domingo, 31 de outubro de 2010

1031 KANT

31 DE OUTUBRO.
Immanuel Kant: Demarcou as duas realidades, a do observador e a da coisa observada.

KANT
Immanuel Kant
(nasceu em 1724, em Königsberg, na Prússia; morreu em 1804, em Königsberg)
SISTEMÁTICO INFLUENTE FILÓSOFO METAFÍSICO ALEMÃO

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

KANT nasceu em Koenigsberg, na antiga Prússia, hoje Kaliningrad, na Rússia, em 1724, em família de origem escocesa. Estudou matemática e física na Universidade local e publicou várias memórias sobre as ciências. Numa de suas publicações ele previu a existência do planeta Urano, depois descoberto por Herschel. Em 1770 foi nomeado professor de lógica e de metafísica. Em 1781, depois de 12 anos de preparação, preparou sua grande obra, a Crítica da razão pura, cuja publicação teve uma influência de grande importância na história da filosofia. A segunda edição foi feita depois de 6 anos, com mudanças substanciais.
Nessa época ele apresentou um ensaio de destaque sobre a filosofia da história universal em que o homem se apresenta como cidadão do mundo. Em 1788, em sua Crítica da razão prática, ele procurou modificar suas doutrinas anti-religiosas da primeira obra, a Crítica da razão pura. Ali, ele demonstrou que a Metafísica não poderia ser considerada uma ciência, o que foi interpretado como a morte da metafísica, decretada por um grande pensador metafísico.
No primeiro período, Kant produzia com ampla liberdade de consciência, garantida pelo libertário imperador Frederico II da Prússia. O sucessor de Frederico II ameaçou Kant com a perda de seu lugar de professor na Universidade com a perda de sua renda, caso ele continuasse com suas publicações anti-metafísicas e anti-religiosas. Na Crítica da razão prática, Kant procura justificar filosoficamente as crenças religiosas e metafísicas, para não contrariar o novo governo imperial. O que faz depois de provar que é impossível demonstrar a existência de Deus na primeira fase de sua vida. Foi o retorno à forma de pensar com base em figuras de ficção imaginárias, absolutas, inverificáveis, como o Ser, o Ente, o Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético.
Esse é um exemplo da violência do totalitarismo do poder político, na restrição da liberdade de consciência do pensador, invadindo o âmbito da ação dos intelectuais, que são os formadores da opinião, que são os líderes da sociedade, por meio da produção e ensino do conhecimento e da informação.
Kant nunca deixou Koenigsberg, onde viveu com uma simplicidade e uma regularidade extrema, universalmente respeitado. Ele morreu com 80 anos, em 1804.
Ele aceitou completamente as conclusões de David Hume sobre a relatividade dos nossos conhecimentos. O que significa que as verdades ditas absolutas, eternas, mas que não podem ser verificadas, não são claras e distintas, como recomendava Descartes e não podem ser aceitas em filosofia como certas e seguras, como científicas, positivas.
Kant fez um resumo metódico das doutrinas de David Hume, deixando bem clara a existência das duas realidades, a do observador e a da coisa observada, isto é, a existência do sujeito espectador e a existência do objeto, do espetáculo, do que é observado.
Na filosofia moderna considera-se que esse é um caso particular da lei geral dos seres vivos, em biologia, que afirma a subordinação do organismo vivo ao meio em que se encontra. Em outras palavras, o mundo exterior serve de alimento, estimulante e regulador, ao mesmo tempo, tanto para as ações mais elevadas do pensamento como para os mais simples atos materiais do ser vivo. É o mesmo dualismo SUJEITO e OBJETO, o que seja subjetivo e o que seja objetivo.

AMANHÃ: Criou a noção de progresso contínuo da espécie humana: Condorcet.


sábado, 30 de outubro de 2010

1030 ADAM SMITH

ADAM SMITH

30 DE OUTUBRO.
ADAM SMITH: Fez uma obra imortal, com o nome de A RIQUEZA DAS NAÇÕES.

ADAM SMITH
(nasceu em 1723, em Kirkcaldy na Escócia; morreu em 1790, em Edimburgo, Escócia)

GRANDE FILÓSOFO E ECONOMISTA ESCOCÊS PREOCUPADO COM O BEM DOS TRABALHADORES

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

ADAM SMITH nasceu na Escócia em 1723. Seu pai morreu antes que ele nascesse. Sua mãe, a quem ele foi muito afeiçoado, viveu com ele durante quase 60 anos.
Ele recebeu educação em sua cidade, depois em Glasgow e finalmente em Oxford. Seu estudo de predileção era a matemática e a filosofia natural.
Em 1751 tornou-se professor de lógica e no ano seguinte professor de filosofia moral na Universidade de Glasgow. Nessa época, ele manteve uma estreita amizade com David Hume. Em 1759 ele publicou sua Teoria dos sentimentos morais, obra que teve a influencia de Hume.
Entre 1764 e 1766 esteve na França e manteve contato com vários dos melhores representantes intelectuais dessa época, particularmente com Quesnay, Turgot, d’Alembert e Helvetius. Sua atenção foi então dirigida para os temas econômicos.
Adam Smith dedicou os 10 anos seguintes à redação de suas Pesquisas sobre a riqueza das nações, publicadas em 1776. Ele passou a última parte de sua vida em Edimburgo. Sua obra sobre a História da Astronomia é recomendada para leitura até nossos dias. É uma parte de um tratado maior que nunca foi completado sobre a história das ciências. Adam Smith morreu em 1790 em Edimburgo.
Ele foi o primeiro a demonstrar o princípio da divisão do trabalho claro e amplo, como a forma de criação do progresso da sociedade de modo permanente. Adam Smith explica que o homem primitivo nos fenômenos simples e comuns já pensava cientificamente, positivamente, sem crendices. Ele notou que não foi criado um deus para o peso e para as coisas pesadas, acontecimentos bem conhecidos.
A Riqueza das nações tem pouco a ver com os tratados de ciência econômica que foram escritos depois. Não tinha a pretensão de estabelecer as leis imutáveis da ação social, ou a deduzir uma teoria completa dos fenômenos econômicos a partir de definições arbitrárias do valor, da utilidade da propriedade, do trabalho.
Adam Smith sabia o que é uma ciência, o que ela contém e não pretendia ser o fundador de uma nova ciência econômica. Ele se propôs a esclarecer certos aspectos importantes da filosofia social por uma série de ensaios tratando da divisão do trabalho, da formação do capital, da função do dinheiro na economia, dos bancos, tendo em vista especialmente fazer o combate à pretensão dos governos quando querem regulamentar arbitrariamente o modo da produção industrial.
Em vez de afirmar que as leis da ação econômica sejam fatalidades sem remédio, uma grande parte do livro contém a descrição das modificações da economia pelos costumes e pelas instituições, pelas associações de patrões e de empregados, pelas normas legais e sobretudo pelas formas da ação industrial.
A Riqueza das nações é considerada uma obra imortal. Tem como destaque o emprego que é feito do método histórico, que é a garantia contra o perigo de dar um valor absoluto a uma política especial qualquer, ou de isolar os aspectos econômicos das razões morais e políticas do grupo social.
A obra-prima de Adam Smith mostra permanente preocupação pelo bem estar do povo trabalhador. Indica a injustiça da lei que, na época, permitia os sindicatos de patrões e que proibia os sindicatos dos trabalhadores.
O autor insiste também contra os prejuízos causados pelas leis de opressão do povo, sobre a necessidade da educação do trabalhador. Indica a importância da proteção da massa de trabalhadores que perde seu emprego pelo progresso causado pelas novas máquinas e pelas novas tecnologias.

