quinta-feira, 30 de setembro de 2010

0929 FIELDING

0929 FIELDING

29 DE SETEMBRO. Fielding: O primeiro criador consciente da epopéia em prosa.

FIELDING
Henry Fielding
(nasceu em 1707, em Sharpham Park, Somerset, Inglaterra; morreu em 1754, em Lisboa, Portugal)
GENIAL DRAMATURGO PIONEIRO DA TRADIÇÃO NOVELISTA NA INGLATERRA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana
depois da Idade Média, por meio da idealização artística leiga. A arte então saiu dos palcos das igrejas
e do controle dos sacerdotes criando novo conhecimento que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna.

FIELDING era filho do general Fielding, que serviu com distinção sob as ordens de Marlborough. Sua mãe era Sarah, filha de Sir Henry Gould um dos juizes do tribunal da rainha da Inglaterra. Henry Fielding nasceu em Sharpham-Park em 1707.
Ele pertencia a uma família nobre, sendo bisneto de William, conde de Denbigh, soldado do rei Charles I, de origem dos condes de Habsbourg. Geoffroy de Habsbourg foi para a Inglaterra ao tempo de Henrique III e tirou o nome de Fielding do feudo de seu pai em Rhinfilding. Essa é a origem dos condes de Denbigh.
Henry era o filho mais velho do general Fielding. Foi educado em Eton e depois estudou direito na Universidade de Leyde. Retornou a Londres aos 20 anos de idade e se tornou advogado.
Logo ele se mergulhou dissipação da vida mundana e pagava suas despesas escrevendo peças de teatro e outras obras literárias sob pagamento. Ele justificava dizendo que só tinha uma escolha: ou serei um escritor de aluguel ou um cocheiro alugado.
Durante dez anos ele escreveu para o teatro sob a pressão da necessidade e do pagamento de seus prazeres. Essas peças têm alguma criatividade, mas exceto em farsas como o Tom Thumb, nada indica o que Fielding produziria quando chegasse a maturidade.
Em 1635 Fielding casou-se com Charlotte Cradock, de Salisbury que possuía uma pequena fortuna. Ela seria retratada em suas peças com os nomes de Sophie e de Amelie. Ele a amava com paixão e quando ela morreu em 1743 ele sofreu muito, e seus amigos chegaram a se preocupar pela sua saúde mental, com razão.
Fielding publicou sua imortal história de Tom Jones em 1749, então com 42 anos de idade. No ano anterior, em 1748, ele havia sido nomeado magistrado no tribunal de Bow Street e presidente da corte trimestral. Ele se mostrou um juiz enérgico e eficaz na prevenção e punição dos crimes, mantendo-se gentil mas enérgico.
Uma criança abandonada - é a história de Tom Jones. Nela a grande quantidade de personagens mostra a vida de alto e de baixo nível na cidade de Londres e nas províncias inglesas. O herói tem um caso de amor até que afinal consegue casar. Mas numerosos obstáculos deverão ser vencidos com as viagens de uma parte da nação para a outra, então mostrando uma viva imagem da Inglaterra por volta de 1750. Os personagens são de vários tipos, uns amorosos, outros mal intencionados, ou humorísticos, outros virtuosos, estes necessários para um final feliz.
A novela é marcada por mudanças no clima, entre humor, sofrimento e romance, sempre com diálogos rápidos e fáceis. O autor deixa claro em seu prefácio que se preocupa com o planejamento da novela. Essa a razão de ser a história de Tom Jones uma obra-prima. Um empolgante resultado de engenharia literária.
A leitura do Tom Jones é indispensável para entender a Inglaterra dos anos 1700 e para sentir a generosidade e o amor de Fielding pelo gênero humano.
Em 1751 ele publicou Amelie. Então foi acometido de doenças e os últimos anos de sua vida foram uma luta valente contra o sofrimento. Mas ele manteve sua tarefa de escritor e não perdeu seu zelo como juiz. Em julho de 1754 ele embarcou com sua segunda mulher para tratamento médico em Lisboa, onde morreu em outubro desse ano, na idade de 47 anos. Ele repousa no cemitério inglês de Lisboa num túmulo cuidadosamente conservado.
Fielding foi o herói de seus livros. Ele era grande e robusto; sua figura era bela, viril, nobre; até seu último dia ele conservou uma aparência de grandeza, e, embora esgotado pela doença, seu aspecto e sua presença impunham respeito em sua volta.
A história de Tom Jones tem sido recomendada como leitura até nossos dias. Como pintura de costumes é na verdade raro; é uma maravilha de estrutura: a sabedoria, o poder de observação, a feliz variedade de lugares, de pensamentos e de caracteres dessa grande epopéia cômica prendem o leitor pela admiração e mantém sempre alerta a sua curiosidade.
A obra-prima de Fielding coloca o autor como o verdadeiro pai da epopéia em prosa e foi o seu primeiro criador consciente.


AMANHÃ: A invenção e a glória de colocar junto o que é sábio e o que é louco: a comédia de Molière.


Nenhum comentário:

Postar um comentário