segunda-feira, 30 de julho de 2012

0810 B E MERCOEUR E SHELLEY o culto da nobre poesia e o triunfo da unidade humana


10 DE AGOSTO:  a poesia revolucionária de Elisa Mercoeur e de Shelleu

ELISA MERCOEUR E PERCY SHELLEY

A POETISA FRANCESA E O POETA ROMÂNTICO INGLÊS


ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


ELISA MERCOEUR
(nasceu em 1809, em Nantes; morreu em 1835, em Paris)

POETISA FRANCESA GRANDE GÊNIO FAMOSA POR SUA CULTURA E PRECOCIDADE

ELISA MERCOEUR publicou seus poemas antes mesmo de ter 17 anos de idade. De acordo com as Memórias escritas por sua mãe, ela já escrevia contos e comédias. Aos oito anos falava em compor uma tragédia em 5 atos e em versos para a Comedie-Française. Aos 12 anos Elisa dava a seus colegas mais jovens aulas de história, de geografia, de redação, de inglês, francês e de outros assuntos. Aos 13 anos já teria traduzido o poeta Milton completo.
Depois da publicação de seus poemas recebeu aplausos de Chateaubriand, Lamartine e de vários outros críticos e poetas, além da popularidade geral. Em 1827 Elisa foi recebida pela Academia de Lion e no ano seguinte pela Academia de Nantes.
Foi obrigada a trabalhar no jornalismo para sobreviver e morreu doente em 1835 com a idade de 26 anos. Seu túmulo no cemitério do Père Lachaise mostra alguns de seus versos e tornou-se um lugar de peregrinação para os jovens amantes da poesia.

SHELLEY
Shelley, Percy Bysshe
(nasceu em 1792, no Sussex, Inglaterra; morreu em 1822, no mar, ao largo de Livorno, Itália)

POETA ROMÂNTICO INGLÊS NA REVOLUÇÃO DO IDEAL DO AMOR E DA JUSTIÇA SOCIAL

SHELLEY [diga Chi’-li] desde sua juventude demonstrou ser um poeta revolucionário, anunciando desde logo uma filosofia e uma religião puramente humana. Foi expulso da Universidade de Oxford por ter divulgado um panfleto com o nome “A necessidade do Ateísmo”. Pelo mesmo motivo foi afastado de sua família.
Em 1817 Shelley foi declarado pelo governo inglês incapaz da guarda de seus filhos. Esse fato e o mau estado sua saúde fizeram com que resolvesse sair da Inglaterra. Partiu com a esposa para a Itália, onde levou uma vida errante, mantendo amizade com Lord Byron. Em 1822 morreu afogado na baia de Spezzia, onde seu navio sossobrou durante uma tempestade.
Shelley representa em essência a revolução francesa de 1789. É importante em sua obra que sentiu que a crise da sociedade na época era de caráter universal e não local. Mas reconheceu as calamidades que resultaram da revolução. Sua grande cultura e seu gênio poético permitiram que colocasse em sua crença revolucionária formas novas de arte e graça propondo uma filosofia da razão.
A rebelião contra toda autoridade, especialmente à dos padres e dos reis, o martírio, as esperanças triunfantes de renascimento futuro de unidade humana são os temas de seus versos inflamados. A eles junta uma doce emoção, uma ternura em relação à mulher, o culto à natureza, um sentimento apaixonado pela nobre ação da arte e do belo em todas as suas formas.
Será sempre lembrado por seus versos sobre a imortalidade que a continuidade social nos assegura e por sua previsão do progresso e do poder da ação coletiva da humanidade.


AMANHÃ: Um poeta revolucionário moderno, partidário de Satan: MILTON.

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