quinta-feira, 22 de setembro de 2011

0922 SCHILLER entre os maiores dramaturgos

0922 SCHILLER   entre os maiores dramaturgos

22 DE SETEMBRO. SCHILLER: A elevada função da poesia como um sacerdócio da arte.

SCHILLER
Friedrich von Schiller, Johann Christoph Friedrich von Schiller
(nasceu em 1759, em Marbach, Württemberg, Alemanha; morreu em 1805, no Weimar, Alemanha)

POETA ALEMÃO DRAMATURGO HISTORIADOR ENTRE OS MAIORES DA LITERATURA EUROPÉIA

A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pela liberdade do servo da gleba do feudo, liberdade do trabalhador, do povo, com o desenvolvimento da indústria e do comércio.
Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
O domínio das artes de linguagem, da Estética, teve na modernidade um grande desenvolvimento, gerando um número maior de grandes artistas do que na antiguidade.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. A diversidade infinita de atividade social, os conflitos e alterações incessantes da vida estimulam a originalidade mental, mas não são favoráveis à perfeição da criação artística.
Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente. É o sinal da potente capacidade da natureza humana para criar e produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de obras artísticas.
Nesta segunda semana são lembrados os representantes do progresso coletivo na classe dos dramáticos puros, grandes sucessores de Shakespeare, de Lope de Veja a Goethe. São os criadores do drama de imaginação que nos representa um mundo ideal povoado de seres fictícios. Goethe, o autor do Faust, mostrou um elevado vôo de imaginação. A chefia da semana é de Corneille, no último domingo.

Ver em 0910 1 O Quadro do Mês de Shakespeare, O Drama Moderno, com os grandes tipos representantes da evolução social do mês.


SCHILLER nasceu em Marbach em 10 de novembro de 1759. Enquanto ele estudava na Academia Militar sob a vigilância do duque de Wurtemberg, em Stuttgart, ele escreveu sua primeira peça teatral Brigands, em 1781, aos 22 anos de idade. Um ano depois Brigands foi representada no Teatro Nacional em Mannheim, com aplausos, tornando-se um marco na história do teatro alemão.
Mas Schiller, então oficial subalterno, tendo viajado sem autorização do duque, por isso foi preso e recebeu do duque de Wurtemberg, como castigo, a proibição de continuar a sua carreira de escritor.
Em lugar de obedecer, Schiller fugiu durante a noite para fora da fronteira do ducado. Esse “êxodo” mostrou que a única profissão que lhe estava aberta era a da literatura. Foi natural, assim, que tomasse por tema a LIBERDADE em suas primeiras peças de teatro.
Mas por vários anos ele teve uma vida penosa de exilado e necessitado, não conseguindo um benfeitor que oferecesse ajuda. Deixando a poesia, ele passou a escrever prosa, e, depois de seu drama Don Carlos, de 1787, escreveu seu livro A Revolta dos Países Baixos. Esse texto serviu de demonstração para que fosse colocado como professor de História na Universidade de Jena.
Na Universidade ele compôs seu segundo livro histórico, A Guerra dos Trinta Anos. Foi em 1790 que se casou com Charlotte de Lengefeld. Quatro anos depois, em 1790 conheceu e ganhou a importante amizade de Goethe. Esses dois acontecimentos contribuíram para sua felicidade pessoal e para estimular sua atividade intelectual, numa época, em que, por seus problemas e por suas doenças, foi um tempo de provação. Mas ele conseguiu vencer.
Em 1799 o duque do Weimar acolheu Schiller em sua corte, com uma modesta pensão. Ele então viveu o resto de sua curta vida sem outra preocupação a não ser a de uma saúde abalada, mas feliz em seu íntimo, recebendo as homenagens do público e com muito trabalho.
Foi a época de sua amizade com Goethe, ambos trabalhando sem cessar, ocupados na crítica, na direção do teatro da corte do Weimar e de todos os meios práticos para enobrecer a arte do drama, difundindo o conhecimento no país por meio da arte.
As mais belas obras de Schiller, as mais maduras, são Wallenstein, de 1799, Maria Stuart, de 1801 e Guilherme Tell, de 1804. Em 1802 ele recebeu o título de nobreza, a partir de então podendo usar antes do nome o título “von”. Passou, então, a ser chamado de Friedrich von Schiller.
Ganhar a harmonia interior por meio da ajuda da arte é o que Schiller ensina com suas obras, em seus poemas e em seus livros. Mostra como, com a educação estética, das artes, o homem, como uma pessoa feliz, pode desenvolver uma ordem social mais humana, mais justa. Dessa forma, Schiller faz a ligação de seu pensamento histórico e com seu ideal político.
Schiller morreu no Weimar em maio de 1805, com apenas 45 anos de idade. Ele mostrou uma grande nobreza de espírito, mesmo numa vida de pobreza, da dependência, da doença e até de sucesso. Tinha um entusiasmo pela arte, que ele não afastava da felicidade humana. Tinha um sentimento constante da elevada função da poesia considerada como um sacerdócio.


AMANHÃ: Valoroso e nobre tipo humano, merece ficar à frente de todos os autores históricos: Corneille.

Nenhum comentário:

Postar um comentário