estudo do passado sabe-se em que posição estamos na longa evolução da sociedade humana, que evoluiu por longos muitos milênios. Então podemos ver de onde os humanos vieram, para onde eles irão.


AMANHÃ: A colônia da Pennsilvânia no projeto de William Penn.


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