AMANHÃ: Demarcou com clareza as duas realidades, a do observador e a da coisa observada: Immanuel Kant


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

1029 WILLIAM ROBERTSON

29 DE OUTUBRO. William Robertson: Grande pensador, faz parte da preparação da moderna teoria da Sociologia.

ROBERTSON
William Robertson
(nasceu em 1721, em Midlothian, Escócia; morreu em 1793, em Edinburgo, Escócia)
NOTÁVEL HISTORIADOR E FILÓSOFO ESCOCÊS DA TEORIA DA SOCIEDADE

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

ROBERTSON, filho de um ministro presbiteriano, nasceu em Edimburgo. Ele seguiu a profissão de seu pai e chegou a ser o presidente da Assembléia Geral da Igreja Escocesa.
Em 1759 ele publicou sua História da Escócia durante os governos da Rainha Mary e do rei James VI, obra que exigiu dele numerosas pesquisas históricas. Em 1752 foi nomeado principal da Universidade de Edimburgo e em 1764 como historiógrafo do rei para a Escócia.
Sua principal obra foi a História de Carlos V, precedida de uma descrição do progresso da Sociedade européia após a queda do império romano até o começo do século 16. Essa obra foi publicada em 1769, seguida da História da América, publicada em 1777. Robertson morreu em 1793 em Edimburgo.
Robertson se coloca entre os pensadores filosóficos devido a sua capacidade de pesquisa e de generalização. Ele não realizava apenas a simples descrição dos fatos históricos. Em meio à grande quantidade de detalhes específicos, ele pesquisa os fatos gerais. Ou seja, Robertson conclui mostrando as leis que regulam e esclarecem o conjunto dos fatos particulares.
Ao estudar o estabelecimento do sistema feudal na Europa da Idade Média, ele mostra a uniformidade das leis e da política nos diferentes países do continente. Ele nota que, embora as nações bárbaras tomassem seus novos territórios em diferentes épocas, vindo de regiões diversas, falando outras línguas, sob chefes diferentes, a política e as leis que se estabeleceram foram pouco diferentes. Essa uniformidade surpreendente, explica Robertson, não é uma questão de raça. Deve-ser atribuída ao estado uniforme da sociedade e dos costumes das nações em suas terras e à situação semelhante que eles encontraram nos novos domínios.
Por exemplo, analisando o progresso rápido da sociedade desde o século 11 até o século 16, ele indica a influência devida a cada causa separada, relatadas:
   -As cruzadas, que familiarizaram a Europa do ocidente com a cultura polida do império do Oriente e da Ásia. O que provocou a transformação dos baronatos em reinos, evitou as lutas internas durante a ausência dos guerreiros e estimulou as atividades comerciais das repúblicas italianas.
   -O desenvolvimento das municipalidades e a ação das corporações profissionais.
   -O nascimento da classe dos burgueses ou Terceiro Estado como força política.
   -A libertação dos servos da gleba, formando o povo dos cidadãos comuns.
   -O melhoramento da administração da justiça pelo processo judiciário e o apelo ao tribunal feudal.
   -A preponderância da lei canônica, bem mais favorável aos direitos individuais do que a lei feudal.
   -A preponderância, que se seguiu, da lei romana.
   -O espírito e as instituições da cavalaria medieval.
   -O progresso da ciência devido à cultura dos árabes.
   -O renascimento do comércio.
A História de Carlos V teve várias edições e foi traduzida para todas as principais línguas da Europa. Ela tem sua leitura recomendada até os nossos dias.
A obra histórica de Robertson faz parte da criação da teoria sociológica moderna, colocando-o entre os grandes pensadores do Iluminismo, ao lado de David Hume e Edward Gibbon.


AMANHÃ: Com o uso do método histórico fez da A RIQUEZA DAS NAÇÕES uma obra imortal: ADAM SMITH.


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

1028 GOTTFRIED LEIBNITZ

1028 GOTTFRIED LEIBNITZ

28 DE OUTUBRO. Gottfried Leibnitz: Poderoso pensador e maior filósofo depois de Aristóteles.

LEIBNITZ
Gottfried Wilhelm Leibniz, Barão Gottfried Wilhelm von Leibnitz
(nasceu em 1646, em Leipzig, Alemanha; morreu em 1716, em Hannover, Alemanha)
FILÓSOFO MAIOR E MATEMÁTICO ALEMÃO CRIADOR DO CALCULO INFINITESIMAL

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim
do poder político do papa e da fé medieval, devido ao progresso do conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. Os pensadores na formação do conhecimento que antes era sobre as divindades e passa ao saber firme comprovado sobre o próprio homem e sobre o mundo e de seus princípios gerais.
Leibnitz como chefe de semana, encerra a série de biografias de pesquisadores científicos das relações sociais: as bases leigas das leis das ciências humanas, da sociedade, da história, da arte, dos homens e dos animais.

