quarta-feira, 12 de setembro de 2012

0913 B LESSING autor em peças de teatro com noções filosóficas do iluminismo


13 DE SETEMBRO. Lessing: grande dramaturgo das fraquezas e vícios humanos

LESSING
Gotthold Ephraim Lessing
(nasceu em 1729, em Kamenz, Alemanha; morreu em 1781, em Brunswick, Alemanha)
FAMOSO ESCRITOR TEATRAL ALEMÃO POETA FILÓSOFO DO ILUMINISMO

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção
O motor da ação é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo material exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na Sociologia e individual na Psicologia.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente.
A primeira semana do mês do Drama Moderno compreende os autores dramáticos puros, os grandes sucessores de Shakespeare, desde Lope de Vega a Goethe. Nessa classe se encontram criadores do drama de imaginação que nos representam um mundo ideal povoado de seres fictícios. O chefe de semana é Calderon.

Ver em 0909 01 B   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.


LESSING (1729-1781) era filho de um respeitado pastor luterano, com uma família numerosa. Foi educado para seguir a profissão de seu pai. Mas quando estudava em Leipzig, manifestou a paixão pelo teatro, para tristeza de seus pais. Aos 20 de idade entrou na carreira literária, que no fim da vida se tornou uma luta desesperada contra a miséria.
Em 1741 Lessing foi para a conhecida escola Fürstenschule em Meissen, onde tornou-se um leitor habitual. Ele era dedicado e inteligente, aprendendo a língua grega, o latim e o hebraico. Sua admiração pelas peças teatrais dos autores latinos Plautus e Terênce estimulou sua ambição de também escrever comédias.
Em 1746, aos 17 anos, entrou para a Universidade de Leipzig para o estudo da teologia. Mas seu grande interesse era em literatura, filosofia e arte.
Logo em 1748 Lessing escreveu a comédia O Jovem Estudante, Der Junge Gelehrte, uma sátira contra os intelectuais arrogantes, superficiais e inseguros. Com ela ele fazia rir de sua própria mania livresca. Logo escreveu outras comédias sobre as fraquezas humanas como o preconceito, a intolerância, a incerteza, a avareza, o jogo, a intriga, hipocrisia, corrupção, frivolidade.
Numa das comédias, Die Juden, Os Judeus, Lessing elogia a nobreza de caráter, num choque a favor da tolerância em relação aos judeus, que ainda eram obrigados a viverem separados em guetos.
Ele foi para Berlin em 1748, onde passou a fazer traduções para o alemão do francês e do inglês de livros históricos e filosóficos. Também se dedicou à crítica e à revisão do lançamento de livros.
Como crítico, sua grande contribuição foi livrar o teatro das noções artificiais francesas que dominavam, então, a dramaturgia alemã. Lessing se apresentava como um “Atleta Sagrado”, que gostava de entrar em luta contra os intelectuais arrogantes. Seus ensaios estimularam a literatura alemã e combateram o dogmatismo conservador. Defendeu a tolerância em tudo e a procura permanente da verdade.
De fato ele era apaixonado pela liberdade, pela verdade e seu enérgico caráter era orientado pela lógica e disciplinado pelo estudo inteligente da literatura antiga e moderna, no desejo de resultados sólidos comprovados pela razão.
Os escritos de Lessing são de um seu estilo incisivo e simplicidade de argumentação. Em suas Rettungen, Reivindicações, ele, em quatro ensaios, procura defender a liberdade de pensadores como Cochlaeus e Cardano, que foram injustamente acusados e perseguidos.
Possuindo uma larga erudição, ele não deixava de se apoiar em regras naturais e humanas. Sempre manteve o hábito de trocar opiniões com todos os seus compatriotas, em especial com os atores e os militares.
Lessing ao se esforçar para tirar da nova literatura alemã a dominação estrangeira, não era movido por um sentimento de patriotismo estreito. Ele fazia apelo a seus companheiros não só como alemães, mas também como seres humanos. Ele foi um dos primeiros a revelar o teatro do inglês Shakespeare no país.
Mas não havia razão de acusá-lo de sentimentalismo exagerado, numa época de revolução de costumes e independência religiosa, com o fim do feudalismo e com a secularização. Lessing foi o precursor dos grandes poetas clássicos da Alemanha, embora se recusasse a usar o nome de poeta.
No seu drama Nathan der Weise ele coloca em cena o islamita, o judeu e o cristão numa peça teatral que contém noções de teologia e de filosofia, combinando seriedade ética com toques cômicos. Nela Lessing torna clara a igualdade ética das três grandes religiões. E mostra que a verdadeira religião humana é a religião do amor, sem preconceitos e devotada ao serviço da humanidade.

AMANHÃ: Os dolorosos enganos e sofrimentos da dúvida na modernidade: GOETHE.

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