sábado, 6 de outubro de 2012

1007 B 03 JOHN OF SALISBURY filósofo na discussão entre nominalismo e o realismo


07 DE OUTUBRO: JOHN OF SALISBURY reconhecimento do método histórico na filosofia

JOHN OF SALISBURY
Johannes de Saresberia, o Parvus, o Menino
(nasceu em Salisbury, Inglaterra; morreu em 1180, em Chartres, França)

TEÓLOGO FILÓSOFO HUMANISTA CRÍTICO HISTORIADOR E ESCOLÁSTICO MODERADO

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.

Ver em 1007 01 B  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


JOHN OF SALISBURY (1107-1180), um importante sacerdote católico está entre os primeiros pensadores a mostrar uma solução moderada para o problema filosófico dos “universais”, das “idéias universais” discutido na Idade Média. Foi um filósofo conhecedor das controvérsias da escolástica em sua época. Apresentou de forma moderada o abandono da teoria do realismo de Platão, que afirmava que as “essências” tinham realidade num mundo transcendente divino, único verdadeiro.
Ao contrário do realismo, Aristóteles afirmava que as essências, ou idéias gerais, eram apenas concepções da mente, apenas nomes. O “nominalismo” ficou em oposição ao “realismo” platônico. Aristóteles com seu gênio reconheceu que as noções universais eram abstrações feitas pela imaginação humana para representar a realidade.
A capacidade da inteligência humana de generalizar se realiza quando percebe as aparências ou fenômenos mostrados pelos seres, pelas coisas. O estudo das propriedades, aparências ou fenômenos em separado dos objetos é chamado de “abstração”. Foi demonstrado mais tarde que os povos primitivos não eram capazes de abstrair, seu conhecimento reduzindo-se aos objetos em separado, individuais, não reconhecendo propriedades que fossem encontradas nos outros objetos. Nessa fase da evolução mental, os objetos parecem ter vida própria, sendo capazes de ações milagrosas. Foram então adorados como “fetiches”. 
Demonstrou-se que também as crianças na infância não são capazes de abstrair, pensando da mesma forma como os povos fetichistas. Essa verificação mostra que a função intelectual da abstração, que é a “observação abstrata” é mais nobre, mais complexa, do que a observação direta dos objetos em separado, chamada de “observação concreta”. A ciência moderna se desenvolveu a partir dos filósofos gregos pela descoberta pela observação abstrata das leis que regulam os fenômenos comuns nos seres, nas coisas.
John foi um pensador católico medieval que se destacou como historiador e como filósofo. Foi dos primeiros a dar importância da história na filosofia e em todos os campos de estudo. Nasceu na Inglaterra, indo muito jovem estudar arte, filosofia e teologia em Paris com os mestres mais renomados da época.
Depois de completar seus estudos passou a lecionar, indo por alguns anos para a Corte papal em Roma. Voltou à Inglaterra como secretário particular de Theobald, Arcebispo de Canterbury por vários anos.
Em 1176 foi nomeado Bispo de Chartres. Morreu em 1180, aos 73 anos de idade.

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