LEIBNITZ nasceu em Leipzig em 1646. Seu pai era jurista e professor de filosofia natural na Universidade da cidade e morreu cedo. O jovem foi então orientado por uma prudente mãe, que lhe deu uma grande liberdade na sua educação.
O jovem Leibnitz utilizou a biblioteca de seu pai para estudar. Entrou na Universidade aos 15 anos e dois anos depois produziu sua primeira tese filosófica. Ele se dedicou à jurisprudência e publicou, antes de ter a idade exigida, dois importantes estudos sobre a filosofia das leis.
Após a morte de sua mãe em 1664, ele foi estudar na Universidade de Altdorf perto de Nuremberg e se filiou à Sociedade Rosa-Cruz, na qual ele adquiriu muito dos seus conhecimentos químicos.
A amizade do barão de Boyneburg, que estava a serviço do arcebispo de Mainz, deu a ele o acesso à mais culta sociedade da Alemanha e lhe mostrou uma clara visão da situação política da Europa. Nessa época, as nações procuravam sair lentamente da luta religiosa, estando ameaçadas pelos projetos ambiciosos de Luis XIV, rei da França.
Um texto em que Leibnitz pedia à França que orientasse sua política para o Levante, para acabar com as suas ambições contra os países do Ocidente. Com isso ele foi convidado para levar uma missão em Paris em 1672.
Em Paris ele entrou em contato com vários adeptos das novas idéias científicas de Descartes, como Arnauld, Melebranche e sobretudo Huyghens. Foi então que ele tomou parte nas suas pesquisas matemáticas pela primeira vez. O novo espírito científico e filosófico leigo, começando com a Geometria Analítica de Descartes, deveria chegar a seu ponto mais alto por sua própria descoberta do cálculo transcendental.
O direito à descoberta do cálculo infinitesimal foi o tema de uma polêmica entre Newton e Leibnitz. Ambos o desenvolveram em separado, ao mesmo tempo.
Leibnitz também forneceu a primeira concepção clara de energia, definida como sendo o trabalho mecânico que seja realizado no tempo. Em 1676 Leibnitz tornou-se bibliotecário e conselheiro particular do duque John Frederick de Braunschweig-Lüneburg. John Frederick tornou-se duque de Hanover, onde Leibnitz passou o resto de sua vida.
Leibnitz contribuiu para completar a teoria do conhecimento, com a pesquisa das leis do funcionamento cerebral. Mostrou que na lei de Aristóteles de que tudo que se encontra no cérebro passou pelos sentidos, há a estrutura cerebral que já existe no próprio organismo, sendo, assim, inata. A regra se torna, assim: nada que existe no cérebro que não tenha estado nos sentidos, exceto a própria capacidade de pensar.Portanto, o próprio cérebro existe antes da experiência dos sentidos e não entra por eles.
A teoria das mônadas foi criada por Leibnitz para explicar para todos os fenômenos da função da vida e da matéria. As mônadas seriam centros de ação criados na origem dos tempos e que explicariam o movimento dos corpos e a vida. O exame de cada uma poderia prever o futuro. E Leibnitz repetia sempre que o presente está prenhe do futuro, ou seja, o presente sempre gerará o futuro.
A luta religiosa que agitou a Europa por um século e meio era considerada por Leibnitz como um desperdício de forças. Tentou, assim, fazer a reconciliação dos luteranos com os católicos e anglicanos. Todas as formas de religião eram para ele de um valor inestimável, que ele não desejava ver destruído por um antagonismo inútil.
Leibnitz morreu em Hanover em 1716, com 70 anos. Era um homem de altura mediana com ombros largos e pernas arcadas, capaz de passar vários dias sentado na mesma cadeira pensando ou viajando pelas estradas da Europa, tanto no verão como no inverno. Era um patriota e um cidadão internacional, grande cientista e um dos mais poderosos pensadores da civilização do ocidente europeu.
Foi um gênio com o maior saber enciclopédico depois de Aristóteles. A extensão de suas pesquisas cobriu a filosofia e a ciência, a história, a lingüística, a geologia e os fosseis, a ética e a política. Sua energia intelectual foi colocada a serviço da sociedade, para o bem de todas as gerações, para diminuir o perigo e o sofrimento dos humanos pela ignorância e pela guerra.

AMANHÃ: Grande pensador fazendo parte da preparação da moderna teoria da Sociologia: William Robertson.


1027 BUFFON

1027 BUFFON

27 DE OUTUBRO. Buffon: O primeiro tratado não bíblico de História Natural da Geologia e da Biologia.

BUFFON
Georges-Louis Leclerc, Conde de Buffon, Georges-Louis Leclerc de Buffon
(nasceu em 1707, em Montbard, França; morreu em 1788, em Paris)
NATURALISTA AUTOR DA PRIMEIRA HISTÓRIA NATURAL DA BIOLOGIA E DA GEOLOGIA NÃO BÍBLICA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

