sábado, 28 de julho de 2012

0805 B PETRARCA o soneto moderno em novo formato com clássicos gregos e romanos


05 DE AGOSTO: PETRARCA na modernização da poesia e na influência feminina na arte



COMEÇA A
QUARTA SEMANA DO 8º MÊS  EPOPÉIA MODERNA

LUNEDIA=segunda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta; JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.

Agosto
Ano comum=C/ B=bissexto
     C/ B


PETRARCA


0805 B  PETRARCA  o soneto moderno em novo formato com clássicos gregos e romanos

05 DE AGOSTO: PETRARCA na modernização da poesia e na influência feminina na arte

PETRARCA
Francesco di Parenzo Petrarca, Petrarch
(nasceu em 1304 em Arezzo, Toscana, Itália: morreu em 1374, em Arquà, perto de Pádua, Carrara, Itália)

GRANDE POETA FLORENTINO FUNDADOR DA RENASCENÇA CLÁSSICA NA ITÁLIA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


FRANCESCO PETRARCA nasceu em Arezzo em 1304. Seu pai foi Pietro de Parenzo, chamado de Petrarco, que era tabelião no tribunal de Florença. O pai foi banido de sua cidade por fazer parte do partido Branco, pelo mesmo decreto de 1302 que exilou Dante. Francesco nasceu em Arezzo durante o exílio de seu pai. Ele estudou em Florença e em Pisa, indo depois para Avignon, que estava então governada pelo rei de Nápoles e era a sede do papa, então expulso de Roma.
Desde sua infância, Petrarca se dedicou com paixão ao estudo literário. Estudou em Montpelier e em Bolonha e mudou seu nome para Petrarca. Quando seu pai morreu, ele retornou a Avignon e entrou para a igreja tomando as ordens menores de religioso e tornou-se um protegido do influente cardeal Giovanni Colonna. Ficou logo conhecido por seu grande saber e pela elegância de sua cultura.
Durante 14 anos, o brilhante estudante se absorveu pelas letras latinas e pela poesia lírica, vivendo em Avignon ou se retirando para perto de Vaucluse e fazendo viagens a Paris, Flandres, ao Reno e a Roma.
Petrarca tinha 23 anos quando se encontrou pela primeira vez com Laura, a misteriosa inspiradora de toda sua vida, a quem ele endereçou seus SONETOS. Não se conhece quem era a dama desconhecida que foi o alvo de seu amor. Sabe-se que ela era casada, de boa reputação. O poeta não parou de ter por ela uma ardente paixão durante 20 anos, até que ela morreu em 1348.
Com a idade de 35 anos,
“NEL MEZZO DEL CAMMIN DI SUA VITA” (no meio do caminho de sua vida), Petrarca foi coroado como poeta laureado em Roma, no Capitólio.
Depois dessa época o poeta passou sua vida nas cortes, em embaixadas, nas sociedades cultas da Itália, em correspondência contínua com os sábios de todos os países ou em seu retiro campestre de Vaucluse e de Arquà, perto de Pádua.
Petrarca tinha um grupo de amigos literários e de protetores entre os nobres e reis. Colecionava manuscritos antigos, clássicos, moedas, livros e produziu uma série extraordinária de cartas, epopéias, tratados, ensaios, discursos e meditações filosóficas.
Ele foi encontrado morto no meio de seus livros, em julho de 1374, aos 70 anos de idade. Seus restos repousam num sarcófago de mármore vermelho que se pode ver, bem como sua casa, na vila de Arquà que domina a planície arborizada entorno de Pádua.
Petrarca foi, a todos os respeitos, o primeiro e o melhor dos humanistas, o verdadeiro inspirador da renascença clássica, o fundador da literatura realmente moderna.
Muito apreciado é o verso de seus “SONETOS” em que Petrarca exalta a influência feminina sobre seu admirador: ...aquela dama que
         “OGNI BASSO PENSIER DAL COR M’AVULSE”,
ou seja, aquela dama “que me tira do coração todo baixo pensamento”.
Petrarca com justiça considerado o primeiro poeta moderno, aperfeiçoou o formato do soneto e influenciou profundamente a arte poética. Foi também um dos primeiros humanistas a fazer justiça à cultura dos gregos e dos romanos antigos, trazendo para a modernidade muitos dos autores clássicos esquecidos.
Ele é o membro da nova classe de formadores de opinião surgida após a Idade Média, ao fazer a direção da produção e divulgação do conhecimento antes realizada pelos sacerdotes cristãos, os respeitáveis promotores da cultura medieval. Notando-se que os próprios padres promoveram a necessária mudança.

AMANHÃ: Autor religioso católico adotado por protestantes, agnósticos e até por livre-pensadores:Tomás de Kempis.

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