terça-feira, 9 de novembro de 2010

1105 POLÍTICA MODERNA

1105 POLÍTICA MODERNA

05 DE NOVEMBRO.

Mês da Política Moderna.
Neste dia, no calendário humanista secular histórico,
a homenagem é para a PolítIca Moderna, comemorado com o 12º Mês.

Política Moderna

Neste dia, no calendário histórico de Augusto Comte a homenagem é para a Polítca Moderna.
Maiores políticos na modernidade, após o fim da cultura feudal e cristã, ao iniciar uma nova civilização industrial e científica.

O período moderno mostrado no calendário vai do fim da Idade Média nos anos 1200, século 13, até a Revolução Francesa nos anos 1700, século 18. É uma época de profundas e importantes modificações na civilização da Europa do Ocidente, a mais adiantada da sociedade humana, que a globalização hoje vai levando com o progresso e a riqueza a todos os países do planeta.
Nos anos compreendidos nessa fase histórica, teve fim o sistema de governo do feudalismo e da religião medieval. Verificam-se então, na história, dois movimentos, que ocorrem ao mesmo tempo. Um movimento é de destruição, de revolta. O outro movimento procura construir uma nova civilização para substituir tanto o sistema político dos feudos e como o sistema de conhecimento no ensino e na liderança da sociedade por meio da formação da opinião, antes feito pela religião.
O movimento de destruição se dá com a continuação e desenvolvimento dos conflitos que haviam começado durante a Idade Média entre os diversos componentes do sistema católico-feudal. Componentes como o sacerdócio de um lado, o governo político de outro. O poder temporal, político acabou vencendo o poder religioso como já era visível no fim dos anos 1200.
A vitória completa do governo material em todos os países da Europa estava completa no fim dos anos 1300. Os papas foram degradados pela sua remoção feita de Roma para Avignon na França, de 1378 a 1376. E ainda mais enfraquecidos pelo grande cisma de 1378 a 1417. Os papas perderam, então, a notável presidência internacional que possuíam na Europa do Ocidente. Passaram então a administrar as terras dos seus Estados Papais na Itália.
A majestosa unidade da Igreja Católica foi virtualmente rompida pela formação das várias igrejas católicas em cada nação, subordinadas ao governo local. Os padres logo sentiram que a direção religiosa imposta pelo papa de Roma passou a ser feita por uma opressão forte e contínua de seu rei.
A Igreja Católica, dessa forma atingida em sua exemplar organização, não foi mais por muito tempo capaz de enfrentar o ataque dos livres-pensadores. Esse ataque se fez, primeiro, pelo protestantismo.
O protestantismo tornou-se a religião da nação nas populações que não haviam sido incorporadas diretamente pelo antigo império romano, como os ingleses, holandeses, escandinavos e alemães do norte.
O catolicismo continuou oficialmente estabelecido nos outros países, como na Alemanha do sul, Polônia, Hungria e também em toda Europa que fala as línguas latinas. No entanto, mesmo nesses países o espírito negativo destruidor continua a se difundir e a atacar cada uma das instituições e cada doutrina do catolicismo. Os primeiros reformadores pensaram em tomar apoio na Bíblia, mas essa solução é mais insustentável do que as lições dos sábios sacerdotes do catolicismo.
O poder político material, com sua expansão, ficou vitorioso e pela primeira vez, depois da queda do Império Romano, o Estado dominou todas as outras forças. O poder militar que dominava a Idade Média tornou-se uma tropa assalariada pelo governo temporal.
A passagem da civilização militar para a civilização industrial foi feito durante a Idade Média, que transformou os escravos antigos em servos dos barões e fez dos servos da Idade Média os trabalhadores livres da modernidade. Essa foi a maior das revoluções políticas já feita.
O movimento revolucionário de destruição fez a sociedade avançar até a anarquia pura, até chegar à Revolução Francesa de 1789. Após a revolução, o progresso das ciências e da técnica levou os intelectuais a aperfeiçoar os métodos de governo e até a criar as novas ciências sociais.
O governo político passou então a manter a ordem e a liberdade para o pensamento criador desenvolver uma política científica para a ordem, pela paz, e para o progresso, pela liberdade.
Para compreender o problema sociológico e político de nossos dias é obrigatório que o pesquisador conheça bem a história do final da Idade Média e as profundas mudanças que houve na sociedade européia, a mais adiantada civilização do mundo, na época. Fica bem claro que um estudioso que seja religioso, católico ou não, dificilmente poderá entender o problema político da modernidade nem conseguirá descobrir as leis científicas que possam governar o progresso da sociedade, por falta de imparcialidade. Só um pesquisador leigo, secular, poderá fazê-lo.
O mês dedicado à comemoração da política moderna coloca o elevado exemplo do Imperador Frederico II da Prússia como representante esclarecido do governo moderno, com a indispensável unidade de comando, mas defensor da plena liberdade de consciência e da cultura em todos os seus aspectos.
Frederico II é o modelo de governo do soberano leigo, secular, que ofereceu disciplina, justiça e plena liberdade, na manutenção da ordem material dentro da desordem das opiniões na modernidade.

AMANHÃ: Cosme de Médicis o Velho.

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