sexta-feira, 5 de julho de 2013

0706 C ALEXANDRE III PAPA faz a Igreja independente e forte politicamente

06 DE JULHO: Alexandre III obriga rei inglês a fazer pública penitência por Becket

ALEXANDRE III PAPA
Alexandre III, Pape; Alexander III Pope, Rolando Bandinelli
(nasceu cerca do ano 1105, em Siena, Toscana, Itália; morreu em 1181, em Roma)

VIGOROSO PAPA MEMORÁVEL HABILIDOSO DEFENSOR DA LIBERDADE DA IGREJA


As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a tarefa principal ao estabelecer:
1. A guerra defensiva e não de conquista;
2. A organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Na terceira semana estão os fundadores da vida nos monastérios. O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 01 C  O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


Rolando Bandinelli (1105-1181) estudou teologia e direito. Tornou-se professor de leis em Bolonha, destacando-se como importante conhecedor da legislação e como teólogo.
Durante o pontificado de Eugênio II foi promovido e com o papa Adriano IV foi o principal negociador com o imperador Frederico Barbaroxa.
Frederico I, chamado de Frederico Barbaroxa (1123-1190), rei da Alemanha, foi eleito imperador do Sacro Império Romano em 1152. Ele pensava em restaurar a gloria do Império Romano. Frederico foi coroado no ano 1155 pelo papa Adriano IV.
Em 1156 o papa Adriano provocou a ira do imperador contra o papado ao dizer numa carta a ele dirigida que o imperador tinha a posse das suas terras como feudos pertencentes ao papa. Desde então, instalou-se um sério conflito entre o imperador e o papa.
Como negociador, Bandinelli mostrou-se um legado de fino julgamento e de aguda compreensão, capaz de grande sutileza e de diplomacia. Ele se tornou o chanceler da Santa Sé e cardeal de São Marcos, e foi um dos mais capazes auxiliares e um dos mais fiéis embaixadores do papa Adriano IV. Foi então que ele concebeu o audacioso projeto de fundar uma Igreja Católica independente do poder temporal do imperador romano, dirigindo de maneira uniforme a cultura de todas as regiões da Europa.
Com a morte do papa Adriano em 1159, o chanceler Rolando Bandinelli foi eleito papa. Ao mesmo tempo, a facção conflitante do imperador Frederico Barbaroxa entronizava um anti-papa com o nome de Victor IV. Rolando Bandinelli tomou o nome papal de Alexandre III. Ele recebeu a adesão da França, da Espanha, da Inglaterra, da Itália do sul e das mais importantes Ordens, mas foi obrigado a se refugiar na França durante três anos sob a proteção de Luis VII.
Nesses tempos, Alexandre se envolveu com a defesa de Thomas Becket, por serem as idéias dele em substância as mesmas que as suas. Becket defendia a liberdade do clero em relação ao poder político, temporal, do rei. Mas o papa foi muito imprudente de apoiar Becket contra o possante aliado do papado, que foi Henrique d’Anjou, o rei Henrique II da Inglaterra.
A intervenção de Alexandre III obrigou que houvesse a conciliação entre Becket e o rei inglês. Mas Becket foi assassinado pelos homens de Henrique. O papa obrigou o rei Henry II a fazer penitência em público pela morte de Becket, arcebispo de Canterbury. Mas o rei continuou aliado a Alexandre III, como antes.
A política discreta e móvel de Alexandre, nessa conjuntura muito difícil, foi conduzida com uma enorme habilidade. Sua conduta foi muito correta no ponto de vista dos princípios, embora, por vezes, com falta de sinceridade. O imperador Barbaroxa, que tinha feito eleger sucessivamente vários anti-papas, acabou por se submeter, depois de muitos e longos conflitos.
Alexandre, tendo o apoio de toda a Itália e de quase toda a Europa, recebeu, em Veneza, 18 anos depois de sua eleição, a reconciliação formal e a submissão efetiva do imperador Frederico Barbaroxa. Esse resultado final se deveu ao senado e ao doge ou duque de Veneza.
Alexandre III morreu em 1181, depois de 22 anos de pontificado, dos mais memoráveis que a história de Igreja Católica apresenta. Foi Alexandre III que canonizou São Bernardo e Santo Thomas Becket de Canterbury.
Ele faz a continuação do programa de formação da Igreja medieval forte e independente que Hildebrando, o papa Gregório VII, começara no século anterior. O projeto de liberdade da Igreja liga Alexandre III a Hildebrando e ao papa Inocêncio III, que completou esse importante sistema da Igreja da Idade Média.
Pela primeira vez na história foi realizada a libertação do governo da opinião, do aconselhamento, da consciência, fora do domínio coercitivo do governo político. O governo teórico do sacerdócio no ensino, na consagração, foi feito sem armas, sem violência, apenas por sua força moral. Foi a efetiva realização do importante preceito católico de liberdade de consciência–
     “A César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.

AMANHÃ: Uma auréola de doçura e de simplicidade: São Francisco de Assis.


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