domingo, 26 de janeiro de 2014

0127 C HARUN AL RASHID grande rei árabe protetor da arte e da ciência

27 DE JANEIRO: Harun-Al-Rashid célebre califa árabe imperador do luxo e da riqueza

HARUN-AL-RASHID
Harun ar-Rashid, Haroun-al-Raschid, Aaron o Justo
(nasceu em 763, em Ravy, Iran; morreu em 809, em Tus

CALIFA CÉLEBRE NO AUGE DO IMPÉRIO ÁRABE DE RIQUEZA E LUXO

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.

HARUN ou Aaron, o Justo (763-809), é o mais célebre dos califas árabes, o quinto califa da dinastia dos Abbasides que descendem de Abbas, o tio do profeta Maomé. Harun era filho de Medhi, o terceiro califa de sua família e que foi o terror de Constantinopla, então sob o governo da Imperatriz Irene.
Harun começou sua carreira militar contra o Império Bizantino quando ainda era apenas um jovem. Em 786, com 24 anos, subiu ao trono de seu pai e de seu irmão e colocou o poder nas mãos da ilustre família dos Barmecides, nomeando Yahya-ben-Kalid seu grande vizir ou conselheiro de Estado.
Ele organizou vigorosamente a defesa de seu reino do lado do Império Bizantino e, a leste estendeu suas fronteiras até Cabul e para além de Oxus. Mas no ano 803 o califa, num acesso de ciumes e de paixão destruiu com uma crueldade implacável a família dos Barmecides que era apreciada por todos os árabes por causa de sua habilidade e de sua generosidade.
No mesmo ano Harun começou uma série de campanhas militares contra o Imperador de Bizâncio e invadiu a Ásia Menor à frente de 300.000 homens inflingindo a Nicefora derrotas sucessivas. Mas no ataque contra Khorassan ele ficou doente e morreu no ano 808 com a idade de 47 anos depois de reinar durante 23 anos.
Harun ficou famoso como guerreiro, como o mais magnífico dos califas e como filho devotado do Islam. Fez por nove vezes a peregrinação a Meca; oito vezes ele invadiu o Império Bizantino e colocou ao mais alto grau a fama e o esplendor da corte de Bagdá.
Mansour, o avô de Harun, tinha cercado Bagdá de sábios, de poetas, artistas e de filósofos que conservaram as tradições do saber dos gregos e fizeram reviver os escritos de Aristóteles, de Ptolomeu e de Euclides. Harun colheu a glória desse grande patrono.
Harun está entre os maiores de sua raça, as lendas árabes estando cheias de histórias de sua magnificência, sua generosidade, sua cultura e deu devotamento ao bem público. Ele foi um grande construtor, protegeu a arte, a poesia, a ciência e assim combinando com a fama das personagens que fizeram o ornamento de seu reino, fez dele o herói das Mil e Uma Noites.
Sua injustiça para com o nobre Barmecide, a quem ele tanto devia, não atingiu, no entanto sua reputação de cavalheiro cortês e magnânimo.
A Europa do ocidente ficou encantada com a esplêndida embaixada que ele enviou no ano 801 a Carlos Magno, embaixada que estava encarregada de levar ao novo grande Imperador uma tenda, um relógio, um elefante e as chaves do Santo Sepulcro de Cristo.
Harun foi o mais conhecido de todos os primeiros sucessores do profeta Maomé. Seu Império se estendeu do Egito até o Indus; seu governo, famoso pelas armas, pela arte, pela ciência era notável também por seu esplendor.
Junto com Abdrame da Espanha e se assinalou único entre os califas do oriente, por causa da reação sobre a Europa do ocidente feita pela cultura árabe que floresceu dentro de seu reino e do interesse que essa cultura despertou nos espíritos da Idade Média católica.
A cultura árabe levou a filosofia de Aristóteles para os pensadores europeus, alterando, com Alberto Magno e Tomás de Aquino, a própria doutrina oficial católica. Assim foi libertada a filosofia e a ciência do total domínio da teologia católica, antes baseada nos princípios de Platão pela orientação espiritualista de Santo Agostinho.


AMANHÃ: A Teocracia do grande Maomé.


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