BUFFON nasceu em Montbard na Bourgogne em 1707. Seu pai era conselheiro do Parlamento dessa província e educou seu filho para a carreira de magistrado, mas a vocação de Buffon o levou para o estudo da ciência, na matemática e na física.
Depois de ter visitado a Inglaterra e outros lugares, ele se dedicou ao estudo sistemático, começando pela tradução de certas obras sobre a agricultura e também do tratado de Newton sobre as fluxões.
Em 1739 ele ficou no lugar de Dufay como diretor do Jardim Botânico, fundado cem anos antes por Guy de la Brosse. Buffon dedicou o resto de sua vida, em quase 50 anos, à composição de sua grande obra sobre a História natural, com a contribuição de Daubenton, Guèneau de Montbeillard, do abade Bexon e continuada por Lacépède.
Ele passava muito tempo nas suas terras na Borgonha, onde ele administrava seus bens com sabedoria e liberalidade, regrando a vida com uma extrema regularidade.
A audácia de suas pesquisas levantou comentários contrários que ele sempre desarmava em afirmando sua submissão à autoridade religiosa sem, no entanto, parar com suas idéias renovadoras. Buffon não chegou a participar da preparação da Enciclopédia de Diderot. Mas ele fez parte do grupo de homens emancipados da religião, que foram a maior glória desses dias, os Enciclopedistas como Hume, d’Alembert, Montesquieu, George Leroy, Turgot e outros.
A obra de Buffon não é apenas uma simples cópia com a descrição de detalhes. Seu objetivo era de conhecer o planeta terra como um todo completo depois de sua origem, partindo como a massa de matéria ardente que se desprendeu do sol. Matéria que evoluiu gradualmente formando as formas da matéria mineral, vegetal e animal para tornar-se no fim a morada do homem, que usa sua superioridade sobre as outras raças animais e vegetais. Ele modifica essas espécies e as coloca a seu serviço.
Buffon não chegou a completar seu grande programa. Mas é admirável como ele se mostrou um cuidadoso e escrupuloso observador dos detalhes, chegando a um conhecimento tão claro e distinto de sua pesquisa.
As descrições dos animais feitas por Buffon, em especial daquelas raças ligadas aos homens, como do cavalo, do boi, do carneiro, do cão, são obras-primas permanentes feitas por um espírito sintético e simpático de um artista filósofo.
Um bom exemplo é a apreciação que ele faz sobre a influência do cachorro sobre o poder do homem. De que modo poderia conquistar, domar e destruir as feras selvagens perigosas e nocivas sem a ajuda do cão?
Para se proteger e para tornar-se o dono do universo dos animais, foi preciso fazer amizade com os bichos, se juntar com doçura e com carinho com aqueles que se mostraram capazes de colaborar e de obedecer, para colocar os animais uns contra os outros.
O primeiro ato dos homens foi a educação do cachorro. Ele tem mais velocidade, mais força e mesmo mais coragem do que o homem, tendo ainda sentidos mais agudos. O cão, ficando amigo do homem colocou a seu serviço novos sentidos e novas capacidades. Os instrumentos que temos imaginado para melhorar nossos sentidos não chegam perto desses aparelhos já prontos que a natureza nos oferece.
Na discussão de Buffon sobre a origem das espécies Buffon demonstra seu poder filosófico e sua prudência. Considera as espécies como fixas dentro do período da vida humana. Mas pensa que é grande a possibilidade e mesmo a probabilidade de transformações das espécies em eras muito anteriores ao homem. Esse evolucionismo de Buffon resulta de sua noção de evolução do planeta terra.

AMANHÃ: O poderoso pensador e maior filósofo depois de Aristóteles: Gottfried Leibnitz.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

1026 MONTESQUIEU

1026 MONTESQUIEU

26 DE OUTUBRO. Montesquieu: O Iluminismo e a necessidade da Sociologia como ciência de observação.

MONTESQUIEU
Barão de la Brède e de Montesquieu, Charles-Louis de Secondat
(nasceu em 1689, no Castelo de la Brède, em Bordeaux, na França; morreu em 1755, em Paris)
FILÓSOFO POLÍTICO E JURISTA FRANCÊS DO ILUMINISMO DA HISTÓRIA E DA SOCIOLOGIA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

MONTESQUIEU nasceu em 1689 no Castelo de Brède, perto de Bordeaux. Sua família foi elevada à nobreza pelo rei Henrique IV, exercendo funções hereditárias que Montesquieu tomou em 1714.
Desde logo ele se dedicou ao estudo do Direito, nas horas vagas ocupando-se da Física e depois em pesquisas históricas. Em 1721 publicou as Lettres persanes, Cartas persas, que faziam a crítica da vida ocidental por oriental imaginário. Tornou-se famoso, mas o governo julgou que a obra estava cheia das idéias do livre-pensamento. Ele vendeu seu cargo hereditário e se dedicou à literatura.
Em 1734 publicou seu livro Causas da grandeza e da decadência dos Romanos e durante os 14 anos seguintes trabalhou em sua grande obra: o Espírito das Leis. Montesquieu morreu em 1755 em Paris.
Na Introdução ele mostra uma ampla noção das leis na teoria política. Ele estabelece claramente a relação entre a lei natural científica e a lei humana, jurídica. As leis, diz ele, são relações necessárias que resultam da natureza das coisas.
De maneira mais explícita ele explica que
“Entre dois corpos em movimento as relações de massa e de velocidade determinam o aumento ou diminuição do movimento; se não há variação, haverá uniformidade e constância. Relações semelhantes existem nas ações entre os homens. Antes de começar as pesquisas sobre a lei positiva, é necessário conhecer as relações naturais de justiça.”
Pesquisar essas condições constantes foi o objetivo fixado por Montesquieu na Introdução de sua obra-prima. Algumas dependeriam da forma do governo, outras do jogo das paixões em que cada forma, republicana, aristocrática, monárquica ou despótica fosse especialmente favorável.
Seu grande livro se divide em 31 capítulos. Trata das diversas formas de governo, dos princípios de ação de cada um deles; do modo como cada um acaba por se corromper e por morrer. Afirma que numa república a virtude é o princípio da estabilidade, na monarquia é a honra e num estado despótico é o medo. Ele discute a guerra, defensiva ou ofensiva. Ele explica as condições da liberdade política e sua relação como o imposto. Toma por assunto o clima como fator do caráter da nação e sua influência sobre a instituição da escravatura. Estuda a fertilidade e a esterilidade do solo nas suas relações com a civilização. Mostra a influência do caráter nacional sobre as leis do país, depois pesquisa as relações da lei com o comércio. Ele analisa a população, a religião, as sucessões, terminando com uma revisão histórica do desenvolvimento da legislação francesa desde suas origens feudais.
Montesquieu apresenta a teoria da divisão do poder político entre o legislativo, o executivo e o judiciário como forma de promover a liberdade. O modelo dessa forma de governo foi tomado da Inglaterra. A divisão do poder com o parlamento tornou-se mais tarde a forma de governo em todos os países, tanto no ocidente como no oriente.
Na teoria política moderna se discute se essa quebra na unidade de comando consegue de fato o controle do poder executivo. Analistas políticos hoje discutem como a falta de unidade do comando impede a governabilidade. Essa é a fonte da corrupção que acompanha o regime dos parlamentos, uma vez que o executivo tem que corromper o congresso para poder governar. Essa negociação política oficializada é, na verdade, a corrupção autorizada como forma de governo. Os prejuízos dessa falta de unidade de governo e da corrupção inevitável se verificam em todos os governos com parlamento, em todo o mundo, prejudicando a democracia.
A obra de Montesquieu mostra claramente em seu tempo a necessidade de tratar a Política com os mesmos métodos das ciências de observação. Montesquieu fez parte do grupo de filósofos do Iluminismo emancipados das crenças antigas. Seus textos geraram controvérsia, sofrendo ataque da Universidade da Sorbonne e do clero, sendo sua obra afinal colocada no INDEX dos livros proibidos pela Igreja Católica, em 1751.
Com todos os esforços feitos, Montesquieu tornou-se um filósofo famoso de prestígio mundial, como um dos precursores da sociologia científica e de suas leis naturais.

