terça-feira, 8 de outubro de 2013

1008 03 C ALBERTO MAGNO Doctor Universalis o maior na fé e na Filosofia Natural

08 DE OUTUBRO. Alberto Magno: importante agente do progresso cientifico medieval

ALBERTO MAGNO
Albertus Magnus, Santo, Sankt Albert Der Grosse, Doctor Universalis, Doutor Universal
(nasceu em 1200, em Lauingen, Suábia, Alemanha; morreu em 1280, em Colônia, Alemanha)

BISPO DOMINICANO FILÓSOFO ARISTOTÉLICO PATRONO DOS CIENTISTAS DA NATUREZA

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.

Ver em 1008 01 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


ALBERTO MAGNO (1200-1280) era da família nobre alemã dos Condes de Bollstadt e nasceu em Lavingen no Danúbio. Estudou em Passau, na Bavária, entrou para a ordem dos dominicanos e ensinou filosofia em várias cidades alemãs. Finalmente se fixou em Colônia.
Em 1245 foi para Paris e depois de três anos de residência, recebeu o grau de doutor. Em Paris, Alberto Magno começou seu trabalho de filósofo por uma monumental síntese do conjunto completo do saber de seu tempo. Ele apresentou a filosofia de Aristóteles, acrescentando comentários em que mostra suas próprias observações, experiências, descrições, classificações e conclusões.
O destino de seu trabalho foi fazer conhecidos na Europa todos os ramos da ciência da natureza, da lógica, retórica, da matemática, astronomia, da ética, economia, da política e da metafísica. A metafísica era a parte do estudo referente aos princípios gerais e às ciências humanas, “fora ou além da física”. O projeto filosófico de Alberto Magno levou 20 anos para ser completado. Durante esse tempo em Paris, ele teve Tomás de Aquino como seu destacado aluno.
Em 1254 tornou-se Provincial de sua ordem e foi enviado em missão na Polônia para lá suprimir o infanticídio e outros costumes bárbaros. Em 1260, o papa Alexandre IV o chamou para Roma onde se tornou secretário do palácio papal e tomou parte ativa nos debates teológicos de então. Depois ele foi feito Bispo de Ratisbona, onde ficou por três anos. Então ele se retirou para Colônia, onde morou até sua morte em 1280.
Alberto Magno é o principal fundador do estudo sistemático da obra de Aristóteles na Europa, uma enciclopédia que influenciou a mentalidade do Ocidente desde os anos 1200 até os anos 1500, do século 13 até o século 16. As traduções dos textos de Aristóteles, a partir do grego e do árabe, tinham sido feitas poucos anos antes por ordem do Imperador Frederico II da Prússia. Alberto Magno elaborou os comentários a Aristóteles, que fomaram 5 volumes in-folio.
Na Metafísica de Aristóteles ele completou as faltas de descrição do Deus do filósofo grego, que era apenas um centro de movimento. Ele colocou nele os poderes morais do Deus do catolicismo.
Nos tratados de Aristóteles de física, de biologia e de estudos sociais ele acompanhou o autor, mas sempre manteve a própria independência. Ele aplicou o método científico de Aristóteles a novas pesquisas, sobretudo as feitas sobre a composição dos minerais, como devendo ligar a ciência dos astros com a ciência dos homens. Os 5 livros de seu tratado de Mineralibus são dos primeiros ensaios que foram feitos para classificar as substâncias inorgânicas sob o ponto de vista químico.
O traço mais interessante de sua obra consiste em sua observação cuidadosa dos fatos naturais. Ele fez várias viagens para examinar nas minas de extração dos metais para estudar como era encontrada na natureza a mistura do metal com as rochas do minério. O mesmo cuidado levou o padre Alberto Magno a se interessar pelas experiências dos alquimistas, evitando o charlatanismo enganoso pela amplitude de seu saber e pelo sentido de sua pesquisa.
Os seus comentários sobre as obras de biologia de Aristóteles são notáveis. No seu tratado sobre a capacidade do animal em se mover, ele discute se o movimento é controlado pelo cérebro ou pelo coração. Sua conclusão foi de que, embora o coração seja a base elementar da vida, o espírito vital agia, no entanto, por meio dos órgãos dos sentidos, pelos nervos, cérebro e músculos. O que foi uma aproximação grande com as descobertas feitas muito tempo depois.
Não só em teologia, mas também nas ciências naturais e na filosofia a obra de Alberto Magno representa o saber mais avançado da Europa de seu tempo. Ele é um dos mais importantes exemplos do venerável catolicismo como agente de progresso da cultura moral e científica na Idade Média. Os primeiros cientistas foram os padres do cristianismo. A religião só se tornou reacionária após o fim da Idade Média, durante e depois da contra-reforma.
Por sua ilustre e prolongada ação cultural, um lugar de alta relevância está reservado a Alberto Magno na história de ciência e da filosofia.

AMANHÃ: O precursor do espírito científico sistemático: Roger Bacon


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