quarta-feira, 17 de novembro de 2010

1118 GUILHERME O TACITURNO

18 DE NOVEMBRO.
Guilherme o Taciturno: Afirmação da independência da Holanda e da liberdade de consciência na Europa.

GUILHERME O TACITURNO
William Príncipe de Orange, Conde de Nassau, William the Silente, Willem, Prins van Oranje, Graaf van Nassau, Willem de Zwijger
(nasceu em 1533, em Dillenburg, Nassau, Alemanha; morreu em 1584, em Delft, Holanda)
ESTADISTA HOLANDÊS LÍDER DA GUERRA DE LIBERTAÇÃO DA HOLANDA

O Calendário Histórico mostra a evolução multimilenar do homem por meio das maiores figuras do melhoramento gradual da vida humana, devido ao progresso do conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os estadistas da nova civilização que antes obedecia às normas políticas dadas pelo conhecimento com base nas crenças em divindades e passa ao saber político firme comprovado, isto é, do saber positivo, seguro, sobre o próprio homem, sobre o mundo e sobre seus princípios políticos
Nesta semana da liberdade religiosa os sete grandes tipos humanos viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras de religião. São protestantes ou simpatizantes, mas não beatos. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.

GUILHERME O TACITURNO nasceu em Dillenburg, no Condado de Nassau, na Alemanha. Era filho de William, Conde de Nassau, tendo sido educado como protestante luterano até a idade de 11 anos. Foi quando ele herdou grande território, que tinha o principalidado de Orange.
O Imperador Carlos V da Espanha insistiu que ele fosse educado na sua corte e convertido à religião católica romana. Em 1555, Felipe II, seu filho e sucessor, fez William o stadtholder ou governador das províncias dos Países Baixos, que incluíam a Holanda, da Zelândia e de Utrecht. Também em 1555 William sucedeu seu pai como Conde de Nassau.
Guilherme era uma pessoa de profundo discernimento, descobrindo as intenções dos outros como por milagre, sendo singularmente frio, calmo,e calado, tanto no pensar como na ação, de uma coragem e paciência a toda prova.
Quando Felipe II da Espanha e Henrique II da França fizeram um acordo secreto para acabar com a heresia do protestantismo no mundo em 1559, Henrique contou a Guilherme do pacto realizado. Ele escutou em silêncio sem mostrar qualquer surpresa e assim ganhou o apelido de “TACITURNO”. No entanto, ele não era um homem silencioso, sendo um orador eloqüente e mantendo agradável conversação. Guilherme, embora católico, se opunha à política de perseguição aos protestantes feita por Felipe II. Estava contrário à Santa Inquisição que procurava penetrar nas consciências, mesmo quando as heresias não se manifestavam.
Na ocupação da Holanda pela Espanha era feita permanente violência, em especial aos protestantes, perseguidos pela Inquisição. Guilherme organizou um forte movimento contra a opressão espanhola.
Em 1567 Felipe II mandou o Fernando Álvarez de Toledo, terceiro duque de Alba com um exército para acabar com a liberdade nos Países Baixos. Guilherme foi obrigado a se retirar para seu condado alemão de Nassau-Dillenburgo, fez profissão de fé como protestante luterano e atacou o duque de Alba com um exército alemão.
A luta foi longa, até que chegasse a resultados imortais. Os diques foram abertos e a água cobriu todo o território. A Europa seguia estupefata, ano após ano, a resistência sem fim desse pequeno país, metade embaixo dágua, onde Utrecht, Leyde e Haarlem, nomes sagrados para sempre nos anais do patriotismo holandês indomável, lutaram em grande desvantagem contra os melhores soldados da Espanha, comandados pelos melhores generais da época.
Guilherme abraçou publicamente o calvinismo. Sua vigorosa inteligência se preocupava só dos interesses humanos, e, embora crendo em Deus, fazia sem duvidar a troca dos dogmas dos católicos, dos luteranos ou dos calvinistas. Ele sempre insistiu pela tolerância religiosa.
Guilherme foi assassinado em 1584, mas a guerra continuou por 25 anos até que a Holanda ganhasse a liberdade. Seu nome ficará para sempre ligado em todo mundo à afirmação da independência nacional e à liberdade de consciência, princípios que foram indispensáveis para abrir caminho ao progresso do conhecimento científico e industrial na Europa do ocidente.
Então a República Holandesa teve direito à glória de ser o lugar de proteção dos patriotas exilados de todos os lugares e o asilo seguro para pensadores como Descartes e Espinoza, dos mais avançados do mundo.

AMANHÃ: Estadista firme e inflexível fundou a Universidade Complutense de Madrid: Cardeal Ximenes.

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