domingo, 24 de outubro de 2010

1021 BACON

1021 BACON

21 DE OUTUBRO.
Francis Bacon: A pesquisa científica feita também na sociedade e nos costumes.

FRANCIS BACON
Sir Francis Bacon, Visconde de Saint Alban, Lord Chanceler da Inglaterra
(nasceu em 1561, em Londres; morreu em 1626, em Londres)

FILÓSOFO INGLÊS NOBRE FUNDADOR DA FILOSOFIA MODERNA

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da religião, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna.
Os pensadores na formação do conhecimento firme, positivo, comprovado, sobre o próprio homem e sobre o mundo e seus princípios gerais.
A criação da RAZÃO EXPERIMENTAL CIENTÍFICA é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.

Bacon, chefe de semana, encerra a semana dos pensadores modernos da pesquisa científica sobre a natureza individual do homem físico e mental.

FRANCIS BACON era filho de Sir Nicolas Bacon, Lord Guarda do Grande Sinete durante 20 anos no governo da rainha Elisabeth da Inglaterra. Ele nasceu em Londres em 1561.
Desde cedo mostrou um espírito vivo e aos 13 anos foi estudar no Colégio Trinity em Cambridge. Mesmo antes de seus 16 anos, já estava profundamente convencido da inutilidade da filosofia aristotélica escolástica então ensinada nas universidades.
Deixando Cambridge, ele estudou jurisprudência e depois viajou pela França, onde fez observações minuciosas da política. Ele relatou suas conclusões na sua obra sobre o Estado da Europa, escrito quando tinha 20 anos de idade.
Em seu retorno para Londres, ele tornou-se advogado em 1582, ganhou grande prática forense e foi nomeado em 1589 conselheiro extraordinário da rainha da Inglaterra. Em 1591 foi eleito membro do Parlamento. Em 1607 foi feito Promotor-Geral, em 1613 Procurador-Geral e em 1617 Lord Guarda do Grande Sinete e no ano seguinte Lord Chanceler.
Durante todo esse tempo, ele continuou o seu grande projeto de juventude: a renovação da filosofia, a ser fundada sobre a ciência moderna. Sua famosa obra-prima, o Novum organum, só seria publicada em 1620. Esse texto tem sua leitura recomendada até hoje.
Na última parte de sua vida, Francis Bacon foi acusado de procedimentos ilegais, perdeu seus títulos, foi condenado a uma grande multa, banido da corte real e até esteve preso na Torre de Londres. Mas ele continuou suas pesquisas científicas pelo resto de sua vida. Por conseqüência de uma explosão acidental em seu laboratório, ele morreu em 1626, em Londres.
Francis Bacon forma com Descartes e com Galileu o grupo de pensadores que fundou a nova filosofia moderna positiva, o sistema de conhecimentos que substituiu a filosofia antiga, elaborada desde a remota antiguidade até a Idade Média.
O início da filosofia moderna foi marcado pelas descobertas astronômicas dos anos 1500, século 16. O momento seguinte foi usado para mostrar que as observações científicas da natureza conduziam a uma regra que permitia a construção de uma nova forma de vida, de progresso, de riqueza. Ao passo que as teorias sobrenaturais eram improdutivas.
O Novum organum começa eliminando quatro fontes de erro que Bacon chama de os Ídolos.
1. OS ÍDOLOS DA RAÇA. São os erros devidos à fraqueza natural da inteligência humana, pelos enganos dos sentidos ou da paixão; a simplificação, a impaciência e a pressa.
2. OS ÍDOLOS DA CAVERNA. São os erros do temperamento particular de cada pessoa, de suas ambições e vaidade.
3. OS ÍDOLOS DA PRAÇA. Os erros do uso da palavra na linguagem.
4. OS ÍDOLOS DO TEATRO. Os erros por preconceitos enganosos.
Descartes aplicou o método científico positivo às ciências naturais, físicas e mesmo à biologia, mas não o aplicou à vida social e moral. Ao contrário, Bacon englobou em seu programa de pesquisa também o estudo da sociedade e dos costumes.
A contribuição de Francis Bacon teve importante repercussão sobre a longa série de pensadores desde Thomas Hobbes até David Hume, pesquisadores que aplicaram o método indutivo da observação experimental ao estudo da sociedade e do comportamento individual.

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