quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

0103 C ORFEU Os mistérios dos ritos religiosos ligados ao culto do deus Dionísio.

JANEIRO 03. ORFEU: recebeu a lira de Apolo e tornou-se o melhor artista da Grécia

ORFEU
Orphée em francês; Orpheus em inglês
(figura da lenda na religião politeísta dos gregos antigos)

HERÓI LENDÁRIO NOTÁVEL POETA, CANTOR E MÚSICO NA MITOLOGIA GREGA

ANTEPASSADOS. Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

ORFEU é colocado na lenda como filho da musa da poesia épica Calíope, e do deus da música Apolo. Orfeu tornou-se um excelente músico depois de receber a lira de Apolo, não havendo outro artista como ele.
Há duas personalidades ou dois tipos diferentes na lenda grega de Orfeu. Uma personalidade se mostra como um encantador músico da Trácia. Outra figura é a de fundador de ritos religiosos ou mistérios ligados ao culto do deus Dionísio. O músico parece ser o tipo inicial, tornado mais tarde o patrono de um movimento religioso dentro do politeísmo da Grécia, o Orfismo. Esse movimento se baseava em textos sagrados supostos como escritos por Orfeu.
Como cantor ele era dotado do maravilhoso poder de encantar a todos que o ouvissem e até encantando mesmo a natureza inanimada. Ele representa a mais antiga escola de menestréis da Grécia, que se supõe tenha nascido na Trácia. Seu nome nos tempos antigos foi dado ao principal dos poetas cantores que antecederam a Homero. De tempos em tempos se descobrem diversas composições poéticas atribuídas a Orfeu.
A lenda conta que quando Orfeu tocava sua lira e cantava, ele emocionava tudo, fosse animado ou inanimado. Sua música era tão bela que encantava as árvores e as rochas, que se moviam em sua melodia; sua música tornava as feras selvagens em animais domesticados e até os rios alteravam seus cursos para acompanhá-lo. Orfeu se juntou à expedição dos Argonautas, tendo salvado a excursão da música perigosa das Sereias ao tocar sua própria música, uma música mais forte.
Ao voltar, Orfeu casou-se com a linda ninfa Eurídice. Logo depois do casamento a esposa foi picada por uma serpente e morreu. Orfeu tem grande popularidade pelo sofrimento causado pela morte de Eurídice.
Transtornado pela dor, Orfeu foi ao mundo dos mortos para trazer Eurídice à vida novamente, o que nenhum mortal conseguiu fazer. O chefe do mundo dos mortos, Hades, com pena de Orfeu, permitiu que ele levasse a esposa para a vida, desde que eles não olhassem para trás.
Mas Orfeu emocionado, ao ver a luz do sol, olhou para Eurídice que estava atrás e ela desapareceu para sempre.
Desesperado, Orfeu se isolou nas selvas, se lamentando para as rochas e árvores. Mais tarde ele foi morto por seguidores do deus Dionísio porque era seguidor do culto do outro deus, Apolo. Quando eles o decapitaram e jogaram a cabeça de Orfeu no rio, ela continuou a chamar por Eurídice, até que deu à praia de Lesbos, onde as musas a enterraram.
A lira de Orfeu, depois de sua morte, tornou-se na constelação da Lira, conta a lenda.
A lenda de Orfeu foi embelezada com um final feliz no romance medieval inglês de Sir Orfeo. A ópera de Christoph Gluck com o nome em italiano Orfeo ed Euridice trata da desgraça do artista. Também a história de Orfeu foi o tema do filme Orphée de Jean Cocteau, bem como no filme brasileiro Orfeu Negro.
Orfeu como outra personalidade é o fundador de mistérios do Orfismo, ritos religiosos ligados ao culto do deus Dionísio. A base era feita numa cosmogonia mítica do deus Dionysius Zagreus, filho de Zeus e Persephone.
As normas do Orfismo definiam a conduta de seus seguidores, que deveriam se purificar dos sentimentos de Titans, ou do mal, procurando desenvolver sua própria natureza divina Dionisíaca do bem. A doutrina do Orfismo mostrava grande severidade para que fossem alcançadas as vantagens divinas pela ação do bem e ameaçava com pesados castigos os atos do mal.
Em todas as religiões nota-se o ensino do sentimento social, ou seja do altruísmo, como o resultado da fé, a doutrina dos deuses servindo de meio usado para pregar a conduta social. Os deuses são os inspiradores e juizes da orientação religiosa.
Só na modernidade a Sociologia descobriu o verdadeiro papel que as religiões tiveram e terão na evolução social. Os atores em cada fase da evolução agiam sob a ação de um confuso sentimento de cooperação para o bem coletivo. A sabedoria dos sacerdotes, em todas as épocas, consistiu em perceber as danosas conseqüências dos atos anti-sociais que fossem sugeridos pelos magos em suas divagações. Os orientadores, embora crentes sinceros, seguiam sua inspiração para a defesa e progresso da sociedade, em nome e com a benção dos seus deuses. Já que os deuses são interpretados pelos sacerdotes, seus sinceros adoradores.

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