sábado, 16 de outubro de 2010

1016 PASCAL 16 DE OUTUBRO

16 DE OUTUBRO. Pascal: as gerações humanas como se fosse um só homem em evolução permanente.

PASCAL
Blaise Pascal
(nasceu em 1623, em Clermont-Ferrand, França; morreu em 1662, em Paris, França)

FAMOSO MATEMÁTICO FÍSICO E FILÓSOFO MORALISTA FRANCÊS

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da fé medieval, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos.

PASCAL, nascido em Clermont em 1623, era filho de Etienne Pascal, presidente do Tribunal em Auvergne, um homem de grande cultura, matemático. Ele teve grande cuidado na educação de seu filho, que desde cedo mostrou grande tendência científica.
A família foi morar em Paris, onde Pascal encontrou-se com o grande matemático Roberval (1602-1675) e com outros pensadores importantes. Aos 16 anos Pascal escreveu um tratado sobre as Seções Cônicas que chamou a atenção de Descartes. Aos dezoito anos, em 1641, ele inventou uma máquina de calcular, fazendo mais de 50 modelos até que ela ficasse pronta. O seu objetivo era ajudar o pai nos cálculos necessários ao seu trabalho, então no governo da Normandia.
Nos cinco anos seguintes ele se dedicou com energia à pesquisa científica. Em 1647, com 24 anos, publicou um resumo de suas experiências com o vácuo. A exposição completa de suas pesquisas só foi publicada após sua morte.
Em 1648 promoveu experiências com o barômetro de mercúrio de Torricelli no alto e na base das montanhas e na torre de Saint-Jacques, em Paris. Em 1663 publicou um tratado sobre o equilíbrio dos fluidos relacionado com a pressão hidráulica.
Em 1654, sua saúde, precária desde anos atrás, sofreu mais ainda com um acidente de carruagem. O acidente lhe provocou uma crise moral que o afastou da ciência e da filosofia.
Ele foi levado a ter um retiro religioso, que só foi interrompido por sua polêmica com os jesuítas, com o nome de Lettres Provinciales, Cartas da Província, de 1656 e pelo desafio que lançou aos sábios matemáticos sobre a curva da ciclóide, em 1658.
Pascal havia projetado, anos antes, escrever uma obra filosófica sobre o homem e seu destino. Desse escrito restaram apenas fragmentos isolados, mais tarde publicados com o nome de Pensées, Pensamentos.
Os Pensées são até hoje de leitura recomendada, embora, no conjunto, mostre um misticismo doentio e egoísta. Mas revelam um espírito muito competente, que em condições boas de saúde seria capaz ainda de grandes obras.
Em especial deve-se notar o mais destacado dos Pensamentos escritos por Pascal:
“A série inteira de gerações humanas durante o decorrer dos séculos pode ser considerada como se fosse um só homem que vivesse sempre e aprendesse continuamente”.
Essa afirmação contém a grande mensagem humanista da constante evolução da sociedade dos humanos. Exprime o conhecimento da CONTINUIDADE que ocorre na humanidade, não nos animais e somente com os humanos, em que o saber é transmitido através do tempo, de uma geração a outra. Cada indivíduo, em toda a escala social, coopera, com sua parcela, para o progresso constante da humanidade.
E o reconhecimento desse enorme poder sociológico é de grande importância na modernidade. Depois do fim da Idade Média, os princípios das causas primeiras e finais foram de novo estudados. Esses princípios foram alterados: antes eles deveriam ser tirados verdades divinas e eternas da Metafísica antiga, como ditadas pelos deuses. O humanismo criou uma nova referência, a sociedade humana.
A referência para julgamento, que era feita pela lei de Moisés, do deus único, somente para o bem da nação dos judeus, já tinha sido alterada. A nova lei que prevaleceu na Idade Média foi a lei de Paulo de Tarso, de São Paulo, do deus único para todos os povos, para todas as nações.
Na era moderna, após o fim da Idade Média, a lei passou a ser a LEI DA HUMANIDADE. Ou seja, só é herói o que defende a sociedade. É bandido, criminoso, aquele que prejudica, que fere a sociedade humana. É a lei do humanismo leigo, secular, não religioso. A lei que explica o sucesso e a felicidade individual na vida.
Os tribunais, hoje, se regulam pela nova lei do humanismo secular. É o humanismo que regula as decisões dos respeitáveis juizes de nossos dias. É o humanismo que dá prêmio e que dá castigo.
Devemos pesquisar a filosofia moderna, secular, humanista. Assim poderemos saber e comprovar como se alterou a nossa cultura na modernidade da sociedade industrial, leiga e pacífica em que estamos vivendo.

AMANHÃ: Tornou o saber científico confiável, útil, globalizado com o empirismo: John Locke.

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