quinta-feira, 4 de julho de 2013

0705 C SUGER liberdade para as povoações e os trabalhadores da semi escravidão



05 DE JULHO. Suger, abade regente: uma monarquia central para a paz e progresso

SUGER
Abade Suger, Suger Abbot
(nasceu no ano 1081 da nossa era, em Paris; morreu em 1151)

ABADE DE ST. DENIS ECLESIÁSTICO HÁBIL ESTADISTA MINISTRO REGENTE DA FRANÇA

As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a tarefa principal ao estabelecer:
1. A guerra defensiva e não de conquista;
2. A organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Na terceira semana estão os fundadores da vida nos monastérios. O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 01 C  O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


O abade Suger (1081-1151), famoso regente da França, foi ministro do rei Luis VII de 1137 a 1151. Ele nasceu perto de Saint-Omer, em Artois, França, em 1081 de uma família de camponeses.
Suger foi educado na abadia de Saint-Denis, perto de Paris. Na idade de 14 anos, teve como colega de estudo e companheiro o príncipe real que viria a ser o rei Luis VI le Gros. Durante vinte anos, Suger trabalhou nos interesses da abadia, cuidando de suas possessões ou aumentando o patrimônio por meios legais ou por sua habilidade militar. Ele esteve continuadamente empregado em missões para o abade Adam ou para seu amigo o rei Luis VI. Em 1122, Suger, contando então 41 anos, tornou-se o abade de Saint-Denis, mas, na realidade, ministro e principal apoio da monarquia.
Com as normas que Suger colocou por trinta anos, a abadia triplicou suas rendas e se tornou o centro da civilização e o maior baronato do reino. Ele conseguiu elevar ao mais alto grau os recursos materiais e morais da abadia. O mesmo resultado obteve para o reino, fortificando em conjunto um e outro. Ele reconstruiu a igreja de Saint-Denis com uma perseverança extraordinária e lhe deu um grande esplendor. Ela foi consagrada em 1140. A fachada do lado oeste e as torres foram feitas com sua própria mão, e são das primeiras que eram em estilo romano e passaram a ser em estilo gótico.
Suger estabeleceu uma disciplina rigorosa em sua abadia e praticava, ele mesmo, uma severa austeridade. A última das numerosas missões que o rei Luis VI confiou a seu fiel ministro foi realizar o casamento de seu filho com Eleonora de Guienne, que resultou em mais do que dobrar os domínios do reino francês.
Logo depois Luis VI morreu e o príncipe, agora um jovem de 18 anos, passou a reinar com o nome de Luis VII, em 1137. A partir de então, Suger tornou-se efetivamente o vice-rei de França, até sua morte, quatorze anos mais tarde, em 1151.
Em 1146, São Bernardo pregou a realização da segunda cruzada, apesar da viva oposição de Suger, que aconselhava ao rei que se limitasse aos negócios da França. Mas o rei se lançou nessa campanha desastrosa. Pela recomendação de São Bernardo e com o acordo dos prelados e dos barões, Suger foi nomeado o regente do reino.
Por cinco anos Suger se mostrou um dos maiores administradores que a França já teve. Ele manteve a paz e a ordem em todo o país, estimulou o crescimento das cidades, dispensou uma rigorosa justiça e restabeleceu a prosperidade material, usando as riquezas de sua abadia e conseguindo ainda bastante recurso para remeter ao rei na terra santa.
Antes de Suger, o centro da França era um deserto. Ele introduziu a agricultura, a prosperidade se desenvolveu de forma durável e a população do país cresceu. Quando o rei se decidiu voltar à França em 1149, Suger se propôs a chefiar uma nova cruzada. Mas com malária, a morte não permitiu a realização desse projeto. Ele morreu em 1151 aos 70 anos de idade.
Suger foi o primeiro e um dos melhores da longa sucessão de estadistas que fizeram o progresso dos países na Idade Média. Sua idéia mestre foi a criação de uma monarquia central como garantia da paz e do progresso. Seu grande instrumento para isso foi o desenvolvimento das Comunas, povoações de atividade comercial dentro de cada feudo, para com elas obter a supressão da guerra particular entre os barões dentro do país e para evitar a opressão feudal. A Comuna inicialmente estava localizada em terras do senhor feudal, a ele devendo obediência e pagamento.
A liberdade dos trabalhadores feudais, dos servos da gleba, do feudo, fez nascer a atividade comercial foi gradualmente estabelecendo o comerciante como classe do capitalismo nascente, o burguês. Então se organiza o importante sistema capitalista das liberdades civis no fim do feudalismo, cerca dos anos 1100, século XII. Assim nasce a burguesia, na liberdade de uma civilização pacífica e industrial.
Nos séculos seguintes a atividade comercial capitalista gradualmente ganharia riqueza e importância, resultando no desprestigio do clero e da religião bem como no enfraquecimento e extinção da nobreza hereditária na transmissão do capital e do poder político.
Para manter essa política, Suger colaborou muitas vezes com a monarquia colocando-se, ele mesmo, em armas, no comando de sua abadia. Dizia ele que
     “A glória da Igreja consiste na união da realeza com o clero”. Para chegar a esse fim, a política de Suger e dos dois reis de que ele dirigiu a conduta, foi oficializar o foro de liberdade às comunas e cidades e de dar a liberdade aos servos da gleba, aos camponeses medievais, então submetidos à semi-escravidão por seus barões, os senhores donos do território do feudo. “Não se pode abandonar sua tropa à fúria dos lobos”, era a recomendação que fazia ao rei.
Ele era um erudito, apaixonado pelos poetas latinos e, ele mesmo, era um escritor, deixando uma “Vida de Luiz VI” e outras obras. Suger encorajou as ciências, formou uma biblioteca e deu início à famosa “Crônica de Saint-Denis”.
Suger deixou uma profunda impressão no reconhecimento do povo de seu país.


AMANHÃ: Papa Alexandre III: O projeto de liberdade da Igreja Católica livre do comando dos reis


BURGO, BURGUÊS & BURGUESIA
Inicialmente os burgueses eram os habitantes dos burgos (pequenas cidades protegidas por muros), estes eram pessoas que trabalhavam com dinheiro, não bem vistas por integrantes da nobreza, que até então eram os principais detentores do poder.
Desprezados pelos nobres, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos servos, vassalos trabalhadores semi-escravos. Por falta de alternativas dedicavam-se ao comercio, que serviu de base para o estabelecimento do sistema de liberdade do trabalhador livre do capitalismo no século XII.

CAPITALISMO
Capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade particular e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo.

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