segunda-feira, 6 de setembro de 2010

0905 DUHAMEL

0905 DUHAMEL


05 DE SETEMBRO. Duhamel: Grande botânico e agrônomo, um dos mais instruídos homens de seu tempo.

Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE GUTENBERG, DA INDÚSTRIA MODERNA, de 13 de AGOSTO a 09 de SETEMBRO, o grande tipo humano homenageado na semana de Montgolfier de 03 até 09 de setembro, é:

DUHAMEL
Duhamel de Monceau, Henry-Louis Duhamel de Monceau
(nasceu em 1700, em Paris; morreu em 1782, em Paris)

SÁBIO FILÂNTROPO, GRANDE ENGENHEIRO FUNDADOR DA SILVICULTURA E AGRONOMIA MODERNAS

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

Duhamel foi um sábio no Século das Luzes, o século 18. Ele foi um apóstolo das ciências, o explicador das ciências junto ao trabalhador. Sua amabilidade e sua capacidade de sintetizar o saber fizeram dele um dos grandes engenheiros da construção naval, da tecnologia da madeira, da botânica florestal, da silvicultura, da agronomia e da indústria agroalimentar, da saúde pública. É o modelo do homem de ciência e de técnica do século 18.
DEHAMEL DU MONCEAU nasceu em Paris em 1700. Sua família, de origem holandesa, estabeleceu-se em Gatinas no século 15. Logo após sua preparação escolar, ele freqüentava com assiduidade o jardim botânico, estudando as plantas. Ele fez amizade com o famoso botânico Bernard de Jussieu e com os naturalistas, consagrando-se ao estudo da História Natural.

Uma doença que se manifestou na planta do açafrão cultivado na sua província chamou a atenção de Duhamel. Ele fez a descoberta do parasita que dava origem à doença. A memória que descreveu essa descoberta abriu para ele as portas da Academia de Ciências de Paris
A partir dessa época, Duhamel se dedicou ao estudo dos fatos relativos ao desenvolvimento dos vegetais. Interrompia essa tarefa quando outros problemas urgentes se apresentavam. Fez pesquisas sobre o desenvolvimento dos tecidos nos animais, e dos seus ossos.
Duhamel dirigiu suas observações a todas as partes da agricultura, da preservação dos grãos contra a umidade e contra os insetos, sobre o valor dos diversos adubos, o enxerto das plantas, sobre a introdução de novas plantações, como do ruibarbo, da maçã, sobre a meteorologia relativa à vegetação e sobre muitos outros temas.
Em 1758 Duhamel publicou sua grande obra sobre a arte florestal, contendo os resultados de suas pesquisas anteriores, aumentadas de um grande número de observações novas. Nela ele trata do movimento duplo da seiva no vegetal, da formação de novos bosques, da estrutura dos galhos e das raízes das plantas, da influência do ar e do solo sobre o desenvolvimento da árvore e de temas outros. Essa massa de dados científicos foi recolhida com um sentido essencialmente prático. No seu tratado ele examina com cuidado o valor de cada tipo de madeira para as diferentes aplicações. Também indica os cuidados a dar às árvores frutíferas e às vinhas na produção da uva e do vinho.
O superior conhecimento das madeiras levou o governo a nomear Dehamel como Inspetor Geral de Marinha, os navios então sendo feitos de madeira. Ele entregava a outros os cálculos matemáticos do ramo. Ele fundou uma escola especial de construção de navios. Ele aperfeiçoou a fabricação das cordas usadas na marinha, reduzindo a torção que era então usada. Duhamel realizou importantes aperfeiçoamentos na ventilação dos porões dos navios, especialmente utilizando fornos de cozinha como meio de introduzir renovação de correntes de ar em todas as partes do navio.
Em muitas de suas investigações, Duhamel recorreu à ajuda de seu irmão, que morava nas terras da família. Ele dirigia as granjas-modelo e plantações feitas com os planos de Duhamel. Seu irmão foi um modelo de grande proprietário, um conselheiro e benfeitor para os trabalhadores de toda a vizinhança.
Duhamel morreu em Paris em 1782, com 82 anos de idade. Ele foi um dos mais instruídos homens de seu tempo. Universalmente reconhecido como grande botânico e agrônomo, ele foi um dos colaboradores da ENCYCLOPÉDIE de Diderot e presidente da Academia de Ciências de Paris.

AMANHÃ: A meteorologia moderna de Saussure no calendário.

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