domingo, 7 de novembro de 2010

1105 FREDERICO II DA PRÚSSIA

1105 FREDERICO II DA PRÚSSIA

05 DE NOVEMBRO: Mês de Frederico, o democrático imperador da Prússia no calendário.

Frederico II, Imperador da Prússia.
O tipo humano homenageado dá o nome ao mês. O nome do mês é:

FREDERICO
Frederico II da Prússia, Frederico o Grande, Friedrich Der Grosse, Frederick The Great
(nasceu em 1712, em Berlim; morreu em 1786, em Potsdam, Alemanha)
IMPERADOR UNIU A ALEMANHA COM LIBERDADE E CULTURA SECULAR ILUMINISTA

O Calendário Histórico mostra a evolução multimilenar do homem por meio das maiores figuras humanas do melhoramento gradual da vida humana, devido ao progresso do conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os estadistas da nova civilização que antes obedecia as normas políticas dadas pelo conhecimento que era sobre as divindades e passa ao saber político firme comprovado sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais
Nesta semana da Política estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tiraram do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz. O rei Luis XI da França é o chefe da semana e a encerra.

FREDERICO II nasceu em Berlim em 1712, filho do rei Frederico Guilherme e neto de Frederico I. Como príncipe herdeiro, ele foi educado para ser um general na guerra e um cuidadoso administrador na paz. Mas ele mostrava preferência para a vida na sociedade, para a música e para a cultura francesa. Frederico dedicou-se logo com entusiasmo às atividades da administração e aos exercícios e técnicas de guerra. Ele casou-se em 1733. Nos tempos disponíveis, estudou filosofia, história e poesia. Correspondeu-se com os pensadores franceses, em especial com Voltaire. Escreveu o livro Antimachiavell, em oposição às doutrinas políticas do político e filósofo Machiavelli, onde Frederico defende o governo de paz e de cultura científica e artística.
Tornando-se imperador da Prússia aos 28 anos, em 1740, formou seu plano de governo com a manutenção da disciplina e os meios empregados por seu pai, mas com o ideal de aumentar o bem estar do seu país e deixar seus súditos contentes e felizes. Sua política não seria de enriquecer com o trabalho do povo, mas de fazer o país e seu povo mais rico. Frederico introduziu reformas importantes, como a abolição da tortura dos tribunais, chamada de tortura judiciária, então de uso geral na Europa. Fez proclamar a tolerância religiosa, dizendo: “que cada um seja livre de ir para o céu do modo como desejar”. A liberdade de imprensa foi amplamente praticada. No entusiasmo de Frederico pelo conhecimento e pela cultura ele convidou para sua corte Voltaire e outros pensadores importantes.
Ele afirmava que “um homem que procura pela verdade e que a ama deve ser considerado de muito valor em toda sociedade humana”. A ação de Frederico era muito original e voltou para ele a atenção de toda a Europa. Se ele não tivesse entrado em suas guerras, seria difícil imaginar a que ponto ele teria se aproximado de um governo ideal, tanto que ele foi altamente dotado de inteligência e de capacidade de ação.
Frederico foi um guerreiro, mas ninguém detestava mais a guerra do que ele. Ele sempre desejava a paz. Em 46 anos de seu reinado, ele passou 36 anos em tempo de paz. Na paz, ele esteve sempre, sem parar, ocupado em administrar seu reino seguindo as normas mais esclarecidas, as mais econômicas e mais lucrativas. Fiscalizava nos detalhes todos os ramos do serviço público, sabia o que cada um fazia em seu trabalho. A minúcia com que ele controlava tudo é quase inacreditável. Frederico levava suas próprias despesas ao mínimo. Ele não passava a maior parte do tempo no palácio, mas sim em sua casa de campo de Sans-Souci. Chegando à velhice, continuou a cumprir seus deveres de governo com uma paciência estôica até à morte.
Mas por que não se pode dizer que seu governo foi republicano? Sim, foi republicano, para o bem do público, bem do povo. Foi um imperador absoluto democrático, um governo para o bem do povo.
Frederico governou sem parlamento, não foi eleito, mas foi, na prática, o dirigente que colocou todas as suas forças para o bem comum, de todos. O governo unitário de um presidente ou um rei sem parlamento é, hoje, chamado de despótico, absoluto, autocrático. O que falsamente resultaria num governo autoritário sem liberdade.
Sempre se soube que o parlamento é um sistema que impede o governo de governar, que impede a governabilidade. É uma grande fonte de corrupção, que sempre mal visto pelo povo. Não há prova de que os parlamentares sejam indispensáveis para que possa haver uma verdadeira república democrática. Frederico mostra o espetáculo de um grande homem, culto, habilidoso, trabalhando como um escravo para o bem de seus cidadãos, para o bem do povo trabalhador.
A avaliação da vida de Frederico conduz a se ver nele um gênio prático que em capacidade política se aproxima de Júlio César e de Carlos Magno; um governo que fornece o melhor modelo de homem de Estado moderno, realizando o ideal de Hobbes, que foi a regra de manter a autoridade com ampla liberdade.
Autoridade e disciplina mantidas na administração material, mas desregulamentação com a liberdade de consciência, de opinião, de ensino, de religião. A invasão do governo político coercitivo na esfera da opinião, da consciência, da propaganda, é a principal característica do totalitarismo.
Frederico conheceu bem a noção mais importante na política moderna, a diferença entre o que é o governo dos atos, o poder temporal, e o que é o governo das opiniões, da consciência, que é o poder espiritual. E ele se manteve na sua própria esfera, somente na do governo dos atos, da atividade, apenas da administração material em meio da pluralidade de opiniões.
Não acreditando em deuses, nem na vida futura, é um exemplo brilhante e precioso do que os motivos puramente humanos, humanistas, podem produzir. Quando não são confundidos nem desnorteados pela direção rival de um objeto imaginário de amor e de adoração.

AMANHÃ: Cosme de Médicis o Velho, empresário industrial com dedicação social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário