quinta-feira, 11 de novembro de 2010

1111 LUÍS XI

11 DE NOVEMBRO.
Rei Luís XI de França: Crimes punidos e nobres decapitados para assegurar a paz e a prosperidade.

LUÍS XI
Louis XI, rei da França
(nasceu em 1423, em Bourges, França; morreu em 1483, em Plessis-les-Tours, França)
REI FRANCÊS ENCERROU 0 FEUDALISMO E PROMOVEU A INDÚSTRIA E COMÉRCIO

O Calendário Histórico mostra a evolução multimilenar das faculdades humanas por meio das maiores figuras históricas do melhoramento gradual da vida humana. Obtido pelo progresso dos sentimentos, do conhecimento científico e da técnica que prepara a nova civilização industrial moderna. São os estadistas da nova civilização antes obedientes às normas políticas dadas pelo conhecimento apoiados nas divindades e passa ao saber político firme comprovado sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais
Nesta semana da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado em comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tiraram do papa e dos padres muitas das funções religiosas. O rei Luis XI da França é o chefe da semana e a encerra.

LUÍS XI era filho do rei Charles VII da França e de sua esposa Maria d’Anjou. Quando nasceu, os ingleses ocupavam uma grande parte da França, passando a maior parte de sua infância em Loches, na Turaine.
Feio e gordo, ele cresceu em austera reclusão e tornou-se dado aos segredos, sem graça e supersticioso. Mas era também religioso, inteligente e bem informado. Tornou-se um diplomata agudo e grande guerreiro, hábil comandante na lealdade. Ficou conhecido como a “aranha universal” por causa de suas continuadas intrigas e invenções. Por suas habilidades, ele se achava a personificação da consciência da nação francesa, chegando a dizer a seus súditos rebeldes: “Eu sou a França”.
Durante a Idade Média houve uma luta constante no ocidente da Europa entre os dois elementos do poder político temporal, o poder central dos reis de um lado e o elemento local, feudal, dos grandes barões, seus vassalos, do outro. Aos poucos os governos locais se fundiram em grandes aglomerados onde um só governo nacional passou a ter as funções militares, civis e políticas. Esse movimento já havia começado antes do fim dos anos 1200, século 13. No fim dos anos 1400, fim do século 15, a luta já tinha sido ganha pela concentração do poder, mas só foi completamente terminada na última parte dos anos 1600.
Na França, como na maior parte da Europa, a ação desse movimento de concentração do poder foi feita pelos reis. Luís XI, como rei, de 1446 a 1483, continuou a política de seus maiores antecessores com uma coragem indomável, uma perseverança a toda prova e um gênio político de primeira ordem.
Logo no início do governo ele se apressava e procurava abater todos os barões adversários ao mesmo tempo, irritando as classes industriais com pesados impostos. Depois de sérios conflitos, passou a dar apoio às classes pacíficas e industriais, cuidando e apoiando seus interesses. Misturava-se ao povo de Paris, sentava-se às suas mesas, servia de padrinho a seus filhos, deixando de lado toda pompa e toda cerimônia e até mesmo se vestindo da mais simples maneira.
Luís XI não se envergonhava de reparar um erro logo que reconhecia seu engano. Manteve sempre seus planos contra a pulverização do poder do feudalismo, que os príncipes tentavam restabelecer. Mas, em vez de atacar todos os seus súditos ao mesmo tempo, agora os vencia um por um, em separado. No momento em que acabava com um, ele agradava cada um dos outros até que sua vez chegasse.
Ao tornar-se rei, Luís XI deixou seu gosto pela guerra para preferir sempre as negociações e a política. Nos momentos críticos, no perigo, o seu vigor se desenvolvia e sua inteligência se aguçava. Philippe de Comines, seu ministro, disse dele: “Nunca vi um homem tão sagaz na adversidade: se ele recua, é para melhor atacar”.
No conjunto, durante o seu reinado, ele colocaou 11 províncias debaixo do seu controle, assim assegurando a unidade da França e sua predominância na Europa. Importante serviço prestado ao seu país foi também o estabelecimento da ordem, sua boa administração, as reformas financeiras e judiciárias, o encorajamento dado à indústria e ao comércio. Luís XI efetuou, tentou ou projetou todas as inovações da França moderna. É de seu reinado que a diplomacia foi posta em ação, como o expediente moderno que substitui a função internacional que o papado realizava na Idade Média.
Alguns historiadores criticaram sua crueldade, sua falsidade e sua superstição. Nobres turbulentos como Saint-Pol e Armagnac foram decapitados. Ministros traidores, como o Cardeal La Balue, foram presos por longos anos em gaiolas de ferro; crimes vulgares foram punidos severamente em todas as classes. Mas essa severidade é que permitiu ao país progredir durante a maior parte dos anos 1400, assegurando a paz e a prosperidade aos trabalhadores e àqueles que cumpriam a lei.
Luís XI tinha uma saúde delicada e a arteriosclerose finalmente o afetou. Nos últimos 3 anos viveu sem sair, em Plessis-les-Tours, na Turaine, onde morreu em 1483. Ele encarava a morte com uma grande coragem. Seus pensamentos e seus esforços até o fim da vida são a prova de que não pensava na salvação de sua alma, mas pensava sempre em sua pátria.

AMANHÃ: Jurista elevado a Chanceler da França realizou a tolerância religiosa no governo: Michel de L’Hospital ou L’Hôpital.

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