quarta-feira, 20 de outubro de 2010

1020 CABANIS

1020 CABANIS

20 DE OUTUBRO. Pierre Cabanis: A demonstração de que a carne pensa sendo a sede da emoção.

CABANIS
Pierre-Jean-Georges Cabanis
(nasceu em 1757, em Cosnac, Brives, França; morreu em 1808 em Meudon, França)
FILÓSOFO E MÉDICO DA DEPENDÊNCIA DA PSICOLOGIA À VIDA ANIMAL

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

CABANIS era filho de um grande agricultor de Cosnac, perto de Brives, muito estimado por Turgot. O jovem, que o ensino na sua província não podia satisfazer, foi para Paris aos 14 anos e aos 16 anos já era secretário particular de um nobre polonês.
Cabanis estudou medicina com Dubreuil durante seis anos. Nessa época conheceu a viúva de Claude Helvetius (1715-1771) , que ele considerava como sua segunda mãe. Por intermédio dela, teve contato com os grandes pioneiros da Revolução Francesa: Diderot, d’Holbach, d’Alembert, Franklin, Jefferson, Condorcet.
Cabanis fez amizade com Condorcet e mais tarde casou-se com a irmã de sua esposa. Ele foi o médico de Mirabeau e manteve importantes funções políticas durante a Convenção.
Ele morreu em 1808 em Meudon, onde passou a morar no ano anterior. Seus últimos anos foram de atos de bondade para os que precisavam de sua ajuda ou dos seus conhecimentos como um competente médico.
A grande obra de Cabanis, Rapports du physique et du moral de l’homme, foi publicada em 1802. Essa obra-prima tem sua leitura recomendada até nossos dias. Consiste numa série de memórias sobre a correlação entre o moral e o físico do homem. Ele tem o grande mérito de ter, pela primeira vez, abordado o problema da Biologia superior, no estudo das funções psicológicas do ser vivo. O que foi considerado, então, como um materialismo revolucionário.
Cabanis afirma que ensinamentos de valor foram feitos por Hipócrates e Aristóteles e mais tarde por pensadores ingleses desde Bacon até Locke sobre a dependência de nossas idéias em relação aos sentidos. Esses estudiosos, se não eram todos médicos, tinham um conhecimento prático de medicina. Mas Condillac e outros, não tendo esse saber, exageraram as opiniões de Locke e explicaram a ação completa mental e moral do homem apenas pela ação dos sentidos.
Mas essa noção do homem representado como uma estátua dotada somente de sensação, para Cabanis, não estava correta. Uma impressão feita sobre um órgão dos sentidos afeta todo o organismo ou parte considerável dele e a reação que dai resulta é diferente em cada caso.
Cabanis discordou dos preconceitos idealistas da antiguidade. Ele mostrou o engano da tentativa de pesquisar as funções da inteligência e das emoções como se fossem diferentes das operações da vida animal. A sua obra prima fez com que as explicações fantasiosas perdessem prestígio no meio acadêmico.
Ele comprovou que as operações mentais se produziam por meio dos órgãos da vida do corpo humano. O método usado foi mostrar a relação inversa, ao provar que as operações mais simples dependiam das condições mais elevadas.
Cabanis mostrou que as relações na sociedade, por meio das emoções e da mente, podiam ser tratadas como uma simples conseqüência da vida, dos fenômenos da Biologia. Essa era uma afirmação original, que provocou o estudo dos fenômenos mentais e morais, os mais complexos do organismo do homem. O que se deu logo depois, pelos pensadores que se seguiram, como Franz Gall (1758-1828), na pesquisa do funcionamento do cérebro.
Na verdade, a Sociologia, como o estudo do desenvolvimento coletivo da raça humana, é um ramo de prolongamento da Biologia dos humanos. É o estudo do homem em sua inteira extensão, atingindo a vida da cultura em sua continuada e extraordinária evolução.
O conhecimento proposto foi, mais tarde, completado com base na observação científica, pela pesquisa em abstrato. Diga-se, como condição importante, pela pesquisa EM ABSTRATO dos fenômenos de agrupamento na Sociologia e do comportamento individual na Psicologia positiva moderna. Não na Psicologia Antiga do estudo da alma divina, por meio do método medieval da introspecção.
Em outras palavras, a História da Civilização nada é que o resultado indispensável e o complemento da História Natural do homem, de sua evolução do animal selvagem ao homem civilizado das cidades.


AMANHÃ: A pesquisa científica feita também na sociedade e nos costumes: Francis Bacon.


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