quarta-feira, 9 de outubro de 2013

1010 C SÃO BOAVENTURA um rosto de alegria e prazer na paz do amor altruísta

10 DE OUTUBRO. São Boaventura: o prazer religioso se vê na união espiritual.

SÃO BOAVENTURA
Giovanni Fidanza, Doctor Seraphicus, Sábio Devoto
(nasceu em 1221, em Bagnoreal, Viterbo, Itália; morreu em 1274, em Lyon, França)

FRADE FRANCISCANO GERAL DA ORDEM DOUTOR DA IGREJA FILÓSOFO DO AMOR

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.

Ver em 1008 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

Boaventura (1221-1274), nasceu perto de Viterbo, na Itália, teve o nome de batismo de GIOVANNI FIDANZA. Ele entrou para a Ordem de S.Francisco de Assis em 1242, mas já havia estudado em Paris com Alexandre de Hales e depois com La Rochelle, professor de teologia em Paris. Em 1253 ele substituiu La Rochelle.
Nessa época as Ordens Franciscanas e Dominicanas estavam violentamente atacadas por Guilherme de Saint-Amour, professor na Universidade da Sorbone e por outros membros do clero secular. As Ordens foram defendidas pelo papa Alexandre IV, que consultou Tomàs de Aquino e Boaventura. Foram condenados os escritos heréticos, com o cuidado de recomendar a moderação dos seus excessos.
Em 1256 Boaventura foi eleito o Geral da Ordem Franciscana, o seu caráter doce e moderado muito fez para reduzir as controvérsias. Em 1273 ele foi feito Cardeal e, em 1274, assistiu, com Tomás de Aquino outros doutores da Igreja, ao Concílio de Lyon, que tentou reunir a igreja grega e a latina. Poucos dias depois do Concílio, Boaventura morreu, sendo enterrado em Lyon na igreja de sua Ordem.
Boaventura é conhecido entre os pensadores escolásticos como o “Doctor Seraphicus”, por seus textos ardentes de fé e amor. Compôs muitas obras místicas, como o Diálogo de Deus com o espírito, o Caminho do espírito para Deus.
Ele foi mais adepto da filosofia de Platão do que da filosofia de Aristóteles. A característica principal de sua filosofia consiste em que o amor é sempre o princípio, o modo, com a ajuda do qual o espírito se eleva à mais elevada verdade. Essa a superioridade do ensino cristão sobre aquele dos melhores filósofos gregos. Para os gregos, a virtude estava no meio entre dois vícios opostos, o objeto da virtude era, portanto, finito, limitado. Mas o amor não tem tais limites, seu destino sendo infinito.
Gerson, o erudito e devoto chanceler da Universidade de Paris escreve, a respeito das obras de Boaventura:
“Ao meu modo de ver, entre todos os doutores católicos, Boaventura é aquele que mais educa a inteligência e acende ao mesmo tempo a emoção. Seus textos estão escritos com tanta arte, força e concisão que nenhum outro escrito pode superá-los.”
No Canto 12º do Paraíso de Dante o franciscano Boaventura celebra a grandeza de São Domingos enquanto Tomás de Aquino, o dominicano, faz o destaque de São Francisco de Assis.
A pureza e a inocência de Boaventura era tão visível que seu professor Alexandre de Hales afirmava que parecia que ele não tivera o pecado original de Adão. O rosto de Boaventura refletia a alegria, o prazer, fruto da paz em que sua mente vivia.  Ele disse que “o gozo espiritual é o melhor sinal de que a felicidade religiosa habita sua pessoa”.


AMANHÃ: Não basta falar sobre o pensamento, aprende-se a pensar, pensando: Ramus.

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