sexta-feira, 30 de novembro de 2012

1130 B TOUSSAINT libertou o Haiti como república com a abolição da escravatura negra


30 DE NOVEMBRO: TOUSSAINT-LOUVERTURE ex-escravo negro sem preconceito racial

TOUSSAINT-LOUVERTURE
François Dominique Toussaint, Louverture ou L'Ouverture
(nasceu em 1746, em São Domingo; morreu em 1803, em Fort-deJoux, França)

VITORIOSO GENERAL E ESTADISTA NEGRO HERÓI NACIONAL DO HAITI

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.

Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

TOUSSAINT-LOUVERTURE (1746-1803) , que fora um escravo negro, liderou a revolta que separou o Haiti da França como uma república independente. Esse foi um evento capital na história da abolição da escravidão e da independência das colônias em todo o mundo.
Toussaint tinha grande talento militar e nas sucessivas batalhas vitoriosas era capaz de abrir a passagem para suas tropas, recebendo o nome de L’Ouverture, “O Abertura”.
Era um católico fervente, que tinha a glória de combater por seu rei francês. Mas o decreto da Convenção que emancipou os escravos operou uma alteração inesperada. Ele se ligou à república e levou os haitianos a aceitá-la. Recusou tornar-se o rei do país, como lhe ofereceram os ingleses e salvou o governador francês da vingança dos mulatos e protegeu todas as raças do mesmo modo, sendo assim o chefe real do país.
Toussaint mostrou-se um bom administrador na paz como na guerra. Os antigos escravos se entregavam à preguiça: ele os obrigou a trabalhar. Vigilante, enérgico, incorruptível, sem piedade por seus inimigos e severo com seus amigos quando o bem público o exigia, inteiramente livre do preconceito racial, ele era o único que seria capaz de governar o país.
Depois de sete anos de governo, Napoleão Bonaparte enviou um grande contingente armado contra o Haiti. A escravidão foi restabelecida e o país novamente tornado uma colônia francesa.
Vencido nas lutas contra os franceses, Toussaint foi mandado para uma prisão na França, onde morreu em 1803.

AMANHÃ: Na revolução inglesa pela moral e liberdade de consciência: Oliver Cromwell.

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