quarta-feira, 28 de novembro de 2012

1129 B BOLÍVAR modelo nativo de coragem e firmeza na defesa dos mais fracos


29 DE NOVEMBRO. SIMON BOLIVAR: recuperação nas derrotas nas lutas pela liberdade.

BOLÍVAR
Simon Bolivar El Libertador, Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar
(nasceu em 1783, em Caracas, Venezuela; morreu em 1830, em Santa Marta, Colômbia)

ESTADISTA E GENERAL VENEZUELANO NA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.

Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

BOLÍVAR (1783-1830) foi o militar e estadista que liderou as revoluções contra o domínio da Espanha na Colômbia, junto com a Venezuela, Equador, Peru e Bolívia. Ele foi presidente da Colômbia de 1821 a 1830 e do Peru de 1823 a 1829.
Ele nasceu em Caracas, que então era a capital da colônia espanhola de Venezuela. A família Bolivar era criola, assim chamados os espanhóis nascidos nas colônias. Estavam no país desde os anos 1500, reunindo uma grande fortuna em terras, minas e propriedades nas cidades. Seu pai, um aristocrata, morreu quando Bolívar tinha 3 anos. Com 16 anos ele foi estudar na Espanha, onde em 1801, com 18 anos casou-se retornando mais tarde a Caracas.
Bolívar retornou à Europa em 1804, em Paris tomando contato com os textos dos pensadores racionalistas como Locke, Hobbes, Buffon, d’Alembert e como Voltaire e Montesquieu. Ele conheceu os ideais do ILUMINISMO, que colocavam muita ênfase no pensamento, na ciência e no sentimento social do humanismo leigo.
Em 1808, com a invasão da Espanha por Napoleão, destituindo o seu rei, foi possível a primeira revolta dos venezuelanos. Mas um grande terremoto facilitou a derrota dos revoltosos. Bolívar foi perseguido e foi para a Nova-Granada, hoje Colômbia, que estava independente. Em 1813 ele atravessou os Andes com centenas de homens, marchou sobre Caracas, onde entrou em triunfo, saudado com o título de “LIBERTADOR”.
Com o fim da guerra na Europa, o governo de Caracas foi derrotado e Bolívar se refugiou no Haiti. Chamado a ir ao Peru, perseguiu os espanhóis e tornou-se o DEFENSOR DOS ÍNDIOS, que eram oprimidos por todos os lados. Esse é um belo elogio que se pode fazer de Bolívar, que se mostrou em tudo o defensor dos oprimidos. Bolívar, em sua luta pela libertação, sofreu muitas derrotas e conquistou muitas vitórias. Mas sua grande energia e perseverança fizeram com que ele sempre se reerguesse logo em seguida a uma derrota.
No governo do Peru, em que a legislação era democrática, ele realizou a chefia de governo a um presidente vitalício, estável, que deveria indicar o seu sucessor. A unidade de comando do governo e a indicação do sucessor formaram a política realizada na Roma antiga. O regime de sucesso constante no grande império da Europa.não foi propriamente imperial, já que a transmissão do poder não era hereditária. Bolívar foi a favor da manutenção da unidade de comando na política, pelo governo presidencial sem parlamento, mantendo as plenas liberdades civis.
Ele desejava que todas as colônias da América espanhola se unissem conta a Espanha. Mas não teve sucesso, ao supor que essa aliança defensiva pudesse ser uma união durável. No seu governo do Peru ele sofreu um grave atentado, por pouco salvo do punhal dos criminosos. Revoltas de partidários do parlamento se repetiram. Sofrendo de tuberculose, a saúde de Bolívar era precária. Em maio de 1830 ele se convenceu de que deveria renunciar e projetou a ida para a Europa,mas aceitou a oferta de um admirador espanhol para hospedagem em Santa Marta,na Colômbia.
Bolívar morreu no caminho do exílio, em 17 de dezembro de 1830, perto de Santa Marta. A grande obra de Bolívar foi a luta de libertação de grande parte da América do Sul contra o domínio do reino da Espanha. Ele é o grande herói do movimento da independência da América espanhola. E deu o exemplo de perseverança na recuperação frente às derrotas, o exemplo criolo de coragem e de firmeza na defesa dos oprimidos.

AMANHÃ: TOUSSAINT-LOUVERTURE.  libertou o Haiti como república.

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