AMANHÃ: O poderoso pensador e maior filósofo depois de Aristóteles: Gottfried Leibnitz.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

1025 FRERET

1025 FRERET

25 DE OUTUBRO.Nicolas Freret: A arte de escrever a História: a historiografia crítica.

FRERET
Nicolas Fréret
(nasceu em 1688, em Paris; morreu em 1749, em 1749, em Paris)

FILÓSOFO HISTORIADOR FRANCÊS FUNDADOR DA CRÍTICA CIENTÍFICA DA HISTÓRIA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

NICOLAS FRERET era filho de Charles-Antoine Fréret, procurador do Parlamento de Paris, nascido em 1688. Mostrou desde cedo uma grande disposição para a leitura, em especial para o estudo da história. Destinado por seu pai a ser advogado, ele obteve autorização para se dedicar às pesquisas históricas.
Na idade de 19 anos ele já tinha escrito várias memórias sobre a religião dos gregos e em 1714 foi recebido na Académie Royale des Inscriptions et Belles-Lettres.
Sua primeira contribuição na Academia foi uma investigação muito cuidadosa e muito documentada sobre a origem dos povos Francos e seu estabelecimento na Gália: foi Da origem dos Francos, de 1714. Ele afirmou que os Francos formaram uma liga de tribos dos Germanos do Sul e não o que a lenda aceita então de que os Francos teriam sido uma nação de homens livres descendentes dos gregos e que mantiveram a civilização em meio aos bárbaros. A indignação resultou na prisão de Freret na fortaleza da Bastilha como sendo um ataque contra a monarquia.
Esse ato inofensivo de liberdade é uma verdadeira prova da arbitrariedade do poder político. A partir desse desastre, ele renunciou ao estudo da história moderna, dedicando-se ao estudo da antiguidade. Ele fez seu campo de pesquisa o estudo crítico da mitologia, da geografia e da cronologia antiga.
Freret é considerado o principal fundador da escola crítica da História, ou seja, entre os criadores do método científico de raciocínio na pesquisa histórica. Muitos dos princípios essenciais, muitas vezes atribuídos aos escritores alemães desse século, foram postos primeiro por Freret.
Na sua memória sobre a história primitiva da França, ele expõe seu método clara e simplesmente. Diz ele:
“Eu começo por recolher todas as notícias dos historiadores antigos relacionados ao assunto. A seguir, eu abandono o que é contemporâneo e dou preferência ao resto que sobra. Entre os escritores contemporâneos, eu escolho somente aqueles que foram testemunhas dos fatos que eles contam e que devem, por conseqüência, ter a melhor informação. Os resultados assim obtidos eu junto tanto quanto possível, de modo a construir a descrição dos eventos que parece a mais provável.”
Freret reproduz esses princípios de uma maneira mais sistemática nas suas Observações gerais sobre a história antiga:
“O método mais próprio a nos conduzir à verdade num assunto qualquer é aquele que começa por recolher um conhecimento certo sobre os pontos particulares e visando os princípios gerais, mas desde que eles pareçam resultar de fatos particulares reconhecidos como certos. É o método que distingue não somente entre o absolutamente verdadeiro ou falso, mas entre os diferentes graus de probabilidade que se aproximam desses dois limites, e que, ainda, não se contenta de apenas distinguir os diversos graus de certeza de maneira abstrata, mas quantifica o grau de certeza possível de atingir em todos os campos de pesquisa, já que quase todos têm um procedimento especial a usar.”
Nicolas Freret teve uma vida tranqüila e trabalhosa de um pensador puro e sábio, morrendo em Paris em 1749.


AMANHÃ: O Iluminismo mostra a necessidade da Sociologia como ciência de observação: Montesquieu.


domingo, 24 de outubro de 2010

1024 VICO

1024 VICO

24 DE OUTUBRO.
Giambattista Vico: Somente a raça humana venera os idosos e os mortos.

VICO
Giovanni Baptista Vico, Giambattista Vico, João Batista Vico
(nasceu em 1668, em Nápoles, Itália; morreu em 1744, em Nápoles)
FILÓSOFO ITALIANO DA HISTÓRIA PRECURSOR DA SOCIOLOGIA CIENTÍFICA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

