sábado, 11 de janeiro de 2014

0112 C ZOROASTRO reformador das leis do bem e do mal no antigo Iran

JANEIRO 12.  Zoroastro: o poder do deus do bem Oromaze e do deus do mal Arimane

ZOROASTRO
Zoroaster, Zarathushtra, Zarathustra
(nasceu cerca 620 aC, em Rhages, Iran; morreu cerca 550 aC)

REFORMADOR RELIGIOSO DO ANTIGO IRAN FUNDADOR DO PARSIISM

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
Nesta segunda semana honramos os nossos antepassados da Teocracia dos muitos deuses, politeísta, da Caldeia, da Pérsia, da Assíria, da Índia e dos Celtas. Buda preside a semana por causa de sua influencia mais extensa, ainda que não seja o tipo mais característico das teocracias, porque o budismo foi uma revolta contra a teocracia sacerdotal conservadora dos Brahmas, resultando numa teocracia incompleta.

ZOROASTRO (620-550 antes de Cristo) é o nome do famoso reformador religioso do antigo Iran. No idioma ariano o nome é Zarathustra, significando estrela de ouro. Pouco se conhece da vida de Zoroastro e os elementos conhecidos estão em mistura com a lenda e com adições posteriores. De acordo com a tradição, ele viveu 250 anos antes de Alexandre o Grande. Com essa informação Zoroastro teria nascido em volta de 620 antes de Cristo.
Ele nasceu numa modesta família de cavaleiros, a Spitama, em Rhages, hoje um bairro de Teerã. A região, que então era rural, tinha a economia baseada na criação de animais e na atividade pastoril. As tribos nômades, que atacavam os assentamentos, eram consideradas como violadoras agressivas da ordem, que Zoroastro chamava como seguidores do Lie.
Os relatos mágicos postos nas lutas e conflitos de Zoroastro são cantados nos hinos antigos dos Gathas. Completados com as descrições de sua vida feitas pelo próprio Zoroastro, são muito semelhantes às descrições de vida dos líderes religiosos do Oriente Médio do judaísmo e do cristianismo. Os pesquisadores modernos verificaram que a maior parte do que se sabe da vida de Zoroastro é baseada em descrições religiosas tradicionais produzidas pelos magos no fim da antiguidade e na Idade Média.
A religião primitiva dos arianos do Iran saiu da mesma fonte que a religião dos arianos do rio Indus. Ambas sofreram grandes modificações. Na Índia, no vale do rio Ganges, se formou o tipo completo de Teocracia, com Manu e o sistema rígido de castas. No Iran, país de montanhas, de desertos, de vales férteis, com chocantes contrastes e de rudes combates contra um ambiente estéril, nasceu a idéia de dois príncipes opostos na natureza, o Bem e o Mal, o Puro e o Impuro, de Oromaze e de Arimane, um é o deus da vida, o outro o deus da morte.
As boas ações se fazem pela influência de Oromaze, Arimane impele para as más ações. Assim tanto o espírito de cada homem quanto o terreno de cada campo estão em luta sem fim. Aqueles que tocarem as coisas impuras dão a Arimane o poder sobre eles.
Na Avesta, o livro sagrado de Zoroastro, em vinte e um livros, se acha um sistema minucioso de purificação e de longas nomenclaturas do que sejam coisas puras e coisas impuras. Dos livros da Avesta, somente um deles e alguns fragmentos foram conservados. As divindades antigas estão representadas como filhos de Oromaze, o deus da vida, acompanhados de grandes legiões de espíritos bons e espíritos maus. Zoroastro mostrou a idéia de Asha ou ordem, ligada ao deus criador Ahura Mazda, o Sábio Senhor. O fetichismo, como adoração das coisas, sobrevive na veneração que o fogo inspira. O fogo é considerado o que seja o completamente puro.
A reforma da doutrina com o livro sagrado é atribuída a Zoroastro sem data certa. Ele viveu em Bactriane e foi a partir dali que suas doutrinas se espalharam sobre as áreas da Meda e da Pérsia. O regime de castas não foi plenamente estabelecido no Iran, embora existisse um sacerdócio hereditário, os magos dos Medas.
Platão, Aristóteles e Pitágoras conheceram o zoroastrismo, e o contato com os judeus e com os cristãos desenvolveu as crenças nos demônios e anjos, na vida depois da morte, do céu e do inferno, bem como a ressurreição dos mortos no fim dos tempos.
A religião de Zoroastro teve, por meio da heresia dos maniqueístas,
uma grande influência sobre o cristianismo. Essa heresia, criada por Maniqueu, se espalhou pelo Império Romano e pela Europa cristã do ocidente. Ela foi combatida por Santo Agostinho.
O maniqueísmo combinava o zoroatrismo com o cristianismo e outras seitas. Mostrava a visão dualista de forças do bem contra forças do mal. Hoje se diz maniqueísta a idéia simplista do bem contra o mal, posta na dialética de Hegel com a “tese” oposta à “antítese”, a dialética adotada por Karl Marx.
A dialética simplista não é um método científico, muito menos nas complexidade das ciências sociais, onde os fenômenos sociais e políticos se relacionam com diversas variáveis, jamais apenas com a alternativa sim ou não de uma só variável.
A doutrina de Zoroastro durou até a conquista pelos maometanos, sendo ainda professada na Índia pelos Parsis.

AMANHÃ: Os Drúidas sinceridade e esforço na religião, na justiça e ordem na sociedade.


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