sexta-feira, 15 de outubro de 2010

1013 CAMPANELLA

1013 CAMPANELLA

13 DE OUTUBRO. Campanella: O início da maior renovação mental, do pensar mítico para o científico.

CAMPANELLA
Tomás Campanella, Tommaso Campanella, Giovanni Domenico Campanella
(nasceu em 1568, em Nápoles, Itália; morreu em 1639, em Paris, França)

DOMINICANO ITALIANO FILÓSOFO DA EXPERIÊNCIA E DA NATUREZA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim
do poder político do papa e da fé medieval, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme comprovado sobre o próprio homem e sobre o mundo e de seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos.

CAMPANELLA nasceu em Stillo na Calábria, Itália, em 1568. Aos 14 anos tornou-se membro da Ordem dos dominicanos e se consagrou ao estudo da filosofia.
Em suas mãos a filosofia tomou a forma de uma revolta contra a filosofia de Aristóteles, então predominante na religião. O aristotelismo se tornara um sistema pedantesco que tinha pouco do que se conhecia com esse nome no tempo de Roger Bacon e de Tomás de Aquino. O aristotelismo era então considerado pela hierarquia religiosa católica como uma fortificação mental para a defesa das opiniões e das instituições da Igreja.
Em 1591 as tendências revolucionárias de Campanella se mostraram em seu tratado Philosophia sensibus demonstrata, Filosofia demonstrada pelos sentidos, publicada em Nápoles. Nesse livro ele reflete a influência recebida do pensador italiano Bernardino Telesio, opositor ao aristotelismo escolástico.
Campanella recomenda um estudo filosófico apoiado na experiência da natureza. E ele ataca aqueles que especulam somente sobre suas próprias noções arbitrárias, sem tomar conhecimento das informações que a experiência fornece da natureza. Suas afirmações o colocaram como suspeito das mesmas idéias que levaram Giordano Bruno a ser queimado vivo na fogueira, pela Santa Inquisição.
Ele fugiu de Nápoles e foi para a Toscana, onde, durante vários anos, teve a proteção do Gran Duque. Mas em 1599 foi acusado de cumplicidade numa conspiração para destruir o domínio da Espanha sobre a Itália, com a ajuda dos turcos. Nesse caso nunca foram dadas as provas contra Campanella, embora fosse provável que ele tivesse aversão ao governo espanhol sobre a Itália, poder que era de opressão e de obscurantismo religioso atrasado.
Campanella ficou preso por 27 anos, durante os quais foi tratado com rigor e com tortura. Depois de algum tempo ele teve mais liberdade na prisão, já que a maior parte de suas obras foi escrita lá e publicadas na Alemanha.
Em 1626, por intercessão do papa Urbano VII, ele foi posto em liberdade, ficando, porém, ainda submetido a apertada vigilância. Ele fugiu então de Roma em 1634 e foi para Marselha. Ele foi apresentado ao rei Luis XIII e a Richelieu, de quem recebeu uma pensão em dinheiro. Ele morreu em 1639 no convento dos Jacobinos da Rua St-Honoré, em Paris.
A filosofia de Campanella marca a transição da filosofia da Idade Média para uma nova forma de pensar. Na filosofia medieval as doutrinas da Igreja Católica tinham sido reunidas e sustentadas pela autoridade de Aristóteles.
A nova filosofia científica moderna, inaugurada por Roger Bacon e por Descartes, passou a ser uma filosofia em que a meditação sobre os atributos divinos é deixada de lado, para ser feito e estudo científico da natureza e do homem.
Campanella registra o início da maior revolução mental já ocorrida na grande evolução do pensamento. Estava no começo a grande renovação mental da raça humana. A passagem do pensar mítico para o pensar científico, da civilização da guerra para a civilização industrial e pacífica.


AMANHÃ: O grande mérito de conciliar a escritura da Bíblia com a ciência: Tomás de Aquino.


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