sábado, 18 de janeiro de 2014

0119 C TEOCRATAS DO JAPÃO no regime caracterizado pela formação social do capital

JANEIRO 19. Teocratas do: o grande poder na para sempre importante classe sacerdotal

TEOCRATAS DO JAPÃO
Japão, Japan, Nihon, Nippon ou origem do sol, A Terra do Sol Nascente
(quase 20 séculos ou 2.000 anos desde cerca de 1200 aC até cerca de 1800 dC)

CORPORAÇÃO RELIGIOSA DA TEOCRACIA JAPONESA

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
Nesta terceira semana da Teocracia são recordados nossos antepassados da teocracia astrolátrica em que a China, representada por Confúcio, é  o mais completo exemplo. As religiões do Tibet, do Japão, do México e das ilhas da Ociania são classificadas sob o nome de Confúcio.

TEOCRATAS DO JAPÃO (c. 1200 antes de Cristo-c.1800 dC) governaram o país com grandes realizações. Rememoramos os nossos antepassados da teocracia progressista do grande povo oriental do sol nascente.
O Japão é formado por uma cadeia de ilhas. Estima-se que o território tenha sido povoado há mais de 200.000 anos. Não se sabe com certeza de onde veio a população e como ela ali chegou.
Durante a era de gelo do período do Pleistoceno, de um milhão e meio de anos atrás, o nível do mar era mais baixo, permitindo a ligação das ilhas japonesas à península da Coréia e a Sibéria oriental. É possível que ondas de caçadores vindas do continente asiático tenham passado pela região.
Na era da pedra lascada, no Paleolítico, os moradores do Japão fizeram ferramentas e armas de osso, de bambu e madeira. Em seguida, na era da pedra polida, o Neolítico, por volta dos anos 10.000 antes de Cristo, o povo Jomon de pescadores usou o fogo para fazer cerâmica e refinados objetos de osso e de pedra, ainda não conhecendo os metais.
Cerca de 300 anos antes Cristo começou a plantação de arroz nos alagados, com a produção de armas de bronze e de ferro, a sociedade passando do estado nômade para o estado sedentário. Os povos sedentários é que começam a observar os astros e evoluem da adoração dos objetos no Fetichismo para a Astrolatria, pela adoração dos astros. O Politeísmo resulta da Astrolatria, quando se forma o corpo de intérpretes dos deuses, como os oráculos, formando o importante corpo sacerdotal de filósofos intérpretes das divindades. Se os sacerdotes assumem também o poder político passando a dominar os guerreiros, forma-se a Teocracia, a primeira e mais estável das formas religiosas organizadas.
No Japão a Teocracia se manteve por quase 20 séculos ou 2.000 anos até cerca de 1850 quando começou a influência da civilização européia. O governo político e religioso era exercido por um só governante, o Imperador, descendente dos deuses e possuindo os poderes da divindade. O título popular do Imperador era chamado de Mikado, que significava o Portão do Palácio Imperial, passando a indicar o próprio Imperador.
A Teocracia no Japão era mais recente do que a Teocracia da China, donde ela veio, em parte. Era menos rígida do que a Teocracia do Tibet, apresentando um tipo bem característico de governo teocrático, em que o poder temporal, político e o poder espiritual estavam unidos nas mãos do Mikado, a única pessoa descendente da divindade e possuindo o poder dos deuses.
A autoridade no Japão era centralizada no Imperador, considerado o descendente celeste de Zin-Mu o mítico ou real fundador da civilização japonesa no século 7 antes da nossa era. Três religiões se ligaram combinando facilmente o que tornou difícil reconhecer suas diferenças: o Xintoísmo, o Confucionismo e o Budismo. O Xintoísmo é a mais antiga.
Os sacerdotes do Xintoísmo se organizaram numa corporação sagrada e fechada, de magos, profetas e curandeiros. Desenvolveram suas festividades, dias sagrados, cerimônias, seu culto e peregrinações aos túmulos das personagens veneradas ou tornadas seus deuses. Não havia imagens, mas havia um culto desenvolvido dos heróis e dos antepassados.
Um aspecto típico da Teocracia sacerdotal pode ser visto nas grandes construções feitas na região de Yamato, ao sul do que é hoje a cidade de Kyoto. São grandes e altas pirâmides de terra, chamadas de kofun. Elas cobrem câmaras mortuárias, tendo a parte de cima arredondada, sobre uma base quadrada. Os monumentos são mais altos e de maior área do que as pirâmides do Egito. Essas obras exigiram grande contingente de trabalhadores por muitos anos, com alto padrão técnico e recursos de engenharia, pressupondo uma grande população dirigida por uma casta sacerdotal dirigente de valor.
As obras grandiosas são uma das características da Teocracia em todas as partes do mundo, com acumulação de capital. A primeira grande forma religiosa, feita com o domínio da classe sacerdotal sobre os militares, tendia para a atividade industrial na paz e para uma continuidade por muitos séculos.
O domínio do poder espiritual dos sacerdotes sobre o poder temporal dos militares é um totalitarismo necessário nessa época. Só um poder sobrenatural dos deuses poderia governar, por meio dos sacerdotes, uma população naturalmente agressiva, guerreira e cruel da época.
A classe dos sacerdotes mostra quanto pode a formação das opiniões, ou seja, quanto poder tem a filosofia na vida humana. Pode-se verificar cientificamente que os sacerdotes formaram e formam o Poder Espiritual, o poder de criar e regular a visão do mundo, que é a filosofia, que dirige os sentimentos, a inteligência e a atividade em todas as sociedades. Está provado esse grande poder ao longo de toda história do homem.
Os sacerdotes, em todos os povos, são os encarregados do ensino, da informação e da consagração na família e na nação. Formaram a primeira classe dos filósofos, indispensáveis para sempre. A mente governa a vida dos homens, com as funções cerebrais como as emoções e a inteligência. Não há sociedade sem Poder Espiritual e Poder Temporal político.
A identificação clara e distinta desses dois poderes é fundamental na Sociologia abstrata moderna, como ensina Augusto Comte. Porque, na nova civilização industrial em que vivemos, é imprescindível haver liberdade espiritual para que os indivíduos possam trabalhar sem coerção política. A tirania totalitária impede a criatividade e a ação individual.
O totalitarismo é bem definido quando ocorre o domínio do Poder Temporal ou político sobre o Poder Espiritual, que perde a liberde. Nos tempos modernos essa tendência ao totalitarismo é comum, já que o secularismo desorganiza e enfraquece o poder das doutrinas em geral, resultando num aparente natural e justo fortalecimento do poder político coercitivo, que é o Poder Temporal.
O totalitarismo empobrece e infelicita a população, os países e toda a sociedade humana na nova civilização de paz e de indústria.
Na modernidade só a liberdade política traz o progresso, a riqueza e a felicidade.

AMANHÃ: Manco Capac no Peru, filho do Sol.


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