sexta-feira, 10 de setembro de 2010

0910 LOPE DE VEGA

0910 LOPE DE VEGA


10 DE SETEMBRO. LOPE DE VEGA: A Idade de Ouro da literatura espanhola leiga, secular.

Neste dia, no calendário humanista histórico de Augusto Comte, no MÊS DE SHAKESPEARE, DO DRAMA MODERNO, o grande tipo humano homenageado é:

LOPE DE VEGA
Lope Felix de Vega Carpio, El Fénix de España
(nasceu em 1562 em Madrid; morreu em 1635, em Madrid)

POETA E ESCRITOR FUNDADOR DO TEATRO ESPANHOL

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

LOPE DE VEGA nasceu em 1562 em Madrid. Seu pai era um nobre empobrecido, um poeta que morreu quando seu filho era ainda criança. Lope tinha um caráter aventureiro e audacioso, com grande facilidade de falar. Foi educado por seu tio, um padre da Santa Inquisição, que o instruiu adequadamente na literatura e em filosofia no colégio imperial de Madrid e, mais tarde, na Universidade de Alcalá.
Voltando para Madrid, Lope se tornou secretário do duque de Alba, neto do governador dos Paises-Baixos. Ele se casou e se dedicou a escrever literatura. Devido a um conflito com a autoridade, ele foi exilado para Valência. Lá havia um teatro rústico em formação, para o qual ele escreveu sua primeira peça. Em 1588 ele entrou como soldado na Armada Espanhola.
Lope serviu a bordo do navio SAN-JUAN onde seu irmão, um dos oficiais, morreu em seus braços após uma batalha. Ele escreveu um de seus mais longos poemas a bordo do navio, durante as tempestades e as lutas da expedição marítima. O que mostra a capacidade de trabalho de Lope de Vega.
Em 1609, viúvo duas vezes, após dois casamentos, tornou-se padre, familiar com a Inquisição e chegou a capelão da ordem religiosa. Mas suas obrigações religiosas não impediram que continuasse a escrever suas peças teatrais. Como padre ele produziu mais ainda do que o fazia antes.
A história da arte não registra algum outro gênio tão fecundo. São atribuídos a ele 1800 peças teatrais e 400 autos. A maior parte foi perdida, e provavelmente não foram publicadas. Mas o que restou, junto com outros poemas, completa 18 volumes. Um amigo contou que cinco de suas comédias foram escritas em quinze dias.
Para Lope de Vega sua arte de escrever para teatro, sua dramaturgia, ou dramatologia, se destinava a agradar o público, não importando o modo de fazê-lo. O interesse que ele desperta em suas peças repousa sobre acontecimentos complicados, cheios de energia e vivacidade, de extrema ação, muito mais do que sobre a análise profunda do perfil de seus personagens.
As peças teatrais refletem a vida da nação e da época, e o que se vê, apesar de seus enganos, não é sórdido nem vulgar. Elas deslumbram por seu colorido e seu movimento, são valentes, elevadas, cheias de paixão e de alegria.
Três das peças de Lope de Vega são ainda especialmente recomendadas até hoje: O CÃO DO JARDINEIRO, ORA RICO ORA POBRE e O AMOR NUMA CASA DE LOUCOS. Neste último drama, um fugitivo interna-se como louco num hospício, fazendo crer que é maluco. Uma jovem, depois de assaltada por uma empregada, é deixada sem roupa na rua, até que a levam para o hospício como louca. Uma paixão amorosa acontece entre ela, o fugitivo e uma jovem sobrinha de um dos funcionários do hospício. O autor provoca na peça um turbilhão de cenas dramáticas, onde o amor, os ciúmes e a loucura, de verdade e de mentira, se encadeiam lado a lado.
A atividade de Lope de Vega em todos os ramos da literatura política, heróica e satírica, como em seus dramas, se mantém até o fim de sua vida, em 1635.
Lope de Vega faz parte da IDADE DE OURO da literatura espanhola, ocorrida do fim dos anos 1500, no século 16 e durante os anos 1600, no século 17. Essa fase faz parte do rápido crescimento, em toda a Europa, da atividade intelectual na arte, na ciência e na filosofia, no que é chamado de Renascença. As artes, que antes eram feitas dentro das igrejas e dirigidas pelos sacerdotes, passou a sair das mãos dos religiosos para sempre. O que acontece com o fim da civilização do feudalismo e da religião da Idade Média e com a gradual criação da nova civilização industrial e científica.

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