sábado, 6 de julho de 2013

0707 C FRANCISCO DE ASSIS dedicada ação com ternura a serviço da sociedade

3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Na terceira semana estão os fundadores da vida nos monastérios. O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 01 C  O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.



FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226) era filho de Pietro Bernardone, de Assis, na Úmbria, Itália, um rico comerciante. Por causa de suas relações comerciais com a França, deu a seu filho o nome, então pouco comum, de François, que quer dizer francês.
O jovem Francisco se mostrou alegre, magnífico, sociável e aventuroso. Mas ao ser preso, com a doença e o perigo de morrer, levaram o jovem a meditar sobre a religião e ao desejo profundo de levar outra vida. Ele abandonou tudo o que tinha ou que viria a ter, rompeu com sua família e, com a idade de 24 anos, em 1206, lançou-se na pobreza e à religião.
Dois homens extraordinários surgiram ao mesmo tempo no pontificado de Inocêncio III, de 1198 a 1216, na primeira geração dos anos 1200’s. Os dois se ergueram para combater os males que ameaçavam a Igreja Católica da Idade Média. A ameaça era o luxo escandaloso, a frivolidade e a sensualidade, tanto no sacerdócio como nos leigos. O espetáculo revoltou a alma cândida de São Francisco de Assis e de São Domingos de Castela, que resolveram lutar contra a revolta, a heresia, contra a ignorância de seu tempo.
Os dois se dirigiram diretamente ao povo. Os dois repudiaram tudo que tivesse a aparência de riqueza, do luxo e do orgulho. Os dois, enfim, manifestaram um verdadeiro gênio para refazer a organização social.
São Francisco, o mais jovem, se pôs ao trabalho, dotado de fervor místico, fazendo apelo aos sentimentos; São Domingos, com um espírito mais eminente, se dirigiu à inteligência. Em conjunto, os dois santos fizeram reviver o espírito do catolicismo e deram o tom à sua era.
Francisco reuniu um grupo de devotos extáticos dedicados à estrita mendicância. Vestiu uma roupa barata de cor marrom, um cinto feito de corda, os pés descalços, e se colocou na estrada para pregar a pobreza, a humildade e a caridade.
Em 1212, o papa Inocêncio III, advertido por uma visão, fundou uma nova ordem monástica que foi chamada de frati minori ou irmãos menores, frades menores, que tinha em sua regra a pobreza absoluta, a austera abnegação de si mesmo e a vida de devoção à religião e ao amor.
Nesse mesmo ano, Francisco organizou uma segunda ordem, agora para mulheres, que ficou conhecida como as Pobres Claras, as Clarissas, com a ajuda de uma senhora nobre, que se tornou Santa Clara de Assis.
Para aqueles que não podiam deixar suas famílias, e seus lares, ele formou a Ordem Terceira da Penitência, uma fraternidade que seguia os princípios da vida franciscana de pobreza.
O fervor apaixonado, a ternura mística e o abandono de si mesmo levado até o martírio na nova ordem, se espalhou com uma força irresistível sobre toda a Europa. Os adeptos estavam divididos em diferentes graus para cada sexo; cidades inteiras se inscreveram entre os sectários de Francisco de Assis. Eles mandaram missões para a Ásia e para a África para converter os maometanos e em sete anos, puderam reunir um total de 5.000 membros da ordem.
No verão do ano 1224, no alto da montanha de Alvernia, ele teve uma visão de uma figura vindo dos céus. Era um anjo com seis asas. Quando a visão acabou, Francisco tinha sido marcado com as cinco marcas da crucificação, com os estigmas de Cristo. Pelo resto da vida, Francisco tomou o maior cuidado em esconder humildemente os estigmas. O acontecimento só ficou conhecido após a morte do santo.
São Francisco é um santo do povo, o apóstolo místico do amor, do sofrimento e da humilhação pessoal. Ele se propôs a imitar o Cristo, mantendo a veneração pelo sacramento da eucaristia, do corpo e do sangue do Mestre. Pregava o respeito pelos sacerdotes que cuidavam dos elementos do santo sacramento. Por meio desse espírito de religiosidade o santo ficou conhecido como o amante da natureza, o trabalhador social, um pregador itinerante e um celebrante da pobreza.
É uma observação importante ver como a doutrina da salvação da alma de cada um, individualmente, conduz a um radical egoísmo. Mas a sabedoria dos pensadores religiosos da Idade Média, de forma inteligente, os levou a aplicar a mesma doutrina para chegar à ação altruísta no serviço da sociedade, com grande dedicação e ternura.
Após uma vida curta, mas intensa, de pregação apaixonada e de tortura mística, em que o fanatismo desaparece numa auréola de doçura e de simplicidade, São Francisco morreu em Assis no ano de 1226, com a idade de 44 anos.


AMANHÃ: Entre os mais nobres, mais enérgicos e também dos mais arbitrários das crenças absolutas: Inocêncio III, papa.


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