VICO era filho de um livreiro de Nápoles. Foi educado num colégio dirigido pelos jesuítas, mas se tornou livre das crenças religiosas da época por suas próprias leituras. Vico estudou filosofia, lingüística e jurisprudência. Teve tanto sucesso no estudo das leis, que, aos 16 anos ele defendeu seu pai num processo judicial. O bispo de Ischia o colocou como professor orientador particular de seu sobrinho. Pouco tempo depois, ele retornou a Nápoles, onde, em 1697 tornou-se professor de Retórica. Sua grande obra, a Scienza nuova, foi publicada em 1725. Em 1735 foi posto como historiógrafo do rei de Nápoles. Vico morreu em 1744.
A Ciência nova de Vico era de fato a aplicação dos princípios científicos positivos de Francis Bacon aos fenômenos da sociedade humana. Vico se convenceu, com um vigor extraordinário da idéia central de que se pode formar uma História ideal, eterna, representando as leis da evolução da raça humana. Mas só se chegará a esse resultado observando o que existe de uniforme no meio de todas as diversidades de costumes, de línguas e de acontecimentos dos diferentes povos.
O seu grande livro tinha por destino achar essas leis gerais que dirigem o destino das nações. Vico viu claramente que no primeiro estado das nações o desenvolvimento foi inconsciente. O jogo das paixões naturais levava a conseqüências que ninguém esperava.
Foi necessário um grande número de séculos para que a filosofia se formasse. Deve-se procurar os princípios do desenvolvimento na linguagem, nas instituições básicas, na poesia primitiva. Vico encontra uma linguagem mental comum a todas as nações. Há uma tendência universal, entre os homens que ignoram as causas naturais das coisas a lhe atribuir as paixões da própria natureza humana. Da mesma forma como quando se diz que os ímãs “amam” o ferro.
Vico diz ainda que a mais sublime obra da poesia é dar inteligência e sentimento às coisas inanimadas. É o que faz a criança e a humanidade em sua infância. Então, todos os homens foram poetas, dessa maneira.
Essa é a mais clara descrição do FETICHISMO primitivo, que foi a primeira forma dos homens representarem a natureza. A partir dessa base, Vico estabelece uma teoria da evolução histórica.
Ele mostra que idéias iguais ou uniformes surgem entre as nações inteiramente separadas no espaço e no tempo sem algum contato recíproco. Essas idéias devem ter um fundo comum de verdade.
Em todas as nações e tribos encontramos três instituições: a religião, o casamento e os funerais. Vico confirma essas observações com grandes referências à literatura antiga e às suas viagens modernas. As nações, na idade primitiva, são incapazes de pensar por meio de abstrações, de atributos gerais das coisas. Mas elas dão uma vida e uma personalidade às suas idéias e cada qualidade abstrata se mostra num deus ou num herói.
Vico concluiu que cada civilização o governo passa por 3 estados:
1 a era dos deuses, com o rude terror da teocracia, forma a família;
2 a era dos heróis, como em Homero e Roma, cria governos de aristocracias opressoras;
3 a era dos homens, era final de repúblicas e monarquias.
Vico mostrou dessa forma, que, com o estudo sistemático da sociedade humana pode-se descobrir quais são as leis permanentes que dirigem o progresso da humanidade. Ele indica etapas HISTÓRICAS. Na sociologia moderna mais recente, a evolução é mostrada como o progresso no MODO usado para explicar cada idéia, como em matemática, em física ou em psicologia, na vida, na doença ou na morte.
Porque, em cada etapa histórica, cada indivíduo apresenta diferentes maneiras de pensar em cada tema, na mesma época. Em cada etapa na história, não há igualdade no modo de pensar de todos. A lei dos 3 ESTADOS de Augusto Comte NÃO É HISTÓRICA, mas indica como a MENTE HUMANA evolui, em cada assunto, o que tem conseqüências históricas.
Vico indicou claramente que o culto dos mortos é uma característica que só a espécie humana tem, única raça que o realiza entre todos os animais, com exclusividade.
Em outras espécies, como nos cães, há provas de afeição e lembrança. Mas só os homens fazem o culto dos antepassados. Essa é a razão emocional que dá aos humanos a capacidade de formar uma sociedade com progresso permanente. Pelo acúmulo do conhecimento de cada geração devido ao amor e respeito aos mais velhos e ao passado.
O PROGRESSO é verificado se feita REFERÊNCIA ao aperfeiçoamento da SOCIEDADE HUMANA, que permite afirmar com segurança o QUE É e aquilo QUE DEVE ser. A REFERÊNCIA na modernidade se faz ao bem da humanidade. O individuo morre, mas o agrupamento humano continua vivo em aperfeiçoamento contínuo como pode ser verificado pelo resultado final, apesar de oscilações, dos riscos e obstáculos. Aqui está a finalidade da vida, a nova TELEOLOGIA, a nova síntese da vida humana descoberta pela SOCIOLOGIA científica abstrata, racional ou teórica.

AMANHÃ: A arte de escrever a História: a historiografia crítica da Nicolas Freret.


1023 FONTENELLE

1023 FONTENELLE

23 DE OUTUBRO. Fontenelle: o ILUMINISMO: Libertação de todos da ignorância e da superstição.

FONTENELLE
Bernard le Bovier, Sieur, Monsieur de Fontenelle
(nasceu em 1657, em Rouen;, França; morreu 1757,em Paris)
FILÓSOFO HUMANISTA PRECURSOR DO ILUMINISMO CIENTISTA LEIGO

