sábado, 22 de setembro de 2012

0923 B ALARCON sutileza psicológica no grandioso teatro de comédia de costumes


23 DE SETEMBRO. Alarcon: comédia dos vícios como mentira, calúnia e leviandade

ALARCON
Ruiz de Alarcon, Juan Ruiz de Alarcon y Mendoza
(nasceu cerca 1580, em Taxco, no México; morreu em 1639, em Madrid)

DRAMATURGO NASCIDO NO MÉXICO, ENTRE OS MAIORES NA ESPANHA

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção
O motor da ação é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.

ARTE
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente.
Esta terceira semana tem como chefe Molière, no domingo que a encerra. Contém os grandes cômicos, mestres da arte no tema da histórica e da sátira dos costumes. Entre os doze nomes somente dois são autores de peças de teatro. Em comparação, entre os poetas antigos no mês de Homero, há quatro autores de comédia. No mundo moderno a comédia de costumes passou do teatro para o romance.

Ver em 0909 01 B  O Quadro do Mês de Shakespeare, O Drama Moderno, com os grandes tipos representantes da evolução social do mês.


ALARCON (1580-1639) nasceu na província de Taxco no México. Filho de uma família abastada no México, Alarcon foi para a Espanha em 1600 para estudar na Universidade de Salamanca, onde se graduou em 1602.
Depois de outros cursos na Universidade do México, foi permanentemente para a Espanha em 1611 e serviu em vários cargos de governo. Fez parte do Conselho para as Índias Ocidentais, um conselho para as colônias espanholas na América, em 1626.
Em 1622 estava em Madrid como autor de peças teatrais. Ele publicou vinte peças, mas não atingiu a popularidade de Montalva, de Guevara ou de outros escritores contemporâneos. As dedicatórias e os prefácios que colocou na abertura de suas obras indicam que ele lamentava a falta de reconhecimento do público. Ele morreu em 1639.
Alarcon escrevia por prazer e não para ganhar dinheiro. Escreveu 25 peças, a maioria publicada em dois volumes separados, um em 1628 e outro em 1634.
Suas peças são notáveis por sua construção grandiosa, de sutileza psicológica, sempre com um importante ensinamento moral. A maior parte de suas comédias de costumes tem como tema uma falha no comportamento do personagem.
Sua peça La verdad sospechosa, Verdade Suspeita, uma comédia de leitura recomendada até em nossos dias, tem como herói um homem que, possuindo até muitas qualidades de simpatia, é um mentiroso incorrigível. Ele escapa das confusões com uma habilidade espantosa, montando mentira sobre mentira, até que, forçado de reconhecer seu erro, cai, envergonhado, no precipício que criou.
A peça Verdade Suspeita deu nascimento à comédia Le Menteur, O Mentiroso, de Corneille, que afirma no seu prefácio não conhecer nada nesse gênero, na literatura, tanto antiga como moderna, que lhe possa ser comparado pelo espírito, engenhosidade da intriga e a habilidade da estrutura. Ele havia suposto que a peça tivesse sido escrita por Lope de Vega. Depois que fez de sua própria comédia, Corneille chega a dizer que ele daria duas de suas melhores peças teatrais em troca da bela comédia de Alarcon.
Outra obra de Alarcon com leitura recomendada é Las paredes oyen, As Paredes Ouvem, que trata de um assunto semelhante: as conseqüências da calúnia e da maldade.
Sua comédia La prueba de las promesas, A Prova das Promessas, é um ataque contra a ingratidão; Mudarse por mejorarse, Mudar-se para melhorar-se, é uma sátira contra a inconstância dos amantes.
Ruiz de Alarcon era um homem magro e corcunda e sua aparência era ridicularizada sem pena por seus colegas escritores rivais, em especial por Lope de Vega.
Mas Alarcon tornou-se um apreciado gigante como dramaturgo, uma das principais figuras da Era de Ouro do teatro espanhol. Ele é aclamado como grande artista tanto na história da literatura do México como da Espanha.

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