sexta-feira, 24 de setembro de 2010

0925 MADAME DE MOTTEVILLE

0925 MADAME DE MOTTEVILLE

25 DE SETEMBRO. Madame de Motteville: A memória política da Europa no século 17.
Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE SHAKESPEARE, do Drama Moderno,
de 10 de SETEMBRO a 07 de OUTUBRO, o grande tipo humano homenageado na semana de Molière, de 24 a 30 de setembro é:
MADAME DE MOTTEVILLE
Françoise Bertaut de Motteville
(nasceu cerca 1620, morreu em 1689)
ESCRITORA DA MEMÓRIA POLÍTICA EUROPÉIA DO SÉCULO 17
Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana
depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

MADAME DE MOTTEVILLE, Françoise Bertaut, registrou em suas memórias cheias de graça e de sensibilidade a história da corte real da França, de Richelieu e de Mazarin. Ela nasceu cerca de 1521 na família Bertaut, bem relacionada na corte real e na Igreja oficial. Seu pai é um nobre da Câmara Real; seu tio é o bispo Bertaut, poeta conhecido. Sua mãe, de família nobre da Espanha, muito ligada à pessoa da rainha Ana da Áustria e sua secretária particular.
Por meio de sua mãe, a jovem Françoise foi destinada ao serviço da rainha Ana desde sua infância, em 1528. Mas o cardeal Richelieu, para evitar a reunião de espanhóis no palácio, insistiu para que a inteligente criança ficasse longe da corte. Ela foi então para a Normandia aos 10 anos de idade. Lá foi educada com grande cuidado e com excelente formação.
Em 1639, com 18 anos de idade, casou-se com Langlois de Motteville, presidente do Tribunal de Contas da Normandia, de 80 anos, mas com saúde e vigor, então viúvo pela segunda vez. Françoise aceitou de boa fé essa união mal escolhida e teve uma conduta correta. Depois de dois anos do casamento ela ficou viúva. Resolveu conservar sua liberdade e não mais se casou.
Logo após a morte de Richelieu e do rei Luis XIII, Mme. de Motteville retomou seu lugar junto à pessoa da rainha Ana da Áustria, então regente do reino, em 1643. Oficialmente tinha a posição de dama da Câmara da rainha, mas seu papel real era o de sua confidente.
Ela permaneceu na corte por 23 anos, até a morte de sua protetora em 1666. Então ela se retirou do mundo e consagrou sua vida às obras de caridade e a escrever suas Memoires, Memórias, que, então, completou.
Françoise de Motteville pertenceu ao círculo social de Madame de Sevigné. Depois de uma vida de discrição e bondade exemplares, ela morreu em 1689, com a idade de 68 anos.
As Memórias foram publicadas pela primeira vez em 1723 em cinco volumes. Elas contam a história íntima da corte real da França de 1614 a 1666, entrando em curiosos detalhes sobre a vida de Ana da Áustria depois de seu casamento com o rei Luis XIII da França. Ana é filha do rei Philippe III da Espanha sendo o centro das lembranças que foram anotadas por Françoise como forma de guardar a descrição de sua rainha.
As Memórias escritas por Françoise de Monteville têm sua leitura recomendada até nossos dias, por seu valor histórico confiável.
Madame de Motteville foi a confidente ideal para um soberano: era discreta, mas apresentava reticências prudentes; era observadora, investigante, laboriosa, sendo paciente e mantendo o controle completo sobre si mesma. Não faltava jamais ao devotamento à sua rainha e à honra e ao respeito de si mesma.
Os registros de Madame de Motteville são o ensinamento e o julgamento de uma mulher calma, clarividente, sincera, colocada durante toda uma geração no centro da política européia, tendo assim um alto valor documental. São a pintura dos costumes e dos atores da época.


AMANHÃ: As mais belas cartas em toda a literatura, em estilo simples e engenhoso: Madame de Sévigné.

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