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.
Por Ângelo Torres

FONTENELLE nasceu em Ruen em 1657. Sua mãe era irmã do grande dramaturgo poeta Pierre Corneille e seu pai um notável advogado. Estudou no colégio dos jesuítas de Rouen, dando mostras de uma grande aptidão para a literatura. Mesmo destinado ao estudo do Direito, ele procurou ganhar todo tipo de conhecimento.
Em 1691 foi recebido na Academia de Ciências em Paris. Ele foi nomeado Secretário da Academia, cargo que ocupou durante 42 anos. Morreu em Paris, em 1757, faltando apenas um mês para completar 100 anos de idade. Disse, em seus últimos momentos, que não sofria de mal algum, a não ser uma certa dificuldade de continuar a viver. A saúde permanente de Fontenelle por toda sua longa vida, faz um contraste notável com a extrema delicadeza de seu temperamento durante a infância. Seu caráter era especialmente plácido e igual. Era doce e brilhante, dizendo-se que ele nunca ria, nem chorava.
Fontenelle era um verdadeiro pensador, mas não fazia questão de receber o título de filósofo. No começo dos anos 1700, do século 18 o movimento de libertação das crendices antigas não se limitava a apenas alguns pensadores. A liberação mental foi divulgada em geral e Fontenelle teve grande participação nesse movimento de ensino da ciência.
Fontenelle é o primeiro pensador da escola de pensamento do Iluminismo, um grupo de brilhantes filósofos não religiosos dos anos 1700, no século 18. Os pensadores do iluminismo foram reformadores do saber, com uma firme fé na possibilidade de um mundo melhor. Eles conseguiram juntar as novas teorias científicas à sua aplicação prática e útil. Formaram o Iluminismo filósofos como Francis Bacon, Descartes e Galileu que fundaram o novo conhecimento do mundo e do homem. Fontenelle foi um grande amigo de Montesquieu e de Voltaire.
A popularização da filosofia moderna foi feita por Fontenelle em sua História dos Oráculos, de 1687, onde ele faz a crítica das religiões pagãs, anteriores ao cristianismo. Ele coloca essas crenças embaixo de dúvidas que os leitores logo vêm que são críticas válidas também para a religião cristã. Num estudo original de historiografia, Da origem das fábulas, de 1724, Fontenelle mostra a teoria de que fábulas iguais surgem em culturas completamente diferentes. O que seria uma tentativa de estudo da religião comparada.
Uma das discussões da época se referia a uma suposta inferioridade da literatura moderna em relação à literatura da antiguidade. Os escritores e poetas modernos não seriam melhores que os antigos. Fontenelle se opôs com energia essa opinião. No ponto de vista puramente artistico, estético, poderia haver dúvida a respeito. Mas Fontenelle ampliou o debate, mostrando a superioridade das novas descobertas científicas. E demonstrou a verificação da ampliação continuada do conhecimento em todas as suas formas. A noção de progresso era, então, uma idéia muito nova. Porque as verdades divinas da religião, que estavam nos livros sagrados, eram todas eternas, sem alteração, impedidas de progresso. Só o conhecimento relativo, não absoluto, pode melhorar quando se experimenta mais, tendo mais vivência.
Fontenelle é mais conhecido por seu livro Pluralidade dos Mundos, que indica a possibilidade de vida fora da terra. É uma explicação da astronomia popular simplificada, divulgando as novas descobertas científicas, muito importantes para a nova sociedade que se formava. Essa obra e os Elogios dos Sábios, com a biografia dos pensadores da Academia de Ciência, são de leitura recomendada até nossos dias, como uma forma didática de obtenção do conhecimento.
A Pluralidade dos mundos tem um valor histórico como o melhor monumento de homenagem a uma teoria que teve uma enorme repercussão para o desenvolvimento da visão do mundo na modernidade. A descoberta do movimento da terra e das leis da astronomia científica mostraram com precisão o lugar do homem na natureza. Foi uma lição vigorosa de modéstia muito necessária: estamos num pequeno planeta, secundário, girando em torno de uma estrela menor. O homem não é o rei da natureza, dono do centro do universo.
Fontenelle é, portanto, o primeiro dos grandes filósofos do ILUMINISMO. Que foi um forte e elevado movimento intelectual de emancipação, libertando os humanos da superstição e da ignorância. Uma tarefa ainda em execução em nossos dias.


AMANHÃ: Somente os humanos mostram o amor e respeito aos idosos e aos seus mortos: Giambattista Vico.


1022 GROTIUS

1022 GROTIUS

22 DE OUTUBRO.
Hugo Grotius:Ao fazer normas jurídicas mostra-se a perda de poder da religião.

GROTIUS
Hugo Grotius, Huig de Groot, Hugeianus de Groot, De Groot
(nasceu em 1583, em Delft, Holanda; morreu em 1645, em Rostock, Mecklenburg-Schwerin, Alemanha)

JURISTA SÁBIO HUMANISTA HOLANDÊS NA FUNDAÇÃO DA LEI INTERNACIONAL MODERNA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

Em 1598 ele acompanhou a embaixada holandesa a Paris, conhecendo o estadista e historiador Jacques de Thou (1553-1617). Em 1607 ele foi nomeado advogado da Tesouraria das províncias holandesas e em 1613 tornou-se hóspede em Rotterdam.
Por sua amizade com Barneveldt foi preso em 1619. Depois de dois anos de prisão, sua esposa o ajudou a fugir, indo para a França, onde, em 1623, ele escreveu sua famosa grande obra sobre o direito internacional. Depois de uma tentativa infrutífera para se recolocar na Holanda, ele aceitou em 1634 o posto de embaixador da rainha Cristina da Suécia na corte real da França. Em 1645 ele passou algum tempo em Stockholm e depois foi para Lubeck. Na viagem seu navio foi atingido por uma violenta tempestade, sendo obrigado a desembarcar perto de Dantzig em estado de grande prostração. Ele morreu poucos dias depois, em 1645, em Rostock. Seu corpo repousa em Delft num monumento erigido em sua honra.
Grotius escreveu várias obras históricas, sendo ainda um poeta completo. Durante sua prisão, escreveu em versos na língua holandesa, que depois traduzia para o latim. Ele era um ativista em favor da tolerância, apoiando as doutrinas em que católicos e protestantes estivessem de acordo.
Sua grande obra é seu tratado De Jure Belli et Pacis, o direito de guerra e de paz, a primeira tentativa para estabelecer os princípios do direito internacional, escrito em 1625. Nesse livro ele discorda da escolástica no método de raciocinar.
Define a LEI NATURAL como regra que pode ser descoberta pelo uso do raciocínio, com a hipótese que essa lei seja válida mesmo se não houvesse Deus. Desse modo ele realizou a divisão contra as suposições religiosas e preparou as teorias raciocinadas dos anos 1600 e dos anos 1700, nos séculos 17 e 18. É considerado o fundador da moderna teoria da LEI NATURAL CIENTÍFICA.
O objetivo de Grotius consistiu na determinação das leis que obrigassem as comunidades independentes em suas relações mútuas, fosse durante a guerra, fosse em tempo de paz. O motivo que provocou sua obra foi o espetáculo que todo o mundo cristão oferecia e que envergonhava até aos bárbaros: as guerras começavam por razões frívolas ou até sem pretexto algum, sendo feitas sem obedecer a qualquer lei divina ou humana, como se uma declaração de guerra autorizasse cometer todos os crimes.
Grotius afirma, no entanto, que existem certas influências restritivas com origem na própria constituição da natureza humana, onde existe um instinto social, uma tendência inata para a realização do bem. Outras normas têm sido, em todos os tempos, objeto de culto entre todos os povos.
Como exemplo destas últimas, pode-se citar o respeito pelos embaixadores, à bandeira branca dos negociadores e à condenação na guerra de atos como o envenenamento da água ou a violação das mulheres. A essas regras podem-se juntar os deveres que os mais nobres guerreiros obedecem sempre, como a clemência para com o inimigo já submetido, o respeito pela propriedade privada num país invadido e outras limitações que são praticadas em parte ou mesmo universalmente.
O objetivo que Grotius procurava era conduzir negociações amplas em favor do estabelecimento de princípios gerais de jurisprudência ligados aos direitos de propriedade e de território, aos contratos, governos e questões afins.
A grande contribuição de Grotius deixa à mostra a perda de poder político da religião da Idade Média, desde os anos 1300. Os religiosos, veneráveis como mestres, formadores da opinião e líderes da sociedade, perderam sua força para regular a atividade humana tanto na guerra como na paz.
O poder material coercitivo do governo político é chamado provisoriamente, por meio das leis e do direito, para diminuir os males das guerras e das catástrofes. O poder político assume as tarefas humanitárias que pertenciam ao respeitável sacerdócio medieval, nas relações internacionais e na diplomacia.
Em nossos dias a nova liderança filosófica humanista ainda está em formação para retomar a formação da opinião, o governo teórico que deverá liderar a nova sociedade industrial e pacífica, há séculos sem direção internacional efetiva firme e coerente.


