sexta-feira, 12 de novembro de 2010

1113 BARNEVELDT

13 DE NOVEMBRO. Jan van Olden Barneveldt: Grande Republicano na luta pela independência da Holanda.

13 DE NOVEMBRO Neste dia, no calendário histórico de Augusto Comte, no mês da POLÍTICA MODERNA, o MÊS DE FREDERICO, de 05 de NOVEMBRO a 02 de DEZEMBRO, o tipo humano homenageado na semana de Guilherme o Taciturno de 12 a 18 de novembro é:

BARNEVELDT
Jan van Olden Barneveldt
(nasceu em 1547, morreu em 1619)

ESTADISTA HOLANDÊS FEZ RECONHECER A INDEPENDÊNCIA DA NAÇÃO

O Calendário Histórico mostra a evolução multimilenar do homem por meio das maiores figuras humanas do melhoramento gradual da vida humana, devido ao progresso do conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os estadistas da nova civilização que antes obedecia as normas políticas dadas pelo conhecimento que era sobre as divindades e passa ao saber político firme comprovado sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais
Nesta semana da liberdade religiosa os sete grandes tipos humanos viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras de religião. São protestantes ou simpatizantes, mas não beatos. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.

Por Ângelo Torres

BARNEVELDT nasceu em Amersfoort em 1547, e teve a formação de advogado. Durante a revolta da Holanda contra o domínio da Espanha, ele se destacou como um lutador militante pela independência da nação.
Ele tornou-se primeiro ministro de Rotterdam em 1576 e em 1579 colaborou na formação da União de Utrecht. Essa União foi uma aliança formada por um tratado entre todos os territórios do norte e alguns do sul dos Países Baixos, em 1579. Mais tarde a parte do norte tornou-se a Holanda e a parte do sul tornou-se a Bélgica. Ele foi importante em convencer a Holanda a aceitar a liderança de William, príncipe de Orange.
Em 1584, depois do assassinato de William I, Barneveldt apoiou o filho de William, Maurício de Nassau, em sua carreira política. Barneveldt persuadiu a assembléia a nomear Maurício, o segundo filho de William I, como Stadtholder da parte norte dos Países-Baixos. Maurício tinha então 17 anos.
O grande resultado da longa carreira política de Barneveldt foi o tratado feito com a Espanha em que a independência dos Paises Baixos foi reconhecida, terminando assim a guerra da independência, em 1609.
Ao negociar o pacto da independência, Barneveldt criou a inimizade de poderosos grupos contrários à Espanha, porque o tratado favorecia o partido republicano de Barneveldt e a classe de comerciantes. Maurício de Nassau e o clero calvinista estavam nesses grupos, que sentiram que os espanhóis teriam tirado vantagem da paz para fortalecer as forças republicanas. O conflito político se misturou com a oposição entre duas facções dentro do Calvinismo, o Arminianismo contra o Gomarismo. Os republicanos, entre eles Barneveldt, apoiavam o Arminianismo ou Remonstrant, na Holanda. As outras províncias do país e Maurício de Nassau ficaram do lado do Gomaristas ou Altos Calvinistas.
Durante o embate, em agosto de 1617, o legislativo de província da Holanda, a parte mais rica e importante da União dos Países Baixos, votou o boicote ao Sínodo, uma assembléia religiosa, convocada pelos Estados-Gerais, a assembléia legislativa da União. Como castigo contra o boicote e outros desafios por parte da província da Holanda, o governo central ordenou que Maurício de Nassau e um contingente de tropas invadisse a província da Holanda.
Os holandeses da província não ofereceram resistência e Barneveldt com seus aliados mais chegados foram presos. Ele foi levado a julgamento diante de uma comissão apontada pelo governo central em fevereiro de 1619 e foi falsamente acusado de traição em 12 de maio. Depois de um julgamento em que lhe foi negado um advogado, ele foi condenado e executado por decapitação no dia seguinte, 13 de maio de 1619, com a idade de 77 anos.
Se William I, o Taciturno, pôs as bases da independência dos Países Baixos, a glória de sua realização completa é devida a Barneveldt, advogado geral e primeiro ministro do país. Nos anos iniciais da guerra contra a Espanha, uma luta do pequeno país contra o mais poderoso governo da Europa na ocasião, ele combateu com bravura.
Os talentos políticos e diplomáticos de Barneveldt eram da mais elevada categoria e durante 34 anos, de 1584 a 1618, depois do assassinato de William I, sua influência sobre a assembléia dos Estados-Gerais colocou-o como o chefe virtual das províncias unidas dos Países-Baixos.
Barneveldt era republicano, do partido da tolerância religiosa. Ele tinha como divisa “Nil scire tutissima fides” que significa ser mais seguro pensar que nós nada sabemos. Ele foi o grande político da gloriosa luta pela independência da Holanda.

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