AMANHÃ: Libertação de todos da ignorância e da superstição: o ILUMINISMO de Fontenelle.


1021 BACON

1021 BACON

21 DE OUTUBRO.
Francis Bacon: A pesquisa científica feita também na sociedade e nos costumes.

FRANCIS BACON
Sir Francis Bacon, Visconde de Saint Alban, Lord Chanceler da Inglaterra
(nasceu em 1561, em Londres; morreu em 1626, em Londres)

FILÓSOFO INGLÊS NOBRE FUNDADOR DA FILOSOFIA MODERNA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

Bacon, chefe de semana, encerra a semana dos pensadores modernos da pesquisa científica sobre a natureza individual do homem físico e mental.

FRANCIS BACON era filho de Sir Nicolas Bacon, Lord Guarda do Grande Sinete durante 20 anos no governo da rainha Elisabeth da Inglaterra. Ele nasceu em Londres em 1561.
Desde cedo mostrou um espírito vivo e aos 13 anos foi estudar no Colégio Trinity em Cambridge. Mesmo antes de seus 16 anos, já estava profundamente convencido da inutilidade da filosofia aristotélica escolástica então ensinada nas universidades.
Deixando Cambridge, ele estudou jurisprudência e depois viajou pela França, onde fez observações minuciosas da política. Ele relatou suas conclusões na sua obra sobre o Estado da Europa, escrito quando tinha 20 anos de idade.
Em seu retorno para Londres, ele tornou-se advogado em 1582, ganhou grande prática forense e foi nomeado em 1589 conselheiro extraordinário da rainha da Inglaterra. Em 1591 foi eleito membro do Parlamento. Em 1607 foi feito Promotor-Geral, em 1613 Procurador-Geral e em 1617 Lord Guarda do Grande Sinete e no ano seguinte Lord Chanceler.
Durante todo esse tempo, ele continuou o seu grande projeto de juventude: a renovação da filosofia, a ser fundada sobre a ciência moderna. Sua famosa obra-prima, o Novum organum, só seria publicada em 1620. Esse texto tem sua leitura recomendada até hoje.
Na última parte de sua vida, Francis Bacon foi acusado de procedimentos ilegais, perdeu seus títulos, foi condenado a uma grande multa, banido da corte real e até esteve preso na Torre de Londres. Mas ele continuou suas pesquisas científicas pelo resto de sua vida. Por conseqüência de uma explosão acidental em seu laboratório, ele morreu em 1626, em Londres.
Francis Bacon forma com Descartes e com Galileu o grupo de pensadores que fundou a nova filosofia moderna positiva, o sistema de conhecimentos que substituiu a filosofia antiga, elaborada desde a remota antiguidade até a Idade Média.
O início da filosofia moderna foi marcado pelas descobertas astronômicas dos anos 1500, século 16. O momento seguinte foi usado para mostrar que as observações científicas da natureza conduziam a uma regra que permitia a construção de uma nova forma de vida, de progresso, de riqueza. Ao passo que as teorias sobrenaturais eram improdutivas.
O Novum organum começa eliminando quatro fontes de erro que Bacon chama de os Ídolos.
1. OS ÍDOLOS DA RAÇA. São os erros devidos à fraqueza natural da inteligência humana, pelos enganos dos sentidos ou da paixão; a simplificação, a impaciência e a pressa.
2. OS ÍDOLOS DA CAVERNA. São os erros do temperamento particular de cada pessoa, de suas ambições e vaidade.
3. OS ÍDOLOS DA PRAÇA. Os erros do uso da palavra na linguagem.
4. OS ÍDOLOS DO TEATRO. Os erros por preconceitos enganosos.
Descartes aplicou o método científico positivo às ciências naturais, físicas e mesmo à biologia, mas não o aplicou à vida social e moral. Ao contrário, Bacon englobou em seu programa de pesquisa também o estudo da sociedade e dos costumes.
A contribuição de Francis Bacon teve importante repercussão sobre a longa série de pensadores desde Thomas Hobbes até David Hume, pesquisadores que aplicaram o método indutivo da observação experimental ao estudo da sociedade e do comportamento individual.

AMANHÃ: O estabelecimento de normas jurídicas mostra a perda de poder da religião: Hugo Grotius.